Elesis Em Um Futuro Incompleto escrita por Risadinha


Capítulo 23
Desculpa


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Não demorei porque eu pretendo acaba essa fic o mais rápido o possível, assim eu vou ficar mais livre para escrever as outras :3 E falando em terminar, estamos chegando na reta final da história :D Daqui a alguns 10 capítulo, ou mais, a história vai pro seu fim, infelizmente. Mas não fiquem tristes!
Boa Leitura.



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Relaxa debaixo da água quente do chuveiro. Em quanto isso, continuava a sentir fortes dores nas costas, uma dor que não tinha passado ainda. Mas mesmo que aquilo fosse doloroso, era muito bom, o que a deixava mais relaxada. Passou a mão entre os cabelos vermelhos, depois no rosto.

– Sei que você está com muitas dúvidas sobre esse tempo, Elesis. - Exclamava Grandiel em sua mente, a deixando irritada.

Fechou os punhos e a cara. Ouvir aquelas palavras eram perturbadoras, mesmo assim, nunca iam embora de sua mente. Encostou a testa na parede em quanto a água passava pela sua nuca.

– Como que o Grandiel desse tempo sabe que eu não sou a verdadeira?! - Pensa Elesis. - Aquele maldito! Então se ele sabe quem eu sou, provavelmente...

Seus pensamentos são interrompidos pela a batida na porta do banheiro. Se desencostou e olhou em direção a voz.

– Elesis, pediram para eu entregar isso pra você. - Reconheceu a voz calma do rapaz. Era Zero.

Iria responder mas para ao ver a porta abrindo e o moreno entrando no cômodo. Se enrolou na cortina no mesmo instante. Zero entrou e olhou confuso para a ruiva vermelha daquele jeito.

– Aqui. - Estica uma toalha até a garota.

– O que você pensa que tá fazendo?! - Grita nervosa.

Olhou mais confuso ainda.

– Entregando uma toalha para você. Algum problema?

– Todo! - Estica a mão até a toalha e a pega, assim jogando contra seu corpo e se enrolando. - Não podia ter batido antes ou ter esperado lá fora?!

Apertou a toalha bem sobre seus seios e soltou um suspiro, ainda não acreditando no que Zero tinha feito.

– Desculpa. - Pede o Andarilho com uma expressão fofa.

– Tá tudo bem, já que é você. - Se fosse outro rapaz, Elesis nunca perdoaria, além de dar uma surra nele. - Mas poderia me dar um tempo para se trocar?

– Claro.

Deu alguns passos em direção à saída mas para ao se lembrar de algo. Sentia que devia contar para Elesis que tinha se encontrado com ele, e que ela devia para de se preocupar com ele. Apertou uma das mãos, era uma decisão difícil de se tomar.

Se virou para a ruiva com um olhar sério.

– Elesis, podemos ter uma conversa em particular? - Pergunta determinado.

– Mais particular que isso só você entrando no banho junto. - Diz com um olhar preguiçoso. Qualquer ficaria desse jeito conversando com Zero.

– Tá bom. - Já se preparava para tirar a roupa, já o que foi o que a espadachim disse.

Elesis olha assustada para o rapaz, em seguida segura as mãos dele para que o impedisse.

– Eu tô brincando!

– Ah, eu não sabia. - Diz inocente, deixando até a ruiva nervosa com aquele jeito dele. - Bem, o que eu queria falar é que... Mais cedo...

– O que aconteceu mais cedo? - Fala já calma.

Continuaria a falar, mas não conseguia. Sentia que deveria manter aquilo quieto, pois via que Elesis já tinha problemas de mais para resolver, e um há mais não ajudaria muito. Faria o que achasse melhor.

Negou com a cabeça.

– Não é nada. - Diz Zero. - É bobagem. Foi mal por toma seu tempo.

– Tá bom então. - Responde confusa pela a atitude dele.

Deu as costas e saiu do banheiro, fechando a porta ao sair. Achou melhor não falar sobre aquilo por enquanto.

Após ter colocado uma roupa descente, saiu do banheiro e andou pelo o longo corredor da Guilda. Tinha esquecido mas tinham voltado após ter acontecido tudo aquilo. Precisava organizar seus pensamentos.

Chegou no salão e viu todos presentes, inclusive Lin e Azin que estavam sentados em quanto conversavam com os outros membros. É claro, tinham trazidos esses dois com eles.

– Ok, eu já estou aqui. - Fala Elesis chamando a atenção. Se sentou balcão e olhou para eles, esperando que começassem a falar. - Como que vocês foram para juntos.

– Bem... - Começa Lin pensativa. - Eu não sei como explicar isso, mas um dia desses eu tive um péssimo pressentimento sobre a Holy. Eu sentia que ela estava sofrendo bastante, então eu partir nesse mesmo dia atrás dela. - Colocou a mão no peito com um olhar preocupado. - Mas eu acabei chegando tarde demais.

– E como que o Azin se encaixa nessa história? - Pergunta Lire.

– Eu encontrei essa tonta perdida no caminho. - Aponta com o polegar. - Eu estava indo para um templo, que era localizado em um cidade distante e que por estranho que pareça, era a cidade que Lin estava partindo para encontrar Holy.

– Então eu contei o motivo da minha pressa e o Azin se juntou a mim atrás da Holy. - Suspira aliviada. - Até eu chega lá e encontrar vocês, o que me deixou muito surpresa. Pensei que nunca mais os viriam novamente.

– Que isso! - Fala Arme soltando uma risada sem graça. - Somos a Grand Chase novamente, então seria normal você nos ver em breve.

– Grand Chase novamente? - Diz Azin estranhando aquelas palavras juntas. - Como assim?

Elesis lembra que não tinha contado para eles sobre seu plano de trazer o grupo de volta. Todos olharam para ela, logo Azin e Lin fizeram o mesmo. Percebeu que teria que dar mais uma daquelas longas explicações, e que no meio delas, estariam mentiras sobre seu estado.

– Eu quero juntar a Grand Chase novamente. - Diz com um olhar determinado. - Não importa o que tenha acontecido no passado, eu quero concerta tudo com a volta de todos. É por isso que... - Olhou para Lin e Azin. - Me desculpem, Azin e Lin! Por ter sido uma péssima líder!

Olharam sem expressão para a ruiva. Sentiram um estranho sentimento sobre o passado deles no grupo, o que era incrível, e ao mesmo tempo, triste.

– Não foi sua culpa a Grand Chase se separar, Elesis. - Menciona Lin tentando conforta-la. - Sei que pode se sentir culpada por tudo que aconteceu, mas nada disso foi por sua causa.

– Sim, foi minha culpa. - Disse séria. - Mas pior que isso é o fato de eu não lembrar nada que eu fiz de errado. - Apertou os dentes.

– Não lembra? O que quer dizer com isso?

Olhou outro canto, desviando dos olhares. Não queria responder outra vez, isso é, não queria dizer aquela mentira novamente.

– Elesis está sofrendo de amnésia. - Responde Ronan. - Parece que ela sofreu um acidente repentino e suas memórias do passado desapareceram.

Olharam surpresos para a ruiva.

– É verdade? - Pergunta Azin não acreditando.

– É... - Confirma Elesis com um olhar triste. - Eu não lembro de algumas coisas. Sinto muito.

Lin levanta da cadeira repentinamente.

– E como que você perdeu suas memórias?! - Pergunta preocupada. - Alguém a atacou você?

– Verdade, Elesis. - Diz Arme pensativa. - Você disse que bateu a cabeça mas isso não explica muita coisa. Algo muito sério deve ter acontecido com você! Se pensarmos bem, talvez tenha até sido culpa do Grandiel.

Ficou tensa ao ouvir o nome dele. Por um lado, era verdade. Grandiel que a tinha jogado nesse tempo, ele que tinha ferrado com tudo, então ele tinha culpa nisso tudo. Porém, do Grandiel que a maga falava era do tempo que eles estavam, o futuro, portanto, não era culpa dele.

– Grandiel? - Estranha Edel. - O que ele tem a ver com a perda de memórias da Elesis?

– Você não viu mas parece que Grandiel foi para o outro lado. - Fala Lupus sério. - Não seria surpresa de ele ter feito isso.

Todos começam a debater sobre a perda de memória da espadachim.

Elesis ouvia todas aquelas teorias, e isso fazia seu coração doer. Era perda de tempo eles pensarem como aquilo tinha acontecido, ela sabia disso. Queria poder falar a verdade, mas e se o pessoal a chamasse de louca e não a ajudasse? Como sabia, as coisas tinham mudado e todos poderiam mudar de lado de repente, sem Elesis saber de nada por não ter memórias do tempo que se encontra.

– Chega! - Grita Elesis de repente, com a franja cobrindo seu olhar.

Pararam de falar e olharam para a ruiva assustada.

– Não importa como eu perdi minhas memórias, essa não é a questão! A única que eu quero é concerta as coisas com todos vocês e esquecer a droga do passado, mas parece que vocês não entendem isso! Então... Então... - Começa a soluça.

Levanta seu rosto, mostrando as lágrimas derramando em seus olhos.

– Então parem de achar que tá tudo bem porque não está! Foi minha culpa a Grand Chase ter se separado, ouviram? Minha! - Bate com a mão aberta no peito. - Por isso, me deixem carregar meus próprios erros sozinha, porque é o único jeito de supera-los! - Gritava, desabafando tudo que sentia.

Ficaram em silêncio, olhando assustados para a ruiva.

– E se for para parar pra pensar, talvez eu tenha perdido a memória de propósito! Eu não devo ter aguentando sentir toda essa culpa, então eu fiz alguma coisa para esquecer de tudo! Só que eu não sei se é verdade porque eu não lembro! - Gritou, logo olhando para eles com um olhar furioso e triste.

– Elesis... - Sussurra Arme.

Finalmente percebe tudo que tinha falado. Olhou para seus amigos paralisadas, vendo suas expressões. Se sentiu uma idiota diante deles, o que a fez ficar muito envergonhado e decepcionada consigo mesma.

– Droga! - Pensa. - O que eu acabei de falar?!

Não aguentando toda aquela pressão, saiu correndo para fora da Guilda. Suas amigas a chamaram mas Elesis nem deu ouvidos. Ninguém tentou correr atrás dela, sabiam que a ruiva precisava de um tempo só para ela. Mas que aquelas palavras os preocuparam, sim, os preocuparam.

***

Tinha chegado em casa fazia um tempo. Elesis foi direto para o quarto e se trancou nele. Após isso, apoiou suas costas na porta, que logo deslizaram até se sentar no chão. A escuridão do quarto nunca foi tão bonita para ela desse jeito.

– Eu não mudei nada. - Sussurra para si. - Eu continuou a mesma idiota de sempre.

Novamente, aquela dor que vinha no fundo da sua alma fazia Elesis se esconder entre os joelhos e começa a derramar as lágrimas. Sempre foi difícil para ela ter que se manter uma de durona na frente dos outros, então quando ficava sozinha, tudo em sua volta desmoronava.

– Eu só quero concerta tudo de errado que eu fiz. - Falava entre os soluços. - É pedir muito?

De repente, começa a ouvir um som agudo, que logo vai ficando maior e maior. No começo, o som não a incomodava, mas depois que ele foi aumentando, ficou ensurdecedor. Colocou as mãos nos ouvidos para que não ouvisse nada, porém percebeu que o barulho parecia vim dentro de sua mente, o que a deixava louca.

– Quem droga é essa?! - Pensa a ruiva.

Caiu de lado no chão e se encolheu. Queria poder gritar para pedir por ajuda, mas via que estava sozinha, e que ninguém viria ajuda-la depois de tudo aquilo. Mas mesmo estando naquele estado, isso não a impediu de solta os gritos de dor.

Sua visão começa a ficar estranha, como se tivesse outra coisa. O silêncio que ouvia é acabado por vozes, que reconheceu na hora que uma delas era a sua. Apertou as mãos contra o ouvido, para não escutar nada daquilo, porém continuava falhando ao tentar aquilo.

De repente, sua mente apaga. Ficou com os olhos entre abertos em quanto ficou apagada. Não conseguia se mover, estava em um sonho bem profundo naquele momento.

***

Descia as escadas silenciosamente para não acordar ninguém. Andou pelo o longo corredor escuro, que a única fonte de luz vinha entra as cortinas, sendo iluminadas pela a lua. Entrou em um cômodo, a cozinha. Estava com cede, então um copo d'água já estava de bom tamanho, porém com a presença de um certo alguém a chama sua atenção.

– Lupus? - Chama em quanto coçava o olho com as costas da mão.

Estava sobre a mesa, de costas para a ruiva. Ao ouvir seu nome, se virou para ela.

– O que faz acorda a essa hora, Elesis? - Perguntou.

– Estava com cede. - Diz sonolenta, até mesmo esquecendo que horas eram. - E o que você faz a essa hora? - Anda em direção à geladeira, logo a abrindo e tirando uma jarra de água.

– Se você não lembra, eu fui para uma missão e eu cheguei faz um tempo. - Suspira. - Foi trabalhosa, e por estranho que pareça, eu não consigo dormir.

Em quanto bebia sua água, percebeu um machucado no braço do caçador. Tirou o copo da boca e olhou curiosa para o ferimento. Lupus percebe que a espadachim estava olhando para o machucado.

– O que foi isso? - Aponta.

– Lass não é um cara muito legal. - Pega um pano e coloca sobre o sangramento. - Ele tem um pavio bem curto.

Ergue uma das sobrancelhas e olhou confusa.

– Hã? O que aconteceu? Brigaram de novo?

– Basicamente. - Deu de ombros, com um olhar de não se importa muito. - Acho que esse é o nosso jeito de se entender.

Sem motivo, Elesis começa a ficar com um olhar sério para o caçador. Sentiu uma raiva em seu coração.

– Jeito de entender, hum. - Diz abaixando o rosto e o escondendo sob a franja.

– Ele pode ser meu único familiar vivo, mas eu não consigo aceitar isso. - Continuou o caçador. - Temos apenas o sangue de compatível, quer dizer, meio sangue. Aparência, jeito e outras coisas, são tudo diferente. - Respirou fundo para se manter calmo. - Além de ele possuir as chamas azuis que meu pai já teve uma vez.

– Mesmo assim, ele é seu irmão, querendo ou não. - Diz Elesis com uma voz calma até o momento. - É o único que o considera um familiar de verdade, então você devia dar mais valor a ele.

– Valor? - Soltou uma risada abafada. - Ele não merece isso. Lass é apenas a "ovelha negra" da família, e sempre continuará sendo. Não importa se tem meio sangue igual ao meu, não importa se tem meus mesmos poderes, ele é só um parasita.

Ouve o som de algo trincando e se quebrando. Olhou para a ruiva e viu a mão da mesma escorrendo sangue, a mão a qual estava segurando o copo. Viu também o olhar de Elesis, que estava sério.

– Cala a droga da boca. - Falou a ruiva com a voz arrastada de raiva. - Tanto você quanto o Lass não tem ninguém mais da família nesse mundo, ouviu? Ninguém! Então em vez de ficarem brigando um com o outro, por quê não fazem logo as pazes e sejam verdadeiros irmãos?!

– Do que você tá falando? - Olha sério também. - Não entende nada de ter uma família assim.

Após falar isso, apenas ouviu o barulho de estalo no ar. Estava com o rosto virado para o lado, e uma das suas bochechas marcada uma mão com sangue. Elesis tinha o acertado um tapa com a sua mão cortada, mesmo tendo sido doloroso.

– É claro que eu entendo! - Aperta as mãos. - Você acha que eu gosto de ter o Sieghart na minha família?! É claro que não! Ele é só um imbecil, que nem merecia carregar o sobrenome consigo. - Engoliu seco. - Eu já desejei que ele sumisse da face da Terra uma vez. Só que, eu parei para pensar como seria se ele não existisse, e cheguei a uma conclusão.

Olhou para a garota pelo o canto do olho.

– Tudo seria solitário. - Diz Elesis ficando com um olhar triste. - Ele pode ser a pior pessoa do mundo para ser meu familiar, mas isso não importa. Ele é o único que me resta, mais ninguém ao meu lado a não ser ele. Em minhas condições, não posso escolher, apenas aceitar.

Voltou o olhar para o caçador.

– Então, parem com essa bobagem e sejam pelo menos amigos!

Terminou de falar. Já tinha tomado sua água, então começou a andar para fora do local, até a voz do haro a chama-la.

– Nunca vamos nos entender, essa é a questão. Tanto ele quanto eu temos nossos ódios um pelo o outro.

Parou de andar e virou apenas o rosto para ele. Seu olhar mostrava o quanto Elesis estava falando sério.

– Se você o odeia tanto, então por quê não sai da Grand Chase? - Diz a ruiva. - Lass não sentira sua falta de qualquer jeito.

Se virou para a frente e seguiu seu caminho, sem dizer mais nenhuma palavra.

Elesis não sabia como, mas após aquele dia, Lupus partiu da Grand Chase. Ninguém soube o motivo ao certo, porém a ruiva tinha bem noção do que se tratou. Desde ali, seu coração começou a pesar pela a culpa, além de outras.

***

Abriu os olhos repentinamente. Estava com uma expressão de assustada, sua pele branca com seus olhos arregalados mostrava isso. Suas mãos tremiam, junto com seus lábios.

– Isso foi um... Flashback? - Sussurra assustada.

Agora entendia o motivo de ser sentir tão culpada pela a ida de Lupus. Parecia que o peso em seu peito havia aumentado ao saber o motivo.

– Lixo. É isso que eu sou. - Pensa decepcionada.

Se sentou e se encostou na porta, continuando com o olhar baixo. Mas logo se afasta da mesma quando ouve alguém bater. Tomou um susto a pobre ruiva.

– Elesis. - Pela voz, reconheceu que era Lass. - Tá tudo bem?

Em quanto esteve apagada, se passou um bom tempo. É claro que isso o preocuparia.

– Sim, eu tô bem. - Fala com a voz calma, desse modo, disfarçaria o estado que estava.

– Não vai querer vim jantar?

– Não, estou sem fome.

Demorou um pouco para responder.

– Tudo bem então.

Ouviu os passos do albino voltando para o andar de baixo. Após o silêncio voltar, suspirou aliviada. Não queria companhia de ninguém naquele momento, apenas ficar sozinha no escuro do quarto. Sentindo- se só, fechou os olhos e logo dormiu.

Abriu os olhos rapidamente ao ouvir som de vozes. Tinha se passado quase uma hora, o que fez descansar pelo o suficiente. Aproximou o ouvido na porta, tentou ouvir melhor a conversa que tinha no andar de baixo, porém não adiantou muito.

– Quem será? - Sussurra estranhando.

Queria ignorar aquilo, mas a curiosidade falou mais alto. Devagar girou a maçaneta e abriu a porta, tudo delicadamente para não chamar a atenção. Saiu andando de quatro para evitar barulho.

Chegou nas grades da escada e de lá de cima mesmo viu o andar de baixo, que dava vista mais a sala que a cozinha. Viu sentado no sofá, de costas, Lupus, em quanto Lass estava sentado no chão conversando com ele. Ficou surpresa ao ver aquela cena, mas algo chamou mais atenção. Sobre a mesinha da sala estava um álbum de fotos, onde o albino mostrava para o caçador.

– Parece que muitas coisas mudaram em quanto estive fora. - Menciona Lupus olhando as fotos.

– Não foi tanta assim. - Fala passando a página a seguir.

A ruiva olhou bem as fotos que eles estavam vendo e viu que era ela, desse tempo. Pelo visto, estava feliz e sorrindo em todas imagens. Algumas retratavam dela com Arme e Lire, outras com Ryan ou Ronan, até algumas fofas com o Lass, o que fez Elesis olhar estranho.

– Que tipos de fotos são essas?! - Pensa, em vez de falar.

O albino passou para a página seguinte, revelando fotos de infância da Elesis. Sua expressão mudou ao ver sua "eu" pequena. Mas sentiu um aperto no peito quando viu algumas fotos com seu pai, o que fez milhares de lembranças dessa época surgirem em sua mente.

–Oh, Elesis era bem fofa quando pequena. - Elogia o caçador.

– É, que pena que ela teve que crescer. - Comenta o ninja.

– O que você quer dizer com isso? - Pensa com um aura negra a cercando.

Porém para com o olhar sério quando ouve Lupus rir. Pela primeira vez em anos, viu o caçador soltar uma risada, mesmo sendo pequena.

– Você é um pervertido. - Dar um pequeno soco na cabeça do albino.

– Ei, você pensa que eu não vi como você tava olhando para a Lin. - Reclama Lass.

– Aquelas roupas curta dela sempre chamam a atenção.

– Se esse fosse o real motivo, você não olharia para a Edel.

Teve que se segurar para não rir da situação. Era muito engraçado, muito mesmo, ver Lass e Lupus discutirem daquela forma, de um jeito pacífico.

– Quem é esse? - Pergunta o moreno apontando.

– É o pai da Elesis.

– Ah, seu sogro. - Dar uma risada besta.

– Calado. - O empurra de maneira brincalhona.

Se sentiu envergonha Elesis. Lembrou de todos os momentos que seu pai falava de sua filha ter um pretendente, o que sempre deixava a garota vermelha. Por um momento, sentiu o rosto esquentar da mesma forma.

– Elesis, eu sei que você tá aí. - Diz Lass com os olhos ainda no álbum. - Desce logo.

Ficou surpresa por tal proeza do rapaz. Iria falar algo mas acaba desistindo. Se levantou do chão e saiu correndo para dentro do quarto, se fechando nele novamente.

– Parece até uma criança. - Fala Lupus soltando uma risada.

– Como eu disse, as coisas não mudaram nada. - Disse Lass com uma expressão impaciente.

– Bem, já tá ficando tarde. - Se levanta do sofá. - A gente se ver amanhã.

– Certo. - Fecha o álbum.

Elesis ouviu a porta da frente ser aberta e fechada. Nesse momento, se levantou com um olhar determinado e correu até a janela do quarto. Abriu e pulou dela, caindo direto na rua, que por sinal, estava apenas iluminada pelos os postes.

– Tenho que falar com o Lupus. - Começa a correr para onde o caçador ia. - Preciso me desculpar com ele.

O caçador andava tranquilamente pela a rua deserta, até ouvir passos frenéticos aumentando cada vez mais. Quando se deu conta, alguém o segura pelo o pulso, impedindo que continuasse o caminho. Olhou confuso e viu Elesis apoiada nele, em quanto recuperava o fôlego.

– Elesis? O que foi?

– Me desculpa! - Fala de repente.

– Hã? - Entendia nada que estava acontecendo.

Levantou o rosto vermelho de cansaço e olhou firme para Lupus.

– Eu lembrei o motivo de você ter ido embora da Grand Chase. Foi minha culpa, agora eu sei disso. - Dizia com dificuldade por ainda faltar ar. - Então, me desculpe! Eu não queria falar aquelas coisas idiotas, nunca quis. Naquela época eu estava estressada com tudo por causa das coisas que estavam acontecendo e tal. E no final, - Fica com um olhar triste. - Eu acabei descontando em meus amigos.

– Está falando daquela vez em que você disse aquela coisa sobre mim e o Lass? - Ver ela confirma com a cabeça. Não pode de deixar de rir da cara dela.

– Qual é a graça?

– Não foi sua culpa de eu ter ido embora.

– O que? - Olha séria para ele. - Mas tudo que eu dis -- É interrompida.

– É, pode-se que sim. O que você falou para mim, me fez pensar por um bom tempo e finalmente chegar a uma conclusão. Eu fui embora porque eu sabia que o Lass nunca seria ele mesmo comigo ao seu lado, então eu partir. - Suspira cansado. - Queria deixar ele ter a vida dele em paz, sem mim.

– Mas... - Depois de um tempo, as coisas vão entrando em sua mente. - Como que vocês se entendem depois de terem passado tanto tempo longe?

– Às vezes, eu o encontrava em uma missão ou outra. - Dar de ombros. - E por estranho que pareça, a gente tinha que se unir para poder ganhar. E depois de algum tempo, a gente foi se entendendo aos poucos, mesmo sendo distante.

Elesis o olhava com atenção.

– E se não fosse pelo o que você tivesse dito naquele dia, eu nunca pararia para pensar dessa forma. Talvez eu e o Lass não fossemos desse jeito.

– Mesmo assim. - Continuava a se punir. - O que eu falei o fez ir embora, e esse não é o dever de uma líder. - Range os dentes.

– Seria isso ou se entender com ele.

– Mas eu poderia ter feito os dois.

Lupus viu que aquela discussão não levaria a lugar algum, então fez o que achou certo.

– Tá tudo bem, não se preocupe com isso. Aliás, você continua sendo uma boa líder de qualquer jeito.

Olhou surpresa para o caçador. Não esperava ver ele falando isso.

– Agora, vai para sua casa que tem alguém muito preocupado com você. - Acenou, se despedindo.

Soltou o pulso do rapaz, assim se despedindo também.

– Acho que sim - Sussurra, respondendo discretamente.

Deu meia volta e seguiu seu caminho em direção à sua casa. Ao chegar na entrada, abriu a porta sem se importa de fazer barulho ou não, o que chamou atenção de Lass.

– Por onde que você saiu? - Perguntou o albino surpreso.

– Pela janela do quarto. Fui falar com o Lupus, pedir desculpa para ele.

– Desculpa? O que você fez pra ele? - Olha curioso.

Suspirou com um olhar calmo.

– Eu lembrei de uma coisa do passado. - Passou a mão na cabeça. - Eu não sei o que aconteceu, eu só senti uma dor de repente e quando percebi, estava apagada e tendo um flashback.

– Sério? E do que você se lembrou?

Se esforça um pouco para lembrar.

– Eu tive uma discussão com o Lupus, e por causa disso, ele foi embora da Grand Chase. - Urra de irritação. - Mas ele disse que foi outro motivo e tal. No final das contas, não havia necessidade de eu fazer isso. - Diz sem jeito.

– Isso é bom. - Olha confusa para o rapaz. - Você está se lembrando das coisas. Parece que sua memória está voltando aos poucos. - Fala aliviado.

– Sim, isso parece bom. - Sorri, disfarçando o que sentia de verdade.

Sabia que se lembrasse de outras coisas, talvez, voltasse a se sentir culpada novamente. Não decidia se preferia saber o que aconteceu ou não saber de nada. Mas isso era algo que ela não pode escolher, apenas esperar.

– Algum problema? - Pergunta o albino tirando Elesis dos pensamentos.

– Não, eu estou bem. - Fala com o olhar baixo.

Coça a cabeça, sentindo que a culpa continuava dentro dela. Lembrou que tinha falado aquelas coisas mais cedo para seus amigos, o que a fez se sentir muito mal.

– Eh, me desculpa também. - Lass já iria subir quando ouviu a ruiva falar. - Mais cedo eu falei umas coisas idiotas, então, foi mal.

Olhou sem expressão para a espadachim.

De repente, sentiu algo quente cerca-la. Ficou assustada no começo mais depois ficou calma e relaxada. Os braços Lass a abraçando a fazia se sentir melhor, como se todos os problemas que tivesse sumiram.

– Tá tudo bem, não se preocupe com isso. - Disse o albino passando a mão no cabelo da ruiva.

– Não, Não está... - Continuava com o olhar triste. - Nunca vai estar.

Olhou para Elesis, vendo seu olhar triste, o que chamou sua atenção. A ruiva levantou o rosto e olhou para Lass.

– Por que diz essas coisas? - Pergunta o ninja.

– Porque eu acho que as coisas nunca voltaram a ser a mesma. - Apertou o olhar, com raiva de si própria.

Outra vez, ficou surpresa pela a atitude de Lass. Encostou sua testa com a da ruiva, ficando próxima dela. Olhou mais de perto o olhar calmo que o albino mostrava.

– Eu não me importo de que as coisas voltem a ser as mesmas, contato que você esteja aqui.

Se sentiu tão culpada naquele momento. Estava enganando Lass desde o momento que chegou nesse tempo, mas não só ele, e sim todos. Eles acreditam que a Elesis é a verdadeira, a qual eles passaram todos esses anos até chega no tempo atual. Queria poder gritar para quem quisesse ouvir que não era ela de verdade, e essa sensação aumenta cada vez mais que os dias passam.

– E por quê você diz isso? - Dessa vez é Elesis que pergunta.

– Porque você é a única coisa que me resta. - Sorri.

Sentiu uma sensação estranha naquele momento. Parece que sentia como a Elesis daquele tempo se sentia em relação a Lass, mas apenas ele no momento. Queria mais, muito mais vindo albino. Queria dizer o quanto gostava dele, o quanto queria só para ela, porém lembrou de que tudo era sentimentos falsos para ela. Elesis nunca foi de sentir isso pelo o Lass, então por quê mudaria de opinião assim de repente? Mas parecia que estava ignorando esses pensamentos.

Lentamente passou sua mão pelo o rosto do albino, chamando a atenção do mesmo. Se esticou um pouco para ficar, pelo menos, da mesma altura do rapaz. Levantou mais o rosto, assim ficando cara a cara com ele. Logo foi se aproximando.

– Não. - Pensa Elesis.

Lass não se importava muito com o que a ruiva estava fazendo, se aquilo a fizesse bem, então estava tudo bem.

Elesis só queria acabar com tudo aquilo, não aguentava mais esperar. Porém, quando estava quase o beijando, fechou os olhos e trincou os dentes. Rapidamente se afastou de Lass e o empurrou com as duas mãos, o fazendo dar alguns tropeços para trás e a olhar confuso.

– Não, eu não posso! - Diz Elesis ainda com o olhar triste. - Desculpa.

– O que foi?

– Eu não posso retribuir o sentimento que você sente por mim. Desde que eu fiquei sem memória, tudo tem sumido pra mim. - Aperta os punhos. - Principalmente pelo o que eu sinto por você, Lass.

Permaneceu em silêncio.

– Eu não quero força nada, ou fazer algo de mentira entre nós. - Continua. - Então desculpe por isso.

– Entendo. - Diz Lass, chamando a atenção da ruiva. - Se você não quer, então não precisa fazer.

– Eu só quero que nossa relação seja como antes, sem isso tudo. - Diz sem jeito. - Talvez até lá minha memória volte e eu possa gostar de você de novo. - Sorri confiante.

– É, pode ser. - Fala sorrindo também.

Andou até a ruiva e quando chegou perto dela, pousou sua mão sobre a cabeça de Elesis.

– Antes disse eu faço você se apaixonar por mim novamente.

– Mas podemos agir como antes até lá?

– Tipo assim?

Rapidamente aparece nas costas da ruiva e a agarra pelo o pescoço, a impedindo de fugir, e começa a fazer cascudo na garota.

– Nã-Não desse jeito. - Tentava se soltar do braço do rapaz porém não conseguia.

Vendo que aquela era a única solução, mirou o cotovelo para Lass e jogou contra ele. Mas parecia que ele sabia que Elesis faria aquilo, então a pegou pelo o braço e fez o corpo inclinar para frente, e se ela tentasse algo, Lass torcia braço.

– Como... Como que você sabia que eu ia fazer isso? - Pergunta com dificuldade, além de ter os cabelos jogados na frente de seu rosto.

– Depois de anos apanhando desse jeito, eu descobri um jeito de deter isso. - Sorria vitorioso.

– Desgraçado. - Sussurra.

Elesis não podia ser dada como derrotada, não daquele jeito. Com bastante força, conseguiu escapar das mãos do ninja e se recompor. Sem dar tempo dele revidar, o chutou na horizontal, de lado, porém sendo segurada facilmente pelo o pé.

– Também aprendi a me defender disso.

– Seu... - Dizia nervosa em quanto pulava em um pé só.

Lass puxa o pé de Elesis, se aproximando desse jeito mais da espadachim. Se sentiu desconfortável com aquela aproximação, a deixando envergonhada.

– Não quer dizer que vamos agir como antes que eu não vou agir, como você diria, como um pervertido. - Sorri maliciosamente.

Ficou vermelha com aquele comentário. Tentou se afastar mas continuava presa a ele, até que o albino largou seu pé e Elesis caiu de bunda no chão.

– Ah, já tá tarde. - Menciona Lass andando em direção a escada. - Eu vou dormir.

– Ma-Mas e o jantar? - Olha desesperada pra ele.

– O Lass de antes não fazia comida pra você. - Diz sério. - Então se vira.

Deixou a ruiva calada depois daquilo.

– Boa noite. - Fala antes de subir.

Ficou sentada no chão, ainda com medo do antigo Lass ter voltado.

– Será que é tarde demais pra dizer que eu gosto dele? - Pensa.

***

Acordou com o sol batendo na sua cara. Foi se mover e se sentiu um pouco desconfortável, até percebe que estava deitada no sofá. Tinha dormido ali aquela noite por não confiar no que Lass poderia faz com ela a noite. Parece que aquele aviso tinha a deixado traumatizada.

– Ele bem poderia me acordar. - Sussurra com o mal humor da manhã.

Se levantou e se despreguiçou por um tempo. Dali mesmo ouviu o barulho de água. Pelo o som, julgou que Lass estava tomando banho.

– Que preguiça de ir para Guilda. - Fala em quanto bocejava. - Acho que um banho de água gelada será bom para me acordar.

Parecendo um zumbi, Elesis saiu rastejando os pés até subir a escada. Passou pelo o corredor e entrou no quarto sem bater. Como esperava, a cama estava toda desarrumada.

– Esse cara tá fazendo de propósito, só pode. - Pensa com uma veia pulsando em sua testa.

Se aproximou da porta do banheiro e bateu de punho fechado.

– Ei, Lass! Sai logo que eu também quero entrar!

– Não enche.

Ficou mais nervosa ainda. Mas sente uma estranha sensação de repente, a deixando bem incomodada. Sentiu que alguém a olhava.

Se virou para trás e viu ninguém, o que a fez engolir seco.

– Que sensação estranha. - Pensa seriamente. - É impressão minha ou o que?

Sabia que alguém que a olhava não estava no mesmo cômodo que ela, isso é, estava fora da casa. Mas como a via da mesma forma?

Ouviu passos no andar de baixo. Ficou com uma expressão de assustada, não esperava isso. Teve um pouco de receio de bater na porta novamente, mas quando foi bater novamente, a porta se abre rapidamente e Elesis apenas ver uma mão agarra seu pulso e puxar para dentro.

Foi puxada com tanta força que a ruiva acaba se batendo contra o corpo do rapaz e fazendo ele cair novamente na banheira, e levando Elesis junto por ainda está a segurando. Caiu sobre o corpo de Lass, além de ter se molhado toda ao cair na banheira.

– O que você tá fazendo?

Olha pra ele e ver o estado que o albino estava, a deixando vermelha.

– Você tá sem roupa! - Grita desesperada. - E-E eu to em cima -- É interrompida.

O ninja coloca as duas mãos na boca da ruiva, a fazendo ficar calada.

– Fica quieta. - Sussurra.

Era quase impossível se manter calma naquela situação, o que deixava Elesis mais envergonhada a cada segundo.

Ouviu os passos vendo no quarto. Ficou apreensiva a cada passo ouvido. Ambos ficaram sério com a sombra vindo de baixo da porta. A maçaneta da porta se mexe e logo é girada por completo.

– Vocês estão aqui? - Pergunta a pessoa abrindo a porta.

Lin abre a porta e ao ver os dois daquele jeito, ficou corada no mesmo instante. Colocou as duas mãos nos olhos, porém deixando os dedos aberto para continuar vendo.

– O que vocês estão fazendo?! - Pergunta Lin assustada.

– Nã-Não é o que parece! - Fala Elesis tirando a mão do albino da sua boca.

– Desculpa por interromper! - Sai correndo com a mão no rosto.

Com a mão esticada com esperança de que Lin voltasse e entendesse a situação. Depois de um tempo, percebeu que continuava naquela situação.

– Pensei que fosse uma coisa séria. - Diz Lass suspirando.

Elesis se virou pra ele e começou acerta-lo com socos.

– Seu idiota! O que pensa que tá fazendo me jogando na banheira com você... Desse jeito! - Gritava com o rosto vermelho de vergonha.

O albino se defendia tranquilamente daqueles ataques bobos vindo da ruiva. A segurou pelos pulsos e a olhou sério.

– Se você não estivesse gostando já teria se levantado e ido embora.

Ficou calada por um momento. Logo se tocou que era verdade. Rapidamente enfiou as unhas na cara do albino e o arranhou, assim se soltando. Se levantou da banheira ainda com uma cara envergonhada e saiu batendo o pé no chão.

***

Estava sentada na cadeira com o rosto ainda corado. Tinha chegado na guilda fazia um tempo, e mesmo depois de um tempo, continuava pensando naquilo.

– Tudo bem, Lin? - Pergunta Arme.

A morena estava com um olhar estranho, como se não tivesse ali. Parecia que estava no mesmo estado que Elesis.

– Sim, eu tô bem. - Ri sem jeito. - Não é nada.

Já Lass não estava se importando com nada, apenas estava com aquele olhar preguiçoso. Ronan se aproxima dele e cutuca sua bochecha, onde tinha marcas de arranhões, feitos pela a ruiva.

– O que foi isso? Um gato te atacou?

O albino segura o dedo do azulado e começa a torce, fazendo o rapaz gritar por perdão.

– Hum, gente... - Começa Elesis.

– Não precisa pedir desculpas, Elesis. - Diz Lire negando com a mão.

– Mas eu nem falei nada.

– Exatamente. - Fala a roxinha. - Não fale nada.

Olhou confusa para elas.

– Sabemos que você tá passando por bastante pressão ultimamente. - Menciona Edel de braços cruzados. - É normal agir daquela forma.

– E não se esqueça que nós estamos aqui para qualquer coisa. - Diz Azin com seu típico sorriso no rosto.

– Verdade, verdade. - Fala Lin concordando com a cabeça.

Olhou para todos com um olhar esperançoso. Sentiu vontade de chorar, é claro, de felicidade. Era a pessoa mais sortuda no mundo em ter seus amigos ao seu lado. Mas para esconder esse sentimento, virou o rosto pro lado, ficou séria e cruzou os braços.

– Tá, tanto faz. - Dar de ombros.

Riram da reação da ruiva. Sempre foram acostumados a Elesis agir dessa forma "durona".

– Bem, antes que você comece a pedir desculpas outra vez. - Fala Ryan em quanto segurava um grande jarro de flores. - Eu vou colocar isso no salão onde a Mari tá.

– Hã? - Olha surpresa. - Você vai lá? Mas pra que?

– Eu já disse que coloco alguns vasos de flores lá para a Mari consumir energia deles. Não lembra disso?

– E-Eu posso fazer isso?! - Levanta da cadeira animada.

– Não tem problema?

– Não, nenhum. Eu gostaria de ver a Mari outra vez.

Ryan olhou para o Ronan, esperando uma resposta dele. Já que onde a garota estava é localizado no seu castelo.

– É só não ficar muito tempo lá dentro. - Avisa o azulado, em quando massageava seu dedo torcido.

– Certo. - Responde com os olhos brilhando.

O elfo entregou o vaso de flores para a ruiva, quer não achou muito pesado para o tamanho. Saiu da guilda em direção ao castelo.

Em pouco tempo chegou no local. Avisou os guardas que era ela, então permitiram a entrada. Subiu as longas escadas e os longos corredores até chegar no grande portão dourado. Realmente, aquela porta chama a atenção de qualquer um que passa por ali.

– Como que eu faço pra abrir mesmo? - Não lembrava muito bem.

Da última vez que esteve ali, conseguiu entrar pelo o sangue que escorreu de seu braço cortado. Nesse exato momento lembra de Ronan falando que a porta só abre através do sangue de um integrante da Grand Chase.

Colocou o jarro no chão para poder usar as duas mãos. Com os dentes, cortou o dedão da mão. Viu o sangue escorrer, então apenas colocou a mão na porta. Logo um selo é formado e quebrado.

– Pronto.

Ouviu a porta se destrancar. Pegou o jarro do chão e com o pé, deu um pequeno chute para a porta abrir. Ao entrar, deu de cara com a iluminação do lugar, que era impressionante. Ficou feliz em está ali, mesmo tendo sua energia sugada. Mas toda essa felicidade some ao ver uma pessoa além da Mari ali.

Do outro lado da cama onde a azulada descansava, estava ele novamente. O mesmo rapaz do capuz escuro, que Edel perseguiu, olhava para a garota. Segurava uma das pontas de seu cabelo encaracolado pelo o tamanho.

Elesis ao ver ele, lembrou do que aconteceu mais cedo. Aquela sensação de ser observada vinha dele, o que a deixou assustada. Mas sentia algo de familiar naquela pessoa, porém a espadachim não sabia.

O rapaz para de olhar para Mari e percebe a presença da ruiva. Olhou pra ele, ainda com seu rosto coberto pelo o capuz, e ficou parado por um tempo.

A única coisa que Elesis conseguiu falar foi:

– Hein?


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Notas finais do capítulo

Review?
*Quem viu o novo personagem a ser lançado? Eu não gostei muito dele por ser... Sei lá! Ele vai usar uma espada e eu não gostei disso T-T