Sam:

Praia:

Mantive-me afastada do mar. Não confiava mais no mar que levou uma parte de mim.

– Não vai mesmo mergulhar? – Freddie estava deitado na toalha ao meu lado deixando-se fritar no sol de verão.

– Não gosto!

– Essa praia deserta é um achado Sam! E esse sol maravilhoso!

– Exaustas pesquisas da Carly – observei o moreno levantar-se nos cotovelos e olhar para a morena que estava a uma distância segura do mar, onde ajudava Stellyan com areia, pequenas pás de plástico e baldes com água para construir um castelo.

Minha amiga sorria sem restrições. Andava os observando nas últimas semanas e sempre que cuidava do meu garotinho via surgir uma luz sobre ela. Olhei o rapaz ao meu lado, os olhos pequenos focados naquele mesmo momento, o vi entreabrir os lábios e pestanejar várias vezes.

Um dia vi aquele mesmo olhar apertado de admiração e medo voltados para mim por um homem que poderia dizer que me amava...

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– Quero algodão doce agora – Exigi. Finalmente estávamos em um encontro. O moreno segurava minha mão, o sorriso tenso. Mas não deixei se afastar.

– Depois da montanha russa, minha pequena – ele falou antes de afundar o rosto nos meus cachos enquanto andávamos laçados pela cintura ao outro.

– Não, quero agora – estava com minha boca salivando por aquele doce.

– Ok, tudo bem, mas antes quero ir ao tiro ao alvo! – O moreno saltitou me fazendo acompanhar involuntariamente.

– Certo se eu acertar mais patos eu ganho uma noite inteira com você!

– Nossa você anda muito exigente! – ele brincou estreitando as sobrancelhas para mim. Apenas sorri e mordi seu ombro sobre a camisa que ficou babada.

– Ai! por isso que não gosto de crianças elas babam e mordem – dei um pisam no seu pé, ele tropeçou, mas o segurei junto a mim evitando que caísse.

– Babam e não olham para onde andam...

– Não me provoque - avisei. Dando beliscão em sua costela. – saco de ossos.

– Hey! Vou amar mostrar meus dotes de atirador – Spencer sorriu e me puxou para um beijo. Deixei deslizar aos seus lábios.

– Woo! seus nojentos saiam da frente – ouvi a voz desconhecida e senti os lábios de Spencer serem bruscamente tirados do meu.

Um homem largo, com cara feia e mais alto que Spencer havia esbarrado no meu moreno.

– Desculpe por obstruirmos a passagem – Spencer pediu, o homem passou por nós. E o moreno colocou o braço no meu ombro e voltamos ao caminho.

– Se você é bom assim quero o urso gigante! - Pedi o vi me olhar com olhos apertados novamente sem prestarmos atenção para onde íamos nos chocamos com corpo.

– Bosta – quando o homem grande virou era o mesmo bocó anterior.

– Ops! desculpe – Spencer fez sorriso tímido.

– Olhem para onde andam! Casal de retardados!

– Hey! ele já pediu desculpas, seu imbecil – vociferei.

– Não Sam – Spencer me puxou pelo braço me colocando atrás de si quando o desconhecido socou o punho na palma da mão esquerda.

– Quem é imbecil?

– Você seu ogro! – repliquei tentando desviar do moreno que me matinha protegida por seu corpo.

– Sam – Spencer suplicou ao me olhar por cima do ombro, com sinal de aviso para me calar.

– Hooo! Salsicha sai da frente pra eu olhar para essa vagabunda atrás de você! – senti meu sangue ferver, contudo, antes que pudesse avançar no seu pescoço foi Spencer que rapidamente socou o nariz do grandão.

– Ai,ih.. Quebrei minha mão – Spencer gemeu e virou-se para me olhar segurando o seu punho fazendo careta de dor. Então grandão pegou no ombro dele e o girou metendo-lhe um soco. Meu amante cambaleou colocando a mão onde levara um soco.

Avancei para o brutamonte e lhe passei uma rasteira, a montanha desequilibrou e caiu no chão, me olhou com raiva. Observei Spencer novamente ele vinha em minha direção.

– Sam! Não se envolva em brigas – moreno falou com a voz embagada, sangue escorrendo de seu nariz.

– Sua vadia! – O grandão levantou, desviei de Spencer ciente da roda de pessoas nos observando e antes que pudesse dar um golpe ou desviar da velocidade do homem vindo em minha direção, Spencer entrou em minha frente e o soco que eu levaria no estômago atingiu-o em cheio. Dessa vez o vi inclinar de dor se ajoelhando para o chão.

– Ai ...ai – gemeu, quando me ajoelhei para olha-lo.

– Você está bem? Desculpe, eu cuido disso...

– Atrás Sam! – Spencer gritou e antes que o desconhecido agarrasse-me pelo cabelo rolei para longe. Spencer recebeu um chute no peito que o fez voar para o chão sangrando.

Meu sangue ferveu tudo estava vermelho, pessoas gritando, gemendo, ou uivando tanto para o bem de Spencer como para o Grandão.

Avancei com minha voadora, deslizei pelo ar atingindo, sem pensar mais enquanto a montanha cambaleava com o choque de meu pé ao seu rosto, fui com punhos prontos o socando com força e frequência em seu rosto com toda minha força e raiva...

O fiz dobrar nos joelhos gemendo alto.

Corri até Spencer e o ajudei ficar em pé apoiando o peso de seu corpo em meu ombro o guiei a passos rápidos para o meio da multidão.

– Tudo bem? Consegue andar? – questionei com adrenalina ainda me consumindo. Mas Spencer era mais importante que terminar de bater em um imbecil qualquer. Deveria mantê-lo seguro e não apanhando.

– Ah bhem naguizzz – ele falou de forma incompreensível, consegui rir, avistei a fila da roda-gigante vazia, olhei para trás a multidão dispersando o grandalhão nos procurando por cima das cabeças.

– Vêm – chamei Spencer agora ficando ereto sem precisar apoiar seu peso em mim.

Entramos em uma cabine da roda-gigante. – Boa sorte – o garoto disse fechando nossa proteção.

– Isso é tão sexualmente instigante e romântico – ironizei vendo Spencer tirar a camisa para limpar o seu rosto ensanguentado. O brinquedo começou a estala e as luzes ficarem fortes, e começamos a subir lentamente.

– Quis te proteger e no fim você me defendeu – ele muxoxou sorrindo triste.

Aproximei meu rosto ao dele segurei em seu pescoço e o beijei com carinho, lentamente aproveitando o sabor delicioso da experiência de beija-lo. Deixei minhas mãos percorrerem seu dorso ainda nu. E o ouvi gemer entre meus lábios, as mãos dele apertando com força minha perna.

Um estralar nós fez separar. No cume alto da grande roda-gigante. Podíamos ver a linda vista do píer, os prédios, as luzes coloridas que começavam a dançar para o céu vindo dos brinquedos do parque. Spencer puxou meu rosto e me beijou. Conseguia ver o céu estrelado acima de nós pela proteção de vidro. Os lábios e a língua dele brincando com meus sentidos e aquela vista incrível me tirando o fôlego.

Quando separamos a roda já fazia seu movimento lento para descer as cabines.

– Te amo – Spencer sussurrou. Abraçando-me com força, os braços quentes dele me envolvendo as mãos carinhosa deslizando pelo meus cabelos as costas. Afundei meu rosto em seu peito sentindo cheiro de sua pele, o toque de minha bochecha quente em seu peito nu.

Não consegui responder a sensação deliciosa de ser amada tão intensamente. Apenas o olhei quando me separei de seus braços, o moreno com olhos pequenos apertados observando com cuidado e os lábios entreabertos. Medo e admiração. Vislumbre de um sentimento que percorre sua mente e seu corpo inteiro. Sentia o mesmo só de olha-lo.

Medo de onde aquelas emoções me levariam.

Admiração de sua beleza e de como era fascinante aos meus olhos. Estes perdidos tentando focar, simplesmente se achar em meio a tanto sentimentos. Paixão ou amor ... Não tinha nome. Só que me dominava.

...Este mundo pode ter enlouquecido.

A maneira como você me Salvou quem poderia me culpar

Quando eu só quero fazer você sorrir...- MTK Classic

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