Between Us escrita por Ludymila Leal


Capítulo 11
Inspiração


Notas iniciais do capítulo

A nível de curiosidade:

Casa Alice e Jasper: https://www.trulia.com/p/ny/new-york/154-e-74th-st-new-york-ny-10021--2088853339


Casa Edward e Bella: https://www.trulia.com/p/ny/new-york/10-e-75th-st-new-york-ny-10021--24259


Casa Rosalie e Emmett: https://www.trulia.com/p/ny/new-york/253-w-18th-st-new-york-ny-10011--2088825170



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4 horas antes

O alarme do celular de Rosalie tocou. Faltavam alguns minutos para a hora de dar o remédio para Amelia. Sem muita pressa, a loira abaixou a tela do notebook, pondo-o em estado de hibernação e saiu do quarto. Desceu as escadas até o quarto de brincar das meninas e viu que tudo estava bem, então foi até a cozinha buscar o remédio. Pegou o vidro de amoxicilina e virou o conteúdo no copinho, mas não conseguiu encher nem sequer 5 ML’s dos 10 que precisava.

—Oi? –Rose questionou a situação, olhando para dentro do vidro. Ela não faria aquilo. Não guardaria um vidro de xarope tão vazio assim. Mas guardou. Guardou devido ao cansaço, as crianças gritando em sua cabeça e o cachorro latindo.

—Ai que droga!-ela reclamou baixo. Não podia furar o remédio. Sabia disso. Antibióticos perdem totalmente o efeito quando não tomados exatamente de 12 em 12 horas.

Rosalie correu para o andar de cima e pegou seu celular, ligando para a

Walgreens.

—Sem entregador hoje? Mas que coisa hein!

Depois tentou a CVS.

—Como assim? Como uma farmácia não entrega remédios?

Duane Reade.

—Vocês não têm Amoxicilina? Ah, tudo bem. Obrigada.- e desligou. -Mas que droga! E agora? –questionou a sí mesma. Por via das dúvidas, deu o que tinha para a filha que tomou o remédio e logo voltou a brincar. Mas ainda assim, não se aquietou. Ela precisava tomar a dose completa ou não adiantaria de nada. Com isso, ela tomou a decisão que mudaria o rumo de sua noite: teria que ir comprar o medicamento.

Ligou para a filha da vizinha –uma adolescente de 16 anos que frequentemente fazia um bico de babá para Rose- e logo a menina chegou em casa.

—Se elas pedirem sorvete, pode dar. Menos pra Olivia e Mia, mas dê chocolate pra compensar o desespero. Eu volto em menos de meia hora. –ela deu as últimas recomendações e saiu de casa, entrando na Spin e arrancou. Dirigiu dez minutos até a Walgreens mais próxima, mas a mesma já estava fechada, então dirigiu até a CVS mais próxima. Para seu azar, também estava fechada. E isso se repetiu pelas próximas 5 farmácias: ou não havia o medicamento ou a farmácia estava fechada.

Devido a isso, Rose teve que sair do centro e atravessar a ponte do Queensboro.

Felizmente, a Healthy Living Pharmacy era perto do final da ponte e foi lá que Rosalie conseguiu o medicamento. Já estava no meio do trajeto quando notou um barulho no pneu traseiro e percebeu que o carro estava perdendo a velocidade.

—Mas que droga é essa?- deu seta para a direita e encostou no acostamento da ponte com o pisca alerta ligado. Desceu do carro e para seu desespero, o pneu estava furado.

—Ah não... Eu não acredito!- e não acreditava mesmo. Não conseguia pensar no que faria agora, já que era péssima com qualquer coisa relacionada a carros. Somente dirigia bem. O resto, era com Emmett. E foi para o marido que ligou. Incessantemente, mas todas as vezes, caia na caixa postal.

—Mas que droga, Emmett! Para que serve um marido se ele não troca os pneus da esposa?! – ela andava ao redor do carro enquanto ligava. O movimento na ponte estava fraco e era justamente isso que a preocupava. Já estava apavorada quando se lembrou de ligar para o seguro, mas infelizmente, o mesmo não iria aceitar ser acionado enquanto ela não estivesse com o código do segurado em mãos e para todos os reboques que pesquisou na internet, o telefone não funcionava. Já dentro do carro, os olhos dela já estavam marejados quando ligou novamente para o esposo. Novamente, ele não atendeu.

—Mas que merda!- ela atirou o celular no banco do carona e deitou o rosto no volante, agora chorando de verdade. Permaneceu assim até seu celular vibrar e ela alcança-lo com pressa. “Deve ser ele!” pensou, mas se enganou. Era Thomas, enviando como prometido, o vídeo de sua mãe. Rosalie voltou a chorar desesperadamente, mas então teve uma idéia.

[...]

—Thomas, eu nem sei como te agradecer! –enquanto o rapaz se levantava do chão, após ter trocado o pneu, ela agradecia ele pela milionésima vez.

—Rose, é sério. Não precisa agradecer, não foi nada demais. –ele limpou as mãos num pano e jogou o mesmo no porta-malas de Rose, fechando o mesmo.

—Você teve que vir de táxi pra cá a essa hora da noite... Como pode dizer que não é nada? Você é gentil demais! Não sei como te agradecer, é sério. –Rose ainda estava chorando. Estava muito sensibilizada com toda aquela situação de pânico que havia vivido ao estar sozinha na ponte, então, o rapaz havia se tornado seu herói.

—Me agradeça me dando uma carona até em casa. É o sufuciente, Rose. – o rapaz sorriu de forma doce e ela devolveu o sorriso, virando-se para entrar no carro, porém, Rosalie foi acometida por uma tontura, o que a fez cair para trás, sendo amparada por Thomas, que a tomou nos braços.

—Rose! O que houve? – ele questionou, preocupado.

—Não sei.... Uma tontura... Mas acho que já estou bem. –ela disse um pouco mole, tentando ficar de pé mas voltando a cair.

—Não se mexa... Vem, vamos entrar no carro. Eu te levo pra casa. Não vou permitir que você dirija nesse estado. – Thomas a guiou até o interior do carro, passou o cinto de segurança e fechou a porta, se encaminhando para o lado do motorista. Durante todo o trajeto, os dois ficaram em silêncio, ouvindo apenas os sons do trânsito fora do carro.

Quando chegaram à casa de Rose, ela já estava menos pálida e bem o suficiente para oferecer cookies de chocolate que havia feito mais cedo para as meninas. Thomas acabou aceitando e os dois entraram, encontrando as meninas assistindo um desenho na sala.

—E essas são as crianças.- ela disse sorrindo quando as meninas correram para abraçar a mãe. –Liv, Lily, Carol e Mia, esse é o tio Thom.

—Olá princesas. É um prazer conhecer vocês. –ele sorriu e estendeu a mão para as meninas, pegando cada uma delas e dando um beijo, o que fez as quatro sorrirem.

—A gente ta vendo Moana.- Lily disse enquanto segurava a mão de Thomas.

—Você já viu? – Olivia questionou e sem dar tempo do homem responder, o arrastou até o sofá.

Rosalie aproveitou a distração das meninas para pagar e dispensar a babá e logo foi sentar-se no sofá ao lado de Thomas, já com os cookies na mão.

—Servido?- ela pegou um para sí e estendeu o pode para ele.

—Tá muuuuuuito gostoso, tio. Prova só. –Caroline aconselhou e ele acatou, soltando um “hmmmmm” satisfeito após sentis as gotas de chocolate belga no cookie.

Os dois permaneceram com as crianças até que os cookies acabaram.

—Bom, como todo cachorro magro, agora que eu comi, irei embora.-ele brincou, ficando de pé.

—Vou pedir um taxi pra você. Eu insisto. –ela logo disse quando percebeu que ele contestaria. Em poucos minutos, o táxi chegou e os dois se despediram com um abraço. Quando ele foi, Rose voltou para o andar de cima, pegou seu notebook e continuou suas pesquisas, porém, um pouco mais leve e menos estressada. Logo as trigêmeas foram postas pra dormir, sobrando apenas Mia acesa na sala. Aos poucos, a menina começou a se dar por vencida pelo sono e Rose conseguiu pensar um pouco enquanto permanecia no computador, talvez tendo uma inspiração para um novo livro. E tudo isso graças a Thomas, que ajudara a tornar seu dia mais agradável.

[...]

—Vovó?- a voz de Jane ecoou pelo corredor e atingiu o interior do quarto de Sulpicia no suntuoso castelo.

—Aqui, querida. –ela chamou a menina. Estava deitada na cama com um álbum de fotografias nas mãos.

—O que está fazendo? – Jane indagou, sentando-se na cama.

—Vendo algumas fotos antigas.... Essa sou eu, quando tinha a sua idade. –ela apontou. – Veja como somos parecidas, eu, sua mãe e você.

—Muito parecidas mesmo. –Jane concordou, aconchegando-se na cama. A menina estava bem diferente. Estar com a avó lhe trazia uma estranha sensação de familiaridade, por isso não precisava usar desculpas ou persistir numa bisca por sua identidade. Tanto que decidira tirar os piercings, tirar as cores verde e roxo do cabelo com um novo corte e passou a usar roupas mais sóbreas.

—Olhe, essa é sua mãe quando era pequena... Dançando balé. Tão linda!

—Você devia se orgulhar muito dela. –Jane comentou e espantou-se ao ver uma lágrima escorrendo no rosto da avó. –O que foi? Eu disse algo de errado?

—Ah minha querida, é claro que não. –Sulpicia beijou o topo da cabeça de Jane. – É que eu não fui a mãe que deveria ter sido para Heidi. Fui muito falha com ela. Essas fotos que tenho foram sempre enviadas por Aro. Eu abandonei sua mãe quando ela mais precisou de mim e me envergonho demais por tudo isso.- ela abaixou o rosto e Jane fez o mesmo. –Mas agora, eu tenho a chance de me redimir. Bem aqui. – ela tocou no rosto da neta e o afagou, levantando o mesmo.

—Você e sua irmã são tudo o que me resta de minha filha e vou fazer de tudo para que nossa família permaneça unida. –ela disse e logo em seguida, foi abraçada pela neta.

[...]

—Annie? Querida? – Chelsea chamou pela terceira vez e Annie a encarou.- Você mal tocou na comida. O que está acontecendo?

—Saudades da Jane. – a jovem sussurrou, abaixando o rosto. Chelsea e Feliz se encararam e os dois alcançaram as duas mãos de Annie, que estavam apoiadas na mesa.

—Minha filha, tudo vai ficar bem. Vamos ver a Jane, eu prometo.- Felix exclamou.

—Ver Jane quando? – Annoe encarou ansiosa.

—Eu estou tentando o máximo que posso. –e era verdade. Felix estava tentando de todas as formas legais ou não ver a filha mais velha e reuní-la com Annie. Mas tudo estava bem complicado.

—Mas não se preocupe, Annie. Vamos conseguir ver a Jane. – Chelsea tentou animar a enteada que repetiu.

—Ver a Jane.

—Isso.-Feliz disse sorrindo. Após um silêncio incômodo, foi a vez de Chelsea intervir.

—Por que não damos comida ao Bunny, Annie? – a madrasta propôs.

—Coelho Bunny. – Annie se animou e ficou de pé, indo com Chelsea até a área onde o coelho ficava solto no jardim, deixando Felix pensativo na sala de jantar.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e continuem acompanhando, amores! :)



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