Seus Olhos 2ª Temporada. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 34
Vini...


Notas iniciais do capítulo

Oi amores eu pretendia postar três ou quatro capítulos seguidos ontem, mas a sinusite atacou não deu para terminar o 36 e 37, então vou postar o 34 e 35 seguidos e até sábado posto os outros dois okay amores.

Bem é isso por hora.

Ps: pelo jeito essa temporada vai ser maior que a 1ª *--*



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POV Angel.

Acordei bem cedo, depois de uma noite mal dormida, desci fazer um café, precisava despertar, o fato de eu ter pensado demais sobre o que aconteceu me irritava profundamente, eu não queria pensar, não podia me sentir assim, estranha, tudo bem que estranha eu já sou por natureza, mas dessa vez eu estava estranha de um jeito estranho.

– você está me ouvindo? – pisquei varias vezes até me tocar que Alice estava estalando os dedos na minha frente. – você esta bem, você fez café?

– não sei, quer dizer estou, mas não sei se isso é bom. – explico de forma confusa.

– quer fazer o favor de me contar o que esta acontecendo.

– eu não sei, estou um pouco confusa, mas nada de importante, deixa pra lá, café? – me apresso em mudar o assunto.

– você precisa pensar tudo bem, quando quiser conversar sabe como me encontrar. – sorri ela me conhecia muito bem.

– então Angel vai querer ir buscar o Vini comigo? – Natan pergunta entrando, incrivelmente disposto, na cozinha.

– eu pensei que você fosse estar todo ferrado hoje, você esta sorrindo depois de beber do jeito que bebeu isso é assustador. – Alice dramatiza.

– eu disse que eu tenho uma boa tolerância para álcool. – pisca.

– eu vou trocar de roupa, me espera. – aviso subindo para o quarto me trocar.

O dia estava relativamente quente, então visto um vestido solto, e uma bota baixa de cano também baixo, pego uma bolsa de lado, jogo coisas que sempre acho que vou precisar e nunca preciso, e desço.

– vamos? – pergunto chegando à sala.

– vamos, mas primeiro eu preciso passar no meu apartamento tomar um banho. – diz e ao me lembrar de ontem coro.

Seguimos o caminho todo discutindo sobre Bom Jovi novamente, era fácil me distrair com Natan ele tinha um dom incrível de me fazer bem.

– chegamos. - anunciou estacionando em um prédio simples, mas muito aconchegante.

– você não mora muito longe. – constato.

Subimos até o apartamento dele no quinto andar e era bem organizado, em vista de que ele mora sozinho era bem normal estar tão limpo.

– vou tomar banho, pode fuçar a vontade, eu sei que você vai fazer de qualquer forma. – ri enquanto eu jogo uma almofada nele.

Fiz exatamente o que ele mandou e comecei a fuçar pelo apartamento, chegando ao quarto dele pequei um de seus livros de psicologia e me deitei na cama começando a ler, me empolguei na leitura e quando me dei conta ele já havia saído do banheiro com uma calça jeans, sem camisa e com o cabelo todo molhado, desviei meu olhar de volta para o livro e tentei em vão voltar a me concentrar.

– dormiu bem? – perguntou se sentando ao meu lado enxugando o cabelo.

– sim e você? – minto, não estava a fim de explicar os motivos da minha insônia.

– não muito aquele colchão de ar é meio duro. – reclama.

– e por que você não dormiu na minha cama?

– pensei que você fosse dormir lá. – dá de ombros.

– tonto mesmo. – digo rindo.

– na verdade eu me lembro de deitar lá e só, nada mais, além disso, fiz alguma idiotice? – pergunta receoso.

– não, nenhuma fora do normal. – sorrio abertamente.

– palhaça. – diz sério jogando a toalha molhada em mim.

– isso foi golpe baixo. – reclamo.

– vou terminar de me arrumar pra gente ir. – avisa.

Volto a me concentrar no livro, confesso que era uma leitura atrativa, a mente humana é algo bem complexo de se entender, principalmente em se for a mente de pessoas perturbadas, tipo eu.

– vamos. – Natan me chama estendendo a mão.

– vamos. – deixo o livro sobre a cama e aceito sua mão.

O caminho do apartamento dele até orfanato foi um pouco longo, demoramos cerca de 40 minutos para chegarmos lá, o local nada mais era que um imenso casarão branco com portas e janelas em azul, caminhamos até o portão após Natan apertar a campainha não demorou até que uma mulher de uns 50 e poucos anos nos recebesse, ela mantinha um sorriso gentil e parecia feliz por vê-lo.

– Natan, o Vini já estava ficando agitado. – diz alargando seu sorriso.

– imagino, ele não é nem um pouco hiperativo, D. Amélia essa é Angel uma amiga que quer muito conhecer onde fui criado. – diz e a mulher sorriu.

– claro fique á vontade para apresentá-la tudo. - disse abrindo o portão para que entrássemos.

– vou te mostrar o local, mas primeiro vamos chamar o Vinícius porque ele deve estar ansioso. – Natan me guia pela mão pelo lugar.

O casarão é maior do que eu imaginei, passamos por diversos cômodos para chegar às escadas, o andar de cima era dividido em duas partes de um lado ficavam os quartos dos meninos e do outro os das meninas. Seguimos pelo lado dos meninos, tinham seis portas, cinco quartos e um banheiro, no final do corredor havia uma porta aperta que revelava um garotinho de olhinhos puxados que aparentava ter seis anos, ou ele fazia que lia ou realmente estava lendo um livro que reconheci ser “O pequeno príncipe”.

– ele sabe ler? – pergunto baixo para o Natan.

– sim uma coisa que precisa saber sobre ele, Vini é muito inteligente. – responde no mesmo tom que eu, já que o garoto não havia percebido nossa presença ainda. – ei parceiro pronto pra passear? – Natan pergunta tirando a atenção do garoto.

– Natan. – mais um fato sobre ele, seu grito é estridente. – quem é você? – pergunta reparando em mim.

– oi, eu sou a Angel. – aceno dando um sorriso de lado.

– você é bonita, é namorada do Natan?

– mais um fato sobre ele, curioso é o nome do meio, não ela não é minha namorada é minha amiga. – Natan diz o pegando no colo.

– interessante posso te seguir no twitter a tia Madalena disse que tenho que seguir meu sonho? – com essa caio na risada.

– desde quando você tem acesso ao twitter e que cantada horrível é essa? – Natan pergunta enquanto continuo rindo.

– a tia Madalena deixa a gente mexer no computador todas as sextas por meia hora. – explica. – a cantada eu vi na TV, a da TV dizia que assim: “você tem twitter, porque minha mãe disse para eu seguir meu sonho”, mas como não tenho mãe. – dá de ombros.

– quantos anos você tem, 5, 6? – pergunto um pouco surpresa.

– eu tenho 7 anos 9 meses e 28 dias. – explica.

– eu pensei que tivesse 5 você é baixinho. – sorrio.

– e você não é exatamente o que eu consideraria alta, quantos anos você tem 14, 14 e meio? – pergunta arqueando a sobrancelha.

– eu tenho 17 anos, 11 meses e 25 dias. – respondo semicerrando os olhos.

– eu ainda te acho bonita, realmente vou te seguir no twitter. – declara piscando exatamente como o Natan.

– você ensinou ele piscar assim. – acuso.

– pode ter certeza que foi. - Natan assume. – mas agora vamos vocês dois. – chama pegando a mochila do garoto. – que tal um passeio para apresentar a casa para a Angel?

– será um prazer. – esse menino é muito fofo.

Vini me apresentou o seu quarto e depois me levou para conhecer o restante dos cômodos o lugar era realmente maior do que eu imaginava, a parte dos fundo era linda um quintal imenso todo gramado com duas árvores gigantes, um playground ficava entre as árvores sobre a sombra formada por elas.

– esse sempre foi o meu segundo lugar favorito daqui. – Natan conta olhando de forma nostálgica o lugar.

– e qual o seu favorito? – é eu realmente sou curiosa.

– o berçário adorava ver os bebês dormindo, eles passavam paz.

– porque não fomos lá?

– vamos agora antes de irmos. – avisou.

– tem uma menininha que a tia Madalena disse que os tem os seus olhos. – Vini comenta.

– será que você tem uma filha perdida Natan? – brinco.

– impossível eu sou cuidadoso. – pisca e automaticamente bufo.

– e aqui. – Vini avisa ao pararmos diante de um quarto com portas duplas.

– Vini, Natan vocês ainda estão por aqui. – uma mulher de uns 45 anos diz.

– sim tia Madalena a Angel queria conhecer o orfanato. – Vini conta apontando para mim.

– oi. – sorrio sem graça.

– oi, venham conhecer os nossos novos anjinhos. – chamou.

Entramos no cômodo grande que tinha diversos berços, tinham seis bebes ali, um mais fofo que o outro, quatro pareciam ter mais de meses já dois eram tão pequenos e frágeis um casalzinho.

– tia mostra a menina que você disse que podia ser filha do Natan. – Vini pede e Madalena ri.

– é essa pequenininha aqui. – di pegando um dos bebes menores no colo. - ela foi deixada no portão á alguns dias, não sabemos nada sobre ela, estava como o cordão umbilical quando a trouxemos para dentro. – senti meu coração apertar ao saber dessa história.

– posso carregar ela? – Natan pede e Madalena passa a pequena pra ele.

– ela é linda. – digo perto dele.

– ela é uma princesa, olha esse narizinho que fofo. – Natan falava com uma voz calma parecia que era o pai da menina.

– você leva jeito, acho que não consigo nem carregá-la direito. – comento.

– quer tentar? – pergunta já querendo passa – lá para meus braços.

– Natan não, eu sou uma estabanada e se eu machuco a garota. – digo ficando em pânico.

– pare de frescura você consegue. – diz já depositando aquele pequeno “pacotinho” em meus braços.

– ai meu deus como ela é quebrável. – digo em pânico, com medo de derrubá-la. – ela é linda, tão pequena e delicada. – digo a observando dormir.

– ela gostou de você parece tão tranqüila. – Madalena diz.

– pronto Natan pega a menina antes que eu a derrube. – peço.

– viu só não foi tão difícil. – revira os olhos. – bom agora temos que ir. – ele avisa entregando a pequena bolinha para Madalena.

Saímos do orfanato e vamos direto ao shopping, parece que é meio que um ritual dos dois, a primeira coisa que fazem é passar em um fast food e comer alguma porcaria, no meio do nosso “almoço” meu pai me liga para avisar que “já voltaram e querem me ver” então resolvemos ir para minha casa.

– Oi. – Samanta diz saindo da minha casa com Pietro.

– Oi pra vocês. – digo estranhando a postura de Pietro.

– Oi. – ele diz desviando o olhar.

– Temos uma notícia para dar. – Samanta anuncia animada.

– o que? – pergunto nem um pouco interessada.

– mais tarde, nos vemos a boate do centro? – serio essa garota esta animada demais hoje.

– não sei eu prometi ficar com o Vini hoje. – sorrio pro garoto folgado ao meu lado.

– ah que pena não será a mesma coisa sem você querida. – sorri e Pietro a encara irritado.

– a gente ter que ir. – diz ríspido a puxando pela mão.

– o que deu neles? – pergunto assim que se afastam.

– não sei. – responde coçando a nuca.

– você sabe sim, coçou a nuca você sempre coça quando esta mentindo.

– tá eu sei uma coisa, mas não é da minha conta e você não devia ir a boate.

– pois agora eu quero ir e você vai comigo. – digo seria.

– ta doida e o Vini?

– tenho certeza que minha mãe vai adorar ficar com ele, saímos a dez. – aviso sem deixar brechas para discussão.

– você é a pessoa mais teimosa que conheço. – declara.

– e você me ama. – sorrio convencida.


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