Seus Olhos 2ª Temporada. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 35
Noite divertida...




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POV Angel.

O dia passou voando, Natan já havia ido pra casa dele e meu pai havia perdido minha mãe para o Vini, ela estava realmente apaixonada por ele e ele por ela e tinha deixado bem claro isso para meu pai, minha mãe adorou a ideia de ficar com ele e prometeu uma noite cheia de coisas gostosas e quando ela acha de cozinhar arrasa, depois de uma maratona de brincadeiras com ele subi tomar um banho e me arrumar, já tinha mandado uma mensagem para Alice e ela e Juan nos encontrariam lá. Como a noite estava meio fria vesti uma calça jeans escura, uma blusinha branca de manga cumprida fina e uma jaqueta de couro preta, uma bota de cano baixo e salto alto e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto, a maquiagem pra variar apenas meu fiel lápis de olho e um batom vermelho. Depois de pronta desci esperar pelo Natan meu pai estava assistindo algum filme de ação e minha mãe fazendo biscoitos com o Vini.

– você esta bonita. - meu pai comenta desviando os olhos da TV.

– sempre estou. - pisco brincando.

– você puxou a beleza da sua mãe, mas com certeza a humildade é minha. - diz rindo.

– pois é, deveria ter puxado seus olhos também, injustiça. - bufo, nunca iria superar, tinha uma queda por olhos claros.

– gosto dos seus olhos como são. - ele sorri aquele sorriso cativante que me fez sorrir também.

– minha deixa. - digo ao ouvir a buzina.

– juízo. - pede me dando um beijo.

– é meu sobrenome. - grito já saindo, minha mãe e Vini estavam tão concentrados que preferi não atrapalhar eles.

– oi, de novo. - Natan me cumprimenta do lado de fora do carro, ele está realmente bonito com uma blusa pólo preta e calça jeans escura.

– é sempre um prazer. - sorrio.

Natan foi o caminho todo calado nem ao menos quis discutir sobre minhas escolhas musicais, chegamos a boate e enfrentamos uma pequena fila para entrar.

– o que houve com você, está quieto e isso não é normal. - digo.

– impressão sua, talvez você esteja quieta de mais, eu sempre acompanho a sua agitação. - pisca.

– okay, agora você me fez ficar pensando se quem estava estranha era eu. - digo após um tempo em silêncio.

– talvez você estava tão distraída brincando com seu anel que nem percebeu. – sorri.

– eu acho que realmente não percebi. - digo mesmo achando estranho não me lembrar.

– às vezes acontece de nos "desligarmos" momentaneamente, ou apenas esquecermos sobre o que estávamos pensando, talvez não fosse importante não se preocupe. - sorriu docemente beijando minha testa.

– olha os estranhos lá. - aponto com a cabeça onde Juan, Alice, Pietro, Samanta e outra garota estavam.

– então vamos ver o que ela quer contar. - diz oferecendo a mão e eu aceitei.

– dá pra vocês serem menos grudados. - meu irmão implica por estarmos de mãos dadas.

– oh que irmão ciumento. - debocho dando um beijo no seu rosto.

– porque esta tão feliz? - Alice pergunta enquanto cumprimento cada um com um beijo no rosto, incluindo Samanta e amiga de pouca roupa dela

– eu nasci feliz meu amor. - pisco pra ela.

– os humores dela estão realmente conturbados hoje, primeiro ela estava normal, depois quase chorou por conseguir segurar um bebê, depois ficou estranhamente calada, agora ta esbanjando alegria, eu arriscaria TPM. - Natan comente levando um soco no braço.

– você lidando com crianças? - Juan pergunta surpreso.

– pois é, tinha até arrumado um admirador, mas ai ele conheceu a mamãe e me trocou por ela. - dramatizo.

– então pessoal, temos uma novidade. - Samanta diz empolgada.

– não é bem uma novidade é uma solução temporária. - Pietro se apressa em corrigi-la.

– ai Pietro você quase acaba com toda a graça. - ela reclama. - bem como eu estava dizendo nós vamos morar juntos. - diz feliz da vida.

– por dois meses. - Pietro completa.

– legal. - Juan comenta sem muito entusiasmo.

A única que explode de alegria com a noticia é a amiga dela que a parabeniza com um abraço e muitos gritos agudos, Pietro me encarou e fez sinal para o bar entendi que ele queria conversar e sem dizer nada o segui.

– oi. - ele diz um pouco desanimado.

– oi. - sorrio.

– o apartamento dela esta em reforma por isso ela vai ficar em casa. - explica.

– você não precisa me explicar eu não tenho nada haver com isso. - sorrio triste.

– na verdade se eu não tivesse a chamado de Angel ela não teria chorado e para consertar eu não a convidaria para passar este tempo em casa. - o encaro perplexa.

– se eu fosse ela iria acertar um chute em lugares doloridos. - faço uma careta.

– o que eu faço agora, ela já era grudenta agora então. - ri-o da expressão dele.

– você precisa tentar fazer com que dê certo. - digo apertando sua mão.

– isso vai ser um porre. - reclama revirando os olhos. - obrigado por tentar me entender. - agradece beijando minha mão.

– acho melhor a gente voltar. - aponto para a mesa onde Samanta nos encarava sem disfarçar.

– tem razão vamos.

Pegamos algumas bebidas e voltamos tinham mais dois caras e uma moça que eu não conhecia com eles. A moça era amiga da Samanta e os rapazes do Juan, a moça era uma morena de cabelos cacheados e olhos cor de mel era bem bonita, mas estava sentada no meu lugar conversando com o Natan.

– quem é ela? - pergunto baixo para Alice.

– pelo que entendi vizinha da loira águada e esta bem interessada no seu psicólogo. - ignoro a ênfase que ela coloca na palavra “seu” e bufo.

– e eles. - aponto para os dois fortões.

– amigos do seu irmão, provavelmente do FBI.

– realmente devem ser. - concordo.

Lice e eu ficamos um tempo jogando conversa fora, dividia minha atenção entre ela e a garota flertando com o Natan.

– eu vou ao banheiro. - aviso Alice me levantando e saindo.

O lugar estava lotado e agitado, acho que grupo com quem estava era único parado, povo estranho, pra minha sorte o espelho era bem grande, retoquei o lápis e estava procurando meu batom quando Samanta entrou com tudo.

– você não pode ficar flertando com o meu namorado. - diz irritada.

– do que você esta falando garota pirou? - respiro fundo me virando pra ela.

– eu vi você segurando a mão dele. - pois é ela realmente pirou.

– e daí, somos amigos sabia. - digo juntando toda a paciência que me resta.

– pois eu não quero mais que você seja amiga dele. - declara vermelha de raiva e eu começo a rir, até ela acertar um tapa no meu rosto.

– você me acertou um tapa. - digo indignada e ela desanda a falar, mas não presto a mínima atenção. - você realmente me bateu sua louca. - Samanta ergueu a mão pra me bater de novo, essa idiota só pode estar bêbada. - não me toque sua ridícula. - digo entre dentes segurando o pulso dela com força, torço seu pulso até deixá-la de costa e a empurro até a parede á fazendo bater a cabeça com força.

– idiota esta me machucando. - reclama.

– serio querida, deixa eu te contar um segredo essa é a intenção. - debocho torcendo ainda mais seu pulso, a solto e volto para o espelho.

– você me paga. - rosna vindo em minha direção toda nervosinha.

– e o que você vai fazer? - pergunto virando e novamente ela tenta me estapear, seguro seu pulso bem mais forte, mas solto em seguida para socar sua cara, essa ridícula conseguiu me irritar.

Meu pai me ensinou a dar socos muito bem, percebo isso ao ver um que a maça do rosto dela está roxa e próximo a sua sobrancelha tem um corte, pequeno, mas notável.

– se pensar em encostar em mim novamente vai ser bem pior. - garanto a empurrando no chão. - e não pense que você pode me dizer o que fazer porque não pode, vou continuar conversando com o Pietro, goste você ou não, se você não se garante problema é seu agora não venha descontar sua insegurança em cima de mim. - aviso voltando minha atenção para o espelho.

Ajeito meu cabelo que estava totalmente desarrumado e retoco minha maquiagem, Samanta ainda estava sentada no chão respirando fundo, boto meu melhor sorriso no rosto e saio, caminho calmamente até a mesa e noto que apenas Natan, Pietro e a morena estão na mesa os outros provavelmente foram dançar, a morena esta cheia de conversa pro lado do Natan e isso me irrita um pouco, até porque ele é minha carona então como preciso falar com ele resolvo dispensa – lá.

– é o seguinte querida eu sei o que você quer e você não vai conseguir com ele, então vai passear. – digo sem rodeios parando ao lado deles.

– e quem é você para falar por ele, até então estamos em uma conversa muito boa. – diz com ar de superior.

– pois a conversa acabou e caramba você precisa limpar sua blusa. – aviso.

– e o que tem de errado com a minha blusa. – pergunta revirando os olhos.

– esta manchada de batida. – sorrio debochada dando um tapa no copo que estava em cima da mesa e a sujando toda.

– você é louca. – grita se levantando.

– aproveita que estou sendo gentil. – pisco de forma debochada e ela sai pisando duro. – e você vem comigo agora – chamo Natan que me encarava perplexo.

– o que deu em você? – pergunta me seguindo até a pista de dança.

– não estou com paciência para gente ridícula hoje. – digo alto para que ele possa me ouvir.

– explique direito. – pede segurando meu braço.

– vamos dançar e eu te conto. – pisco sorrindo.

Pra falar a verdade o som estava tão alto que não consegui dizer nada, apenas dançamos, umas das coisas que mais gosto de fazer, sem dúvidas, o único problema é que a pista começou a encher demais e sempre tem um idiota por perto ou uma idiota, pra deixar minha noite ainda melhor, vida diretamente dos quintos dos infernos Luca, o primo infeliz do Pietro, se materializa na minha frente, reviro meus olhos e o empurro passando por ele e puxando Natan para fora da pista.

– quem era? – pergunta assim que nos afastamos do barulho.

– o idiota do primo do Pietro, não gosto dele. – explico o arrastando para o bar.

– então vai explicar porque dispensou a Lauriel sem mais nem menos? – pergunta arqueando a sobrancelha.

– que nome feio. – faço uma careta. – não gostei dela muito oferecida. – dou de ombros. – mas também precisava te contar que a louca da Samanta me deu um tapa na cara. – digo indignada.

– porque ela fez isso e o que você fez?

– por ciúmes venho com um papo de que não queria que eu fosse mais amiga do Pietro. - explico. - a soquei, claro. – concluo.

– você a socou. – diz gargalhando.

– você é psicólogo não deveria me repreender? – pergunto divertida.

– não estou aqui como psicólogo e sim como seu amigo, e sério ela queria tanto que você viesse que mereceu. – diz ainda rindo.

– vamos pra mesa ver o que ela diz sobre o hematoma.

Caminhamos de vagar até a mesa onde todos estão conversando, paramos ao lado da Alice e do Juan e começamos a prestar atenção, estão comentando algo sobre a confraternização anual do FBI, é um evento familiar cheio de competições, geralmente jogo basebol, meu pai me obriga.

– amiga que isso no seu rosto? – a garota de pouca roupa pergunta tirando o cabelo dela e revelando os lindos hematomas que deixei.

– não é nada eu fui sair do banheiro e uma louca estava entrando e abriu a porta com tudo na minha cara. – segurei o riso e percebi Natan fazendo o mesmo.

– querida você tem que tomar mais cuidado seu rosto esta horrível. – digo fingindo preocupação e a deixando vermelha de raiva.

– você não presta, eu sei que foi você. – Alice sussurra no meu ouvido e pisco pra ela. – eu amo você. – diz rindo e mando um beijo pra ela.

– sei que vão sentir minha falta mais eu já vou. – aviso para Juan e Alice em especial.

Dou um beijo de despedida em cada um e faço questão de dar um beijo bem demorado no rosto do Pietro, só para ver a cara de raiva da Samanta depois dou um beijo nela também, acho que ela está preste a explodir.

– agora podemos conversar. – a tal da Lauriel que eu nem tinha visto, diz animada para o Natan.

– hoje não querida. – sorrio puxando Natan pela mão e a deixando com cara de tacho.

– hoje você esta muito estranha, você bebeu? – rio da sua pergunta besta.

– nem uma gota. – afirmo.

Fora da boate esta bem mais frio do que eu pensava, apesar de tudo eu tinha gostado da minha noite, as vezes bancar uma de louca é legal.

– me deixa dirigir. – peço parando em frente ao carro do Natan e ele ri da minha pergunta como se fosse uma piada.

– nem a pau. – diz ainda rindo.

– ah qual é, por favor. – tento novamente.

– claro se você pegar a chave pode dirigir. – faz graça erguendo a chave, fazendo piada por eu ser baixinha.

Sorrio, tenho uma ideia para pegar a chave e ainda deixá-lo com cara de besta, exatamente como ele fez ontem quando quase me beijou me aproximo sorrindo e com um pouco de dificuldade, por ele ser bem maior que eu, passo meus braços pelo seu pescoço e acaricio sua nuca, Natan fica surpreso, mas logo sorri se aproxima do meu ouvido e diz:

– se esta tentando me seduzir com joguinhos psicológicos desista gatinha. – mordisca minha orelha.

– você é um chato. – declaro dando um tapa no seu braço.


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