Seus Olhos 2ª Temporada. escrita por Jee Fernandes
POV Angel.
O dia passou voando, Natan já havia ido pra casa dele e meu pai havia perdido minha mãe para o Vini, ela estava realmente apaixonada por ele e ele por ela e tinha deixado bem claro isso para meu pai, minha mãe adorou a ideia de ficar com ele e prometeu uma noite cheia de coisas gostosas e quando ela acha de cozinhar arrasa, depois de uma maratona de brincadeiras com ele subi tomar um banho e me arrumar, já tinha mandado uma mensagem para Alice e ela e Juan nos encontrariam lá. Como a noite estava meio fria vesti uma calça jeans escura, uma blusinha branca de manga cumprida fina e uma jaqueta de couro preta, uma bota de cano baixo e salto alto e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto, a maquiagem pra variar apenas meu fiel lápis de olho e um batom vermelho. Depois de pronta desci esperar pelo Natan meu pai estava assistindo algum filme de ação e minha mãe fazendo biscoitos com o Vini.
– você esta bonita. - meu pai comenta desviando os olhos da TV.
– sempre estou. - pisco brincando.
– você puxou a beleza da sua mãe, mas com certeza a humildade é minha. - diz rindo.
– pois é, deveria ter puxado seus olhos também, injustiça. - bufo, nunca iria superar, tinha uma queda por olhos claros.
– gosto dos seus olhos como são. - ele sorri aquele sorriso cativante que me fez sorrir também.
– minha deixa. - digo ao ouvir a buzina.
– juízo. - pede me dando um beijo.
– é meu sobrenome. - grito já saindo, minha mãe e Vini estavam tão concentrados que preferi não atrapalhar eles.
– oi, de novo. - Natan me cumprimenta do lado de fora do carro, ele está realmente bonito com uma blusa pólo preta e calça jeans escura.
– é sempre um prazer. - sorrio.
Natan foi o caminho todo calado nem ao menos quis discutir sobre minhas escolhas musicais, chegamos a boate e enfrentamos uma pequena fila para entrar.
– o que houve com você, está quieto e isso não é normal. - digo.
– impressão sua, talvez você esteja quieta de mais, eu sempre acompanho a sua agitação. - pisca.
– okay, agora você me fez ficar pensando se quem estava estranha era eu. - digo após um tempo em silêncio.
– talvez você estava tão distraída brincando com seu anel que nem percebeu. – sorri.
– eu acho que realmente não percebi. - digo mesmo achando estranho não me lembrar.
– às vezes acontece de nos "desligarmos" momentaneamente, ou apenas esquecermos sobre o que estávamos pensando, talvez não fosse importante não se preocupe. - sorriu docemente beijando minha testa.
– olha os estranhos lá. - aponto com a cabeça onde Juan, Alice, Pietro, Samanta e outra garota estavam.
– então vamos ver o que ela quer contar. - diz oferecendo a mão e eu aceitei.
– dá pra vocês serem menos grudados. - meu irmão implica por estarmos de mãos dadas.
– oh que irmão ciumento. - debocho dando um beijo no seu rosto.
– porque esta tão feliz? - Alice pergunta enquanto cumprimento cada um com um beijo no rosto, incluindo Samanta e amiga de pouca roupa dela
– eu nasci feliz meu amor. - pisco pra ela.
– os humores dela estão realmente conturbados hoje, primeiro ela estava normal, depois quase chorou por conseguir segurar um bebê, depois ficou estranhamente calada, agora ta esbanjando alegria, eu arriscaria TPM. - Natan comente levando um soco no braço.
– você lidando com crianças? - Juan pergunta surpreso.
– pois é, tinha até arrumado um admirador, mas ai ele conheceu a mamãe e me trocou por ela. - dramatizo.
– então pessoal, temos uma novidade. - Samanta diz empolgada.
– não é bem uma novidade é uma solução temporária. - Pietro se apressa em corrigi-la.
– ai Pietro você quase acaba com toda a graça. - ela reclama. - bem como eu estava dizendo nós vamos morar juntos. - diz feliz da vida.
– por dois meses. - Pietro completa.
– legal. - Juan comenta sem muito entusiasmo.
A única que explode de alegria com a noticia é a amiga dela que a parabeniza com um abraço e muitos gritos agudos, Pietro me encarou e fez sinal para o bar entendi que ele queria conversar e sem dizer nada o segui.
– oi. - ele diz um pouco desanimado.
– oi. - sorrio.
– o apartamento dela esta em reforma por isso ela vai ficar em casa. - explica.
– você não precisa me explicar eu não tenho nada haver com isso. - sorrio triste.
– na verdade se eu não tivesse a chamado de Angel ela não teria chorado e para consertar eu não a convidaria para passar este tempo em casa. - o encaro perplexa.
– se eu fosse ela iria acertar um chute em lugares doloridos. - faço uma careta.
– o que eu faço agora, ela já era grudenta agora então. - ri-o da expressão dele.
– você precisa tentar fazer com que dê certo. - digo apertando sua mão.
– isso vai ser um porre. - reclama revirando os olhos. - obrigado por tentar me entender. - agradece beijando minha mão.
– acho melhor a gente voltar. - aponto para a mesa onde Samanta nos encarava sem disfarçar.
– tem razão vamos.
Pegamos algumas bebidas e voltamos tinham mais dois caras e uma moça que eu não conhecia com eles. A moça era amiga da Samanta e os rapazes do Juan, a moça era uma morena de cabelos cacheados e olhos cor de mel era bem bonita, mas estava sentada no meu lugar conversando com o Natan.
– quem é ela? - pergunto baixo para Alice.
– pelo que entendi vizinha da loira águada e esta bem interessada no seu psicólogo. - ignoro a ênfase que ela coloca na palavra “seu” e bufo.
– e eles. - aponto para os dois fortões.
– amigos do seu irmão, provavelmente do FBI.
– realmente devem ser. - concordo.
Lice e eu ficamos um tempo jogando conversa fora, dividia minha atenção entre ela e a garota flertando com o Natan.
– eu vou ao banheiro. - aviso Alice me levantando e saindo.
O lugar estava lotado e agitado, acho que grupo com quem estava era único parado, povo estranho, pra minha sorte o espelho era bem grande, retoquei o lápis e estava procurando meu batom quando Samanta entrou com tudo.
– você não pode ficar flertando com o meu namorado. - diz irritada.
– do que você esta falando garota pirou? - respiro fundo me virando pra ela.
– eu vi você segurando a mão dele. - pois é ela realmente pirou.
– e daí, somos amigos sabia. - digo juntando toda a paciência que me resta.
– pois eu não quero mais que você seja amiga dele. - declara vermelha de raiva e eu começo a rir, até ela acertar um tapa no meu rosto.
– você me acertou um tapa. - digo indignada e ela desanda a falar, mas não presto a mínima atenção. - você realmente me bateu sua louca. - Samanta ergueu a mão pra me bater de novo, essa idiota só pode estar bêbada. - não me toque sua ridícula. - digo entre dentes segurando o pulso dela com força, torço seu pulso até deixá-la de costa e a empurro até a parede á fazendo bater a cabeça com força.
– idiota esta me machucando. - reclama.
– serio querida, deixa eu te contar um segredo essa é a intenção. - debocho torcendo ainda mais seu pulso, a solto e volto para o espelho.
– você me paga. - rosna vindo em minha direção toda nervosinha.
– e o que você vai fazer? - pergunto virando e novamente ela tenta me estapear, seguro seu pulso bem mais forte, mas solto em seguida para socar sua cara, essa ridícula conseguiu me irritar.
Meu pai me ensinou a dar socos muito bem, percebo isso ao ver um que a maça do rosto dela está roxa e próximo a sua sobrancelha tem um corte, pequeno, mas notável.
– se pensar em encostar em mim novamente vai ser bem pior. - garanto a empurrando no chão. - e não pense que você pode me dizer o que fazer porque não pode, vou continuar conversando com o Pietro, goste você ou não, se você não se garante problema é seu agora não venha descontar sua insegurança em cima de mim. - aviso voltando minha atenção para o espelho.
Ajeito meu cabelo que estava totalmente desarrumado e retoco minha maquiagem, Samanta ainda estava sentada no chão respirando fundo, boto meu melhor sorriso no rosto e saio, caminho calmamente até a mesa e noto que apenas Natan, Pietro e a morena estão na mesa os outros provavelmente foram dançar, a morena esta cheia de conversa pro lado do Natan e isso me irrita um pouco, até porque ele é minha carona então como preciso falar com ele resolvo dispensa – lá.
– é o seguinte querida eu sei o que você quer e você não vai conseguir com ele, então vai passear. – digo sem rodeios parando ao lado deles.
– e quem é você para falar por ele, até então estamos em uma conversa muito boa. – diz com ar de superior.
– pois a conversa acabou e caramba você precisa limpar sua blusa. – aviso.
– e o que tem de errado com a minha blusa. – pergunta revirando os olhos.
– esta manchada de batida. – sorrio debochada dando um tapa no copo que estava em cima da mesa e a sujando toda.
– você é louca. – grita se levantando.
– aproveita que estou sendo gentil. – pisco de forma debochada e ela sai pisando duro. – e você vem comigo agora – chamo Natan que me encarava perplexo.
– o que deu em você? – pergunta me seguindo até a pista de dança.
– não estou com paciência para gente ridícula hoje. – digo alto para que ele possa me ouvir.
– explique direito. – pede segurando meu braço.
– vamos dançar e eu te conto. – pisco sorrindo.
Pra falar a verdade o som estava tão alto que não consegui dizer nada, apenas dançamos, umas das coisas que mais gosto de fazer, sem dúvidas, o único problema é que a pista começou a encher demais e sempre tem um idiota por perto ou uma idiota, pra deixar minha noite ainda melhor, vida diretamente dos quintos dos infernos Luca, o primo infeliz do Pietro, se materializa na minha frente, reviro meus olhos e o empurro passando por ele e puxando Natan para fora da pista.
– quem era? – pergunta assim que nos afastamos do barulho.
– o idiota do primo do Pietro, não gosto dele. – explico o arrastando para o bar.
– então vai explicar porque dispensou a Lauriel sem mais nem menos? – pergunta arqueando a sobrancelha.
– que nome feio. – faço uma careta. – não gostei dela muito oferecida. – dou de ombros. – mas também precisava te contar que a louca da Samanta me deu um tapa na cara. – digo indignada.
– porque ela fez isso e o que você fez?
– por ciúmes venho com um papo de que não queria que eu fosse mais amiga do Pietro. - explico. - a soquei, claro. – concluo.
– você a socou. – diz gargalhando.
– você é psicólogo não deveria me repreender? – pergunto divertida.
– não estou aqui como psicólogo e sim como seu amigo, e sério ela queria tanto que você viesse que mereceu. – diz ainda rindo.
– vamos pra mesa ver o que ela diz sobre o hematoma.
Caminhamos de vagar até a mesa onde todos estão conversando, paramos ao lado da Alice e do Juan e começamos a prestar atenção, estão comentando algo sobre a confraternização anual do FBI, é um evento familiar cheio de competições, geralmente jogo basebol, meu pai me obriga.
– amiga que isso no seu rosto? – a garota de pouca roupa pergunta tirando o cabelo dela e revelando os lindos hematomas que deixei.
– não é nada eu fui sair do banheiro e uma louca estava entrando e abriu a porta com tudo na minha cara. – segurei o riso e percebi Natan fazendo o mesmo.
– querida você tem que tomar mais cuidado seu rosto esta horrível. – digo fingindo preocupação e a deixando vermelha de raiva.
– você não presta, eu sei que foi você. – Alice sussurra no meu ouvido e pisco pra ela. – eu amo você. – diz rindo e mando um beijo pra ela.
– sei que vão sentir minha falta mais eu já vou. – aviso para Juan e Alice em especial.
Dou um beijo de despedida em cada um e faço questão de dar um beijo bem demorado no rosto do Pietro, só para ver a cara de raiva da Samanta depois dou um beijo nela também, acho que ela está preste a explodir.
– agora podemos conversar. – a tal da Lauriel que eu nem tinha visto, diz animada para o Natan.
– hoje não querida. – sorrio puxando Natan pela mão e a deixando com cara de tacho.
– hoje você esta muito estranha, você bebeu? – rio da sua pergunta besta.
– nem uma gota. – afirmo.
Fora da boate esta bem mais frio do que eu pensava, apesar de tudo eu tinha gostado da minha noite, as vezes bancar uma de louca é legal.
– me deixa dirigir. – peço parando em frente ao carro do Natan e ele ri da minha pergunta como se fosse uma piada.
– nem a pau. – diz ainda rindo.
– ah qual é, por favor. – tento novamente.
– claro se você pegar a chave pode dirigir. – faz graça erguendo a chave, fazendo piada por eu ser baixinha.
Sorrio, tenho uma ideia para pegar a chave e ainda deixá-lo com cara de besta, exatamente como ele fez ontem quando quase me beijou me aproximo sorrindo e com um pouco de dificuldade, por ele ser bem maior que eu, passo meus braços pelo seu pescoço e acaricio sua nuca, Natan fica surpreso, mas logo sorri se aproxima do meu ouvido e diz:
– se esta tentando me seduzir com joguinhos psicológicos desista gatinha. – mordisca minha orelha.
– você é um chato. – declaro dando um tapa no seu braço.
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