Levantei-me rapidamente e sai do quarto, ouvi barulhos vindo da cozinha e me direcionei para o tal cômodo.

- Chris, e-eu... - não sabia o que dizer.

- M-Me desculpe - não olhava em meus olhos, pude sentir suas lágrimas rolarem por sues rosto.

- Vamos conversar no quarto, aqui minha mãe pode nos ouvir. - ele assentiu e subimos.

- Quer conversar sobre o que? - me perguntou, sentando-se a minha frente na cama.

- Er.. você sabe Chris... e-eu... -fui calado por um beijo, mas dessa vez não foi como da outra. Nós não ficamos apenas com os lábio encaixados, Chris movia sua lingua com cuidado, lentamente, por cima de meus lábios, não conseguia pensar em mais nada, fui retribuindo o beijo. Eu não sabia o que estava fazendo, mas sentia que estava fazendo da maneira certa, é difícil de explicar, parece que eu já sabia o que fazer, mesmo tendo certeza de que não sabia. Confusão e mais confusão era o que se passava em minha cabeça, porém aquela sensação... Eu gostava tanto, gostava tanto quando ele me tocava, suas mãos, seus lábios. Ele tinha um cheiro tão bom, um sabor tão... doce. Nos separamos lentamente e ao encará-lo, vi lágrimas em sua face.

- M-Me desculpe, e-eu... - desabou a chorar, suas mãos cobriam seu rosto - eu não sei o que fiz, e nem porque eu fiz, só sei que eu gosto de você, gosto muito de você. Gosto mais de você do que já gostei de qualquer pessoa, eu não sou bobo, não sou! E eu sei o que é isso, eu sei o que significa isso e sei que é errado, me disseram que é errado! - ele chorava muito - Mas eu não consigo, droga, não consigo parar, não consigo deixar de pensar coisas que eu sei que não deveria pensar, eu sei... eu sei... - parou.

Não sabia o que dizer, apenas perguntei.

- C-Como você sabe? - ele me olhou - como sabe que é errado? Como tem tanta certeza?

- Porque me disseram Anthony, me disseram. E além do mais, eu vi na tv, eles dizem que é errado, que meninos tem que gostar de meninas, meninas! - começou a chorar novamente, mais ainda do que antes - eu sou todo errado! Tudo em mim é errado, eu não deveria gostar de você, mas eu gosto, gosto muito e não consigo suportar. Eu sabia o que tinha que fazer, sabia o que queria fazer, e assim como ele já havia me beijado, eu o beijei, da mesma maneira que já havíamos feito minutos antes. Ele correspondeu. Ficamos ali por uns minutos. Não sei bem se foram minutos ou horas. Christopher havia se deitado e eu também, porém, estava debruçado em seu peito. Estávamos ali, sem dizer nada um ao outro, sem ao menos nos mexer muito, as vezes eu o encarava, ele sorria, eu o beijava rapidamente.

- Chris - ele me olhou - eu não me importo... não me importo que isso seja errado, nem do que as pessoas digam. Eu gosto de você, gosto de verdade, e eu... - tinha medo de dizer.

- Você...? - me incentivou a continuar - eu quero ficar com você! - ele me olhou surpreso.

- Q-Quer dizer q-que você também gosta de mim?

O abracei forte. Seu cheio, seu calor, tudo aquilo me fazia feliz. Seu toque me fazia estremecer.

- Gosto, gosto muito, eu quero ficar com você Chris, eu quero que você... - parei, não podia falar aquilo. O que ele diria?!

- O que? - não respondi, ele repetiu - O que você quer que eu faça Anthony?

- N-Nada... esquece - abaixei a cabeça. Seus dedos tocaram minha pele e minha cabeça foi erguida lentamente pelo queixo.

- Me diga Thony... - me beijou - me diga, eu quero saber... quero muito saber...

- E-Eu quero que... - respirei fundo - quero que você me toque.

Pensei que ele me olharia horrorizado, que se afastaria de mim... Mas ele simplesmente me tocou. Tocou meu rosto, tocou meus braços. Retirou minha camisa e tocou meu tórax magro e frio. Lentamente foi se debruçando sobre mim, em poucos minutos estava totalmente sobre mim. Nossos lábios se tocavam e suas mãos percorriam meu corpo, o zíper da minha calça foi aberto e sua mãe estava percorrendo aquela região. Eu tremi, e Chris percebeu.

- Quer que eu pare? - sua voz era reconfortante e compreensiva.

- Não - ele sorriu e continuou - espera, eu quero te tocar também - minhas bochechar se esquentaram e ele riu ao me ver corar. Se afastou lentamente e sentou-se ao meu lado. Lentamente me movimentei e sentei em seu colo. Ambos estavam corados. Seus olhos brilhavam ao se encontrarem com os meus e se fechavam quando lentamente passava minhas mãos pelo seu corpo. Já havia tirado sua camiseta. Parei ao sentir algo. Senti seu membro pulsar abaixo de mim, me movimentei de forma que pudesse ter como abrir sua calça e a abri. Deixei-o apenas de cueca e ele corou quando viu o volume em sua única peça de roupas. O encarei, como se perguntasse o que estava acontecendo. Ele, como se tivesse entendido, me respondeu.

- Eu não sei o que está acontecendo, mas com você também - olhei para mim e percebi. Não havia reparado que por conta do zíper de minha calça estar aberto, a mesma já havia deslizado para baixo. A mesma coisa que acontecera com ele, aconteceu comigo. Ele me olhou.

- E-Eu q-quero... - parou. Eu havia entendido o que ele queria.

- T-Toque - respondi timidamente. Ele me tocou e arfei de prazer. Sua mão livre agarrou a minha e se posicionou em si, ele deu um gemido.

- É bom - me olhou nos olhos - isso é bom Anthony, me toque mais... por favor. - sorri quando ele corou e desviou o olhar. Também gostei quando ele me tocou, mas naquele momento eu queria causar boas sensações nele. Ignorei o fato de que senti falta de sua mão tocando minha intimidade, e foquei em tocar a sua.

Minha mão fazia carinho, por cima de sua cueca. Logo Chris a abaixou, com o rosto vermelho, não tinha coragem de olhar nos meus olhos. Sua intimidade estava completamente exposta, minhas mãos brincavam e ele gemia baixo. Parei, ele me olhou.

- C-Continua, eu quero mais - sorriu para ele.

- Mas eu também quero! - ele sorriu e trocou de ligar comigo. Começou a acariciar minha intimidade e eu gemia baixo, mordendo os lábios para conter o gemido. Logo ele fez uma coisa que me surpreendeu: beijou não minha boca, mas meu membro. Começou a distribuir beijos em meu corpo e eu já não aguentava, pensava que ia explodir, foi quando ele parou.

- Finge que está dormindo, sua mãe! - parei, e ouvi passos vindo em direção ao quarto. Ergui minha cueca, assim como Chris. Deitamos, eu em minha cama, e ele em um colchonete que minha mãe havia preparado para ele. Nos cobrimos, na esperança de que ela não percebesse que estávamos semi-nus. A porta se abriu.

Ela entrou e se sentou em minha frente. Acariciou meu rosto e eu abri os olhos.

- Filho, está tudo bem?

- Sim mãe, porque? - respondi, com uma falsa voz de sono.

- Ouvi um gemidos, parecia que você estava tendo um pesadelo - se ela soubesse o que realmente estava acontecendo. Na verdade nem eu sabia o que foi aquilo.

- Tá tudo bem mãe, juro.

- Tudo bem, desculpe por tê-lo acordado.

Ela saiu. Olhei o relógio 5h35. Levante e me sentei ao lado de Christopher.

- Chris, o que nós fizemos?

- Acho que fizemos... coisas de adulto - respondeu, apreensivo 

- Coisas de adulto... - pensei - quer dizer que é isso? Uau!

- É bom Thony - sorriu - é bom de verdade. E agora tenho mais certeza ainda de que gosto de você.

- Eu também gosto Chris, muito - ele me abraçou - que tal descobrirmos o que fizemos, o que aconteceu com os nossos... bem, você sabe - corei - e vermos se isso é mesmo essas "coisas de adulto".

- Mas como? Como vamos saber dessas coisas?

- Ué, é só ligar o computador quando "acordarmos". - ele sorriu para mim e assentiu, se deitou e eu voltei a minha cama. Mal podia esperar a hora do café da manhã.