A Seleção - A Um escrita por LiaAlmeida, Nina


Capítulo 9
Confie


Notas iniciais do capítulo

Oii, desculpe o atrsado, já fazem pelo menos dois dias que eu estou para postar o capitulo... Desculpem mesmo!
Eu fiz um pouco maior... hahahah... espero que esteja valendo!
ah, deixa eu pensar... Primeiro, muito obrigada por todos os comentários e apoio! Você são otimos!
Segundo, esse capitulo tem Maxon com muitas surpresa vindo ai...
Terceiro, leiam e vejam... hahahahhaha
Boa leitora!



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Eu deveria estar em um sono muito pesado, porque mesmo ouvindo alguém me chamar levei alguns instantes para tomar consciência:

— O que foi? – perguntei com a garganta rouca, tentando abrir os olhos.

— Sabia que você fica uma gracinha dormindo? – eu ouvi a voz de Maxon murmurando alto.

Eu forcei um olho a abrir e confirmei que era ele mesmo e cobri a cara reclamando:

— Oh não! Maxon! – dei um gritinho. – O que você está fazendo aqui? – perguntei cheia de vergonha. Estava certa que minha cara estava horrível. – Você não bateu? – choraminguei.

— Eu bati - ele afirmou com uma pequena risada. – Mas você não abriu, então, tomei a liberdade de entrar...

— Tudo bem – eu disse não querendo alongar a conversa. – O que você quer?

— Eu queria te contar uma coisa. Achei que deveria ser a primeira a saber... – ele deu uma pausa. Deveria estar incomodados por minha cabeça estar coberta ainda.

— Pode falar – eu disse deixando claro que não iria descobrir a cabeça.

— Sabe, você não precisa ficar com vergonha. Você é linda de qualquer jeito – disse ele tentando me persuadir a mostrar o rosto.

— Sem chance! – teimei. Eu o ouvi dando um suspiro.

— Eu estou indo para a china amanhã – disse ele mudando seu tom para serio.

Eu tirei rápido, a coberta do rosto.

— O que? – perguntei confusa, sem entender, achei até que tinha ouvido errado, ou eu poderia estar sonhando?

Ele não conseguiu esconder o divertimento que sentiu ao ver meu rosto de confusão, e riu.

— Fala serio, Maxon! – reclamei brava.

— É que sua expressão foi... – ele soltou aquela risada desajeitada dele.

— Sem graça! – bronqueei , voltando a cobrir o meu rosto, morrendo de vergonha. – Você está brincando comigo, só pode ser!

Eu ouvi Maxon parar de rir, demorou um pouquinho, mas ele finalmente se recompôs.

— Desculpe – ele pediu. – Mas é serio! – ele puxou a coberta de meu rosto com gentileza. – Eu estou mesmo indo para a china.

Agora eu estava acreditando que isso era verdade. Minha garganta apertou, enquanto o meu cérebro trabalhava para me mostrar todas as coisas que isso significava e como isso me afetaria...

— Mas como? Por quê? – perguntei me sentando, ainda precisando de mais informações.

— Bem, os pais de Kriss conseguiram um encontro com alguns lideres de lá, talvez conseguimos um fim para essa guerra – ele disse parecendo um pouco satisfeito. A noticia em si era boa, mas elas tinham muitas implicações.

— Elise – murmurei assimilando tudo. O olhar de Maxon deu uma caída. – Se der certo... – eu não consegui terminar de falar, estava tudo tão óbvia em minha mente.

— America, eu não sei o que fazer – ele disse pegando meu rosto quando eu baixei a cabeça. – Eu não tenho o que fazer...

— Eu sei! – disse sentindo as lacrimas em meu rosto. – Nós já sabíamos que no final...

— Não é o final! – ele disse, me puxando para um abraço, mas eu recusei.

— America, por favor! – Maxon pediu se sentando na beira da minha cama. – Não faça as coisas mais complicadas do que elas já são...

— Maxon – eu solucei. – Complicada? – eu rebati tentando secar as minhas lacrimas. – Você sabe o que isso significa...

— Eu não sei ainda – ele disse pegando as minhas mãos, enquanto eu insistia em ficar afastada. – Eu não desisti de não e nem vou até que chegue ao ultimo ponto – ele me prometeu, mas eu ainda estava cética.

— Mas todos... – eu discordei. – Seu povo, seu pai... Todos ficariam a favor de você se casar com Elise caso isso de certo... – Maxon não poderia me culpar de não estar vendo nenhum ponto positivo para mim nessa história.

— Isso se conseguirmos mesmo um acordo – explicou Maxon tentando ver os pontos abertos.

— E você não quer um acordo? – perguntei buscando olhar em seus olhos.

Eu pude ver nessa hora, claramente o Maxon príncipe e o Maxon que dizia me amar, como se ele estivesse decidindo qual deveria ser...

— Eu quero o que acontecer! – ele me respondeu, mas parecia mais uma resposta a si mesmo.

Nós dois ficamos um minuto em silencio, refletindo.

— Eu entendo – disse em sinal de solidariedade, já estando com os pensamentos mais em ordem. – Por mais que isso possa não ser bom para mim – eu dei uma pequena risada irônica. – Se der mesmo certo, será de um bem enorme para o povo...

— Por mais que eu ache que será muito bom para o povo – ele disse tentando se aproximar mais de mim -, eu tenho certeza que o melhor para a nação será ter você como rainha – ele disse com firmeza.

Eu apertei os lábios em duvida, e principalmente porque a todo o momento isso parecia mais e mais impossível de se tornar real.

Eu estava perdendo, e por mais que eu quisesse nesse momento lutar, o que eu poderia fazer?

Maxon ficou me observando, até me deixar encabulada.

— Então – comecei a perguntar, tentando distrair nós dois -, que horas você parte?

Eu enxuguei as ultimas lacrimas de meu rosto, certa de que iria me manter firme.

— Depois do café – ele disse saindo de seus pensamentos, e de repente ele estava sem graça... – E Elise vai também – ele contou forçadamente.

Eu segurei a respiração, sem ter mais como agir.

— É como se eles quisessem de alguma maneira me forçar a escolhê-la. Os pais dela devem ter feito algo para os chineses fazerem esse pedido, mesmo eles jurando que é por que gostaram da ideia dela sobre as cartas e querem que ela vá pessoalmente tratar os detalhes – ele me explicou apressadamente, para tentar amenizar a situação.

— É claro – respondi simplesmente, fazendo de tudo para não chorar e me mostrar indiferente.

— America, por favor – ele pediu mais uma vez.

— Não, eu entendo! – respondi me fazendo de durona. – Eu sei que você não pode impedir isso...

Ele balançou a cabeça bufando.

— Eu sinto raiva de mim o tempo todo – ele me confessou.

— Eu estou bem! – disse a ele e quase pareceu verdade. – Serio!

— Quando eu voltar – ele disse beijando as minhas mãos que ele insistia em segurar. – Espero que ainda possamos ter a chance de ficarmos juntos...

Eu sorri melancólica. Ele estava querendo me fazer chorar, só poderia ser isso.

— Você vai nos deixar aqui até voltar? - perguntei.

— É claro – ele deu um sorriso esperto. – Eu não posso abandonar o jogo só por causa de um suposto acordo...

— E as suas costas? – perguntei um pouco urgente. - Como vai viajar assim?

— Para tudo se dá um jeito... – ele afirmou só agora parecendo se lembrar desse fato doloroso.

— Elise pode descobrir – joguei, pensando como nenhuma delas ainda não tinha percebido nada.

— Ela não é o tipo pegajosa – ele contou indiferente. – Ela nem irá me incomodar...

— Ela sabe que você não a ama - eu contei mais como um aviso.

— Serio? – ele perguntou parecendo surpreso.

— Foi ela mesma que me disse – respondi.

— E porque ela acha isso? – ele perguntou analisando a situação.

Eu parei um momento para pensar no porque ele se importava com isso e na minha cabeça só vinha as palavras de Elise - “ ele já disse eu te amo para Kriss...” – e nesse momento eu quis gritar para ele, e desabafar toda a minha raiva por isso e entender sem demora qual era o jogo dele, mas estava fora das regras para eu poder continuar no jogo fazer essa cena, então com muito esforço, respirei e falei com indiferença :

—Talvez, você nunca disse isso a ela – observei a espressão dele, completando em minha mente, “ como você fez comigo e com a Kriss...”

Ele pareceu considerar a minha observação, e eu ainda com a língua coçando para perguntar sobre Kriss...

— Bem, de qualquer jeito, você não tem o que se preocupar, porque ela disse que não se importa em casar com você só por conveniência – contei, e de uma forma era para provocá-lo, já que se ele escolhesse isso teria que ficar para sempre casado com alguém que não amava...

Mas ele não pareceu levar isso para o lado ruim...

— Hum – ele disse aumentando seu ego -, quem se importa, não é? – O tom dele estava brincalhão, mas eu não estava para brincadeira.

Balancei a cabeça com irritação.

— Eu me importo – pontuei.

Ele pareceu que iria continuar a brincar comigo, mas quando viu que eu estava realmente brava, reviu sua fala:

— Eu sei – ele concordou. – É por isso que meu trabalho com você é tão difícil – ele disse mudando a posição para se sentar ao meu lado, mas eu continuei afastada.

— Então, foi fácil convencer as outras de seu amor? – perguntei. Eu estava realmente tentando não levar as coisas para o lado pessoal, mas quanto mais ele falava, mas eu ficava irritada.

— Não! Acho que nenhuma delas é boba – discordou ele -, mas nenhuma delas parece se importar tanto com meu amor quanto você – ele disse acariciando a minha mão, tentando de todas as formas parecer gentil e paciente.

— Então, você tem que mentir melhor para mim do que para elas? - joguei como uma brincadeira, louca para saber o que ele iria me responder.

— Não! – ele discordou enfático. – Para você acho que só funciona sendo a verdade! – ele disse serio, parecendo perceber a minha irritação.

Eu olhei para ele e sorri um sorriso duro. Na verdade, eu não entendia por que a cada instante eu esperava ouvir uma resposta que provasse que ele não se importava tanto comigo. A todo o momento Maxon só dizia e fazia coisas que mostravam seus sentimentos por mim.

Eu dei um suspiro, um pouco amolecida com a resposta dele, certa que essa era a melhor opção.

— É bom mesmo que seja verdade! – disse lhe dando um abraço. – E não volte apaixonado por Elise, já que isso é uma grande trapaça... Todo esse tempo que ela vai ficar a sós com você... – observei com um pouco de ciúmes.

— Olha quem fala em trapacear – Maxon riu, me abraçando forte. – A garota que sem dar nem uma noite para as outras já me conquistou... – ele pegou o meu rosto com carinho quando eu dei um riso envergonhado.

— Eu não sabia que iria te ver! – choraminguei.

— Mas sair andando de camisola pelos corredores foi uma grande trapaça! – ele afirmou.

— Bem, não era minha intenção majestade... – eu falei me fingido de arrependida.

Ele riu e me deu um beijo e me ajeitou para que eu pudesse voltar a dormir, enquanto ele me descrevia naquela noite e eu simplesmente fiquei fascinada com as palavras que ele usava. Eu ainda estava com raiva; ainda estava cheia de perguntas que gostaria que fossem respondidas, mas sabia que aquele não era o momento. Eu precisava usar a cabeça e ter paciência, aquilo era um jogo e eu precisava jogar...

Maxon era meu premio, e eu o queria, queria estar com ele... Apesar de tudo eu o amava. Seria paciente e calma, e arrumaria um jeito de descobrir todas as coisas que precisava, mas no momento eu só iria ser a America apaixonada por Maxon.

— O que esta pensando America? – Maxon me perguntou depois de algum tempo que estávamos em silencio.

— Eu quero que você me escolha! – eu afirmei a ele. – Eu sei que isso é um jogo, mas eu te amo, Maxon, eu te amo de verdade! – disse a ele com um pouco de lacrimas nós olhos.

— America- ele me abraçou forte. – Eu também te amo, e aconteça o que acontecer, seja o que for, você já é a minha escolhida. Por favor, não duvide disso... Duvide de qualquer coisa, mas nunca de meu amor por você – ele pediu com urgência, como se quisesse dizer aquilo o tempo todo.

— Eu sei que eu te amo, e agora isso basta! – falei com toda a sinceridade que eu podia.

Ele deu um suspiro junto com uma afirmação.

— Então, confie no seu amor! – ele me pediu e depois me embalou até eu cair no sono.


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Notas finais do capítulo

"... Kriss estava as lacrimas..."

" Eu olhei sem acreditar! Ela estava mesmo dando em cima dele?!"

" Diga que me ama!"