A Seleção - A Um escrita por LiaAlmeida, Nina


Capítulo 8
Minha escolha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu estou tipo : AHHHHHHH, AHHHH, AHHHHHH :p
Nossa eu estou tão feliz com os comentários, vocês são ótimos. Não poderia estar mais feliz :D
Bem, espero que consiga responde todos os comentários, mas bem, saibam que eu leio todos e todos tem um lugar especial no meu coração. E eu amo principalmente quando fazem uma analogia dos personagens, porque eu adoro ver na visão de vocês como eles estão se saindo :P
Mas, bem, eu não sei mais o que falar... Bem, não se preocupem, tah, caso alguém fique preocupado... Ah, deixa para lá.
Boa leitura!
Lia



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— Você só pode ser uma boba para acreditar que ele irá te escolher – Aspen disse me lançando um olhar cético.

— Por que você acha que não? – perguntei com firmeza tentando demonstrar que achava que ele estava errado, principalmente por que eu não deveria acreditar em tudo o que ele me dizia.

—America! – Aspen exclamou meu nome. – Por que você se rebaixa a esse jogo? – ele rebateu a pergunta. – Por que você deixa ele gritar com você e depois o beijá-lo como se nada tivesse acontecido...

— Não é assim como você pensa! – eu o interrompi. – Tem coisas aqui que você não sabe, não entende...

— Sim eu não posso entender mesmo! – ele concordou revoltado, balançando a cabeça freneticamente. - Você o beija enquanto ele beija a modelo psicopata e se declara para Kriss e finge gostar de Elise só por causa dos contatos dela.

Eu senti a garganta apertar e lágrimas subirem aos meus olhos, mas eu segurei o choro. Não era como se eu não soubesse de tudo isso, mas da forma que ele dizia, fazia com que eu me sentisse realmente uma estúpida por estar fazendo parte disso.

— Aspen, isso é um jogo e eu faço parte dele. E apesar de parecer um absurdo essas são as regras e todos sabemos disso! – joguei nele.

— Eu sei disso – Aspen concordou mais uma vez. – O que eu não entendo é como você se deixou entrar nesse jogo. A America que eu conhecia ...

— A America que você conhecia foi abandonada, quando a única coisa que ela pedia era seu amor! – eu joguei a culpa nele, voltando a sentir a mesma raiva que senti quando ele me deixou ir. – A única razão que eu estou nesse jogo absurdo foi você...

Aspen me olhou com dureza e eu pude sentir a culpa nele e isso me deixou feliz, nunca tinha conseguido dizer tão claramente todas as coisas que eu queria com toda a intensidade que eu podia, mas agora essa parecia a hora.

— Agora não venha você me dizendo que eu estou sendo estúpida, tola ou o que você quiser chamar... – disse com raiva. – Talvez a America que você conheceu não exista mais, talvez ela tenha mudado e você não pode me cobrar nada, você não tem esse direito, quando toda a culpa é sua! – eu joguei essas palavras nele e já sabia que estava chorando.

— Eu sei – ele confessou e pela primeira vez vi um sinal claro de fraqueza nele. – É por isso que eu tenho que te tirar disso – falou ele firme.

— Aspen – eu falei quase gritado. – Você não tem como me tirar disso! – afirmei. – Isso não está mais em suas mãos...

— Eu só não quero ver você sofrendo America... – ele tentou me explicar e bem ao contrario de mim, Aspen estava calmo. – Eu não quero ver você escolhendo coisas que não sabe se é bom para você...

Eu ri com ironia.

— Você vive querendo me dizer o que fazer – falei com raiva. – Quando queria ficar com você, me disse que não poderia que isso seria ruim; me mandou para cá dizendo que isso seria bom para mim; quer que eu vá embora porque acha que isso será o melhor para mim... Pare com isso! – pedi enfática. – Você não sabe o que é bom para mim!

Aspen agora não respondeu, ele só me encarou com seus olhos verdes parecendo assustado comigo, como essa nova America que surgia a frente dele e eu mesma de repente estava surpresa comigo mesmo, com as minhas palavras, o meu tom.

Eu respirei fundo algumas vezes; tentando recobrar o controle de mim mesma.

— Tudo bem, Aspen – eu disse secando as minhas lágrimas. – Me desculpe, eu estou... – Não consegui terminar de falar, porque nem sabia com eu estava.

— Você está certa, America – ele me complementou. - Você está mais do que certa. Está em seu direito de me falar isso e realmente sou eu que não tenho o direito de falar nada para você...

— Aspen – Eu estava agora sentindo um pouco de remorso pela forma grotesca com que falei com ele. – Talvez você esteja certo, talvez eu esteja sendo mesmo uma tola e esteja entrando em algo que eu não sei direito o que é, mas não posso desistir agora, eu já não tenho mais nada a perder. Vou ficar até que Maxon desista de mim – comuniquei tentando não fazer ele levar isso para o lado pessoal.

— Na verdade, é você que não quer desistir dele – Aspen afirmou, mas não era uma acusação.

— Eu já te disse como me sinto – disse para relembra-lo de nossa ultima conversa, onde lhe confessei os meus sentimentos por Maxon.

Ele concordou com a cabeça, mas não olhou para mim, ele parecia estar refletindo todas as coisas que eu lhe havia dito.

— Sabe que eu não vou desistir de você? – ele me perguntou de cabeça baixa ainda.

— Eu sei! – murmurei. – Mas espero que como me disse, você também não se machuque com essa história – disse pegando a mão dele em cima da mesa, tentando demonstrar todo o carinho e apreso que eu sentia por ele.

— Eu fui o mais tolo de todos – ele comentou também segurando as minhas mãos. – Você era a única coisa que eu queria e acabei te jogando nos braços de quem já tem tudo – ele falou sentido consigo mesmo.

— Ele não é o seu amigo agora? – perguntei para tentar descontrair a conversa um pouco.

Ele suspirou.

— Você é única para eu abrir mão, mesmo que for á favor de um amigo – ele explicou.

Nós ficamos alguns minutos em silencio. Eu não fazia ideia de onde estavam os pensamentos de Aspen, mas os meus vagavam lentamente por toda a nossa conversa me fazendo lembrar de que eu tinha coisas para falar com Aspen, ainda que não tivesse nada haver com isso.

— Bem, - eu falei depois de alguns instantes. – Depois de tudo isso, eu ainda posso pedir a sua ajuda?- perguntei com timidez.

— Há! – ele riu parecendo se divertir. – Nunca pense que eu vou te ajudar com Maxon... Eu nunca farei isso! – ele afirmou rindo, mas eu sabia que era verdade.

— Não é por Maxon – disse, não era puramente verdade -, mas preciso fazer uma ligação para minha família – isso era totalmente verdade.

— E como posso te ajudar com isso? – ele perguntou sem entender. – Tenho certeza que nisso Maxon pode te ajudar muito melhor do que eu...

— Sim, eu sei! – concordei. – Mas ele não concorda comigo e eu preciso falar com a minha família urgente! – disse ansiosa.

— Por que? – ele perguntou.

Eu expliquei o meu receio em relação ao Pai de Maxon e como isso poderia afetar a minha família.

— Esta vendo, mais um motivo para você sair – Aspen usou o que eu disse para ajudar a si mesmo.

— Bem, Maxon me deu a sua palavra de que eles estariam bem protegidos – expliquei querendo parecer confiante. – Mas mesmo assim eu quero ligar – disse rápido não querendo que Aspen usasse as minhas brechas. - Só para deixar avisado, e para me certificar...

Aspen balançou a cabeça parecendo não aceitar.

— Por favor! – eu pedi. – Você não pode me negar isso – falei brava.

— Eu não vou te negar esse favor – ele me tranquilizou. – Mas é incrível como você parece mesmo querer arriscar tudo para chegar onde quer, como está mesmo dentro desse jogo. Se confiasse mesmo em Maxon, não estaria me pedindo isso- ele acusou.

— Eu confio! – rebati. – Mas eu não confio no pai dele.

— Tudo bem, America – ele disse se levantando. – Eu te mando um recado amanhã – ele falou vendo a minha urgência, e isso me deixou mais relaxada.

— Obrigada! – disse dando um pequeno sorriso.

Ele sorriu de volta e depois lançou um olhar pelo meu quarto.

— Você ainda guarda a moeda? – ele perguntou surpreso e confuso, com os olhos grudados no meu criado mudo.

— É – eu admiti agora também confusa... Ele nem precisou me perguntar, eu mesmo já estava pensando no porque disso?

— Boa noite, America! – ele disse com um sorriso confiante no rosto, como se de repente nada tivesse acontecido e se retirou do quarto.

— Boa noite, Aspen – eu murmurei vendo- o partir.

Me levantei e fui até o meu criado mudo. Segurei o vidro e me sentei na cama, observando a moeda grudada no fundo do vidro. Eu não entendi como isso se ligava comigo, mas sabia que tinha haver com a America do passado, que como a moeda ainda estava grudada em mim e não queria se soltar...

Talvez eu não quisesse que ela se soltasse também.


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Notas finais do capítulo

" Eu queria te contar uma coisa. Achei que você deveria ser a primeira a saber! "

" Fala serio, Maxon! - pedi brava."

" Ela sabe que você não a ama"

" Não, para você só funciona sendo a verdade!"