Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 3
Novas Aquisições


Notas iniciais do capítulo

Ponto de vista diferente e mais um pouco de história!
Boa Leitura!



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 Novas Aquisições

 

*Aro PDV*

Já estava quase anoitecendo. Logo eu poderia sair do meio das árvores para conquistar as minhas jóias mais raras e belas.

Eu odiava sair da minha confortável casa para fazer certas missões, mais essa exigia uma atenção e cuidado maior. Eu não mandaria o melhor dos meus soldados e muito menos um de meus tolos irmãos.
Balancei a cabeça decepcionado ao pensar em Caius e Marcus...
Tão bobinhos.
E como para um imortal como eu, as horas não eram nada, a cidade logo escureceu.
Andei em um ritmo normal no centro onde estava tendo um festival.
Estava lotado, havia muitas barracas com jogos e comida humana.
O cheiro da comida se misturava com o cheiro de humanos me causando sede... Tantas pessoas assim em um mesmo lugar deixariam até o melhor dos vampiros com sede.
Mas meus 3000 anos não me abandonariam nunca. Eu era muito velho para cometer erros de um recém-criado.
Eu andava no meio da multidão até que uma mulher esbarrou sua pele em meu braço, na curta área desprotegida do meu manto. Isso me tirou de meus pensamentos, passando a ver todos os seus. Uma onda de emoções tomou conta da minha mente.
Pude ver um casamento, pude ver uma comida queimada... Mas o contato logo se rompeu.
Era fascinante para mim ouvir os pensamentos das pessoas, apesar de ter esse talento a bastante tempo, ainda era empolgante.
Olhei para a mulher intrigado.
Ela estava parada me fitando com seus grandes olhos cor de chocolate.
Que por sinal eu teria chamado de delicioso se não tivesse uma dieta especial.
Sorri para ela, não gostava que as pessoas tivessem uma má impressão.
- Boa noite
Seus olhos perderam o foco
- Boa... Noite...
Me lembrei que fazia muito tempo que eu não me distraia com uma humana.
Eu e meus irmãos adorávamos fazer isso á uns dois milênios atrás. Sentia falta daqueles tempos.
- A senhorita está acompanhada?
A mulher hesitou, mas logo respondeu séria:
- Estou
A mulher recuperou seus sentidos e continuou andando apressada com o coração vacilante.
O que era isso? Nunca nenhuma mulher me rejeitara antes. Senti a frustração e a raiva crescerem dentro de mim.
Agora realmente ela tinha a minha total atenção.
Ultrapassei sem nenhum esforço e me virei para ela, impedindo sua passagem.
 Ela parou abruptamente me fitando enquanto eu me aproximava do seu rosto.
- A senhorita realmente está acompanhada... ?
Sussurrei deixando o meu hálito agir sobre sua pele e sobre seus sentidos.
Ela piscou os olhos algumas vezes relaxando o corpo, se rendendo aos meus talentos...
- Não... Não estou...
Abri meu melhor sorriso para ela.
- Prazer, meu nome é Aro
Ela me olhava fascinada pelo meu rosto perfeito. Estendeu a mão para mim para que a cumprimentasse. Peguei sua mão e a tirei dali, a levando para um lugar mais tranquilo e escuro.
 
Quando me vi satisfeito, deixei a humana sozinha no bosque. Talvez ela soubesse o caminho de volta, talvez não... Mal sabia ela da sorte que tinha por eu só querer me divertir com seus sentimentos e com seu corpo...
Mas já era hora de parar com as brincadeiras. Voltei para a praça principal da cidade, a multidão se reduziu enquanto eu me divertia com a simples mortal. Andei rapidamente pela praça até encontrar um beco entre duas casas. O beco estava deserto, então atravessei o mais rápido que pude. E lá estava, no final da rua...
O maior hospício de Roma, onde os mais insanos da Itália se encontravam. Entre eles estavam minhas duas jóias.
Não pude conter o sorriso, os dois irmãos seriam de grande utilidade na minha guarda.
Pulei as grades da propriedade e corri pelo jardim até chegar no grande portão de ferro. Pulei para varanda do segundo andar e depois para o terceiro. Entrei em um corredor muito comprido. Corri pela direita, até a ultimo quarto. Quarto 314 de acordo com Eleazar... Um vampiro da guarda que saiu recentemente. Ainda não me conformava por tê-lo perdido, seu dom de achar as pessoas que tinham potencial para servir á guarda Volturi chegava a ser muito favorável.
Olhei pelo vidro da porta, lá estava ela. A jóia mais rara de minha coleção. Podia ouvir sua respiração ofegante e seu coração descompassado.
Arrombei a porta do quarto e entrei.
O quarto era todo branco e acolchoado, e no chão, encolhida no canto mais distante, estava ela. Amarrada em uma camisa de força com os olhos sem foco. Me aproximei da criança. Ela não passava de uma menina de 14 anos, loira com os olhos muito verdes.
Me agachei e passei a mão por sua cabeça
- Jane...
Seus olhos de repente me focaram. Sorri para menina que me analisava.
Segurei a menina pelos ombros e arranquei a camisa de força.
- Você vai me agradecer... Um dia...
Tombei seu pescoço para o lado e a mordi.
Senti o gosto de sangue banhar a minha garganta, o frenesi se apoderando de mim a cada gota de sangue.
Mas com uma certa dificuldade consegui não matá-la, tirando meus dentes de seu pescoço.
Por mais experiente que eu fosse, eu jamais estaria livre da sede.
Ela logo começou a gemer. Mas logo os gemidos se transformaram em berros, gritos desesperados de agonia e dor.
Podia ouvir seu organismo reagir ao veneno. Músculos se contraindo enquanto o veneno intoxicava cada parte do seu corpo.
Seu coração batia cada vez mais forte, cada vez mais próximo da sua última batida.
A essa altura ela já não gritava, estava deitada no chão inconsciente enquanto seu corpo sofria a transformação.
A peguei no colo e a carreguei para fora dali. Logo já estava fora da propriedade, e rapidamente estávamos fora da cidade. Adentrei a floresta e parei em uma clareira. Deixei a menina lá enquanto voltava rapidamente ao Hospício. Mas dessa vez entrei no primeiro andar, segui até o extremo esquerdo do corredor. Parei diante do quarto 117, podendo ouvir o coração do irmão gêmeo de Jane.
Alec, minha segunda aquisição.
Outro dom que seria muito útil em Volterra.
O quarto de Alec era diferente do de Jane. Não era acolchoado e nem era branco. Era um quarto normal, com uma cama e uma cômoda. Alec estava dormido e não vestia nenhuma camisa de força.
Não havia mais tempo á perder, logo iria amanhecer.
Mordi seu pescoço o acordando. Primeiro ele gritava de pânico, depois de dor. Mas logo adentrou a inconsciência como sua irmã.
O carreguei para a floresta e o coloquei ao lado da garota.
Então, esperei.
O sol já nascia enquanto eu esperava a hora em que não ouvesse mais som de vida em seus corações...

 *Renée PDV*

Acordei mas não abri os olhos, tateei em volta procurando por aquele que havia dado a melhor noite de minha vida. Eu o conheci tão de repente... Na verdade ele não era um Homem...
Era como se fosse um deus, pois por mais encantada que eu estivesse, pude perceber á velocidade em que ele me carregava em seus braços e os seus olhos cor de vinho.
Ele devia ser alguma criatura divina...
Depois dessa noite, tudo seria diferente. Eu fugiria com ele, faria tudo o que ele dissesse. Ele era especial, com ele era diferente... Era como se meu coração parasse, como se seu rosto pudesse me paralisar... Abri os olhos, vendo o lugar ao meu lado vazio...
 
 

 


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