Bella Volturi escrita por Carol Swan


Capítulo 4
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

genteeee...mais um capítulo ai..
espero que gostem...



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 Inesperado

 

*Renée PDV* 

Eu andava meio desanimada, não tive mais notícias dele.
No inicio, Charlie estranhou meu comportamento, quando eu ainda não conseguia controlar minha ansiedade. Mas as horas foram se passando e acabei aceitando a idéia de que não voltaria a vê-lo.
Já fazia mais de uma semana desde aquele dia em que acordei com o nascer do sol no bosque, sozinha. Ele não me deixara nada, nem uma carta, nem um bilhete...
Nenhuma explicação.
Eu conhecia o lugar aonde acordei. Minha casa e de Charlie era naquela mesma colina, eu costumava caminhar por ali quase todas as manhãs.
E pelo visto continuavam a me procurar quando passei pela porta de entrada.
Os dois estavam sentados no sofá com policiais em volta, fazendo anotações e usando o telefone.
Charlie às vezes era só um pouquinho precipitado.
Correram para me abraçar, estavam realmente preocupados. Vieram me cobrar explicações para meu sumiço, mas contornei os dois dizendo que estava cansada de procura-lo e que fora dormir na casa de uma amiga. Agradeci aos céus por acreditarem na mentira facilmente. Tudo o que eu mais queria era cair em um colchão e dormir em paz.

 Estava cozinhando enquanto essas lembranças vinham á mente com tamanha nitidez. Agora eu não deitava no quintal enquanto cozinhava, tinha aprendido a lição.

Ouvi a porta da frente ranger e logo em seguida passos. Charlie apareceu na cozinha, carregado de sacolas do supermercado.
- Mulher! Pra que tanto doce? Vai acabar engordando dessa maneira...
Disse com um largo sorriso no rosto
- Já disse, estou com vontade.
Respondi emburrada para ele. Não gostava quando ele se referia a minha forma física, apesar de ser magra.
- Está bem senhora Swan, seus doces estão aqui.
Disse colocando as sacolas em cima da mesa.
- Obrigada
Disse seca. Estava de mau humor.
Ele saiu da cozinha e foi para sala assistir os jogos do campeonato de beisebol. Ele era fanático.
Voltei para o fogão e comecei a mexer a papa preta que deveria ser o molho...
Eu era péssima cozinheira. Não podia negar.
O cheiro subiu da panela e entrou pelo meu nariz. O cheiro era horrível, devia estar vencido...
Senti meu estômago revirar. Instantaneamente me virei para o lado e vomitei. Vomitei até não haver mais nada em meu estômago.
Encostei na parede, apoiando minha cabeça. Eu estava tonta.
O que esta acontecendo comigo?
Minha barriga estava doendo, mas já não era o estômago. Era outra coisa, algo maior. Sentia pontadas de dor, que iam do meu abdômen até as minhas costas.
Fiquei imóvel, esperando a dor passar.
Passado alguns minutos, a dor começou a ceder.
Considerei meu almoço perdido, porque o cheiro era realmente insuportável. Desliguei o fogão e subi para o quarto.
Me deitei na cama e fechei os olhos.
Talvez seja só cólica, já que minha menstruação estava atrasada á...
Arregalei os olhos
- AAAAAAAAÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!!
Charlie gritava no andar inferior.
Cinco dias...?
Contei mentalmente os dias. É... eu estava certa. Cinco dias de atraso.
Pensei nos meus sintomas...
Franqueza... Fome exagerada... Desejos... Vômitos...
Não podia ficar com a incerteza. Me levantei, rápido demais...
O quarto girou ao meu redor.
Quando as paredes pararam de se mover, andei em direção as escadas.
Charlie estava com o nariz a três centímetros da tela. Então saí sem que ele me visse.
 
A farmácia mais próxima era á quatro quarteirões abaixo. Fui descendo o morro a pé, iria demorar demais pegar minha scooter na garagem. E eu precisava agora.
Andei o mais rápido que minhas pernas permitiam.
Entrei na farmácia e fui direto ao balconista. Antes que o atendente me perguntasse como poderia me ajudar pedi:
- Um teste de gravidez, por favor.
Ele sorriu para mim e se virou para as prateleiras de remédios.
Eu batia o pé impaciente enquanto o rapaz buscava meu teste.
Depois de uns minutos ele voltou com duas caixinhas.
- Qual a senhora prefere... Esses daqui ou você prefere outr...
- Este está ótimo!
Arranquei a primeira caixa de sua mão e corri para pagar.
 
Eu estava sentada na ponta da banheira enquanto esperava dar o tempo certo do teste que estava em cima da pia.
E se desse positivo?
Minha mente já começava a imaginar o quarto de hóspedes já todo decorado, as paredes pitadas de um azul delicado, com vários ursinhos de pelúcia espalhados pelo chão. E um berço, onde o bebê estaria envolvido em cobertas com desenhos de super-heróis. Imaginei o seu rosto, grandes olhos azuis iguais aos do pai me encarando enquanto um sorriso desdentado se formava em sua inocente face...
E se desse negativo?
Bom... Eu e Charlie éramos jovens, um dia um bebê ia acabar aparecendo em nossas vidas...
O som do despertador do meu celular me trousse de volta á realidade. Me levantei decidida, fosse o que fosse, eu iria assumir as conseqüências.
Olhei em cima do balcão.
Na pequena tira indicava um tom azulado. Peguei a bula procurando um significado para aquilo. Suspirei ao ter minhas suspeitas confirmadas. Eu estava grávida.
Eu teria um Mini Charlie.
Talvez fosse um menino, e de preferência igualzinho ao pai.
Bom, era melhor eu ir informar o papai Swan.
Sai da suíte com meu teste ainda nas mãos e desci as escadas.
Charlie estava sentado em sua poltrona assistindo o jogo sem piscar os olhos. Com um saco de pipoca nas mãos.
Entrei na sala e parei ao lado de sua poltrona.
- Charlie... eu estou grávida!
Disse contente com um imenso sorriso nos lábios.
- MAIS QUE MERDA É ESSA !?!?!?
Ele gritou derramando a pipoca no chão. Ele não me olhava, continuava a fitar a televisão pasmo.
Não esperava essa reação de Charlie, pensei que ele iria gostar...
- ESSE JUIZ NÃO CANSA DE ROUBAR NÃO?
Meu sorriso desapareceu.
Suspirei. Comecei a sair da sala, ele não escutaria nada que eu dissesse enquanto o jogo não terminasse.
Talvez, quando o jogo acabar, ele saiba que daqui a nove meses não será mais só nos dois, e sim nós três.
Subi a escada zangada com a falta de atenção.
Eu ODIAVA beisebol!
Fui até o quarto de hóspedes para dar uma checada.
O quarto era bastante amplo e bem iluminado pela larga janela. Claro que precisava de uma boa reforma, trocar o piso, e uma boa camada de tinta nas paredes, mas tinha potencial.
Coloquei a mão sobre a minha barriga.
Já podia até sentir um leve arredondado se formando entre meus quadris...
Ri de mim mesma, eu estava exagerando. Era impossível eu já ter uma barriga, eu devia ter apenas uma semana... Devia ser os doces, eu andava comendo demais...
Estava saindo do quarto de hospedes quando a dor voltou. Dobrei meu corpo para frente, tentando aliviar as pontadas que eu sentia por todo meu tronco... Mas a dor não cedia. Ela ia aumentando cada vez mais... Tentava me controlar para não gritar, a dor era excrucitante. 
Me sentei no corredor e me encostei na porta, esperando a dor passar.
Envolvi minha própria barriga, temendo a vida de meu filho...

 


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