-Nossa! Agora eu vejo por que tem tanto medo dela. – a Velha Mulher parou na porta da sala de estar.

    - Venha Amelia, esta na hora de dormir.

   - Ela parou, por que ela parou? Vai continuar vindo? – a menina despejava perguntas mais rápido que uma bala de canhão.

   - Eu acho que  tem medo da sala de estar. – o Doutor deduziu isso porque ela tinha ficado bem a porta, mesmo não tendo nada bloqueando o caminho.

  - O que ela é ? – o Doutor pegou a chave de fenda sônica e apontou para a mulher.

  - Monstrisublecto?

   - O que?

   - É latim, significa monstro de baixo da cama. Toda criança tem um, ou em baixo da cama ou no armário ou enfim, você sabe. Mas eles não costumam ter forma física, alguma coisa em você de forma para ela.

   - Voce pode pegar essa sua chave de fenda sônica e...

   - Como você sabe que é uma chave de fenda sônica? – nenhum humano nunca tinha feito uma coisa assim antes.

   - Bom, é uma chave de fenda e ela faz BUZZZ, o que é sônico, não é meio logico?

   - Amelia... Amelia, estou ficando impaciente, venha aqui, você precisa dormir e eu preciso comer. – a Velha Mulher avançou, mas era como se tivesse uma porta invisível, o que não impediu Amelia de correr e se esconder atrás do Doutor.

   - Por que você está se escondendo atrás de mim?

  - Não sei, eu acho que você não vai deixar ela me pegar, então me escondo atrás de você  porque acho seguro. – o Doutor se virou e olhou nos olhos da menina, ele sentia como se alguma coisa ali estivesse faltando, mas não conseguia encontrar o que era. – Você não vai deixar ela me pegar, vai?

   - Eu estou aqui, pra isso... sabe o que eu divida fazer?

   - Não.

  - Escrever em um papel “ Eu sou o Doutor e estou aqui para ajudar” e colar na minha jaqueta.

   - Não tem problema. – mesmo com a ameaça na porta Amelia sorriu, ela pegou um papel e uma caneta de um bolso na camisola, escreveu a frase e entregou para ele.

   - Obrigada! Assim que eu encontrar um clip ou alguma coisa eu prendo na minha roupa.

  O relógio tocou meia noite. E Amelia riu.

   - O que foi?

   - Eu faço oito anos hoje, e meu presente de aniversario é um Montrisublecto e um cara legal.

   - Bem isso ...  Como sabe que eu sou legal acabou de me conhecer?

   - Gravatas Borboletas são legais. – ela apontou para a gravata borboleta que ele estava usando.

   Meia- noite e um, a Velha Mulher desapareceu, deixando um montinho de pó.

   - O que aconteceu? – ela parecia aliviada e assustada ao mesmo tempo.

   - Parece que ela só pode ir atrás de você até a meia noite.

   - Isso é bom. – ela sorriu.

   - Bom, agora que ela já foi eu também vou. – ele já estava entrando na TARDIS quando:

   - Doutor!

   - Sim? – ele se virou e olhou para ela

   - E se ela voltar amanhã?

   - Eu também vou voltar.

   - Pessoas sempre dizem isso.

   - Eu sou uma pessoa? Pareço com uma pessoa? Confie em mim eu sou o Doutor. – ele entrou na TARDIS de novo, estava quase dando partida para o dia seguinte quando se lembrou de pedir uma coisa.

   - Da próxima vez que eu aparecer, você pode me dar alguma coisa para prender o papel na minha roupa?

   - Claro!

Amelia Song ficou na sala até que a TARDIS sumisse por completo, não estava nem um pouco interessada em saber o que ela era ou como funcionava.