Hunter - The Scape escrita por HannahHell


Capítulo 6
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora



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A casa de férias era bem pequena. Ficava no campo, com um bonito jardim.

 

Neste momento estava no meu quarto  compactando todos meus pertences em apenas uma grande mochila. Seria mais prático carregar minhas coisas nas costas até me estabelecer. Aqui não é seguro, principalmente por que eu tenho apenas um revolver, que roubei da Associação, e 15 balas especiais para sobreviver.

 

O mais engraçado, era que agora eu não tinha mais acesso a estas balas, e não posso levar comigo nenhuma espada, pois andar com espadas no meio da rua é estranho. O que me leva a ter a seguinte conclusão: eu estarei morta em breve.

 

O sol está se pondo. Tenho de sair mais uma vez. Minha vida está assim desde semana passada, quando cheguei aqui.

 

De dia, eu durmo e descanso. De noite eu saio e fico andando pelas ruas, clubes e bares esperando o dia amanhecer. Acho que estou me tornando igual ao meu inimigo.

 

Caminhei com passos rápidos pela rua deserta em frente minha casa, mas conseguia ver o começo da cidade, era só eu andar dois quilômetros que chegarei à civilização e, com isso, numa relativa segurança.

 

Escuto passos às minhas costas, estou sendo seguida, é sempre assim, desde o primeiro dia, algo me segue, mas eu não vou olhar para trás. Pura questão de lógica, se eu vir alguém me seguindo e este alguém me ver iremos lutar e eu desperdiçarei uma bala.

 

Pessoas já começavam a aparecer na rua. Eu ainda não estava salva, se fosse um deles, o que era provável, matar as testemunhas era fácil.

 

Mas então eu cheguei à cidade, o fluxo de pessoas aumentou consideravelmente conforme eu me dirigia ao centro da cidade.

 

As vantagens de uma cidade turística é isto. Está vinte e quatro horas cheia de gente, mas meu objetivo é apenas fugir.

 

Entrei num bar que sabia estar sempre cheio e movimentado, sentei-me no balcão e o garçom veio saber meu pedido.

 

-Uma batida de café e vodka com pouco açúcar – pedi enquanto utilizava de todas as superfícies refletoras para observar tudo ao meu redor.

 

O barman apareceu novamente trazendo meu pedido, ele era um garoto, devia ter uns 19 ou 20 anos, cabelos de um loiro-sujo totalmente penteados para trás na mais perfeita ordem, e olhos castanhos. Parecia ser simpático, mas o que estou pensando, ele é um garçom provavelmente é simpático.

 

-Nossa! Pela primeira vez fazem esta batida para mim – comentei surpresa, geralmente dizem que não tem tal coisa no cardápio e me pedem para trocar de pedido. Levei o copo à boca para tomar a bebida.

 

-É que eu gosto de deixar os clientes felizes, principalmente se foram tão belas – ele sorriu para mim galanteador.

 

Tomei um grande gole. Senti o amargo do café junto com o álcool encher minha boca. Tenho de admitir, isso tava bom. Ele tinha jeito para fazer batidas.

 

Ao colocar o copo no balcão percebi o reflexo de duas garotas dançando com o nada. Era o meu perseguidor.

 

Terminei com a bebida e pedi outra, enquanto conversava com o garçom.

 

Ele era engraçado, e meio lerdo, por isso não precisava disfarçar minhas olhadas para os reflexos.

 

Meu perseguidor dançava e fingia ser um humano normal. Beijando as garotas que davam em cima dele, porém não bebia nada. Não que eu esperasse vê-lo tomando um gole de uísque ou algo do gênero.

 

-Mas então, você é a dona da casa abandonada? – o garçom me perguntou e com isso me tirou dos meus devaneios.

 

-Sim... – respondi distante – qual é o seu nome?

 

-Oh! Sim. Meu nome é Billy – ele respondeu com seu sorriso maroto.

 

-Hm... Billy, você sabe por acaso quem é ele? – apontei para o vampiro.

 

-Este é o filho do Chefe de Policia Nunes – ele respondeu com um tom de inveja, afinal no quesito beleza era difícil superar um vampiro e este era bastante bonito, cabelos castanho-acobreados e olhos verde-esbranquiçados.

 

-Pobres garotas. Este cara parece ser uma má influencia – comentei enquanto bebia minha batida.

 

-Má influencia é? Por que você não vem dançar comigo, Anabelle Stevens? – ouvi uma voz rouca um pouco atrás de mim.

 

-Desculpe, não gosto de dançar.

 

-Vamos você não tem nada a perder.

 

-Meu caro, se eu dançar com você eu tenho TUDO a perder – comentei seca e me levantei – com licença.

 

Caminhei lentamente pelo bar, se eu saísse seria suspeito, então fiz a coisa mais lógica, fui ao banheiro, pelos reflexos pude perceber que o vampiro perseguia.

 

Entrei no banheiro, era bem grande, com vários espelhos pelas paredes, pias com lustrosos granitos e o piso de mármore branco, fui até as janelas, estavam fechadas, mas não havia problema.

 

As forcei até consegui abrir no tamanho perfeito e suficientemente grande para que eu passasse.

 

Com um impulso consegui passar pela janela e sair no pequeno beco que havia entre o bar e a loja do lado.

 

Comecei a correr, era só eu achar um novo bar, me misturar com as pessoas e ficar esperando a noite passar.

 

Mas como TUDO na minha vida NADA acontece como eu quero. Eu ainda irei me benzer um dia desses.

 

Estava no meio da rua e nas vitrines eu percebi algumas pessoas sendo empurradas por uma força invisível, em outras palavras, eu ainda estava sendo perseguida.

 

Não pensei duas vezes antes de começar a correr, claro que a minha velocidade, por mais superior que de um humano normal que ela fosse, não superaria nem se eu sonhasse a velocidade do meu perseguidor.

 

Dei um suspiro, minhas pernas começavam a cansar, já passei pelo centro, agora a rua começava a se esvaziar, não poderia dar meia volta, mas se seguisse em frente acabaria por ficar encurralada, tomei então a decisão mais. Lógica.

 

Com um salto eu me virei no ar e ao cair no chão estava de frente para o tal filho do chefe de polícia.

 

-Seu pai não vai gostar de saber que seu filho está correndo atrás de garotinhas indefesas – comentei andando de costas, me guiando para um local sem pessoas, se começássemos uma luta não poderia haver testemunhas.

 

-Ah! Que isso. Foi meu pai que me mandou caçar você. Ex-Caçadora – ele tava pedindo para apanhar, me perseguir, eu perdôo, mas pisar no meu maior calo? Esse vampiro é masoquista?

 

-Jura? Que tipo de chefe de polícia é esse? – indaguei enojada, se eu ao menos conseguisse o enrolar por mais tempo.

 

-Do tipo nobre que já perdeu muitos servos para você na capital.

 

-Jura? Ele aceita um pedido de desculpas?

 

Continuava a me afastar lentamente, tudo que eu precisava era de um lugar onde tivesse algo para me apoiar.

 

Foi então que eu vi o muro de uma casa, era um muro baixo, perfeito para o que eu planejava fazer.

 

-Garota, entre nós desculpas e perdão não existem, apenas laços de sangue traçados com mortes e perdas.

 

-Então tudo se baseia em quem mata quem. Que pensamento mais restrito. Você devia abrir mais seus horizontes e descobrir que há mais na vida além de matar e morrer – por que isso soou extremamente hipócrita? Mas mesmo assim, com a pequena distração dele pude me colocar na posição certa, ficaria agora prestando atenção em cada passo do sanguessuga para que na hora certa pudesse me defender apropriadamente.

 

-Diz Anabelle Stevens, mais conhecida como Assassina, ou nossa oponente de maior risco. Não era você que nos odiava? – ele começou a se aproximar. Lentamente para seus padrões, mas rápido o suficiente para chegar a mim em poucos segundos.

 

-Pois é algumas coisas nunca mudam. – comentei e pulei no muro, desviando assim do ataque que ele planejava dar de surpresa, uma vez com um pé no muro o usei para me dar impulso para um chute transversal que passou o salto muito afiado da minha bota pelo pescoço o sanguessuga causando um corte profundo.

 

Mal pisei no chão e dei outro chute no mesmo local aprofundando ainda mais o corte.

 

Não podia dar tempo para ele se recuperar ou pensar em se defender, dei mais um chute, conseguindo arrancar a cabeça de aquele ser vil de uma vez por todas.

 

Peguei um isqueiro do bolso e o queimei, não podia deixar rastros ou chances de cura. Assistia o corpo daquele monstro virar cinzas, e devo admitir que apreciava a cena, menos um deles no mundo e mais um dia para mim, mesmo que não sejam nem três da manhã ainda.

 

Dei as costas para o fogo e segui meu caminho, tenho ainda que achar um lugar para passar o resto da noite.


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Notas finais do capítulo

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