Capítulo  2

[ Damon]

Já estava com tudo pronto para partir. Ainda ñ sabia qual seria meu destino. Chicago? Los Angeles? Atlanta?

Eu poderia ir a qualquer lugar. Na TV estava passando o noticiario local. Não estava prestando atenção, ate que um endereço me deixou curioso. Me aproximei da TV.

- Estamos em Park City - Brooklyn. Nessa manhã de domingo. Onde ocorreu um triplo homicídio. Todos de uma mesma família. Temos uma outra vitima que era um vizinho. Nossa teoria é que ele provavelmente foi socorrer as vitimas e acabou sendo assassinado. E esta jovem - mostrou uma foto - esta desaparecida. O que tudo indica que foi sequestrada. Qualquer informação entre em contato com o número que esta aparecendo no video. Voltaremos a qualquer momento com mais informações.

A menina da foto era a Lindsay. Mais essa agora! Eu precisava encontra-la - pensei.

[ Lindsay]

Todas minhas lembranças voltaram. Damon, pq vc as apagou? Pq me deixou? - choraminguei.

Essa ardencia em minhas garganta que não passa! - resmunguei.

Já me alimentei de sei lá quantas pessoas. Parei de contar na décima primeira. Eu estava me sentindo um monstro, abandonada, sozinha e a pior pessoa da face da Terra.

Eu sou uma assassina! - gritei e ouvi o eco que minha voz causou naquele lugar vazio.

O rosto do assassino de minha família não saia de minha mente. Fechei minhas mãos em punho, a raiva me dominando. Seu cheiro não saia de minhas lembranças.

- Já sei! Vou encontra-lo e acabar com ele - eu disse o ódio e a sede de vingança tomando conta de mim.

[ Damon ]

Estou a procura de Lindsay e não consegui encontra-la. Será que ela esta em algum lugar por aí, morta?

 Já passou uma semana e não a encontrei. Me decidi para onde vou. Vou para Geórgia cobrar uns favores a uma pessoa.

[ Lindsay ]

Passei dias vigiando esse homem. Sei cada passo dele, toda sua rotina diária. Seu nome: Hernandéz. É hoje seu funeral!!!

Ele estava dentro de casa. Seguro, pois eu não podia entrar sem ser convidada. Fiz um barulho do lado de fora da casa. Pra chamar sua atenção e ele veio ver o que era. Olhou tudo a sua volta.

- Olá, Hernández! Lembra de mim? - perguntei.

- Mas ... Mas ... Como? Eu matei você! - gaguejou ele. Sua expressão de espanto e seu medo aumentou meu desejo por vingança.

- Vejo que lembra de mim - mostrei minhas presas para ele e estava pronta para dilacera-lo.

- Papai, o que esta fazendo aqui fora? - vi uma linda garotinha esfregando seus olhinhos. Ele ficou em sua frente para que ela não pudesse me ver.

- Esta tudo bem, princesa. Vai dormir - disse ele docemente a ela.

- Me conta uma historinha? - ela perguntou.

- Amanhã, já esta tarde. Vá dormir - ele disse e ela entrou.

Ele me olhou com olhos suplicantes.

- Se você acha que essa ceninha me comoveu. Esta muito enganado! Você matou minha família e matou meu irmão. Uma criança!!! Ele só tinha 8 aninhos - eu disse indignada.

Avancei em seu pescoço e o quebrei. Eu não queria sentir o gosto do sangue daquele nojento. Não sei o que aconteceu comecei a chorar. Minhas emoções me enlouquecendo. Eu sou um monstro, ñ sou melhor do que ele - pensei. Eu queria morrer!

Foi quando senti uma mão em meu ombro. Me virei, aqueles olhos azuis me encarando e o abracei.

- Vai ficar tudo bem - disse ele.