Meu Bem, Meu Mal - 2º Temporada. - Uma Outra Eu. escrita por Miss Petrova


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Capítulo I



Corri até eles e vi meu pai caído chão, com um tiro na testa. O cara apontou a arma para minha mãe e deu dois disparos. Vi seu rosto e senti uma forte dor em meu peito. Coloquei a mão, estava úmido e quente. Era sangue! Ouvi o choro de meu irmão e mais dois disparos. Já estava caída no chão e apaguei ...


Abri os olhos assustada e com a respiração ofegante. Me sentei e vi que minhas roupas estavam sujas de sangue. Olhei para os lados e não pude acreditar no que vi. Estavam todos mortos!


– Não, não e não! - me desesperei. Me ajoelhei ao lado do corpo de meu irmão e o abracei. Fiquei chorando nessa posição, não sei quanto tempo.


Porque fizeram isso conosco? Somos pessoas de bem. Percebi que a ferida em meu peito continuava aberta e sangrando. Tinha algo dentro dela. Enfiei o dedo na ferida e removi a bala.

Só aí percebi. Como eu estava viva? O tiro foi no coração.


De repente comecei a ouvir vozes. Uma britadeira a uns 100 metros, passaros ao longe, os vizinhos transando, choro de um bebê, carros, buzinas, pessoas conversando ...

Ah, meu Deus!!! Eu estava enlouquecendo. Tapei meus ouvidos com minhas mãos e comecei a gritar.


– Parem! Parem, calem a boca! - tinha vozes em minha cabeça. Até que tudo se acalmou, como se tivessem diminuindo o volume.


Minha visão, meu olfato e minha audição ficaram mais aguçadas. Comecei a ouvir uma batida constante.

–Tum , tum. Tum, tum. Tum, tum ... - era o som do coração de alguém?


Aquele som fez minha garganta arder. Era como se eu estivesse num deserto debaixo de um sol de 40 graus. Minha boca começou salivar e ouvi uma leve batida na porta. Pensei em me esconder. E se acharem que eu fiz isso?


Mas uma voz no fundo de minha mente me encorajou a ver quem era.

– Alimente-se dele - disse ela.


Abri a porta, era o vizinho chato do lado. Que vivia olhando para meus seios.

– Ai meu Deus! Você esta bem? Esta sangrando! - disse ele com espanto.

Senti meus caninos romperem minha gengiva.

– Sinto muito. Mas estou com muita sede - eu disse a ele. Mostrei minhas presas e o ataquei.


[ ... ]



Saí correndo. Eu tinha acabado de beber sangue de uma pessoa. Eu matei uma pessoa! E o ruim é que eu gostei. Pior ainda, eu queria mais, mais e mais sangue.

Não foi uma boa ideia ir para a rua. Muitas pessoas e o cheiro delicioso do sangue delas. Eu só conseguia pensar em sangue e nas formas diferentes que eu poderia me alimentar daquelas pessoas.

Parei num canto e comecei a chorar ...


– Moça, você esta bem? - ouvi alguém perguntar.


Levantei a cabeça para ver quem era. Era um homem jovem, deveria ter uns 20 ou 22. Não passava disso! Forte, cabelos negros ... ele me lembrou alguem. Só ñ sei quem!


– Eu estou bem. Me deixe em paz! - gritei.


– Precisa de alguma coisa? - insistiu ele.

De todo seu sangue - pensei.


– Não, vai embora! Eu não quero te machucar - comecei a chorar de novo.

"O que estava acontecendo comigo?"


– Acho meio dificil você me machucar. Sou mais forte que você - ele desdenhou de mim.


– Não deixe-se enganar pela minha aparência frágil. Sou mais forte e mais ágil que você - eu disse entredentes e comecei a rir sem vontade. Isso não era engraçado. Minhas emoções estavam confusas. Um ódio cresceu dentro de mim e mostrei minhas presas para ele.

Não sei qual era minha aparencia, mas sua cara de espanto. Me fez perceber que eu deveria estar horrivel. Ele caiu quando caminhou de costas, se levantou ainda cambaleando e saiu correndo atropelando as proprias pernas.


Andei pelas ruas do Brooklyn sem rumo. Até que adormeci num galpão abandonado.


–"Qual é o seu sonho? - ele me perguntou.

Seus olhos azuis me fitando. Estavámos no telhado, observando as estrelas. Mas o brilho de seus olhos ofuscou o brilho delas.


– Que minha família fosse diferente. Que certas situações nunca tivessem acontecido. Já estive a beira da morta tantas vezes que até perdi as contas. Queria ser feliz. Que meus pais amassem Brandon e a mim. Que nos protegessem e cuidasse da gente. Eu queria uma família igual aquelas de comercial de manteiga - eu disse e começamos a rir."


Abri os olhos. Já tinha amanhecido.

– Damon - sussurrei.


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Notas finais do capítulo

Aguardando pelo menos um review kkkkk

XOXO
13/06/2013 ás 13:07