Para Sempre. Ou Não... escrita por Suzy Cullen


Capítulo 9
Um refúgio, meu refúgio.


Notas iniciais do capítulo

Prometi a Nikki e cumpri - aqui está! - o nono capítulo de Para Sempre. Ou não...

DICA : Se eu fosse vocês leria esse capítulo ao som de How Deep Is Your Love - Bee Gees (sério?) , na versão de dueto, instrumental ou na do Glee. Essa música é muito ROMÂNTICA, vai ajuda-las a entrar no clima... Eu mesma, escrevi o capítulo ouvindo ela...

P.S.: É eu curto Bee Gees, que é que tem?



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PDV Melissa

            Me levantei quando amanheceu. Corri para fora da floresta. Parei em frente a casa, mas tive que me esconder quando vi o movimento através da grande parede de vidro. Fiquei atrás de um arbusto. Vi Esme entrar na sala, puxando Carlisle.

Ele deslizou as mãos ao redor da cintura dela e a beijou. Fechei meus olhos, não conseguiria terminar de ver aquilo. Apesar de estar aqui por Carlisle, eu estava com raiva dele. Será que era tão difícil ver que aquilo me magoa?

Saí dali o mais rápido possível. Ele nem sequer se deu pela minha falta, então agora também eu só voltaria quando ele lembrasse que eu existo. E quando voltar não será fácil.

Corri calmamente até que cheguei na cidade. Encontrei um café arrumadinho. Entrei e me sentei. Fiquei olhando para fora apenas vendo a chuva cair e ficar mais forte.

- Deseja algo? – o garçom perguntou. Me virei e percebi que ele sorriu de canto.

- Não, obrigada. – respondi assentindo, ele saiu, ainda sorrindo.

Fiquei ali por um bom tempo, apenas pensando para onde ir. A quem recorrer?

PDV Carlisle

- O que você acha de sair mais tarde? – Esme perguntou, lançando os braços ao redor da minha cintura. Beijei sua cabeça.

Eu estava feliz. Finalmente fui capaz de entender o que eu sinto por Esme. Era paixão. Eu estava apaixonado por ela, e agora sabia que o sentimento dela não mudou.

Talvez por estar tão envolvido com seu cheiro, seu jeito, sua boca... Eu nem havia me tocado que Melissa ainda não havia voltado. Será que estava chateada? Mas com o que? Ela vai voltar, uma hora tem que voltar. Vai dar tudo certo.

Não há motivo para que ela desaparecesse assim.

- Seria ótimo. – respondi. Ela mordeu meu lábio com força. – ai.

- Mordida de amor não dói. – ri. – umas 19h00min tá bom?

- Claro. – me sentei no sofá e Esme se sentou no meu colo. Passei meus braços ao seu redor, a fazendo sorrir.

- Não sabe como é bom saber que agora você me ama. – a olhei fundo nos olhos.

- Acho que nunca deixei de amar. – sussurrei. – mesmo quando não fazia ideia de quem era, eu sentia algo por você Esme, agora vejo que o é. Eu te amava esse tempo todo e não sabia. – ela sorriu e beijou meu ombro.

- Eu lhe amei mesmo quando disse que não se lembrava de que era sua esposa. Eu lhe amei por que no fundo, sabia que valia a pena acreditar no amor. E olha só! Estamos namorando. – rimos.

- Enfim, o que quer fazer hoje?

- Qualquer coisa desde que você esteja comigo. Você escolhe. – beijei seu ombro e a apertei em meus braços. – Carlisle, você gosta de ter uma namorada baixinha?

- Por que a pergunta?

- Só curiosidade. É que você me chama de pequena e eu acho lindo, mas não sei se você prefere uma mulher alta e escultural ou uma baixinha.

- Uma baixinha linda. – brinquei. – mas eu gosto sim de namorar uma baixinha. É bom lhe abraçar e você me olhar de baixo, daí eu olho em seus olhos e lhe  beijo bem devagar. Quando você for tentar me bater, eu lhe abraço mais forte, rindo baixo por ser tão fraca e tão delicada. - ri. - Quando a gente brigar de verdade, eu lhe olho nos olhos e falo bem sério “pequena, eu te amo” e aí você se derrete toda e eu te beijaria de novo, dizendo o quanto é bom ter alguém como você.    

   

- Nossa. – Esme disse respirando fundo. – não pensei que ser pequena pudesse ser tão bom. – sorrimos.

- Que tal caminhar por La Push? – ela assentiu se levantando.

Antes que eu me levantasse, ela se aproximou e me beijou. Me levantei, ainda com nossas bocas grudadas. Me afastei e a peguei pela mão.

- Agora é só amor, hein? – Jasper exclamou passando pela sala.

- Com certeza. – Esme confirmou e me olhou, sorri para ela. – vamos a La Push. Não deixe que incendeiem a casa.

- Não somos tão ruins assim!

- De qualquer forma, - interrompi. – cuida daqui para nós. – ele confirmou com a cabeça e saímos. 

Caminhamos de mãos dadas até a porta. Andamos calmamente. Chegamos a La Push. Assim que me deparei com o mar, lembrei da minha prima.

- O que aconteceu? – Esme perguntou segurando meu rosto.

- Estou só preocupado com Melissa.

- Ah. – ela suspirou e deixou as mãos caírem ao lado do corpo.

- Por que você odeia quando falo nela? – a olhei sério. – você sabe que ela é minha prima. Então, por quê?

- Quer a verdade? – assenti. – tenho medo dela.

- Medo da Melissa? – perguntei cético.

- Tenho medo que ela te tire de mim. E eu não posso perder você. Já perdi meu filho, e você apareceu, me transformou e agora eu te amo.

- Ela não vai me tirar de você, nem se tentasse. Porque o que sinto por Melissa é o que nossos filhos sentem um pelo outro. Irmãos. Mas você é diferente de tudo isso. – beijei sua testa. – e agora eu sou um idiota que se vê bobo por você.

- Então... – ela olhou para cima. – Deus, cuida desse idiota pra mim? Ele é importante.

Passei meu braço pela sua cintura e a beijei. Sorri em seus lábios.

Desgrudamos nossos lábios, mas continuamos abraçados. Coloquei meu rosto em seu pescoço e seus dedos se entrelaçaram em meu cabelo.

Nos apertamos mais, senti as formas do seu corpo contraído ao meu. Quando nos afastamos, Esme correu e fui atrás dela. Corremos até em casa.

- Você sabe que vou te pegar! – gritei quando ela subiu as escadas. Subi também até que  cheguei no quarto. Estava vazio.

Olhei ao redor, nada.

- Ataque! – Esme gritou atrás de mim e pulou em meus braços, me fazendo recuar até cair na cama.

Suas mãos delicadas apertavam minha cintura, minha barriga, meu pescoço.

- Você não se cansa! – minha voz saía abafada pela risada.

Segurei seus pulsos, a fazendo parar. Nos rolei e segurei seus braços, mordendo seu pescoço.

- Pará! Carl... – sua fala se embolava com suas gargalhadas.  

Esme começou a já não conseguir respirar mais, então parei. Esme me puxou pela gola da camisa e me beijou. Segurei sua cintura com força.

O beijo foi ficando mais intenso e mais provocante, até que me dei conta de que estávamos nos esgueirando para o meio da cama. Seus dedos brincaram com a barra da minha camisa.

Beijei seu pescoço, soou um gemido choroso. Levantei a cabeça, ela sorria.

Só então percebi o que estávamos fazendo e onde iriamos parar. Eu gostava da ideia, mas não ia conseguir fazer isso agora. Eu só queria esperar um pouco. Mas quando a olhei, vi o quanto estava ansiosa e não podia magoa-la. A ultima coisa que queria era perde-la ou faze-la sofrer.

Saí de cima dela lentamente e me deitei ao seu lado. Saí da cama, ela também. Seu rosto era confuso e magoado. Peguei suas mãos, mas ela as tirou e recuou.

- Esme, desculpa, eu não quero lhe magoar, eu te amo. Mas ainda não dá, não faz nem um dia que estamos namorando e eu te quero, mas quero que isso seja especial, só vamos esperar um pouquinho. Eu não quero lhe machucar, eu só lhe quero bem e ao meu lado.

Esme não se moveu, sua expressão era indecifrável. Comecei a ficar nervoso. Queria agarra-la e beija até faze-la perder o ar, mas fiquei apenas a observando.

- Eu acho muito...Fofo. Tudo bem, eu entendo, sei que é melhor esperar. – me aproximei dela, a tomei em meus braços e a beijei.

- E sobre nosso encontro hoje à noite?

- Não vejo a hora. – cochichou em meu ouvido.

Afundei meu rosto em seus cachos caramelos jogados sob os ombros. Seus braços se agarraram em meu pescoço e respirei fundo, inspirando seu perfume, fiquei atordoado por uns segundos.

Apesar de tudo, eu sabia que encontraria um refúgio - o meu refúgio - naqueles lábios, naquele abraço, naquelas mãos. Naquela Esme.    


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Notas finais do capítulo

Leram ao som do romantismo? O que acharam do capítulo e da música? Querem que eu faça mais vezes?



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