Para Sempre. Ou Não... escrita por Suzy Cullen


Capítulo 8
Senti sua falta


Notas iniciais do capítulo

Hey!!
Oi queridas - será que só as mulheres se importam com as fics? rsrsrs - como viram estou respondendo a todos seus reviews não é? Mas estarei entrando em semana de prova segunda-feira e talvez não consiga responder a seus reviews a partir desse oitavo capítulo, tudo bem? Minha primeira prova vai ser de redação! Então a opinião de vocês vai ajudar muito, rsrs.

Mais um capítulo pra vocês e ANTES de ler já vou avisando que provavelmente este será o momento de gloria de vocês, por quê? Leia e descubra...



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PDV Esme

Fiquei rodando pelo quarto sem saber o que fazer. Na verdade, eu não tinha nada para fazer. Desde que Carlisle resolveu ir embora, eu fiquei assim. Sem saber o que fazer, sem saber de nada.

            Me olhei no espelho mais uma vez, quantas vezes eu teria que me ver para entender que sem ele até meu semblante é sem graça?

           

            Meus olhos estavam negros desde que ele se foi. Mas eu não queria caçar. Não queria sair de casa. Sair para pensar em tudo. Ver o que estava à minha volta. Ver cada detalhe da nossa vida deixado no passado.

Suspirei antes de sair pela porta a passos largos.

Corri sentido o vento bater em meu rosto com um toque carinhoso, idêntico ao dele. Fui em direção à profunda floresta verde e densa.

Quando estava imersa o bastante em minha sede, algo se moveu por perto. Olhei em volta procurando o que ou quem impediu meu momento. Nada. Só então quando a brisa me atingiu, senti um cheiro do qual eu não seria capaz de ignorar.

Fechei os olhou respirando mais fundo, deixando a sensação entrar em mim. Abri meus olhos lentamente com medo de que tudo aquilo desaparecesse porque nunca foi real.

Quando me virei, vi que era real. Ele estava lá. Parado, observando. Um sorriso se formou em meu rosto e no dele também.

- Senti sua falta. – afirmei me aproximando. Carlisle andou a meu encontro.

- Também senti a sua. – ele concordou.

Não aguentei. O abracei com força para que não fugisse mais de mim. Para minha surpresa, ele me apertou da mesma forma, talvez até mais firme.

- Me desculpe. Agora eu vejo o quanto fui egoísta em não ver o quanto sofria com minha ausência. – ele disse rápido. Me afastei para olhar em seus olhos. Eram verdadeiros.

- Quem precisa de desculpa sou eu. Te magoei demais. Se não confia em mim, eu entendo. Sei que vai demorar para acreditar em mim outra vez. Mas só não fuja. Não me deixe. Fique aqui, mesmo que eu não mereça. – ele ouvia tudo atentamente, sempre mantendo seu olhar preso ao meu. – eu posso ter todos os defeitos, mas sei que quando amo não desisto. E não vou desistir de você. Mesmo que eu tenha dito ao contrário a um dia atrás. Foi da boca pra fora.

- Esme... – ele interrompeu.

- Eu tinha que falar. – ele assentiu e me soltou de seus braços. Começamos a caminhar lado a lado, dessa vez o silêncio era bem-vindo.

- Você ia caçar? Porque eu posso esperar...

- Obrigada. – respondi analisando qualquer possível presa.   

           

Não demorou para aparecer um puma que corria agilmente. Quando dei por mim, já havia mordido a garganta e sugado boa parte de seu sangue.

Olhei para a árvore onde ele estava recostado e sorri. Fui até ele.

- Já? – ele perguntou rindo.

- Não sou tão gulosa assim. – respondi emburrada, mas era difícil esconder o sorriso diante dele.

- Não? Da última vez que caçamos achei que você ia matar todos os ursos da floresta.

- Carlisle! Não se diz a uma mulher que ela come muito, sabia? – perguntei o empurrando com meu corpo levemente de lado.

- Eu sei que você achou engraçado. – rimos.

Continuamos o resto do caminho em silêncio. Chegamos em casa e abri a porta lentamente. Serenidade.

- Ficou tão quieto assim depois que fui? – ele perguntou.

- Não tanto. – respondi investigando cada canto da mansão. Ele me acompanhou até a cozinha.

Meus olhos pararam no bilhete colado na geladeira. O peguei e li: “Talvez iremos demorar um pouquinho. Eles não queriam te deixar sozinha, mas se acredito na minha visão está muito bem acompanhada. Beijinhos, Alice!”

Ri comigo mesma, nem lembrei que Carlisle estava ao meu lado.

- O que é tão engraçado? – ele tomou o bilhete da minha mão.

- Não, Carlisle! Não lê! – pedi segurando seu braço, mas ele o levantou e fiquei pulando tentando alcançar sua mão.

Ele simplesmente colocou um braço ao meu redor tentando me impedir. Tentei meu livrar de sua prisão, mas acabei escorregando. Ele estremeceu e, por estarmos tão “apertados”, caímos embolados.

Ele caiu de barriga para cima, por pouco não bateu a cabeça. Caí por cima dele, fazendo nossa peles ficarem coladas e nossa bocas tão próximas que nossos lábios se tocaram de leve enquanto caímos a alguns segundos atrás.

Deitei minha mão em seu peito, ainda um pouco atordoada.

- Viu o que você fez? – ele acusou.

- Eu?! Você quis ler o que não podia! – exclamei. Ele se virou para se levantar, o que fez com invertêssemos de posição.

Agora ele estava sob mim, e eu não queria que ele saísse. Ele sentiu isso também, porque não se moveu, apenas segurou o bilhete diante dos olhos. Assim que leu, soltou um riso tímido.

- Por que não queria que eu lesse? Afinal, você está em ótima companhia, não é? – escondi meu rosto com as mãos.

- Você vai me atormentar o resto do dia por isso! – choraminguei.

- Não sou tão mal! – ele se levantou e estendeu a mão. A agarrei e me levantei também. – está machucada? – seu tom estava preocupado.

- Nada me derruba!

- Nada? – ele indagou desconfiado. – nem mesmo um ataque... – dito isso ele apertou suas mãos em minha cintura e começou a me fazer cócegas.

Não era capaz de pensar com aquelas mãos me apetando e nossa risadas se ecoando pela casa vazia. 

Saí correndo e ele me seguiu, nos jogamos no sofá fofo e espaçoso na sala.  Ele fez mais cosquinhas dessa vez, enquanto eu segurava suas mãos para que parasse.

Quando finalmente parou, continuei segurando sua mão enquanto arfávamos.

- Vingança! – gritei pulando em cima dele e cutucando seu pescoço e sua barriga.

Ele ria enquanto tentava se livrar de minhas mãos, mas eu não o livraria tão cedo. Quando Carlisle já estava rouco de tanto rir, caímos do sofá e ele ficou em cima de mim. De novo.

- Outra vez, Esme? – ele zombou, ri de nossa situação.

- Culpa minha se você é desastrado?

- Quem nos fez cair na cozinha? – ri e nos rolei.

Quando nossos olhos se encontraram, vi toda a leveza que aquele momento representava. Carlisle tocou meu rosto, me inclinei para ele, que se levantou um pouco, nos beijamos.

Me sentei no chão e ele também, sempre mantendo nossas bocas coladas. Passei meus braços em seu pescoço, os dele enroscaram minha cintura e me puxaram.

- Eu...

- Não interrompa. – o cortei e ele riu.

Nossas línguas se tocaram e pareciam não querer se desgrudar mais. Em alguns momentos mordiscávamos a boca um do outro.

Não sei se foi pela ausência, mas seu gosto estava melhor. Afinal, qual beijo dele foi ruim?

Nos separamos e beijei sua bochecha. Seu sorriso denunciou que havia gostado e que estava... Divertido. Sua mão alisou meu cabelo.

- Você gosta de mim? – ele perguntou, o olhei surpresa. Como eu podia não gostar dele?

- Você é meu marido, esqueceu? Acho que é natural que eu goste de você. – sorri.

- Mas não me lembro disso. Você gosta de mim mesmo sabendo que tecnicamente não somos casados?

- Claro que sim. – segurei seu rosto. – você não lembra, mas eu sim. E estou fazendo o possível para que lembre também.

- Agora eu acho que você não precisa fazer isso.

- O quê? – meu sorriso morreu. O que ele quer dizer em não fazer isso? Será que levou a sério o lance de desistir? O nervoso me atingiu com medo de sua resposta.

- Quero dizer nos beijamos, então... – suspirei aliviada.

Me lancei sob ele e o abracei. Ele finalmente me aceitava como mulher e não como amiga.

Tudo estava esclarecido, só precisava ser dito.

- Nos beijamos. – concordei. – e eu gostei. – ele sorriu.

- Somos namorados ou marido e mulher? Eu não sei bem como isso funciona... – seu tom tímido me fez soltar um “ownn” baixinho.

- Vamos com calma, tá bom? – assentimos. – mas por ver das dúvidas acho que namorado é uma boa, quer dizer se você topar...

PDV Melissa

Assisti aquilo em silêncio. Se beijaram. Fiz de tudo para não deixar aquilo me abalar, mas os soluços me tomaram e corri de volta para a floresta.

Me sentei na frente do rio e deixei minhas mágoas saírem com os soluços. Por quê?

Aquilo não estava acontecendo... Ele não gostava dela. Não. Por que Carlisle? Por que não olha para quem sempre te amou, mesmo quando achava que havia lhe perdido?

Olhei a Lua. Linda e reluzente. Iluminando cada pedacinho de noite. Eu queria ser igual a Lua. Não se apaixona, mas é amada por todos. Precisa da luz do Sol, mas aparece sozinha em sua beleza.

- Nessa noite – sussurrei. – meu coração foi pisado. Mas eu prometo a mim que vou dar a volta por cima. Mesmo que para isso Carlisle precise sofrer. Posso estar magoada com ele agora, mas aquilo é obra dela. Se ele precisa perde-la para me ter, isso vai acontecer. Você vai me amar, Carlisle, como sempre lhe amei. Não que para isso você sofra tanto quanto eu.   


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Notas finais do capítulo

Agora me diz: Não foi o momento de glória de vocês?



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