Pokémon: A Revolução escrita por Kaox


Capítulo 6
O Inseto Verde




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Scyther, após olhar brevemente para os lados e notar que não havia ninguém ali além do garoto, simplesmente parou e passou a fitá-lo de maneira incessante, sem emitir mais qualquer outro som. Seu olhar era incrivelmente penetrante e ameaçador, como se caçasse cada filete de medo ou insegurança que escapasse de Willian. O rapaz, por sua vez, estava admirado demais com aquele Pokémon para perceber que ele também o analisava, que buscava silenciosamente testar e desafiar seu treinador a fim de concluir se era digno de seu respeito.

Willian lembrava-se de cada um dos Pokémon de seu pai, mas lhe causou estranheza que jamais tivesse visto este. Aquela história que sua mãe havia lhe dito, de que sabia que seu pai não voltaria mais, estava o perturbando muito, e o fato que pedira a ela que lhe entregasse um Pokémon antes de sair somente confirmava mais a versão. Será que Anton realmente não planejava retornar? Será que o tinha abandonado? Porque ao menos não viera entregar seu presente pessoalmente? Por um momento Willian passou a sentir raiva, mas rapidamente conteve o sentimento e forçou si mesmo a acreditar que não podia ser verdade, e que mesmo que fosse deveria haver uma razão para tal. Seu pai não era mais um covarde, ele estava convicto.

Após o devaneio, voltou sua atenção ao seu novo companheiro, e o que pensou foi ‘’Nossa, esse Pokémon é muito louco e parece forte pra cacete. Começar logo com um desses vai ser incrível!’’.

Ele se aproximou do inseto e esticou o braço para tocá-lo no ombro, mas nesse momento Scyther repentinamente repeliu seu movimento com um brusco levantar de braços. Aquilo o surpreendeu, de inicio levou um pequeno susto, nunca tinha visto um Pokémon agir assim, porém depois ficou intrigado e fez um desdenhoso sorriso com o canto dos lábios:

– Ah, então você é do tipo cuzão?

Não houve qualquer menção de resposta, o louva-deus apenas continuou a encará-lo quietamente. Willian fez uma cara de ironia e prosseguiu:

– Beleza, não precisa falar se não quiser, adoro amigos simpáticos como você – ele então olhou para o lado e disse em voz baixa, fingindo que queria esconder suas palavras do ouvinte. – Desde que cumpra seu papel nas batalhas, estou pouco me fodendo.

Após ignorar o desprezo de seu próprio Pokémon, ele o retornou a pokébola, em seguida franziu o cenho e ficou a observá-la durante alguns segundos. Até onde ele sabia, os Pokémon deviam obediência a seus treinadores ou donos, não importava se tinham seus próprios sentimentos ou não. Contudo, após um pouco de reflexão, uma memória lhe veio à tona, seu pai havia lhe dito mais de uma vez que cada Pokémon era único e que um treinador devia saber tratá-lo com o devido respeito. Imaginou que esse era um caso explícito do qual se referia, mas tampouco iria ficar implorando pela amizade ou simpatia de Scyther, se nunca se importou em fazer isso com humanos, imagine então com um mero Pokémon.

Chegou ao mesmo ponto de encontro do dia anterior. Dessa vez Lucius os guiou até dentro do supermercado Collins, passaram por uma entrada exclusiva de funcionários e desceram até mais uma área secreta, onde caminharam por um túnel similar ao daquele bar encardido, porém ainda mais cumprido e cansativo. Quando entraram na liga, Willian finalmente decidiu mostrar-lhes o que havia adquirido:

– Gente, se liguem nisso – ele libertou Scyther, que manteve-se imóvel como antes.

– Caralho, que foda! – Rick ficou de boca aberta, não fazendo o menor esforço para esconder que estava impressionado.

Allan não disse nada, ficou apenas estudando-o com os olhos semicerrados, como se observasse uma obra de arte abstrata. Já Serena, após absorver aquela informação repentina, arqueou as sobrancelhas e se aproximou do Pokémon, mas este rapidamente deu um salto para trás e colocou uma de suas lâminas à frente do corpo, numa clara demonstração de que não estava afim de conversa:

– Ei! – A menina tomou um susto, depois virou para Willian e perguntou desconfiada. – O que há com ele?!

– Hehe, parece que o Scyther já te cumprimentou! – Ele olhou para o inseto com uma expressão sarcástica – como vocês podem ver, ele é um cara bastante sociável...

– Os Scyther são Pokémon de comportamento bem peculiar, é normal que sejam muito orgulhosos e algumas vezes reclusos, mas este é muito interessante – disse Lucius, bastante intrigado. – E como você o conseguiu, Willian?

O garoto entortou o canto da boca e virou o rosto para o lado:

– É uma história não muito agradável, digamos assim.

Depois de retornar Scyther à pokébola, eles seguiram para a administração e se encontraram com o comandante Mario Heinz. Cada um recebeu seu cartão e fez um pequeno juramento de lealdade às ligas piratas, o que para Willian não passou de mais uma mera formalidade. Após isso, Willian também mostrou seu Pokémon ao comandante, o que o deixou realmente satisfeito:

– Hahaha, parece que não foi tão difícil para você conseguir seu Pokémon, afinal – após abrir um largo sorriso, levou a mão ao queixo. – Que tal eu encontrar alguém para lhe oferecer uma pequena batalha? Poderemos ver do que o Scyther e você são capazes!

A adrenalina subiu pelo corpo de Willian, aquela oportunidade o deixou em puro estado de êxtase:

– É tudo que eu queria ouvir!

Antes de batalhar, Lucius levou-o rapidamente até a biblioteca e lhe mostrou um livro que explicava detalhadamente sobre técnicas de batalha. Willian abriu no capítulo sobre Scyther e tentou perguntar quais das técnicas ele sabia, mas foi completamente ignorado pelo Pokémon, o que o deixou bastante frustrado. Como ainda não era possível definir em que nível encontrava-se Scyther, memorizou rapidamente os ataques descritos no livro, era de se esperar que no mínimo técnicas como corte, ataque rápido, agilidade ou foco de energia ele fosse capaz de utilizar.

Enfim, ele retornou ao encontro de Mario, e este o apresentou a um jovem treinador pouco experiente chamado Wesley Levin, um rapaz baixo e carrancudo, aproximadamente da sua idade, de traços duros e que possuía cabelos curtos e negros como a noite, penteados de forma a exibir um discreto topete. Ele tinha um notável ar invocado, mas Willian o cumprimentou amistosamente. Após isto, todos se dirigiram direto para as arenas de treino.

Willian e Wesley se dirigiram ao centro da arena e apertaram as mãos, e o mais baixo lhe desejou boa sorte, mesmo que nitidamente fosse um desejo mentiroso. Os demais se acomodaram aos cantos do local, bastante excitados.

Aquela seria sua primeira batalha, provavelmente o momento que mais sonhou em sua vida, por isso Willian ficou realmente nervoso, chegando ao ponto em que suas mãos começaram a tremer freneticamente, coisa que lhe era muito rara de acontecer. Ele tirou a pokébola de seu bolso e ficou encarando-a enquanto tremia em sua mão, nesse momento não pôde evitar de pensar em algo inusitado, lembrou-se de sua avó, pois a velha sofria de Mal de Parkinson, uma doença que a fazia tremer seus membros superiores, então soltou uma discreta risada quase insana e pensou ‘’obrigado por me passar isso, vovó...’’. Aquele momento bizarro quebrou seu anseio e foi o suficiente para que recuperasse seu autocontrole, e assim libertou seu Pokémon rapidamente:

– Vai Scyther! – Dizer aquelas palavras foi um momento mágico para ele.

– Vamos lá, Seel! – Gritou Wesley, ao mesmo tempo de seu oponente. Um simpático e desajeitado Pokémon foca surgiu, com um par de presas e um pequeno chifre pontudo.

No momento em que avistou seu adversário, a atitude de Scyther mudou drasticamente, ele curvou-se para frente, flexionando seus braços e pernas numa pose ameaçadora, e gritou ferozmente seu próprio nome, sem tirar por um instante sequer seus olhos do alvo. Ver aquilo encheu Willian de ânimo, aparentemente seu Pokémon não ia decepcioná-lo em combate.

– Certo, Scyther, creio que você sabe fazer o ataq...

Antes que pudesse terminar de falar, Scyther partiu em disparada numa velocidade impressionante contra o oponente, utilizando o ataque rápido, o que fez Seel institivamente encolher-se e proteger o rosto com as nadadeiras. Demonstrando uma incrível capacidade de mudança de planos e de direção, Scyther, quando estava quase se chocando com o alvo, saltou acrobaticamente por cima dele, e, enquanto estava no ar, desferiu uma poderosa cutilada no dorso da foca. O golpe abriu um profundo corte que fez o Pokémon soltar um agudo e agonizante gemido, seguido de um rápido jorro de sangue do local atingido.

Aquele movimento repentino pegou tanto Seel e seu treinador desprevenidos, quanto o próprio Willian. O garoto não sabia se ficava alegre pelo golpe bem feito ou irritado pela insubordinação, então finalmente fez uma cara de desagrado e gritou:

– EEEI! Eu não mandei você fazer isso!

– Você está bem, Seel? – A pergunta de Wesley foi prontamente respondida com um aceno positivo de cabeça por parte de seu Pokémon, que ao mesmo tempo em que demonstrava dor, demonstrava determinação.

– Tudo bem, não vamos nos assustar com isso, use o vento gélido! – Seel sacudiu a cabeça para se recompor, e depois soltou uma forte e fria rajada de vento repleta de pequenos cristais de gelo por sua boca.

O ataque fez com que Scyther fosse empurrado para trás, mesmo enquanto tentava com todo o esforço resistir e ir para frente, mas a sensação gélida o deixou mais fraco e atordoado, como era característico à maioria dos voadores, e ele terminou por cair.

– Agora, use a cabeçada! – Seel se lançou à frente, com o corpo completamente estendido, e atingiu o adversário em cheio no abdome, enquanto este lutava para conseguir se levantar.

O tipo inseto se levantou meio desajeitado, seus movimentos claramente estavam mais lentos, depois gritou seu nome furiosamente, e começou a encarar Seel de maneira assassina, embora estivesse ofegante.

– Ele está ficando fraco, continue assim, Seel! – O tipo aquático partiu em nova cabeçada.

– Scyther, saia daí agora! – Berrou Willian, que entrava em desespero.

Todavia, seu Pokémon fez algo totalmente diferente, ele esticou ambos os braços para os lados e levou-os à frente do tórax, e um círculo azul brilhante envolveu seu corpo. Aquele era o movimento proteção. Diante disso, Seel colidiu com a barreira e foi simplesmente lançado de volta a onde tinha vindo.

Apesar de surpreso com as habilidades demonstradas por seu Pokémon, suas seguidas desobediências já haviam deixado Willian puto. Ele berrou completamente irado:

– Que porra que você está fazendo, cacete?!

– Vamos acabar com isso. Seel utilize os fragmentos de gelo! – Ele abriu a boca e uma grande esfera de gelo surgiu à sua frente, de repente ela se partiu em vários pedaços pontudos, e estes voaram contra o tipo inseto.

– Scyther, se proteja de novo com...

Mais uma vez suas ordens foram ignoradas, invés disto o Pokémon saltou com as lâminas esticadas e rodopiou no ar. Formou-se o ataque onda de vácuo, onde uma onda de vento surgiu ao seu redor e bateu contra os fragmentos de gelo, dissipando ambos os golpes.

Willian finalmente percebeu que não tinha poder nenhum sobre seu Pokémon. Um enorme sentimento de frustração e incapacidade tomou conta de si, e ele passou a assistir ao resto do duelo absolutamente transtornado e imóvel.

Scyther decidiu utilizar o foco de energia, para isso levantou os braços e depois abaixou-os rapidamente, posicionando-os flexionados ao lado do seu tronco, e uma aura brilhante emanou de seu corpo. Sua capacidade de acertar danos críticos havia aumentado.

– Seel, fragmentos de gelo mais uma vez! – Este repetiu o mesmo procedimento anterior.

Scyther saltou ao passo que suas asas adquiriam um brilho branco muito reluzente, e começou a voar desviando de forma muito veloz dos estilhaços congelados com o ataque agilidade. Para a esquerda, direita, esquerda de novo e depois com uma meia-lua para baixo, um a um os golpes inimigos eram esquivados. Por fim, com um ataque de asas plasticamente magnífico, atingiu o oponente brutalmente na cabeça, fazendo-o voar semiconsciente para longe.

No exato momento em que Scyther voava, Lucius, totalmente abismado, disse para os outros:

– Esse Pokémon... Não é normal.

– Como assim?! – Perguntou Serena, hesitante.

– Não é comum que um Pokémon consiga combinar mais que quatro ou cinco tipos de técnicas de uma vez só numa luta, mas esse Scyther, mesmo lutando por conta própria, já combinou sete.

Depois que Seel caiu, já desacordado, Scyther não se conteve e, para espanto geral, pulou em cima dele e começou a retalha-lo com a fúria cortadora. Fez três golpes seguidos, que feriram gravemente a foca, mas quando ia dar o quarto, o corpo dela subitamente se tornou uma luz vermelha e retornou à pokébola. A lâmina do louva-deus encravou-se no chão, e este a retirou deixando escapar um rude rosnado.

– Seu filho da puta! Você está louco?! – Praguejou Wesley, completamente ensandecido.

Willian não respondeu nada, apenas retornou seu Pokémon, ele próprio estava pasmo e um pouco assustado com Scyther. Nem notou quando Wesley se aproximou correndo e colocou o dedo indicador em sua cara:

– Como ousa mandar um Pokémon desgraçado destes? Quer matar meu Seel?! Se alguma coisa acontecer a ele eu vou quebrar sua cara!

Aquele tipo de ameaça não podia passar em branco para Willian, ele jamais aceitava coisas assim, portanto deu um forte empurrão no rapaz e disse:

– O que eu posso fazer se seu Pokémon é um lixo? Só tente tocar em mim pra ver o que te acontece!

Nesse momento um soco voou em sua direção, que foi prontamente respondido com outro, os dois iniciaram um embate selvagem, até que uma grande perna atingiu Wesley na costela, derrubando-o. Rick havia chegado na voadora contra o garoto. Enfim uma voz forte, irritada e incrédula ecoou:

– Basta! – Mario Heinz se aproximou furioso. – Se isto continuar os três estão expulsos!

– Mas você viu o que esse cara fez?! Ele é maluco! – Tentou replicar Wesley.

– Eu vi muito bem o que aconteceu! – O comandante se virou para o rapaz caído. – Wesley, eu não esperava esse tipo de reação de você, estou muito decepcionado – depois voltou-se a Willian e Rick. – Esse é o primeiro dia de vocês e já agem como animais? Pelo visto não vão durar muito por aqui! Vocês três levarão uma advertência que será notificada em seus registros, a próxima ocorrência que tiverem em qualquer uma de nossas ligas, serão duramente castigados!

O esporro seguiu por mais um tempo, até que Mario Heinz chamou Willian para uma conversa em particular e dispensou os demais. Nela, além de lhe explicar sobre os deveres de um treinador para com seus adversários e seus Pokémon, como o respeito, o afeto e a esportividade, avisou que seu Scyther seria banido caso não fosse domado e voltasse a apresentar aquele tipo de comportamento.

Após se reunir com Lucius e seus amigos, o tio de Rick também os repreendeu, embora não tão duramente como o comandante. Willian estava tão transtornado que ouviu tudo de cabeça baixa, o que não lhe era habitual.

Enfim, Lucius lhes entregou o material que havia prometido para viajarem. Dois equipamentos para montar barracas, sacos de dormir, suprimentos, alguns medicamentos de primeiros socorros e demais utensílios necessários, apesar de que aquilo não parecia suficiente para quatro pessoas.

Allan parecia meio estranho desde que tinham se despedido de Lucius. Na hora em que estavam finalmente saindo, ele parou de maneira repentina e olhou meio sem jeito para o lado:

– Caras... Desculpem-me não ter dito antes, mas... Eu não vou com vocês.

– O que?! – Os outros três olharam incrédulos para ele.

O menino respirou fundo, encarou-os e desta vez disse com convicção na voz:

– Eu já havia falado com o Lucius, mas achei melhor apenas anunciar agora, quando já estivessem saindo. Vejam bem, esse negócio de se tornar treinador é realmente fascinante, mas não é o meu verdadeiro sonho – fez uma pequena pausa, enquanto os outros o olhavam confusos ou até decepcionados. - Vocês sabem como eu amo carros e outros veículos, eu sempre quis ser engenheiro mecânico para trabalhar com isso. Quando Lucius disse que iria para Celadon, eu não pude perder a chance de pedir para me levar... É lá que fica a melhor universidade de Kanto, e eles oferecem cursos para as pessoas tentarem entrar. Eu nunca vou conseguir isso se ficar vagando por aí ou preso nessa bosta de cidade que é Dalaron. O Lucius falou que conhece pessoas lá que poderão me ajudar, em troca concordei que vou trabalhar para as ligas piratas no que for necessário, inclusive dentro da universidade, caso eu consiga entrar, e mesmo depois que eu me formar. Ele também permitiu que eu ficasse com a pokébola, então quem sabe eu também possa me divertir...

Os jovens ficaram se encarando por um longo momento, seria muito estranho seguir a jornada sem Allan, que os acompanhara por anos em suas loucuras. Serena ficou bem triste com a notícia, ela se dava muito bem com o garoto, Willian ficou um pouco desapontado, mas jamais iria querer demonstrar, já Rick rompeu de vez o silêncio:

– Sabia que ia arregar, seu viado! – Allan olhou impassível para ele, mas Rick então abriu um largo sorriso. – Zuera, moleque! Se é o que quer, então vai fundo! – Ele deu um forte e audível aperto de mão no amigo, e depois um rápido abraço, batendo em suas costas. – Boa sorte!

– Bom, então é isso, cara... Nos vemos por aí – Willian apenas apertou sua mão, mas ambos sabiam que aquele gesto era sincero e já representava tudo o que queriam dizer.

Serena aproximou-se do amigo e lhe deu um fraternal beijo na testa:

– Fico feliz que tenha escolhido o seu próprio caminho, Allan. Desejo tudo de melhor para você.

Terminaram de se despedir e finalmente partiram em sua jornada.


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Notas finais do capítulo

- Análise da batalha entre Scyther e Seel:
Scyther, mesmo lutando por conta própria, era bem mais forte que seu adversário, e Wesley Levin, por ser um treinador iniciante, não tinha experiência o suficiente para saber como contornar o problema.



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