Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 17
Capítulo 16 - Vou cuidar de você


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOOOOOOOOOOOO AMORES!
Gente, eu não postei ontem porque fiquei com preguiça de arrumar o capítulo. #TrueStory
E quase que eu não postei hoje, mas ai iria ser por causa desse frio dos infernos (OOOOOOOI?!) que resolveu aparecer hoje e congelar minhas lindas mãos :'(
MUUUUITO obrigada pelos lindos reviews e espero que essa maré continue. Lembrem-se: quanto mais reviews, mais capítulos o///
Esse não é um dos meus preferidos, mas até que ficou legal. Pra falar a verdade eu só curti o final >< NÃO ME MATEM! uashusuahushauhsua
Espero que gostem ^^



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Depois da longa sessão de amassos, Niko e eu decidimos que o melhor seria descermos para almoçar. E além de tudo a minha barriga roncava, cortando qualquer clima que pudesse rolar entre nós.

Niko desceu primeiro, mas antes de sair ainda roubou um beijo meu e mais uma vez deu um tapa em meu bumbum. Dessa vez não reclamei já que estava ainda sobre o efeito russo – esse foi o nome que dei para as sensações que Niko me proporciona cada vez que está comigo. Bobo, eu sei, mas o que eu posso fazer?!

Levantei-me da cama e fui direto para o banheiro. Por sorte o chuveiro da fazenda não tinha água gelada, então pude tirar proveito do banho morno para acalmar meus sentidos que estavam a flor da pele graças ao meu marrento.

Sai do chuveiro, sequei meu corpo e vesti minha roupa. Resolvi fazer uma leve trança em meus cabelos e passei uma maquiagem.

Sorri satisfeita após ver meu reflexo no espelho e corri em disparada até a cozinha. Cheguei e não tinha ninguém por lá. E nem na sala. Me surpreenderia se encontrasse alguém na casa!

Sai e fui percorrendo o local com os olhos, tentando achar algum sinal de vida.

Senti uma mão em meu ombro, fazendo-me virar assustada.

– Estava me procurando, belle?

– Sim. Queria achar alguma assombração por aqui e me veio você! – respondi fria e grossa, sorrindo cinicamente em seguida.

Nathaniel não pareceu nem um pouco abalado pela a minha frase e só pegou fortemente em minha mãe, puxando-me para acompanhá-lo. Presumi que ele estava me levando até onde todos estavam por isso não reclamei. Mas quando notei vozes bem próximas eu tentei me desvencilhar dele, porém isso só o fez segurar ainda mais minha mão.

Assim que chegamos notei que o olhar de Niko estava sobre nós. Sei muito bem que ele não gostou de me ver de mãos dadas com Nate, mas eu também não apreciei em nada o fato da jeca da Ashley estar se esfregando pra cima do MEU homem!

Como meu orgulho falou mais alto, eu logo desviei meu olhar daquela cena patética e me sentei na cadeira, observando a mesa farta de comida.

Só um problema me perturbou. Eu estava sentada aí lado do Nate e de frente a Niko e sua vaca de estimação. Aquilo quase tirou a minha fome. Quase. Separei meu prato com frango, arroz, feijão, macarrão e ovos. Sou gorda, dois beijos pra vocês. A cada garfada que dava na minha comida, eu sentia a mesma se revirar em meu estômago, tudo porque via Ashley dando comida na boca de Niko e o mesmo aceitava como de aquilo fosse normal!

E então ele me olhou malicioso e eu captei a mensagem.

Ele queria me fazer sentir ciúmes. Conseguiu, só que mais uma vez eu sou orgulhosa demais pra admitir isso.

– Menina, para de fazer isso! – a voz de Nicol ecoou pelo local, fazendo todas pararem o que estavam fazendo para encará-lo. – Estamos no meio da refeição e não consigo ingerir a minha comida vendo você se esfregando de modo obsceno no vagabundo do meu neto. Tenha respeito por si própria e não aja como uma mulher da vida!

Quase cuspi a coca cola depois de ouvir o que o velhote disse. Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto eu segurava o riso. Olhei para o lado e notei que Anne e Fred estavam na mesma situação que eu.

– Papai, não diga isso... Não é apropriado. – uma das sete irmãs disse, mas eu não lembrava o nome dela. Devia ser a mais nova, já que parecia mais jovem que as outras e suas roupas eram mais normais e não recatadas como das suas irmãs.

– Não é apropriado eles se devorarem num ambiente familiar! E além de tudo, a ratinha achou graça. Não é ratinha? – direcionou seu olhar para mim e eu não consegui falar nada. Só assenti e voltei a comer minha comida, recebendo olhares raivosos de Ashley.

Chupa essa, vadia!

– Precisamos conversar! – Nathaniel sussurrou próximo ao meu ouvido para que nenhuma outra pessoa escutasse. O que não era tão preocupante já que todos naquela mesa conversavam animadamente, não dando a minha aos dois adolescentes que cochichavam.

– Não tenho nada pra falar com você!

– Por favor... – o encarei e seu olhar estava suplicante. Ele sempre mantinha essa expressão em seu rosto quando o assunto era sério.

– Tá bom. Depois do almoço nos encontramos no celeiro. Ok? – ele concordou rapidamente e sorriu.

Senti algo me cutucando por de baixo da mesa.

Vi que o corpo de Niko estava inclinado na cadeira e ele me chutava com seu pé, chamando minha atenção. O ignorei por completo e encolhi minhas pernas. Não ia falar com ele. Não depois daquele showzinho com a lombriga anoréxica.

Terminamos nosso almoço e algumas mulheres foram recolhendo os pratos e levando até a cozinha. Quando voltavam de lá elas seguravam algumas sobremesas, fazendo a alegria dos seus filhos e maridos. Levantei-me devagar da mesa não querendo chamar muita atenção e só dei um tapa no ombro de Nate, pedindo para que ele me seguisse.

Fomos nos afastando cada vez mais da família, o suficiente para que ninguém nos visse. Chegamos à parte de trás do celeiro e eu encostei minhas costas no mesmo, tendo sempre um contato visual com Nate.

– Vai. Fala.

– Katherine... Eu nem sei por onde começar...

– Pelo começo seria bom. – falei, irônica e isso só fez Nate bufar, irritado.

– O que aconteceu com a Hanna... – é claro que ele tinha que falar sobre isso.

Foi só o ouvir o nome dessa garota e as lembranças daquela noite voltaram como flashes em minha cabeça.

"A música alta parecia perfurar meus ouvidos. Aquela batida era irritante e não sei como as pessoas dançavam aquilo. Era uma multidão aglomerada num grande espaço e eu tentava achar só uma pessoa. Havia me forçado a sair de casa, mesmo com os múltipla protestos de Anne. Eu devia achar seu irmão. Devia pedir desculpas pela minha enorme crise de ciúmes quando o vi com a Hanna. É mais claro que a água que tudo tinha sido um grande mal entendido e que logo acertaríamos as contas e ficaríamos juntos novamente.

Ah, ninguém tem ideia do quanto eu gosto dele. Do seu perfume forte e viciante, das suas mãos macias que vão de encontro a minha pele e a acariciam com gentileza, seu cabelo perfeitamente cortado, as dobrinhas que as laterais do seu olho formam quando ele sorri e o jeito que ele me acolhe em seus braços de uma maneira tão graciosa. Eu o amava mais do que tudo e precisava dizer isso a ele.

Foi então que o vi parado no bar, rindo alegremente com seus amigos. Fui me aproximando dele com o coração na mão e pronta para despejar minhas desculpas em seu colo. Assim que me viu sua expressão se tornou um misto de irritação e raiva.

Nate se levantou da cadeira e foi até minha direção, puxando-me pelos braços e me levando até o quintal da mansão.

O que você esta fazendo aqui?! – soltou-me de maneira brusca e me fitou evidentemente zangado. Abri a boca para responder ou pelo menos argumentar algo, mas fui impedida. – Já não te disse pra ficar longe de mim? Hein?! – segurou meu queixo e o apertou com força, obrigando-me a encará-lo.

– Nate, você tá me machucando. – pigarreei e tentei respirar fundo para não deixar as lágrimas caírem. Segurei suas mãos que permaneciam em meu queixo e ele se afastou.

– Você é burra por acaso?! – bufou, indignado. – Não quero mais nada, Katherine.

– Não Nate, por favor, me escuta. – falei suplicante e com a voz trêmula. – Eu sei que aquilo com a Hanna foi apenas um mal entendido. Sei que você não a beijou e eu... – ele cortou minha fala.

–Está errada, ma belle.

– C-Como assim estou errada? É obvio que você não ficou com ela porque você me ama.

–Amor?! Katherine, eu tenho dezesseis anos, pelo amor de Deus. Você realmente acha que vou pensar em amor? Romance? Paixão? Você acredita mesmo que eu estava apaixonada por você?! Por uma pirralha de quatorze anos?! – seu riso foi sarcástico e ele afundou suas mãos no bolso da calça enquanto inclinava a cabeça para o lado, encarando-me de um jeito rude, grosseiro. – Pathétique! Eu só fique com você, na verdade, só desperdicei meu tempo com você por pura diversão. Pra mim foi só um jogo, Katherine. Quando você não me deu o que eu quis, eu cai fora e fui procurar em outra. A Hanna fez um ótimo papel! Ela dá de dez a zero em você.

Balancei a cabeça negativamente.

Eu não poderia acreditar naquilo. É mentira. É tudo uma grande mentira!

– Isso é uma brincadeira... Pode parar Nathaniel. Sei que é tudo uma pegadinha. Fala Nate! Fala que isso é só uma piada! – eu disse entre as lágrimas e me joguei no chão, colocando as mãos nos ouvidos enquanto ouvia risadas vindas ao redor de nós.

Abri os olhos e vi Hanna ao lado de Nate e seus outros amiguinhos atrás deles. Eles tiravam fotos, filmavam e davam altas gargalhadas.

– Aí Katherine... A única piada aqui é você. – ouvi a voz fina de Hanna soar perto de mim. Levantei meu olhar e no instante seguinte senti um líquido ir de encontro ao meu rosto, encharcando-me toda.

– Por quê? – as palavras saíram como um sussurro. Eu estava me sentindo fraca, inútil, descartável... Patética.

– Porque você, querida Katherine, é ridícula! Não serve pra nada, nem mesmo de peso morto. Você é uma vadia que só vai se dar mal na vida. Iludida. Estúpida. Idiota!

Ergui-me do chão e passei a correr, ainda escutando Hanna me xingando e os risos de Nathaniel.

Eu nunca, nunca vou deixar-me enganar de novo! Nunca mais."

Respirei fundo ao lembrar daquilo. Foi em disparada a pior noite da minha vida. Eu prometi que nunca mais ia me enganar por um garoto e sigo minha palavra até hoje. Não me enganei. Não me apeguei. E não me apaixonei. Apesar de que tudo isso parecia não ter valor algum quando eu estava com o Niko...

– Por que você quer falar sobre isso?

– Porque eu errei Katherine. – colocou a mão em meu ombro, mas eu me afastei imediatamente. Antes o seu toque me trazia felicidade. Agora trás repulsa.

– Tá meio tarde pra dizer isso, Nate. Saber que você errou eu já sabia, mas em nenhum momento você admitiu esse erro. Me deixou ser humilhada no colégio por conta do estúpido vídeo que gravaram naquela noite! Você não tem ideia do quão patética eu me senti. Pra falar a verdade, o erro foi meu por ter gostado de você!

– Não diz isso, belle. – foi dando passos em minha direção.

– Não chega perto de mim! – ele parou, prontamente. – Não quero nada que venha de você, Nate. Põe isso na sua cabeça e faz o favor de ficar longe de mim!

Ameacei sair dali, mas Nate segurou meu braço e forçou-me a olhar para ele.

– Você ainda vai ser minha. – foi a ultima coisa que disse antes de me soltar e ir embora dali.

Minhas penas fraquejaram e eu cai no chão, somente sentindo o arder da queda, mas não dei muito importância para aquilo e comecei a chorar. Eu havia jurado pra mim mesma que jamais choraria por aquele motivo, mas foi mais forte que eu. Aquilo me desarmava e a lembrança me corroía da pior maneira.

Por que aquilo tinha que acontecer justo comigo? Eu que naquela época era uma pessoa boa e que realmente me esforçava para fazer todos a minha volta ficarem satisfeitos comigo e com minhas ações. Fiz de tudo para me encaixar no padrão da família perfeita e ainda sim eles não me aceitavam. Quando finalmente me dei conta do quão estúpida estava sendo, eu dei um basta. Disse que já chega e não me importei com ninguém daquele dia em diante. Pior que as coisas só desabaram ainda mais com a partida do meu irmão. Ai sim eu percebei que estava sozinha no mundo. Nem meus pais me davam a devida atenção, mas não consigo mais voltar a falar desse drama familiar. Ainda machuca.

– Kath? – ouvi os passos de alguém se aproximando, mas não quis levantar o meu rosto. E nem precisava, já que eu já tinha ideia de quem era. – Tá tudo bem? – Niko mal se sentou ao meu lado e eu já agarrei seu pescoço, afundando minha cabeça no mesmo e deixando as lágrimas escaparem.

– Calma... Você quer me contar o que aconteceu? – balancei a cabeça negativamente enquanto me inebriava com o doce cheiro do seu perfume. – Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de você.

Niko pegou minhas pernas e me trouxe para mais próximo de si, fazendo-me sentar em seu colo. Aconcheguei-me melhor em seu peito e encostei minha cabeça em seu ombro.

– Não olha pra mim. – notei que Niko me encarava e coloquei as mãos em cima do meu rosto. – Fico feia quando choro.

Ouvi sua risada melódica e aquilo me passou grande conforto.

– Para de frescura, Katherine. – tentou puxar minhas mãos. – Você é linda de qualquer jeito.

Ótimo. Além de estar com o nariz fungando, cheia de palha, boca vermelha e olhos inchados, ainda tenho que parecer um pimentão depois do elogio de Niko.

Ele percebeu que fiquei com vergonha e riu mais uma vez, só que não disse mais nada e um silêncio se instalou sobre nós. Era aquele tipo de silêncio reconfortante, já que não precisávamos de palavras para nos entendermos.

Niko foi passando a mão por meu braço e minhas costas, causando-me leves arrepios que fiz questão de disfarçar.

– Niko. – chamei sua atenção. – E-eu... Eu preciso te falar uma coisa. – levantei minha cabeça e limpei meu rosto com as costas das mãos.

Meu coração começou a palpitar, minha visão ficou um pouco turva e minhas mãos suavam. As borboletas no estômago pareciam mais estar socando o mesmo. Eu estava nervosa, suando frio e preocupada com a sua reação, mas eu preciso falar aquilo. Necessitava expor meus sentidos e libertar aquele nó que estava em minha garganta.

– Niko eu t–

– Nikolai Romanov, o que está fazendo aí?!

– Pai?!


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Notas finais do capítulo

PAI?! OI?! PAI DO NIKO SURGIU... TAN TAN TAN TAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAN - parei.
GENTE, aqui tá uma foto de como eu imagino o gatão do Iván: http://weheartit.com/entry/69548784 A diferença entre ele e o Niko tá mais no cabelo, já que o dele é um castanho claro e do Niko é bem preto.
E foi isso, meus amores. Gostaram do capitulo? E a Katherine quase se declarando? Talvez eu faça um POV Niko no próximo, relatando o que ele estava sentindo com o quase ''eu te amo'' da nossa querida Kath.
beijoooooooooos ♥