Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 15
Capítulo 14 - Katarina e as galinhas


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAAAAA TODO MUNDO!
Como vocês estão , lindas?
Eu sei que demorei pra postar, mas em compensação o capítulo ficou gigante! Modéstia parte, mas tá muito bom! aushaushuahsu
E esse capítulo vai em homenagem a Sentimentos Mudando que me ajudou com a sinopse. Muito obrigada, flor. XD
Vou deixar vocês lerem agora. Espero que gostem ♥
PS: o título desse capítulo é rídiculo, eu sei, mas fiquei sem ideia aushauhsuahsua



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Para. resmunguei ao sentir algo molhar o meu nariz.

Eu não queria acordar. Não estava com vontade de ver aquela vaca ridícula dando em cima do Niko. Ela o beija, abraça-o, faz tudo que eu não posso fazer em frente aos outros e é isso que me angustia. Os beijos entre eu e Niko sempre são escondidos enquanto os dele com a Ashley são quase postos em um outdoor pra todo mundo ver.

– Já mandei parar. algo constante molhava meu rosto, obrigando-me a abrir os olhos.

Era a Lola. Mas por que raios essa cachorra resolveu me lamber?

– Ei. olhei por cima dela e vi que Niko a segurava. Eu preciso falar com você. disse, sussurrando.

– Mas você não estava sentado do lado da vagabunda? Como é que veio parar aqui? meu tom de voz foi subindo as oitavas, fazendo Niko colocar Lola em seu colo e pousar o dedo sobre a minha boca.

– Será que dá pra falar baixo?! pôs às mãos sobre meus ombros, fazendo-me abaixar um pouco e nos escondemos por trás do banco da van.

Notei que todos estavam dormindo, exceto Ania é claro que dirigia a mais ou menos três horas e a cidade-não-sei-o-nome-desse-inferno parecia não chegar nunca.

– O que você quer?! Já cansou de beijar aquela vagabunda e agora tá querendo se aproveitar de mim?

– Cala a boca, Katherine. Você fala demais. puxou meu rosto de encontro ao seu e quando estava prestes a me beijar eu virei minha face e o fitei brava.

Ele fez um beicinho como se fosse um lindo cachorrinho abandonado e me segurei muito para não atacá-lo.

– Não beijo você até que faça um exame de DST. Sabe-se lá o que tem na sua boca depois de ter beijado aquela imbecil. não iria beijá-lo mesmo que minha boca implorasse pelo o seu toque. Mesmo tendo uma enorme vontade de puxar seus cabelos, sentir seu corpo contra o meu e... E... Tá quente aqui, né?! O que você quer comigo?!

– Respondendo a sua primeira pergunta, eu troquei de lugar com a Anne. E eu tenho que falar com você. Presta atenção, não quero você perto daquele francês engomadinho. Entendeu? Grato pela atenção, não precisa responder nada, só me beija e seja feliz.

– Já disse que não vou ficar com você!

– Vai dar de jogo duro comigo agora? assenti, o deixando levemente irritado. Você não quer se meter comigo, Moore.

– Isso foi uma ameaça, Romanov? perguntei entrando naquela brincadeira inocente.

– Entenda como bem querer. deu de ombros.

– Pois eu acho que isso foi uma ameaça da qual não me intimidou nem um pouquinho.

– Ótimo.

– Ótimo.

– Tá legal.

– Tá muito legal!

– Vamos ver quem ganha essa. roubou um selinho de mim e logo voltou ao seu lugar.

Anne me fitou curiosa quando voltou a se sentar ao meu lado, mas só a olhei como se dissesse que explicaria tudo depois.

O meu pressentimento é que essa será uma longa semana...

(...)

– E que jogo é esse exatamente, cher? Anne perguntou enquanto se jogava na cama próxima a minha.

Já havíamos chegado ao local a pelo menos meia hora. Fomos para outra cidade, chamada Moonstone Beach. Nome ridículo esse, eu sei. Mas voltando ao assunto, Ania tinha uma espécie de fazenda no local que era administrada por uns familiares dela, dos quais conheceríamos mais tarde.

O quarto que eu dividiria com Anne pelo resto da semana era bem espaçoso. As paredes eram de cor rosa clara, o piso de madeira e duas camas se instalavam pelo local. Havia uma enorme janela do lado direito do quarto e sua vista era simplesmente magnífica. Eu podia ver grande parte da fazenda, até alguns animais pastando e pequenas flores distribuídas pelo campo.

Joguei-me na cama e fitei o teto.

– Não sei. respondi Anne. Mas é bom eu me preparar. Nada é previsível quando se trata do Niko.

– Aquele amigo dele é bem gatinho... Anne murmurou, mudando completamente de assunto.

Virei-me para encará-la e apoiei minha cabeça em minhas mãos.

–Tá interessada no Fred, sua francesa safada? joguei uma almofada em seu rosto e ambas começamos a rir.

Pardon. Ele tem namorada?

Neguei com a cabeça.

– Hum... gatinho e solteiro. Anne gosta disso. voltei a gargalhar com o modo que ela se referia na terceira pessoa. Não poderia ter arrumado uma amiga melhor que Anne. Ela era completamente maluca! Mas voltando ao assunto, eu acho que você deveria fazer ciúmes no Niko.

– E ia usar quem? O Fred? Seu irmão?!

– Prefiro a segunda opção. A primeira já é minha.

– Nem pensar! Você sabe muito bem o quanto seu irmão me fez sofrer.

– Mas Kath...

– Mas nada, Anne. a interrompi. Tira essa ideia doida da sua cabeça!

Pardon, belle. Não está mais aqui quem falou. ergueu as mãos como se estivesse rendida.

– Agradecida. Ai, to com fome. – coloquei as mãos em cima da minha pobre barriga que já roncava.

– Quando você não está com fome?! Mon Dieu!

– Mas você tá muito engraçadinha hoje, né menina-quero-o-fred-gostosão.

– Você vai continuar implicando comigo por causa disso, não é mesmo?

Assenti e sorri feito criança quando ganha biscoito.

– Então anda logo dragão, vamos pegar algo pra encher esse saco sem fundo que você chama de barriga. – se levantou da cama e me puxou pela mão, forçando-me a acompanhar seus passos rápidos.

A casa era enorme e não sei quantas escadas e corredores tivemos que passar para chegar até a cozinha.

Mal a adentramos e era possível ouvir algumas vozes. Pareciam que estavam discutindo, mas eles falavam uma língua estranha e que nem Deus deve reconhecer.

(n/a– calma gente, tem tradução nas notas finais asuhuahsuahsua)

Anya , etot rebenok yavlyayetsya bezotvetstvennym! – MAS QUE MERDA É ESSA?! Que troço de língua é esse?! E não parou por ai: – Se ele tivesse sido criado pelo...

– Não ouse falar o nome dele, papa! – reconheci a voz de Ania e com passos de gato, eu e Anne fomos nos aproximando.

A cozinha estava cercada de pessoas desconhecidas. Só consegui distinguir o rosto de Ania e de Niko. Ele estava sentado numa postura rígida e tensa enquanto Ania discutia com um senhor de idade.

– Vovô... – Vi Niko tentando falar algo, mas o velho levantou a mão o impedindo.

– Zatknis'! Você é uma vergonha para esta família! – o velho esbravejou, cuspindo as palavras pra cima de Niko que tinha o olhar longe, como se tivesse se desligado daquela discussão.

Papa, ty ne dumayesh', chto ty slishkom blizko k serdtsu ? – uma mulher loira bem parecida com Ania se meteu na conversa, mas logo foi repreendida com o olhar do velhote.

– Branka, eu faço o que me bem entender e não aceito ordens suas! Já passou da hora desse garoto virar um homem! Na minha idade...

– Nikogo ne volnuyet , chto vy sdelali v vashem vozraste! Niko se levantou, espantando todos a sua volta e falando aquela linguagem maluca e desconhecida. – Eu é que já sou grande o suficiente pra saber o que devo ou não fazer. Não se meta na porra da minha vida.

– Olha como fala comigo, seu moleque! Não sabe de nada. Nunca soube! Vive de baixo da asa da mãe. Vy razocharovaniye! Decepção! – o velho de aproximou de Niko e logo eles estavam quase se matando ali mesmo.

– Parem! Já chega. Está casa é minha e exijo respeito. – Ania voltou a tomar as rédeas da situação, fazendo Niko e o idoso se sentaram. – Pelo amor de Deus. Nós temos convidados aqui. Imaginem se eles não escutam isso...

– Parece que já escutaram. – uma voz ecoou por trás de Anne, que estava atrás de mim e ela se assustou e acabou me empurrando para o chão.

Ambas caímos e logo estávamos rodeadas por um bando de gente, dos mais diversos tamanhos e diversas idades, inclusive o velhote que ainda por cima parou na minha frente.

– Ania, que troço rosa é esse?!

– Troço não, velhote! – levantei num salto e encarei o senhorzinho irritante – Meu nome é Katherine.

– Ania, não sabia que você tinha trazido ratos para a nossa casa. Ratos pequenos e que exercem bem a sua função de enxeridos!

Eu? Rata?! Como é que é?!

Vovô, já chega por hoje. Por favor, não implique as lindas meninas. – o garoto que a pouco havia nos denunciado se pronunciou, ajudando Anne a levantar e passando o braço por cima dos nossos ombros.

– E você pode ficar longe dela, Iván! – Niko apareceu no meio das pessoas e puxou meu braço com força, fazendo com que meu rosto fosse de encontro ao seu peito.

Ele enlaçou minha cintura com seus braços e apoiou seu queixo na minha cabeça.

– Perdão, Nikolai. Não sabia que essa era a sua namorada. – o tal de Ivan resmungou, mas não consegui ver seu rosto já que Niko me apertava cada vez mais contra o seu peito.

Espera. Nikolai? Namorada? Oi?!

– Mas ela não é namorada dele! – é claro que uma voz estridente e irritante tinha que surgir e acabar com a graça. – Niko, solte essa víbora agora!

– Olha lá o que você fala de mim, sua patricinha nojenta! – soltei-me de Niko e fui andando até a escada em direção da Ashley, só que as mãos fortes dele foram de encontro a minha cintura mais uma vez e me impediram de fazer qualquer coisa.

– Não é que a ratinha quer brigar...

– Não me chama de ratinha, seu velhote! – resmunguei e tentei me soltar, mas foi em vão.

– Khvatit! – uma senhora idosa e baixinha surgiu no meio daquela multidão. Sua voz ecoou por toda sala e fez todos ficarem quietos. Ela parecia ter a mesma idade que o velhote, só que sua pele era lisa e bem cuidada. Seus cabelos loiros grisalhos estavam presos em um forte coque e ela tinha uma expressão assassina no rosto, dando ainda mais medo por conta dos seus olhos azuis mais claros que o céu.

– Mas que merda de linguagem é essa? – ergui minha cabeça e encostei minha boca no ouvido de Niko, sussurrando o suficiente para que só ele escutasse.

– É russo.

– Russo? Você é russo, Nikolai?

Concordou, mas fez uma careta e acho que foi por eu ter falado a minha recém descoberta que o nome dele não é Nicolas, e sim Nikolai.

– Eu gosto de russos. – vi a besteira que tinha falado assim que percebi o olhar malicioso de Niko sobre mim. Ai, menino safado! – Não é desse jeito, seu imbecil. – revirei os olhos – É só que a aparência fria dos russos dá a eles um jeito de bad boys. Eles ficam mais atraentes por isso...

– Então você me acha atraente?! – arqueou a sobrancelha e mais uma vez me olhou malicioso e ainda com um sorriso pra acompanhar. Por que será que eu não calo a minha boca ou pelo menos penso antes de falar?! Que droga!

Não respondi.

– Bonne journée! – Nathaniel apareceu ao pé da escada, parando ao lado da Ashley-vagaba-Smith.

– Que voz de viado! – o velhote falou, fazendo todos na sala começaram a gargalhar e Nate se encolheu com vergonha.

É, eu tenho razão. Essa semana vai ser muito longa...

(...)

– Sabe... Quando eu resolvi vir pra essa viagem eu não sabia que tinha que catar ovo de galinha! – peguei o balde com milho e fui seguindo Niko pela fazenda.

– Deixa de reclamar, Moore. Pega esses músculos aqui – ergueu meu braço e bateu no mesmo. – e vai trabalhar!

Bufei e depois de minutos nós finalmente chegamos ao galinheiro.

– É fácil. Presta atenção. – Niko colocou as mãos em cima dos meus ombros e foi me explicando como se eu fosse uma criancinha de maternal. – Só não pega o ovo quando elas estiverem por perto. Entendeu?

Assenti.

– Ótimo. Boa sorte. – empurrou-me pra dentro da casinha e deu um tapa na minha bunda.

– Niko! – o repreendi.

Só ouvi sua risada enquanto ele se afastava e ia fazer sei lá o que.

Meu bumbum doía. Credo, que mão pesada!

– Ok, galinhas lindas... Não machuquem a titia Katherine, tá legal? – perfeito. Virei louca e agora falo com galinhas.

Por incrível que pareça, eu acho que elas me entenderam porque olharam para mim como se eu fosse um pote de ouro

Só depois que notei que elas estavam me cercando, prontas para me atacar. Ou melhor, atacar a comida que estava na minha mão.

– Não... Vocês não querem fazer isso com a titia Katherine! – fui andando para trás, até senti a porta do galinheiro bater em minhas costas.

Ah, foda-se essa merda!

Joguei o milho num canto e só vi as galinhas correndo atrás dele. Aproveitei a deixa e corri para pegar os ovos, os colando em uma cestinha que Niko havia deixado comigo.

Essa foi fácil!

Virei-me para ir embora e olhei onde havia jogado o milho. Não havia mais milho. E nem galinhas comendo milho. E agora as galinhas estavam na minha frente, emputecidas (existe essa palavra?!) por me ver com seus ''filhinhos'' que me serviriam de comida.

– Corre! – olhei para a porta e vi que Iván estava lá

Não tardei em obedecê-lo e corri pela a minha vida.

Assim que passei a porta ele a fechou rapidamente, dando só pra ouvir o grito das galinhas. Espera. Galinhas gritam? Ah... Vocês entenderam...

– Você está bem? – me ajudou a levantar e segurou a cesta de ovos. Alguns estavam quebrados, mas a maioria permanecia intacta.

– Estou sim. Obrigada pela ajuda. – sorri e ele retribui o sorriso.

– Está gostando da fazenda?

– O que você é do Niko? – falamos ao mesmo tempo e nos entreolhamos, rindo da cara um do outro.

– Sim, a fazenda até que é legal. – respondi sua pergunta e voltei a olhá-lo. Ele era bem bonito. Alto, forte, devia ter pelo menos uns 19 anos e a cor dos seus cabelos era um caramelo, combinando com o mel esverdeado dos seus olhos.

Maior gatão, pra falar a verdade!

– Entendi. Agora respondendo a sua pergunta, eu sou irmão do Nikolai.

– Irmão do Niko?! – perguntei estupefata com sua fala.

– Sim.

– Mas ele já não tem outro irmão?!

– Nós temos. É Dimitri, o mais novo só que ele mora com nosso pai. – ele fez uma careta depois de falar pai.

– Caramba. Vocês são coelhos, por acaso? – ele gargalhou da minha pergunta, me fazendo rir junto com ele. Sua risada era contagiante. Bonita. Melódica. Parecia música para os meus ouvidos.

– Não. Calma, não é pra tanto. Só somos nós três mesmo.

– E por que será que eu nunca te vi antes?

– É que eu não moro nos Estados Unidos. Eu havia me mudado para a Austrália por conta dos estudos, só que a minha mãe disse que passaria o feriado na nossa antiga fazenda e me chamou para vir pra cá. Ela também disse que queria me apresentar a doce e linda garota que está morando com ela e pelo o que eu vi até agora, acho que valeu a pena ter vindo pra cá. – olhou-me de cima a baixo e fixou seu olhar no meu em seguida, quase me comendo com os olhos.

Isso foi um flerte?! Ah... Definitivamente foi um flerte. E eu gostei, acho até que mais do que devia.

– Entendi. – foi a ultima coisa que falei, já que nós estávamos chegando perto da casa e o assunto se deu por cessado.

Entramos pela parte de trás que já dava na cara da cozinha. Muitas mulheres estavam lá preparando a comida.

Uma delas veio até nós e acho que era a mesma que se meteu na discussão do velhote mais cedo.

– Kak khorosho! Já posso fazer meu bolo. Obrigada Iván. – pegou a cesta das mãos de Iván e foi para o balcão.

Mas espera ai! Fui EU que peguei a merda dos ovos e não o principezinho aqui do lado.

Eu ia dizer isso, só que Iván foi mais rápido.

– Branka, não fui eu que peguei os ovos. Foi a Katherine. – olhou-me de relance e sorri por conta da atitude dele.

– Ah, perdão. Muito obrigada, Katarina. – a mulher voltou a se aproximar e me deu um longo abraço. Meio maluca, mas eu aceitei seu gesto. Não entendi muito bem porque ela me chamou de Katarina, mas presumi que era por conta do seu forte sotaque russo. – Acho que ainda não fomos devidamente apresentadas. Me chamo Branka e sou irmã da Ania. – sorriu docemente e tive que retribuir seu sorriso.

Eu sabia que ela tinha relação com a Ania! As duas são muito parecidas, só que Branka era um pouco mais alta, com os olhos eram azuis escuros e seu cabelo puxava mais para o mel do que para o loiro, como de sua irmã.

– Aquelas são Katya, Yeva, Elissa, Hana e ali é a mais velha, Natasha. – foi apontando para as mulheres que cozinhavam, mas eu tinha certeza que não lembraria o nome de todas.

– Por que quando chega em mim você sempre diz que sou a mais velha?! – a tal de Natasha reclamou, fazendo todas na cozinha começarem a rir.

– Nenhum homem? – ela negou.

Caramba. Como é que o velhote conseguiu criar sete filhas?!

– E essa é minha mãe, Irenia. – a mulher de cabelos loiros grisalhos estava no balcão preparando alguma coisa.

– E o velhote? – perguntei e recebi um cutucão de Iván. – Quer dizer, e o senhor de idade que me chamou de rata.

– Ah... – ela riu seco – Aquele é meu pai. Nicol.

Puta que pariu. Agora entendo porque o velho é estressado. Como um nome desse até eu...

– O nome de Niko foi inspirado no meu pai. – Ania se aproximou sorridente e passou os braços por cima do meu ombro, dando-me um leve beijo na testa. – Está bem, querida?

– Estou sim, Ania. – sorri com seu gesto. Ela tinha um jeito tão maternal e acabei por lembrar da minha mãe, mas tratei logo de tirá-la do meu pensamento.

– Perdão pela discussão de manhã. – ficou na minha frente e passou as mãos gentilmente por meus cabelos e depois aos pousou em meu rosto. – Eu não queria que você presenciasse aquilo...

– Ei, Ania. – chamei sua atenção e a fiz olhar para mim. – Está tudo bem. Não se preocupa com isso. Mas... Mas por que vocês estavam discutindo? O que seu pai estava falando pro Niko?

Aquilo não tinha saído da minha cabeça. Odiei o modo como aquele velho cuspia as palavras em cima do Niko, o culpando por qualquer coisa que fosse. Ainda o chamou de desgraça... Homem horrível!

– Não foi nada demais, querida. Só uma briga bem ridícula, mas prometo que não vai se repetir. Agora suba e tome um banho, o almoço já será servido. – eu sabia que ela estava aflita pra responder minha pergunta já que olhou para todos os lados antes de falar aquilo, mas preferi não insistir. Pelo menos não com ela.

– Não vá jogar charme pra cima dela, Iván! – ouvi Ania falando enquanto eu me afastava.

Olhei por cima dos ombros e ela dava um tapa na cabeça do filho. Foi algo engraçado de ver já que a Ania é baixinha – do meu tamanho pra falar a verdade então eu não posso nem ficar brincando muito com isso, mas to nem aí. – e Iván por outro lado era bem alto, mas parecia uma criança enquanto levava algumas broncas de Ania.

Subi as escadas e fiquei meia hora olhando pelos corredores.

Pra onde que é meu quarto?!

Passei a andar, mas uma mão puxou minha cintura pra dentro de uma despensa suja e empoeirada.

– Tá maluco?! – resmunguei assim que Niko tirou a mão da minha boca.

– Eu vi você com o meu irmão. O que ele queria com você? Tentou te beijar? Você beijou ele, Katherine?! Responde, caralho. – só consegui rir por conta das milhares de perguntas que ele fazia.

– Por quê? – coloquei a mão na barriga e a mesma já doía do tanto que eu gargalhava. – Tá com ciúmes?

– Já mandei não me provocar, Katherine...

– Se não o quê?! – parei de rir e coloquei as mãos na cintura, o encarando.

– Vai sofrer consequências. – Niko dava passos na minha direção e eu andava para trás, mas fui impedida de continuar andando porque bati minhas costas em uma das prateleiras. Também não é como se o local tivesse muito espaço para tal ato...

– Que tipo de consequências? – murmurei e já conseguia sentir o doce cheiro do perfume de Niko.

Seus olhos queimavam os meus e acho que era possível ver faíscas saindo dos mesmos.

Dês da nossa ultima sessão de beijos no sofá, eu venho tendo vontade de beijá-lo ainda mais...

– Katherine?! – uma voz abafada ecoou pelo outro lado da porta.

Niko pôs o dedo em cima da minha boca, como se pedisse para que eu ficasse quieta.

Pra sua infelicidade... Só tem Niko.

– Ah... Você viu a Katherine? – reconheci a voz. Era Iván.

– Não. Tá querendo o que com ela?! – a voz de Niko saiu completamente irritada.

– Nada é que... Caralho, maior gata né. Quem sabe eu não tenho chance...

– Não tem não! – Niko respondeu rapidamente e eu me segurei para não soltar uma gargalhada.

– E por que não? – Iván continuou insistindo.

– Por quê... Ham... – Niko pareceu com dificuldade em encontrar as palavras certas. – Porque ela é minha...


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Notas finais do capítulo

Ah, o Niko diz mais depois desse ''minha'', só que só vão ler no próximo capítulo asauhsuahsu
TRADUÇÃO (não sei como uma frase tão simples fica nessa tamanho em russo, maaaaaas...)( e quem não quiser saber a tradução é só descer um pouquinho e ler o spoiler aushuahsua):
Anya , etot rebenok yavlyayetsya bezotvetstvennym!(Ania,esse garoto é um irresponsável!) MAS QUE MERDA É ESSA?! Que troço de língua é esse?!

Zatknis'!(Cale a boca!) Você é uma vergonha para esta família! o velho esbravejou, cuspindo as palavras pra cima de Niko que tinha o olhar longe, como se tivesse se desligado daquela discussão.

Papa, ty ne dumayesh', chto ty slishkom blizko k serdtsu? (Papai,você não acha que esta exagerando?) uma mulher loira bem parecida com Ania se meteu na conversa, mas logo foi repreendida com o olhar do velhote.

Nikogo ne volnuyet , chto vy sdelali v vashem vozraste!(Ninguém se importa com o que você fez na sua idade!) Niko se levantou, espantando todos a sua volta e falando aquela linguagem maluca e desconhecida.

Vy razocharovaniye! (Você é uma decepção!)Vy razocharovaniye! Decepção! o velho de aproximou de Niko e logo eles estavam quase se matando ali mesmo.

Khvatit!(Basta!) uma senhora idosa e baixinha surgiu no meio daquela multidão. Sua voz ecoou por toda sala e fez todos ficarem quietos.
Kak khorosho!(Que ótimo!) Já posso fazer meu bolo. Obrigada Iván. pegou a cesta das mãos de Iván e foi para o balcão.

Aqui vai uma partezinha pra deixar vocês curiosíssimas! É um POV NIKO:
'' - Se prepare para sofrer as consequências. - sussurrei próximo ao seu rosto e ela sorriu maliciosa.
Acho que ela não tem noção do quão perfeita ela fica quando faz isso.
Eu não tenho ideia do que anda acontecendo comigo nessas ultimas semanas, mas eu preciso da pirralha mais do que tudo. Eu preciso do toque dela, do cheiro de baunilha do seu perfume, do seu cabelo macio, do seu rosto angelical e ainda mais, preciso da boca dela na minha.
Eu to louco pela Katherine. Mais até do que devia, mas paro pra pensar nisso uma outra hora.
E foi no meio desses pensamentos malucos que eu finalmente...''

FINALMENTE.... HUM... NÃO SEI AUSHAUSHUAHUSA Sou má, dois beijos :*
E tem mais um spoiler. Se lembram do irmão mais novo do Niko e do pai dele? Hum... Interessante, né?
Gente, o que vocês estão achando? Gostaram do Iván gatão? Se quiserem eu mostro uma foto de como imagino dele. E a fazenda? Curtiram? Gostaram do avó severo do Niko? E os momentos Nikath, gostaram também? ^^
Por favor, não esqueçam de comentar. Rumo a 100 reviews! o//
beijoos, lindaaaaaaas ♥ Até o próximo.