Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 11
Capítulo 10 - Malditos franceses


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOOOO PESSOAS.
Antes de tudo eu queria agradecer a minha novíssima leitora: sunnyside. Sunny, obrigada pela sua recomendação! Fiquei muuuuuito feliz e super agradecida por todos os seus elogios! E não me esqueci que hoje é seu aniversário então PARABÉNS! Muitas felicidades e tudo do bom e do melhor pra você!!! Esse capítulo vai em sua homenagem.
Espero que vocês gostem e me desculpem pelo atraso.
bjjs ♥



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– Funerária Vou-Te-Matar, como posso ajudá-lo? – Perguntei assim que abri a porta e um furacão loiro me atropelou, fazendo assim com que eu caísse de bunda no chão.

– NIKO! MEU XUXUZINHO LINDO! ESTAVA MORREEEEEENDO DE SAUDADES! – A lombriga anoréxica mais conhecida como Ashley pulou em cima do Niko e entrelaçou suas pernas na cintura dele.

– Ashley... Oi.

– Ai amorzinho, por que você não atendeu nenhuma das minhas ligações? – Ela fez uma voz de bebê que ela acha que a faz uma pessoa fofa. Parece mais uma hiena com peste bubônica (OI?!).

– É que eu estava sem sinal. – Ele deve ter arrumado a primeira desculpa que lhe deu na cabeça porque sorriu enquanto olhava na minha direção.

– Sem sinal? Então é melhor mudarmos de operadora.

– Sim, faça o que achar melhor. – Segurou o riso e tirou o corpo da Maria Melequenta de perto dele. – Acho que você deve desculpas por ter derrubado a Katherine.

– O que?! – Disse incrédula. Chupa essa manga, sua otária. – Você só pode estar brincando comigo, amorzinho.

– Ashley, para de me chamar de amorzinho. É escroto. E não, não estou brincando.

A hiena cruzou os braços em baixo dos peitos e os forçou pra cima, fazendo Niko dar uma bela conferida neles. Ela sorriu vitoriosa e depois murmurou um ''desculpa'' com uma grande indiferença no seu tom.

Vaca!

– Agora temos coisas melhores pra fazer, não é Niko? – Sussurrou próximo da orelha dele e aquilo me causou enjoo. Sério que ela ganha tudo com sexo? É obvio que Niko não vai aceitar porque ele está comig–...

– Claro. Vamos pro quarto. Até mais, nanica. – Olhou-me por cima dos ombros com um sorriso arrogante enquanto caminhava com Ashley ao seu lado e com a mão na bunda dela.

OI?! Ele prefere estar com aquela coisa do que comigo?! Mas eu pensei que... Eu pensei que... Nós...

Deixa pra lá.

Corri para o meu quarto e fiquei trancada lá até o anoitecer. Isso não vai ficar assim!


POV Niko


– Niko... Isso foi ótimo! – Uma Ashley descabelada e ofegante se deitou ao meu lado.

– Eu sei. – Levantei enquanto vestia minha cueca e fui em direção à janela, acendendo um cigarro logo em seguida.

– Amorzinho, você está tão diferente. Tão distante. Tem alguma coisa acontecendo que eu sei.

– Não tem nada acontecendo, Ashley. Não viaja, por favor. – Falei indiferente.

A última coisa que eu quero agora é a tonta da Ashley pegando no meu pé. Ta bom que não é justo iludir a menina do jeito que eu estou fazendo, mas fazer o que se o desejo é puramente carnal. Ela que se contente com isso ou saia pela porta.

Antes, se ela fosse embora isso até poderia causar algum efeito em mim já que eu idolatrava a Ashley. Colocava-a num pedestal por ser a mais gostosa do colégio e ela tinha me escolhido pra ser o seu namorado. Agora estar com ela é a mesma coisa que me sentir vazio. Não me levem a mal, o sexo continua ótimo, mas cadê o carinho? Cadê a paixão?

E que porra eu to falando?

Eu devo ter batido a cabeça em algum lugar pra pensar essas coisas.

Apaguei o cigarro e fui em direção a Ashley. Deitei meu corpo sobre o dela e rocei minha boca na sua, pedindo a entrada da minha língua. A passagem logo foi concedida e não pensei nem um segundo a mais para aprofundar aquele beijo. Suas mãos percorriam minhas costas e acabei lembrando da Katherine fazendo a mesma coisa. Mas aquela não era a Katherine, era a Ashley.

E isso, querendo ou não acabou, me decepcionando.

Afastei-me dela com um impulso e fui até o banheiro, fechando a porta logo em seguida. Tomei um banho frio, congelado pra falar a verdade. Eu estava excitado e não foi pelo sexo com a Ashley. Foi por me lembrar do beijo com aquela nanica.

Merda.

Isso não tá acontecendo.

Sai do banho e só coloquei uma cueca e a primeira bermuda que encontrei pela frente. Assim que abri a porta vi que Ashley não estava mais lá. Ótimo. Pelo menos uma boa notícia.

Fui indo até a sala enquanto secava o cabelo com uma toalha e encontrei um Fred babando com uma menina muito gostosa na frente dele.

Não, aquela não era ela. Não podia ser ela. 


POV Katherine


– Caramba, como é que você esconde um mulherão desses dentro da sua casa? – Fred disse após me comer com os olhos e eu virei para olhar com quem ele falava. Vi um Niko com a boca aberta em um perfeito ''O'' e me olhava de cima a baixo.

Sorri vitoriosa.

– Eu vou chegar bem tarde. Avisa pra Ania. – Falei e voltei a andar até a porta. Abri, mas minha saída foi impedida. Uma mão forçou a porta a se fechar e meu corpo foi virado e jogado contra a mesma.

Niko estava bem na minha frente e eu pude sentir sua respiração se mesclando com a minha. Senti minhas pernas ficarem bambas e meu coração bater mais rápido.

– Aonde você pensa que vai vestida desse jeito?! – Disse, raivoso.

– Não te interessa. – Respondi e com muita força de vontade que eu não sabia que tinha me soltei do seu braço e sai pela porta.

Fiquei pensando na conversa que tive com Annemarie enquanto esperava o elevador chegar ao térreo. Anne é minha melhor amiga (a única também) e ela iria passar o verão na Califórnia. Dei graças a Deus quando ela me contou essa novidade porque eu estava morrendo de saudades desde que ela tinha voltado a morar na França. Sentia falta do tempo que nos entupíamos de chocolate e até daquele seu sotaque engraçado.

Ela me ligou e pediu que eu a encontrasse num café bem próximo do prédio e eu não sei como vou sair com essa roupa de balada, mas tinha que fazer isso. Tinha que mostrar ao Niko que não sou essa menininha que ele pensa que eu sou. Que não sou uma bonequinha que ele pode pegar e largar depois.

Estúpido!

Sai do elevador e passei pela portaria, mas sem antes receber olhares pervertidos de alguns garotos que passavam.

Vai querido, to com tudo em cima!

Ok, chega.

Corri até chegar à cafeteria e não cai enquanto realizava meu trajeto. Ponto pra Katherine.

O local estava um pouco lotado e graças a minha grande proeza de ser retardada acabei esbarrando numa planta e chamei a atenção de todos. Abaixei a barra do meu vestido e fui andando até a mesa mais afastada, desejando que um buraco se abrisse na minha frente para que eu pudesse me jogar dentro dele.

Uma garçonete que vestia pedaços de pano ao invés de roupas me olhou de cima pra baixo com desdenho e demorou um ano para atender meu pedido. Ela trouxe meu frapuccino de chocolate e depois foi rebolando até o balcão.

Que vadia.

Fiquei brincando com uns saquinhos de açúcar até que ouvi um barulho estrondoso vindo da porta. Uma garota havia esbarrado na planta do mesmo jeito que eu. Levantei o olhar e a encarei melhor.

– ANNE! – Me levantei e corri até ela.

– KATH! QUE SAUDADES, VADIA! – Ela me deu um abraço de urso e ficamos com uns gritinhos bem patéticos até que o dono da cafeteria chamou nossa atenção. A levei até a mesa que estava sentada e ela fez o pedido pra mesma garçonete bitch que me atendeu.

– Nossa, que vagabunda.

– Eu pensei a mesma coisa! Mas agora me conta como foi lá na França. Arrumou algum gatinho? – Levantei as sobrancelhas e sorri maliciosa. Ela jogou um saquinho de açúcar na minha cara e riu com a minha expressão de brava.

Dizzy. – Revirou os olhos e tomou um pouco do seu café para depois voltar a me olhar. – É claro que conheci um garoto incroyable, mas ele tinha namorada. – Deu de ombros e fez um gesto com a mão como se aquilo não importasse mais. – Mas e você encontrou alguém que aquietasse seu fogo?

– Deixa de ser dizzy, Anne. – Tentei imitar seu sotaque francês e isso ocasionou o riso de ambas. – E não. Ah, não sei. Talvez.

Je suis confus. Achou ou não achou? – Seu olhar transparecia segundas intenções, mas preferi ignorar aquilo.

– Eu não sei! Ele é muito complicado... Acho que não vai dar certo.

– Qual é o nome dele?

– Niko.

Hum... Niko. Tem nome de quem deve ter uma pegada incroyable.

– Tem sim. – Sorri timidamente. E que pegada...

Méchant! – Disse surpresa e jogou mais um saquinho na minha cara.

– Você pode parar com isso?! – Joguei de volta e a fitei. – Não foi nada demais.

– Não é isso que sua cara diz... Pra mim você pegou e gostou. Acho até que queria repetir a dose. E s'il vous plaît, não tente me enganar porque eu te conheço com a palma da minha mão. Sabe belle, fico feliz que você esteja gostando de outra pessoa.

– Mas eu não disse que gosto dele, sua francesa safada!

– Não precisa dizer. Está em seu olhar apaixonado. Oh, Katherine Moore está in love. Agora eu preciso te dizer uma coisa. – Abaixou o olhar e colocou o cabelo para trás da orelha. Quando Anne fazia aquilo é porque tinha uma péssima notícia para contar.

Ótimo, era só o que me faltava.

– O que foi Anne?

– Eu juro que tentei evitar, mas... – Ela parecia hesitante por alguns segundos como se não encontrasse as palavras certas.

– Anne, conte logo! Já estou ficando aflita com todo esse mistério. Qual é o problema?

– Eu não fui a única da família que veio até a Califórnia. Sinto muito, Kath.

Não. Não. E não.

Não me diga que...

– Olá, ma belle.


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Notas finais do capítulo

Aqui vai um pouco do vocabulário francês da nossa querida Annemarie.
Dizzy = tonta
Incroyable = Incrível
Je suis confus = Estou confusa
Méchant! = Safada
S'il vous plaît = Por favor
Belle = bela

Aqui vai uma foto de como eu imagino e Annemarie: http://i2.listal.com/image/1002356/600full-daveigh-chase.jpg

E então, gostaram? Querem saber quem disse esse ''Olá, ma belle''? Só no próximo capítulo!!!!