Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 10
Capítulo 9 Já disse que odeio campainhas?


Notas iniciais do capítulo

Já falei como sou uma autora legal? Porque eu sou. Fala sério, postar capítulos por três dias consecutivos é ser muito boa com as leitoras u.u
Ok, parei. Sorry
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bom, tem um POV do Niko e é ele dizendo um pouquinho do que achou daquele beijo desentupidor de pia com a Katherine -v-
Depois é ela narrando e bom... Leiam para saber o resto u-u
bjjss meus amores e espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376503/chapter/10

POV Niko

– Você fala demais. – Sussurrei cada palavra enquanto aproximava meu rosto do dela.

A música do Artic ainda tocava como plano de fundo e fui cantando algumas partes. A expressão da Katherine era hilária. Cômica. Será que a maluca da Carminia estava certa? Será que esse meio metro de gente estava mesmo gostando de mim? E eu, será que podia gostar dela?

Claro que não.

Não é do meu feitio ficar me apegando. Não sei como a Ashley acredita que ''estou perdidamente apaixonado por ela'' como ela mesma costuma dizer. Enganar essas meninas é tão fácil, por isso fiz uma aposta com o Fred. Aquele cuzão disse que eu nunca seria capaz de arrancar um beijo da Katherine. Ah, se ele pelo menos estivesse aqui pra ver.

Não. Isso seria estranho. Muito estranho.

Tentei desviar quaisquer assuntos malucos que poderiam rondar minha cabeça naquela hora e me distrair do meu real objetivo: beijar aquela tonta.

Beleza, nem tão tonta assim. Vai, ela tem seu charme. Até que eu comecei a gostar daquele cabelo rosa esquisito e os seus seios naquele sutiã de renda preta são bem atrativos e são do jeito que eu gosto. Nem muito pequenos e nem muitos grandes. Dá pra ver que não são dois botijões siliconizados iguais aos da Ashley. Na verdade a Katherine não tem absolutamente nada a ver com as meninas de Los Angeles. Todas são superficiais e ela é... Bom... Ela é original. Única. E por um tempo indeterminado, vai ser minha.

Puxei sua nuca e a trouxe levemente até mim colando nossos lábios logo em seguida. Porra, ela sabe beijar! Porra, eu to gostando.

Espera.

Como assim eu to gostando? Não era pra gostar, era pra aproveitar. Tem diferença. Mas agora usar ela do jeito que eu queria parece não ter mais cabimento nenhum.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, foda-se a aposta eu quero... Eu quero ela.

Afastei nossas bocas e a aconcheguei no banco, colocando meu corpo por cima do seu, mas sem por meu peso todo para não machucá-la. Até nisso eu to me importando com a garota. Isso vai da merda. Tá dando merda.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, foda-se de novo. Já to no poço, então por que não me afundar mais?

Juntei nossos lábios mais uma vez e enrosquei minha mão em seus cabelos. Cara, aquilo era tão bom. Até nossos corpos antes molhados e frios começaram a esquentar numa temperatura extrema. Ela encaixou as pernas em volta da minha cintura e eu tive que me controlar muito psiquicamente para não arrancar o resto da roupa que ela tinha. Apertei suas coxas e pude sentir sua pele lisa e macia. Aprofundei o beijo quando a senti arranhando minhas costas.

Droga, meu ponto fraco.

Eu juro que poderia ficar ali por muito mais tempo, mas a porcaria do ar se fez necessário. Eu sei que por mais que a Katherine diga que é rebelde, não teria coragem de fazer o que estava se passando na minha cabeça naquela hora então me deitei ao seu lado e a virei pra mim ficando cara a cara. Coloquei em cima dela uma jaqueta de couro minha que encontrei dentro do carro e em questão de instantes eu pude sentir sua respiração pesada e ela dormir. Ela parece um anjo. E a expressão serena que ela tem quanto dorme? Ela é... Perfeita. Sejam seus pequenos olhos azuis cristalinos ou aquelas mãos pequenas que deixaram sua marca nas minhas costas, mas aquela menina era de outro mundo.

Gay, gay, gay, gay, gay...

Mais gay ainda vai ser eu dizer que não consegui dormir nem por um segundo só por ficar admirando ela a noite toda.

Que merda tá acontecendo comigo? !

Não Niko, para cara. Foi só uma aposta que você cumpriu. E foi só um beijo. E não significou nada.

Mas por que será que isso está soando tão falso?

(...)

POV Katherine

Eu me encontrava em um corredor escuro e alagado. A água estava extremamente fria e meu corpo parecia que ia congelar. Vozes ecoavam pelo local, mas não consegui distinguir quem falava e muito menos o que diziam. Eu me sentia fraca. Incapaz de fazer qualquer coisa. Fui jogada no chão brutalmente e senti meus joelhos queimando com a dor da queda. Aquilo me afetou mais do que deveria. Olhei para ver o estrago e sangue escorria das minhas pernas.

Escutei um grito aterrorizante logo atrás de mim e me pus de pé para correr, mesmo me sentindo fraca para tal ato. O corredor possuía um barulho de várias batidas e as paredes iam caindo, uma a uma. Olhava para trás e algo parecia me perseguir.

Corra Katherine, corra.

Quando olhei pra frente novamente acabei me chocando contra uma janela. A atravessei e quando vi em volta estava em um campo e o corredor havia sumido. O sol queimava minha pele, mas de um jeito bom. A brisa do vento era suave e as rosas que decoravam o campo eram bem vermelhas. Aquele lugar era majestoso.

– Katherine... – Uma voz suave soou logo atrás de mim. Levantei e meus olhos se encheram de alegria quando o vi sorrir para mim.

Seu sorriso foi se desmanchando aos poucos até que uma expressão triste tomou posse de seu rosto.

– Me ajude. – Foi a ultima coisa que consegui ouvir antes de ser jogada de um penhasco.

Levantei meu tronco e estava ofegante.

Só foi um pesadelo, só foi um pesadelo, só foi um pesadelo...

Tirei as mãos de cima dos meus olhos e olhei em volta. Mas que quarto é esse? Aonde é que eu estou?

– Bom dia, dorminhoca. – Vi uma senhora loira de olhos verdes claros entrar no quarto e se sentar na cama.

– Bom dia Ania. – Sorri simpática.

– E então gostou do seu novo quarto? – Ela olhou em volta. – Espero aprecie a decoração. Eu que escolhi.

– Ah, eu gostei sim. Obrigada. – Sorri de canto e ela saiu do quarto sem antes dizer que estava indo trabalhar.

Então esse é meu novo quarto o que significa que não preciso mais dormir do chão. Ufa. Mas também significa que não vou mais dormir com Niko. Agora isso sim é motivo de tristeza especialmente porque eu queria repetir a dose do que aconteceu ontem à noite.

Eu o beijei. Eu beijo Niko Romanov e aquilo foi maravilhoso. Eu nunca, nem em um milhão de anos, poderia imaginar que ele despertaria aquelas sensações em mim. Eu nunca imaginei que um garoto poderia despertar tais sensações em mim, mas ele o fez.

Contornei meus lábios com os dedos tentando recordar como a sua boca foi de encontro a minha. Sorri e levantei da cama indo até o banheiro. Fiz minha higiene matinal e fui escolher uma roupa. Só então percebi que usava uma camisa gigante das Tartarugas Ninjas. Sorri mais uma vez (Estou muito de sorrisos hoje, perceberam? Pois é, deve ser algum motivo desconhecido... Mentira, eu sei muito bem porque estou sorrindo, mas exatamente por quem.) e muito relutante tirei aquela camisa com um cheiro viciante e coloquei minhas vestes. A chuva devia ter cessado de madrugada porque o dia hoje estava muito ensolarado. Era quinta feira e pra falar a verdade eu não estava muito animada para sair.

Sai do quarto depois de arrumada e fui em direção à cozinha. Lá achei uma cena dos deuses: Niko cozinhando.

Já posso me casar com ele?

Não, sou muito jovem.

Fui me aproximando como um gatinho e quando cheguei perto dele o suficiente passei minhas unhas em suas costas desnudas. Ele soltou um grunhido e olhou para mim por cima dos ombros. Sentei-me na bancada da pia e fiquei o observando fazer umas panquecas.

– Não sabia que você cozinhava. – Falei tentando quebrar aquele silêncio um tanto quanto constrangedor.

– Tem muita coisa que você não sabe sobre mim. – Disse e se virou de costas enquanto colocava as panquecas em um prato que estava em cima do balcão central da cozinha.

– Então me conta mais sobre você. – Inclinei minha cabeça para o lado e o encarei.

Niko se aproximou até seu rosto ficar milímetros afastados do meu. Senti sua respiração pesada atingindo minha face e estava esperando mais um daqueles seus beijos maravilhosos.

Pena que não foi isso que aconteceu.

– É segredo. – Sorriu presunçoso e deu-me as costas indo em direção à sala com o prato de panquecas numa mão e uma latinha de coca na outra.

Filho de uma égua prenha e desgraçada.

Fui logo atrás dele e me sentei ao seu lado enquanto ele ligava a TV. Estava passando Star Wars, a parte do casamento do Anakin com a Amidala.

– Eles são tão lindos juntos. – Suspirei sonhadora. Aquela cena era tão linda. Tão perfeita. Tão... Animal?

– Por que você mudou de canal, sua chupeta de baleia?! – Olhei irritada para Niko e o mesmo me olhava com aquela cara habitual de "sou foda, beijos." Bom, quase isso.

– Não gosto daquilo. – Deu de ombros.

– Coloca lá.

– Não.

– Coloca.

– Não. Vai caçar pulga, Katherine.

Pulei em cima dele e peguei o controle. Ah, essa foi fácil. Pelo menos estava fácil até que ele tentou pegar o controle da minha mão. O belisquei, o mordi e até ameacei chutar seus países baixos, mas nada adiantava porque ele ainda ia pra cima de mim, até que uma hora eu estiquei o braço para trás e dei uma joelhada em sua barriga. Ele caiu no chão e gemeu de dor.

– Bem feito. – Respondi e me levantei do sofá erguendo meu troféu de vitória.

Senti meu pé sendo puxado e logo estava com a cara no peito de Niko. Sim, eu cai em cima dele. Sim, eu estava gostando daquilo. Sim, nossos olhares se fixaram um no outro. Sim, nossos rostos estavam se aproximando. Sim, nossas bocas iam se tocar.

Mas não, não nos beijamos porque um ser que realmente não tem amor à vida resolveu tocar a campainha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não sou muito boa pra dar detalhes sobre aposentos, então aqui tá como eu imaginei o quarto da Kath: http://weheartit.com/entry/61426769