Learning To Love escrita por Maniper


Capítulo 3
Capítulo O3. Meu Nick


Notas iniciais do capítulo

Está ai! Fiz alguns cálculos para que os horários na fic batessem e acho que deu certo, me perdoem se estiver errado.

*Para você, leitor(a) fantasma, peço que apareça, ficarei muito feliz*
Muito obrigada a Jen por comentar, sua linda!
Tenho um recado importante lá embaixo..

Boa leitura!



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Para a minha infelicidade, Neitan havia viajado mesmo e estava estudando em Los Angeles enquanto fazia o tratamento e pelo que soube, estava indo muito bem, se gostasse de lá nem voltaria mais. Já faz 4 meses que não o vejo, apesar dele sempre estar por aqui, não nos encontramos e até fiz amigos de verdade. Eu, Lily, Jake e Bryan somos inseparáveis e também o Nick. Estamos saindo há 2 meses e admito que ele é incrível, carinhoso, inteligente e atlético. Acho que metade das garotas da escola querem me matar mas não me importo, somos o casal "sensação", recebemos esse apelido no blog de lá e até que achei engraçado.

Tirando as saidinhas com o pessoal da escola, nada mudou. Minha mãe ainda está trabalhando no hospital e com horários malucos, ela é médica e quer muito que eu preste medicina e não veterinária, na verdade, está quase me convencendo, me acostumei com o ambiente porque sempre vou no serviço dela, me chama atenção a área da pediatria, enfim, ainda sou apaixonada por animais.

Hoje é quinta, 2 dias antes de um feriado prolongado(5 dias) e vou pra California City, pedi para o Nick ir comigo, já que a minha mãe não queria que eu fosse sozinha. Vamos visitar o meu pai, estou com tanta saudade dele! E apesar dos meus irmãos serem metidos, eu os amo e também sinto falta deles. As minhas malas estão prontas desde terça-feira, a ansiedade é muito grande.

— Querida, estou indo, o Nick vai demorar pra chegar? - mamãe entrou no meu quarto com o seu impecável jaleco branco, um sorriso nasceu nos meus lábios ao vê-la.

— Não, ele já me mandou uma mensagem, vai deixar o carro aqui em casa, tudo bem?

— Claro, eu quase não vou ficar aqui mesmo, esse feriado só vai ser bom pra vocês, peguei plantão - ela sorria, nem se incomodava, amava o que fazia. Admirava muito a minha mãe, e o meu pai também, claro, ele era doutor mas veterinário, dá pra entender porque eu quero fazer alguma medicina, está no sangue.

Mamãe me deu um abraço apertado e pediu para eu mandar beijo para os meus irmãos, eles não são filhos dela mas cuidou 18 anos deles, já que eram orfãos de mãe. Assim que ela saiu, ouvi uma buzina e dei uma olhada no meu quarto para ter certeza que não esqueci nada. Desci com a minha mala, um pouco apressada demais.

Cheguei na sala e quando abri a porta, Nick me encarava com um olhar sério, eu sorri de lado, meu lindo. Ele estava vestindo uma calça jeans clara, um pouco apertada e era muito sexy, uma camiseta gola V verde que combinava com a cor dos olhos, relógio marrom no braço esquerdo, um nike preto e mala pendurada no ombro direito.

— Está tudo bem? - Nick ainda estava sério e eu soltei um gemido baixo quando ele me empurrou para dentro de casa e pisou sem querer no meu pé, doeu um pouco.

— Desculpa, linda - me empurrou mais um pouco e fechou a porta atras dele - estou um pouco nervoso.

Ele deu um sorriso sem graça e tocou o meu rosto com a mão direita, colocou a mão na minha nuca me fazendo ficar perto, já podia sentir o hálito de cereja vindo dele. Colou os nossos lábios delicadamente, como se fosse quebrar a qualquer momento, vagarosamente pediu passagem com a língua e eu cedi sem hesitar. As nossas línguas brincavam em meio a um beijo cheio de desejos. Nos separamos por falta de ar com vários selinhos.

— Eu preciso fazer uma pergunta pra você - a expressão dele voltou a ficar séria.

— Faça - sorri e coloquei a mão na nuca dele brincando com os seus cabelos loiros.

— Não sei como dizer isso - franziu o cenho e olhou para baixo e logo aqueles olhos verdes me encaravam novamente - Kamilla, quando conheci você, sabia que tinha algo diferente, queria estar perto porque era linda, tive medo que alguém fizesse mal a você, o que é normal, já que é minha melhor amiga.

Nos encaramos alguns segundos quando ele ficou mudo.

— Nick, pode falar - incentivei-o.

— Então, no dia em que nós demos o nosso primeiro beijo, eu tive a certeza que não queria ser só o seu amigo, por isso não consegui voltar ao normal, ainda estamos juntos mas não é a mesma coisa para mim - colocou a mão no bolso e tirou uma caixinha preta - Você quer ser a minha namorada?

Fiquei paralisada quando vi um par de alianças lindo, não sabia como reagir e nem como dizer não. Eu gostava muito dele, só que não acredito muito em relacionamentos. Já tinha namorado uma vez e não deu certo, olhava para os meus pais e aquilo me fez desacreditar. O que não me impediu de dizer:

— Quero, com certeza - finalmente se aliviou daquela expressão e deu um sorriso enorme. Pegou a minha mão direita, colocando uma aliança no meu dedo, me perguntei como ele sabia o meu número e acabei lembrando que tinha ficado com um anel meu. Ele mesmo colocou no dele e tinha que admitir, tinha bom gosto. A aliança era um pouco grossa, duas fileiras de pedrinhas.

— Espero que não se incomode, é que eu já mandei gravar os nomes - disse sem graça.

— Sabia que eu ia aceitar, então? - perguntei rindo.

— Não, mas esperava que sim - sorriu e demos mais um beijo antes de entrarmos no meu carro. Nick e eu íamos dirigir 10 horas cada um, direto, só parando para comer, ir ao banheiro e abastecer o carro. Saímos de Dallas as 10h da manhã.

— Cuidado com o meu nenem, hein - disse quando paramos no posto para abastecer o carro.

— Eu dirijo mal?

— Não, claro que não, bobo - dei uma breve risada - foi um modo de pedir para que dirija devagar.

— Vou dirigir, relaxa, amor - sorriu e eu fiquei corada. Nunca havia me chamado de amor, eu gostei e muito.

A viagem estava um pouco demorada mas ficamos conversando o tempo todo. Paramos para comer em um restaurante na estrada era 14h, eu iria dirigir as próximas 8h para que o Nick dormisse um pouco para dirigir de madrugada, já que ele havia insistido. Uma garçonete me irritou porque ficava querendo encarar o Nick. Bufei.

— O que foi, linda? - Nick me perguntou preocupado.

— Aquela garçonete parece que vai te engolir - apontei para tras e ela ainda estava olhando - oferecida.

— Ciumes? - ele estava se divertindo com a situação - ah, que linda.

Não disse nada a ele e comecei a comer um prato de macarronada, que eu amo, principalmente com queijo ralado por cima.

— Amor - Nick levantou o meu rosto para olhar para ele - eu só tenho olhos pra você, Olha em volta, de longe é mais linda desse lugar, tem 3 caras encarando você.

Ele me mostrou com o dedo os caras e eu sorri sem graça.

— Mas olha só, você está comigo e não com eles. Sou sortudo ou não? - brincou e eu revirei os olhos, sorrindo também.

— Ela está me incomodando, lindo, entende?- disse por entre dentes. Nick entendeu o meu lado, era realmente chato.

Pude ver que havia chamado a moça. Olhei um pouco nervosa para ele que soltou um olhar que dizia: confia em mim. Sorri involuntariamente.

— Pois não? - a voz dela era irritante e continuava a olhar sem desviar para Nick.

— Moça, eu e a minha namorada estamos um pouco cansados da nossa viagem - um sorriso malicioso nasceu nos lábios dele e eu ri por dentro - sabe de algum lugar para podermos descansar?

— Ah, você e a sua namorada - ela estava sem graça - não senhor, sinto muito. Sou nova por aqui.

— Hum - Nick fez pouco caso - vamos ficar no carro mesmo então, não é linda? Dá para fazer muitas coisas.

Eu ria muito por dentro e aposto que Nick também.

— Sim, amor - respondi e a moça limpou a garganta mostrando que ainda estava ali.

— Se não posso ajudar, já vou - ela disse se virando.

— Melhor assim? - perguntou Nick quando percebeu que a garçonete já não olhava mais.

— Muito, obrigada, anjo - disse com um sorriso tímido.

— Ela precisa saber que a mulher mais linda de todas está acompanhada - sorriu e beijou a minha mão esquerda. Fiquei sem graça.

— Bobo - rimos.

Nick era muito bonito e isso me deixava insegura, o que não mudava nada para ele que dizia que eu sou a preciosidade dele.

Depois de comermos, fomos ao banheiro e voltamos para a estrada. Liguei para a minha mãe avisando que logo chegaríamos e ela pediu pela milésia vez que tomassemos cuidado. Dormi quando eu e Nick trocamos de lugares e ele me acordou quando entramos na cidade, mas eu só tinha descansado 2h.

— A direita - eu disse quando chegamos na cidade, fazendo Nick entrar em uma estrada de terra. Olhei no iPhone que marcava 8h da manhã de sexta-feira. Tinha certeza que ele estava cansado, eu já era acostumada a dirigir tanto tempo.

— Você morava aqui? Que dó desse carro, meu Deus - ele ria enquanto dirigia.

— Ele vivia marrom, rara as vezes que ficava branco - rimos e andamos mais uns 7 quilômetros até chegar na porteira imensa da fazenda. Eu desci do carro e abri para podermos entrar, fechei e voltei pro carro.

— É grande - Nick disse me fazendo rir. Ele estava olhando em volta e viu muito verde. Era realmente muito grande, a grama toda baixa pelo que caminho que íamos e envolta capim para o gado. Logo chegamos em frente a minha antiga casa.

A casa era num tom palha e havia muitas janelas, a porta de entrada era muito alta e a varanda enorme, com redes penduradas á parede. Algumas cadeiras e bancos espalhados pela mesma, várias árvores em volta. Logo meu pai apareceu sorrindo, desci rapidamente do carro, até esquecendo do Nick.

— Papai - corri em direção a ele. Demos um abraço apertado e ele espalhou vários beijos pela minha face.

— Querida! Como você está? - perguntou ainda abraçado comigo. Me separei para responder:

— Ótima e o senhor? - reparei que ele estava de jaleco, calça jeans e camiseta azul por baixo, nos pés calçava um sapatênis branco.

Ouvi a porta do Jetta ser fechada e pude ver Nick descendo um pouco sem graça do carro. Sorri ao ver a cena.

— Estou bem, anjo, acabei de chegar da cidade, se eu soubesse tinha esperado vocês lá mesmo - papai respondeu olhando para o meu namorado, que chegou perto de nós.

— Ah, papai. Esse é o Nick, meu namorado - ele estendeu a mão para o Nick que logo retribuíu.

— É um prazer, senhor - disse cordialmente.

— O prazer é meu, Nick - papai sorriu e logo entramos em casa.

— Então, como anda os estudos, Milla?

— Ai pai, está tão difícil, eles são adiantados - fiz cara de tédio e Nick riu - mas o garotão aqui me ajuda quando não está treinando.

Envolvi o meu braço na cintura do Nick que sorria.

— Ah querida, você sabe que está nova e pode fazer cursinho pré-vestibular no ano que vem. Já saiu de cima do muro?

— Não, ainda não. Mas quero Harvard, independente do curso - meus olhos brilhavam só de ouvir aquele nome.

— É isso aí - papai sorriu e pediu desculpas dizendo que ia dar uma olhada no gado. Depois voltaria para sairmos e jantar fora. Perguntei sobre os meus irmãos ele disse que estavam na casa das namoradas mimadas na cidade ao lado e voltariam só no outro dia. Nós rimos.

— Você vai ficar no quarto de hóspedes ou vai dormir comigo? - perguntei ao Nick quando tiramos as malas do carro e passando por um enorme corredor cheio de quartos.

— Dormir com você? - um sorriso malicioso nasceu nos lábios dele e tenha certeza que corei. Nunca tinha acontecido nada mais que beijo entre nós mas isso era quase impossível de evitar. Eu já não era virgem e provavelmente ele também não.

— Sim, comigo. Com quem mais seria? - perguntei rindo e indo em direção ao meu antigo quarto. Estava intacto, as paredes lilás com borboletas pratas e o teto parecia um ceu de tanto que brilhava. A cama king de casal, o guarda-roupa enorme e branco, com um espelho que ia do teto ao chão, uma porta para o banheiro.

— E o seu pai? - Nick parecia preocupado. Eu ri.

— Meu pai não liga - sorri e dei um selinho nele - você quer tomar um banho?

— Tem certeza? Eu não quero que ele pense mal de mim - franziu o cenho - vou tomar sim.

— O meu amor, relaxa, papai só não quer ser avô agora. E isso não vai acontecer, vai? - disse sorrindo e ele colocou a mão no bolso tirando a carteira. Abriu e me mostrou uma fileira de preservativos. Senti minha intimidade molhar.

— Acho que não - sorriu e beijou a minha testa.

— Me mata - eu disse dando uma mordida de leve no pescoço dele, Nick soltava uma risada abafada.

— Linda - colocou uma mecha atras da minha orelha.

— Para, amor - estava sem graça - enquanto você toma banho, vou dar uma volta pelo campo, tudo bem? Me manda uma mensagem quando terminar. Sempre tem toalha no banheiro.

— Tudo bem, linda - me deu um selinho demorado - até daqui a pouco.

— Até - disse saindo do quarto, quando estava na metade do corredor, voltei correndo e abrindo a porta sem bater. Me deparei com o Nick só de boxer preta. O corpo dele era perfeito, a barriga definida, braços e pernas torneadas.

— Nossa, que pressa - Nick disse rindo. Corei, ele tinha pensado besteira.

— Bobo. Eu vim avisar pra você passar repelente depois do banho, aqui é meio complicado, sabe. Tem ali na minha mala, pode pegar - sorri e cheguei perto dele.

— Foi só pra isso mesmo que você voltou? Tem certeza? - perguntou maliciosamente no meu ouvido e passando a mão pela minhas costas.

— Foi - eu sorri. Dei um beijo na bochecha dele que fez biquinho.

— Que pena - sorriu - brincadeira, linda. Vou passar sim, pode deixar.

Voltei a sair do quarto e pedi para ele trancar a porta. Corri até o haras e logo celando o meu cavalo preferido, John. Era totalmente preto e brilhava com um pouco do sol que ainda batia.

Cavalguei uns 15 minutos e não tinha mudado nada. Tudo perfeito, parei perto da árvore que mais gostava e fechei os olhos, sentindo a brisa fria batendo no meu rosto, que balançava os meus cabelos que estavam soltos. Consegui ouvi um cavalgar por perto e abri os olhos para ver quem era. Fiquei surpresa ao ver Travor em cima de um alazão branco. Ele parou do meu lado.

— Nem acreditei que era você - disse sorrindo e a voz dele me fez arrepiar. Ele sempre esteve perto de mim, não tinha como negar que sentia falta.

— E nem eu - nós rimos.

— Então, o que te trás aqui? - perguntou enquanto voltamos a cavalgar em direção ao haras.

— Não posso ver a minha família? - ele riu.

— Claro que pode.

— Mas e você? O que faz aqui? - perguntei quando descemos dos cavalos. Levei o John pra cela dele e Travor levou o alazão que era novo pra mim, para a dele.

— Estou fazendo estágio, seu pai me chamou - sorriu e eu retribuí.

— Ah que bom, Travor. Pelo menos está cumprindo com as cargas horárias.

— Sim, essa é a intenção - caminhamos em silêncio até a casa.

— Acho que perdemos o jeito - eu disse e ele assentiu.

— É estranho, não sei o que você fez e nem quem conheceu, isso me mata - droga, ele ainda me amava. O que ia fazer quando visse o Nick?

— Travor, já faz 6 meses que terminamos - ele me encarou um pouco triste.

— Eu sei, é que eu te amo, Kamilla - Travor disse me fazendo parar. Estávamos na varanda da casa. Quando ia responder, Nick apareceu na porta. Vestia uma calça jeans escura e blusa de frio da GAP, vermelha, supra preto no pé.

— Achei que tivesse morrido - o sorriso dele me fazia tão bem, esqueci rapidamente o que Travor havia me dito.

— Dramático - sorri e fui até ele, selando os nosso lábios. Olhei para tras e vi Travor cabisbaixo, ele tinha que entender, já não gostava mais dele como namorado. O que aconteceu foi bom mas eu não era do tipo que ficava deprimida.

— Lógico, você é linda demais - Nick disse me fazendo corar e ele encarou Travor que agora nos olhava.

— Esse é o Travor, amigo de longa data - apresentei - e esse é o Nick, meu namorado.

Nick foi até o Travor e estendeu a mão, ele retribuíu sem muita vontade.

— Prazer, namorado da Kamilla - Travor disse franzindo o cenho.

— O nome dele é Nick - eu disse irritada e pude ver um Nick totalmente perdido na situação.

— Aconteceu alguma coisa? - o meu loiro perguntou com um sorriso de lado.

— Nada - Travor cortou a conversa.

— Eu sei que é o ex-namorado dela - Nick disse sério - e não sou do tipo que gosta de briga, cara, então se é isso que está procurando, melhor desistir.

— Relaxa, criança, eu não quero briga. Só não consigo entender como ela preferiu você a mim.

— Porque eu não fico me gabando - Nick respondeu e virou as costas, vindo em minha direção.

Okay. Eles tinham acabado de discutir por minha causa e Nick me surpreendeu, porque por mais que ele seja novo, sabia bem como se defender. Isso me deixou feliz, não tinha rolado briga.

— Até mais então - Travor disse se afastando e indo atras da casa, logo apareceu com a sua hilux preta, explicado porque não tinha percebido que ele estava lá.

— Nick, eu - ia falar mas ele balançou a cabeça.

— Não rolou nada, não é? - perguntou sério. Eu sorri e ele retribuíu.

— Nunca.

— Então não tem porquê comentarmos sobre - disse e me abraçou.

— Você me surpreende - sorri e ele ficou sem graça. Fofo.

Fui tomar banho enquanto o Nick ficou na sala assistindo televisão. Não demorei muito e acabei lavando o cabelo. Estava frio porque lá era muito fresco mas coloquei um short jeans curto, era claro, um cinto marrom, uma regata branca soltinha e uma blusa de frio azul claro da Budweiser que cobria tudo, deixando a mostra apenas um pedaço do short. Calcei um converse branco, penteei o cabelo e fui até a sala.

Nick estava deitado no sofá, parecia cansado. Sorri ao ver a cena.

— Cansado? - perguntei e ele sorriu. Sentou e bateu do lado pedindo para que eu sentasse com ele, assim o fiz.

— Um pouco - cheirou o meu pescoço e eu arrepiei - nada que uma boa noite de sono não resolva.

— Tem razão - sorri. Dei um selinho nele, que não se contentou e pediu passagem com a língua. Foi um beijo calmo.

— Aonde vamos? - perguntou lembrando provavelmente do que o meu pai havia dito.

— Não faço ideia, papai é exigente - revirei os olhos.

— Olha quem fala, a garota que quer Harvard, custe o que custar - ele brincou.

— Quero mesmo - dei com a língua e ele aproveitou a situação me dando outro beijo.

— O Neitan também - estava com o olhar distante - ele quer medicina.

— Sério? Seu irmão é meu concorrente - sorri e ele beijou a minha testa.

— Então ele já perdeu - rimos.

Eu e o Nick ficamos assistindo TV, comemos e dormimos, então o meu pai chegou, nos acordando as 18h, se arrumou e acabamos indo a um resturante japonês, sorte que todos gostavam. Em meio ao jantar, papai brincou:

— Já tomaram isso? É afrodizíaco - Nick engasgou, fazendo com que eu e papai entrassemos em uma longa gargalhada.

— O que? - Nick estava vermelho de vergonha.

— Podem até fazer barulho, a casa é de vocês essa noite - papai disse sorrindo - vou dormir na casa da Julie - Ela trabalhava para o meu pai e provavelmente estavam saindo.

— Obrigada, pai - sorri e Nick estava com os olhos arregalados. Surpreso pelo meu pai ser super liberal.

— O que foi garoto? Surpreso? Sexo é bom e não faz mal. Só não quero ser avô - papai disse e Nick acabou rindo.

— E nem eu quero ser pai, senhor - ele disse um pouco sem graça.

— Bom, então tenham juízo - papai sorriu.

Conversamos mais um pouco e acabamos indo pra casa, quer dizer, eu e Nick fomos para casa com o Jetta e papai foi para casa de Jullie com a mercedes preta dele.

Chegamos na porteira as 20h30 e tinha uns 15 caras em pé de preto envolta da casa, um deles abriu para entrarmos. Nick franziu o cenho.

— Seguranças - sorri - não acha mesmo que isso aqui fica totalmente sem ninguém, não é?

— Faz sentido - ele riu - quantos tem?

— Uns 30 mais ou menos.

— Caramba - Nick estava surpreso eu só ria.

— Há quanto tempo o seu pai sabe que você tem uma vida sexualmente ativa? - perguntou Nick quando descemos do carro

— Desde quando eu contei, isso há uns 2 anos - Travor não tinha sido o primeiro, perdi a virgindade com um amigo, melhor coisa, com alguém de confiança. Abri a porta e entramos em casa.

— Você quer assistir alguma coisa? - perguntei enquanto íamos em direção aos quartos para trocar de roupa.

— Pode ser - ele respondeu bocejando. Tadinho, estava mesmo cansado.

— Tudo bem - sorri.

Trocamos de roupa e fomos até a sala. Peguei suco na geladeira, lembrando da dieta dele por causa dos próximos jogos.

— Uva, está bom? - perguntei sentando ao lado dele no sofá.

— Perfeito - sorriu tomando o suco e logo depois deitando no meu colo.

Ficamos assistindo Supernatural até umas 2h da manhã, na verdade, dormimos abraçados no sofá até esse horário. Acordei com Nick fazendo cafuné.

— Desculpa, não queria te acordar - ele disse me encarando com aqueles olhos verdes.

— Tudo bem - sorri e nos sentamos. Olhamos para a tv e depois nos encaramos.

Nick me puxou para um beijo calmo e depois foi ficando quente. As mãos dele percorriam todo o meu corpo, era ágil e me perguntei quantas vezes ele já havia feito aquilo. Sorri em meio ao beijo e ele também.

— Seja minha - pediu no meu ouvido, eu gemi baixinho sentindo a mão dele na minha barriga e fiquei toda arrepiada.

— Nem precisa pedir - sorrimos e puxei Nick para o meu quarto.

Tivemos uma noite incrível, sem nos preocupar se alguém fosse ouvir alguma coisa. Apesar de ter os seguranças lá, nem importamos.

Foi talvez, uma das melhores transas da minha vida, com vários rounds. Nick era animadinho, me surpreendeu como sempre. Quando tomamos um banho e deitamos para realmente dormir, Nick estava exausto.

— Foi incrível - ele disse sorrindo.

— Foi mesmo - retribuí o sorriso e coloquei a cabeça no peito dele. Adormeci logo, sentindo a respiração dele ficar calma. Era o meu Nick.


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Notas finais do capítulo

É isso aí.. Deixa um review pra autora, vai, to mendigando já! HAIEHAIOEHOIE' capítulo 04 pronto, mas comenta vai, senão eu desanimo ;s enfim...

*recado importante: eu tinha classificado a fic como +18 mas eu perdi o jeito para escrever algo do tipo então não tem nada demais, quando eu estiver inspirada, escrevo e mudo a classificação mas não alimentem falsas esperanças*

Beijos, até mais.