Learning To Love escrita por Maniper


Capítulo 15
Capítulo 15. Para sempre


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra atualizar porque não recebi mais do que 2 reviews. Gente, por favor, apareçam!


Eu quero muito agradecer a todos que me acompanharam, já pensava em fazer uma fic pequena mas isso foi bem além do que imaginei, então muito obrigada a todos!

*Fantasminhas, deixem um review no último capítulo pelo menos, eu não vou ficar brava, muito pelo contrário, vão fazer uma autora amadora feliz!*

Boa leitura!



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Foi em um sábado que os gêmeos nasceram, 4 meses depois do nosso casamento. Neitan estava morando em Cambridge por causa da faculdade e eu com a minha mãe, porque ela tinha mais tempo para cuidar de mim e também mais experiência. Foi mais ou menos assim:

— Precisamos ir, logo! - Neitan gritou da cozinha. Estava mais preocupado que eu. As contrações estavam me causando uma dor até que suportável no começo mas depois, ficou bem complicado.

— Quero muito ir no banheiro - disse entre lágrimas. Queria nada, era só uma desculpa. Eu estava com medo, muito medo.

— Ir no banheiro? A bolsa estourou! Vamos - ele me pegou no colo com facilidade e me colocou no carro.

— Amor - respirei fundo - vai dar tudo certo, não é? - ele sorriu. Deu o sorriso mais lindo na face da Terra.

— Claro que vai, minha princesa - depositou um beijo na minha testa e dirigiu para o hospital.

Nós estávamos em Dallas. O Neitan conseguiu folgar e foi me visitar na casa da mamãe. Ele já iria embora no outro dia, mas o que mais me deixou feliz foi que estava realmente comigo, quando tudo aconteceu. Parecia mágica, queria tanto que estivesse comigo que aconteceu mesmo.

Eu sei que a dor foi grande, chorei muito de felicidade ao ver os meus filhos com saúde, talvez um pouco apressados por nascerem de 8 meses, mas o importante mesmo é que deu tudo certo.

— E como estão os meus amores? - perguntou Neitan no telefone.

Ah é, esqueci de mencionar, isso já faz mais de um mês. Eles já podem ir pra casa na semana que vem, estavam em observação porque nasceram prematuros.

— Lindos, como o pai - respondi com um sorriso no rosto. Estava vendo-os pelo vidro da maternidade.

— Queria estar aí - parecia estar chorando. Não culpava ele por não estar ali, mesmo não estando perto, parecia mais presente que muitos ao meu redor.

— Eles tem os seus olhos - também comecei a chorar - como eu queria que fosse.

Nós rimos em meio ao choro e ele logo precisou se despedir, tinha que trabalhar, estava de plantão há dois dias, nem estava dormindo direito e isso me deixava muito preocupada. Sentia falta dele, queria me mudar logo pra Cambridge, pra nossa casa. Sim, temos uma casa só nossa! Foi presente de casamento dos nossos pais.

— Senhora Dylan - chamou a enfermeira. Ainda era estranho pra mim ser chamada assim, mas eu gostava e muito - o doutor quer vê-la.

— Claro - sorri.

Paramos em frente a sala do doutor, que logo veio me abraçar com um sorriso no rosto.

— Seu marido já sabe? - perguntou com a sobrancelha arqueada.

O Neitan não sabia que os gêmeos iriam receber alta.

— Ainda não - dei um sorriso tímido - mas logo vai saber.

Daqui uns 8, 9 meses vou finalmente me mudar. Não vejo a hora de morar com o meu marido. Caramba, não me canso de dizer isso e pra falar a verdade, se me dissessem que eu casaria com 20 anos e seria mãe, eu riria. Apesar de ter sido tudo tão rápido, as indas e vindas, as dificuldades, só me arrependo de uma coisa: ter demorado pra ir falar com o Neitan depois que ele me deixou por causa das ameaças do Nick, mas quer saber? Era assim que seria, de qualquer forma estaríamos juntos agora, fomos feito um para o outro. É verdade mesmo, todo mundo tem aquela pessoa especial em sua vida.

— Você precisa ir pra casa, descansar um pouco - minha mãe disse ao me ver em pé, olhando para os bebês.

— Eu sei - toquei o vidro em forma de despedida - só não consigo ficar longe - mamãe me abraçou e deu um beijo na minha bochecha.

— Bem vinda ao clube - sorriu.

— Clube? - perguntei com o cenho franzido.

— É assim que me sinto, sempre me senti. Muito difícil te ver longe de mim, filha, mas eu sei que é preciso, você tem a sua vida agora - ela disse ainda sorrindo.

Agora eu entendo toda essa preocupação das mães, os laços são realmente muito forte, quase impossível de ser quebrado.

— Mãe - chamei quando ela já estava um pouco distante - eu amo você.

— Eu também te amo, Kamilla - mandou um beijo no ar. Logo depois ouvi o nome dela ser chamado para uma sala de cirurgia.

Dirigi sem pressa até em casa e fiquei surpresa ao ver o Nick sentado na calçada. Desci do carro com a mão sobre o rosto, tentando tampar o sol.

— Oi - ele levantou ao me ver.

— Oi, Nick - cumprimentei-o com um beijo no rosto.

— Vim saber sobre o Maikon e a Melanie - parecia sem jeito - eu sei que não deveria estar aqui, tenho até uma ordem judicial. Ia te ligar mas também não posso - tentou se explicar e eu sorri.

— Eles estão bem - respondi calmamente.

Ele sorriu e eu consegui ver o Nick que conheci no ensino médio, tinha mudado tanto, fez tantas coisas erradas, mas quem nunca errou na vida? Não posso culpá-lo por um dia ter me amado, muito pelo contrário, isso mostrou que ele podia ser uma pessoa boa, porque ainda existia amor ali.

— Que bom! - parecia mesmo feliz por aquilo - eu só vim pra ter notícias sobre eles - começou andar até a rua - até mais, Milla.

— Hey Nick! - gritei. Ele se virou sem pressa e me encarou.

— Sim?

— Você nunca perguntou, talvez acho que por medo mas - respirei fundo - eu e o Neitan já te perdoamos há muito tempo, por tudo. Pode ligar pra ele se quiser, vai concordar comigo. Apesar do que aconteceu, fomos bom amigos.

Nick começou a chorar silenciosamente, não pensei duas vezes e fui logo abraçá-lo.

— Sempre tiveram um coração bom - disse entre o choro - um dia, quero encontrar alguém que me complete, assim como vocês se completam um ao outro.

— E vai - toquei o rosto dele - só seja você e tudo vai dar certo - ele assentiu - você precisa perdoar a si próprio, Nick, só assim vai ser feliz de verdade.

— Obrigado, Kamilla - me abraçou - é muito fácil te amar.

— Engraçado - sorri.

— O que?

— O Neitan diz o mesmo - nós rimos.

Ele deu um beijo na minha testa e logo desapareceu naquela rua. Aquele momento, eu me lembraria para sempre. Não importa o que ele tenha feito, estávamos felizes, Neitan estava dando aula na academia e assim se sentia completo. Tudo em seus devidos lugares.

Tomei um banho rápido, lavando o meu cabelo e tirando o cheiro de hospital impregnado no meu nariz. Lembro de ter comido macarrão gelado, estava uma delícia. Deitei no sofá da sala e apaguei por lá mesmo, dormi por horas, estava muito cansada.

9 meses depois

— Eu nem consigo acreditar - Neitan disse segurando a Melanie no colo, enquanto eu segurava o Maikon.

— Nem eu - estava muito feliz.

Fazia 5 dias que eu tinha me mudado e a adaptação até que estava sendo fácil, as tarefas aumentaram mas abrir mão de tempo livre era algo que eu sabia bem como fazer.

— O Nick tem me ligado toda semana - comentou assim que os bebês dormiram.

— Sério? - perguntei deitando no colo dele.

— Sim - sorriu - seja o que for que tenha dito pra ele - selou nossos lábios - muito obrigado. Ele está muito feliz.

— Eu só disse que nós já o perdoamos, por tudo - expliquei.

— O que não deixa de ser verdade - Neitan me beijou com desejo, parecia que estava me agradecendo por ter ajudado o irmão.

Nos envolvemos tanto naquele beijo que não sei quantos minutos se passaram. Nem paramos para respirar. Quando estávamos quase na hora "H", ouvimos um choro.

— Eu vou lá - Neitan levantou e foi até o quarto das crianças, que era ao lado do nosso, estratégico, caso algo acontecesse.

Demorou uns 20 minutos para voltar.

— Então? - perguntei mexendo na tv, estava procurando alguma coisa pra assistir.

— A Melanie gosta de dormir olhando para o Maikon - sorrimos - os olhos podem ser iguais aos meus, mas os cabelos são da cor do seu.

— São a mistura perfeita - ele concordou.

Não voltamos a nos beijar loucamente, só ficamos vendo o time do Montreal Canadiens ganhar de novo, hockey era um esporte bacana, sempre gostei.

— Pensando em que? - Neitan perguntou no meu ouvido ao me ver sorrindo.

— O mais velho sempre tem razão.

— Não entendi - ele deu de ombros, me fazendo rir.

— Uma vez o Nick me disse que você sempre consegue o que quer - comentei - e ele estava mais do que certo.

— Sim - beijou meu pescoço - a nossa família é linda - assenti deitando novamente no colo dele.

— E como está na faculdade? O hospital - perguntei para puxar assunto.

— Você quis perguntar sobre as mulheres de lá? - ele riu. Tenho certeza que fiquei vermelha.

— Não ri - pedi - eu fico insegura porque só agora estamos morando juntos.

— Meu amor - começou a fazer cafuné em meus cabelos - só tenho olhos pra você, ninguém mais me fará feliz, a não ser você. Entendeu?

— Eu te amo - disse com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu te amo muito mais - selou nossos lábios delicadamente. Logo o celular dele tocou.

— O que? Não, tudo bem, eu vou sim - desligou e correu para o quarto, voltou já trocado e de jaleco - amor eu - não deixei ele terminar.

— Precisa ir pro hospital - sorri, ele retribuiu.

— A emergência está lotada e não tem ninguém de plantão - seu olhar era de desculpa.

— Está tudo bem - caminhei até ele e arrumei o seu cabelo - bom trabalho, médico Neitan.

— Muito obrigada, senhora Dylan - me deu um beijo rápido e saiu.

Recebemos visitas a semana toda. Conheci a namorada do Jake, chama Fabiana e ele disse que essa é pra casar, estou feliz por ele. As meninas também vieram, Caroline ficou mais do que entusiasmada com a ideia de ter os "sobrinhos" por perto, ela ama crianças. Julie também teve a mesma empolgação e disse que estava disponível para tudo o que fosse preciso, sempre prestativa.

— E quando você pretende voltar? - Jake perguntou sentando ao meu lado na varanda.

— Não agora, mas voltarei - respondi sorrindo. O cheiro da grama fresca invadia as minhas narinas, pura nostalgia.

— É isso aí - me abraçou de lado - essa é a Kamilla que eu conheço. Sempre persistente.

— E nem que eu quisesse desistir da faculdade, o Neitan não deixaria.

— Não mesmo - alguém disse atrás de nós.

— Falando no marido - Jake brincou e nós rimos.

— O próprio - sentou do meu lado assim que o Jake levantou - eles estão dormindo.

— Obrigada, amor - agradeci e ele sorriu.

— Vou nessa, gente. Tenho aula agora - Jake se despediu com um aceno de mão e nós retribuímos.

— Eu sempre soube - Neitan disse brincando com o meu cabelo.

— O que? - perguntei encarando aqueles olhos verdes que me faziam perder o fôlego toda vez.

— Que ficaríamos juntos - me beijou - ele fui te ver naquele dia em que se mudou ao lado da minha casa.

— É sério?

— Não sei se você vai se lembrar - tocou o meu rosto - quando saiu do apartamento em que morava com as festeiras, o porteiro não te disse que alguém tinha ido te procurar?

Fiquei mexendo nas minhas lembranças.

#Flashback mode on#

— Senhorita Andrews - o porteiro disse ofegante, parecia ter corrido uma maratona.

— Sim? - perguntei com a última caixa nos braços.

— Um moço veio te procurar, disse que era importante.

— Um moço? - a curiosidade sempre era maior - E como ele era?

— Alto, cabelos pretos, não consegui ver os olhos, estava de óculos escuros - explicou.

Fiquei querendo saber quem era o tal moço. E se fosse algo realmente importante? Segundos depois o Jake apareceu. Então pelas descrições, deduzi que era ele porque tinha cabelos pretos e estava de óculos escuros.

#Flashback mode off#

— Cheguei a voltar lá no outro dia mas ele disse que você não tinha deixado nenhum recado - sorriu - então te encontrei saindo por aquela porta e tive certeza que era o destino.

— Eu não voltei no apartamento. Foi tão corrido aquele dia que nem me lembrei de perguntar se o tal moço tinha deixado algum recado - sorri ainda mais. Ele tinha ido atrás de mim.

— Não aguentava mais ficar longe de você - disse no meu ouvido.

— E nem eu - nos beijamos delicadamente - por que nunca me contou isso?

— Achei que o Jake já tivesse te contado, mas como você não chegou a comentar - explicou - sabe - ele selou nossos lábios mais 3 vezes até continuar - demorou para ficarmos juntos mas olha só pra isso - apontou para casa - somos uma família, de verdade, como sonhamos.

— Sim - limpei algumas lágrimas - vai ser assim daqui pra frente.

— Não - Neitan negou com a cabeça, estava sério.

— Não? - eu estava confusa.

— Vai ser assim pra sempre, minha princesa - nos beijamos mais uma vez e ouvimos um latido conhecido no quintal. O Spike estava morando com a gente.

— Desde pequeno atrapalhando momentos assim, hein Spike - ele latiu mais uma vez e abanou o rabo. Rimos.

— Sabe o que cairia bem agora? - perguntou Neitan correndo para dentro de casa e voltando com a câmera na mão.

— Hum? - incentivei.

— Uma foto - levantou e esticou a mão para eu apoiar - vem garoto - chamou o Spike e fomos para a sala.

Os gêmeos estavam dormindo no sofá-cama da sala. Neitan colocou a câmera na mesinha de centro e ativou para bater a foto automaticamente, correu e sentou ao lado da Melanie e eu do Maikon, o Spike deitou no meio dos dois, nos fazendo rir. Ouvimos o click e sorrimos.

Neit sorriu ainda mais ao ver a foto, me entregou para que pudesse ver. Sorri assim como ele.

— Isso que eu chamo de foto - comentei ainda olhando para a tela.

E era assim que me lembraria de momentos como aquele. Com fotos, com sorrisos, declarações, choros, nostalgias e afins.

#Flashback mode on#

— Pode falar - Neit sentou e ficou de frente para mim. Ele sempre sabia quando eu queria dizer algo.

— Neit, eu - suspirei e tenho certeza que estava mais vermelha que um pimentão - eu amo você.

O sorriso dele naquele momento foi inexplicável. Tão perfeito que eu cheguei a sorrir junto. Era verdade, agora sim eu tinha a certeza. Eu o amava.

#Flashback mode off#

Eu amava o homem que estava sentado à minha frente, meu amor por ele nunca diminuiu, só aumentou e eu achava que isso era impossível de acontecer mas é, você consegue amar alguém mais do que a si mesmo. Não sei o que seria de mim se ele não existisse. Obrigada, meu Deus, por ter colocado alguém tão perfeito no meu caminho. Alguém que me ama e me aceita do jeito que sou, alguém que abriu mão de sonhos para ficar comigo, alguém que me deu filhos lindos, alguém que vai estar comigo em todos os momentos da minha vida.

Aquele era o meu feliz para sempre.


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Notas finais do capítulo

Vou postar o Epílogo amanhã! Aceito reviews e recomendações ahoie serão mais do que bem-vindos!

Se der, visitem as minhas 2 fanfictions novas, tem pra todos os gostos haha beijos, muito obrigada mesmo!



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