Learning To Love escrita por Maniper


Capítulo 13
Capítulo 13. Voltando para os meus braços


Notas iniciais do capítulo

É, eu sei que sumi, me perdoem!! Gente eu não tinha inspiração pra escrever, ai comecei a trabalhar e agora estou desempregada e de "férias" #Again kkk então vou terminar a fic, prometo!
Muito obrigada por não me abandonarem e terem paciência aheioahoi
Está aí, mais um capítulo! Um tanto especial pra mim kk já que é uma visão do Neitan sobre as coisas..
Boa leitura!



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NEITAN'S POV ON

Quando o avião partiu fiquei pensando em como ia ficar naquela cidade. Eu precisava colocar tudo em dia para encontrá-la logo.

Caminhei até o meu carro e uma garota morena passou sorrindo por mim. Encarei tentando entender as intenções dela. Ela parou do meu lado.

— Você não é o predador? - perguntou com os olhos brilhando. Eu dei um meio sorriso.

— Costumava ser - respondi suspirando - já não luto mais.

— É, eu soube do seu acidente. Sinto muito - disse encarando os pés - Você tem um minuto? Desculpa ser tão inconveniente - ela riu sem graça.

— Tudo bem - sorri incentivando ela a continuar.

— Nem sei como dizer isso - respirou fundo - eu e meu irmão temos uma academia de luta aqui em Cambridge, os alunos são pequenos sabe, entre 13 e 15 anos. Eu acho que eles ficariam muito felizes em te ver por lá.

Fiquei mudo por alguns segundos. Não sabia se estava preparado para aquilo, mas eu sentia falta do clima de competição, das brincadeiras nos vestiários, as viagens. Talvez eu devesse fazer isso.

— Se você não puder, não tem problema - ela disse rapidamente ao ver a minha expressão séria.

— Seria um prazer - respondi fazendo-a sorrir e morder o lábio inferior. Lembrei da Kamilla e senti o meu coração apertar.

— Sério? - estava surpresa. Pegou um papel na bolsa e anotou algo muito rápido - é nesse endereço, marquei os horários em que ficamos aberto. Estaremos te esperando.

— Irei - sorri e ela acenou em despedida.

Entrei no carro e li o que estava escrito: "fight is my life, aberto das 8h ás 22h, sábado e domingo das 9h ás 16h". Ficava aberto a noite, então pra mim seria um ótimo horário. Queria contar isso para a minha linda, ela ficaria muito feliz.

O relógio marcava quase 10h quando sai do aeroporto. Dirigi devagar para a universidade, já que a minha aula só começaria ás 11h. Liguei o som do carro e estava tocando uma música que me fez chorar.

Já ouvi dizer muitas vezes que homem que chora é porque é fraco. Talvez eu seja um fracote daqueles bem bobos, apaixonado pela mulher da minha vida. Fico tentando lembrar de como consegui me prender à ela e, não me recordo de nada além de eu perguntar: "O que você viu nele?" e ela me responder um: "O que não vi em você". Aquilo mexeu comigo, percebi que tinha que mudar. Naquele momento eu a quis, mais que tudo e sabia que faria tudo para consegui-la, só não imaginava que as coisas tomariam esse rumo.

Um sorriso idiota nasceu nos meus lábios. Quando me dei conta, já estava com o carro parado no estacionamento da universidade. Desci e peguei minhas coisas no banco do passageiro. Fiquei conferindo os horários do estágio e esbarrei em alguém, olhei para ver quem era.

— Ainda não decorou os seus horários? Você não muda mesmo hein, Neitan - Alice disse com um sorriso no rosto, aquilo me fez sorrir junto.

— Achei que nunca mais falaria comigo - eu disse com um sorriso de canto.

— Difícil ignorar alguém tão perfeito - ela disse maliciosamente. Suspirei.

— Nem pensar - cortei-a rapidamente.

— Qual é, Neit. Não sente falta das nossas loucuras? - perguntou colocando a mão no meu abdome. Encarei-a ainda sério.

— Eu vou ser pai - saiu sem que eu percebesse. Ela arregalou os olhos. Ninguém sabia ainda.

— Como assim? - perguntou rindo.

— De gêmeos. Descobri há alguns dias. Estou muito bem com a minha mulher, obrigado por perguntar - ironizei a situação e ela corou.

— Desculpa por isso - pediu encarando os meus olhos - eu sei que você ama a Kamilla, mas também sinto sua falta.

— Nós fomos bons amigos, Alice - dei um beijo na bochecha dela - seja feliz.

— Você também! - ela gritou quando deixei-a parada no corredor com um sorriso no rosto.

As aulas passaram rápido durante toda a semana, tive plantão todos os dias das 20h ás 2h e mal tinha tempo pra dormir. Falava no máximo 10 minutos com a minha noiva no telefone, a saudade era imensa, como eu podia sentir tanta falta dela?

Depois que encontrei a garota no estacionamento do aeroporto, foi tão corrido que acabei perdendo o papel que ela me deu, não sabia o nome dela, nem sei se chegou a me dizer, mas como o google é salvador, procurei pelo nome da academia o qual eu me lembrava bem e anotei no papel.

Estou dormindo no apartamento da Kamilla, ela pediu para que eu ficasse lá e como o irmão da Alice queria passar mais tempo com a nova namorada, deu certo. O bom é que o cheiro dela está em todos os lugares.

Na terça, eu não tinha aula e estava de folga, então resolvi ir até a tal academia. Antes, sai para dar uma corrida pela manhã e curtir o friozinho que estava fazendo, cheguei em casa, tomei um banho, vesti uma camiseta gola V branca, blusa de frio verde daquelas que eu costumava usar quando ainda competia, calça de abrigo preta e um tênis preto no pé.

Quando estava entrando no carro, ouvi o meu celular tocar.

— Caramba! E eu achando que como hoje você está de folga, receberia um pouco mais de atenção, quanta consideração da sua parte, Neitan! - ouvir a Kamilla na outra linha me fez sorrir. Aquela risada, me deixava mais do que bobo.

— Oi amor - sorri e fechei a porta do carro - me desculpa, eu já ia te ligar.

— Você nunca mentiu bem - ela parecia feliz - ai, não estou mais aguentando, preciso contar!

— O que foi? - ri da hiperatividade dela.

— O Kenedy vai pra casa semana que vem, ele está melhorando muito rápido, amor! Nossa, estou tão feliz - ela explodiu e eu sorri ainda mais.

Esqueci de mencionar, mas o que aconteceu com o Kenedy foi o seguinte: ele estava supervisionando uma obra, pra ver a segurança do lugar e acabou caindo do andaime, quebrou a perna direita e teve que colocar pino e também o braço do mesmo lado, ficou muito machucado e os médicos ficaram com medo dele ter lesionado a coluna, mas graças a Deus, nada de tão ruim aconteceu e acabei de saber que ele está bem.

— Isso é ótimo, princesa! - pude ouvir a risada dela - como estão os meus filhos?

— Estão bem. Seus? Você fez sozinho? - ela fingiu incredulidade

— Amor, foi modo de dizer.

— Eu sei - ficou um silêncio na linha e eu até olhei no celular pra ver se a ligação tinha caído.

— Kamilla? - perguntei para me certificar que ela ainda estava ali.

— Eu queria ouvir a sua respiração - eu ri - é sério, como se eu estivesse deitada em seu peito. Estou com saudade, pugilista.

— Também estou, muita saudade - ouvi ela suspirar, seguido de um assobio. Só fazia isso quando queria contar alguma coisa mas não tinha coragem ou estava achando uma melhor maneira para fazê-lo.

— Pode falar - incentivei-a.

— Não é nada - tinha certeza que estava olhando para os seus pés e fazendo aquele biquinho que eu tanto gosto - é que eu estou em Califórnia City, você sabe não é?

— É, você me disse que iria.

— E os meus pais, Neit, eles querem que eu fique aqui por um tempo - foi como um balde d'água fria jogado em mim.

Eu não aguentaria 2 meses longe dela, não podia largar o meu estágio e eu teria férias reduzidas por causa das DPs. Entendo o lado dela, mas eu a queria aqui comigo. Correr quando tivesse algum desejo ou passasse mal. Distribuir beijos pela sua barriga enquanto brigássemos por alguma coisa boba, fazê-la mais do que feliz.

— Fala comigo, por favor - ela pediu enquanto eu formulava uma frase que não a deixaria chateada ou triste.

— Eles estão certos - lutei contra todas as minhas vontades e isso foi tudo o que consegui dizer.

— Sei que está triste, eu te conheço - a voz dela passou de feliz para triste em questão de segundos.

— Querida, tenho um compromisso agora. Podemos conversar mais tarde? - eu não queria brigar com ela, não estando longe.

— Compromisso? - curiosa como sempre - tudo bem, eu não vou ter uma crise de ciúmes agora.

— Não é nada de mais - disse para provocá-la.

— Defina: não é nada de mais - curta e grossa.

— Recebi um convite para ir à uma academia de luta, incentivar alguns garotos, lembra? Hoje está um dia calmo pra mim, então vou ir - respondi já tirando o meu carro do estacionamento do prédio.

— Que bom, amor, que bom! - bipolar, como sempre - então vai lá, depois a gente conversa. Não quero estragar o seu dia.

— Nunca estraga, só melhora. Sabe disso - estaria corada? Talvez.

— Beijos, amor, eu te amo. Estamos com saudades! - a voz dela ecoava na minha cabeça e quase esqueci de respondê-la.

— Eu também estou, de todos vocês! Manda um abraço para o pessoal caipira! - ouvi ela bufar.

— Neitan Dylan, como ousa - respirou fundo, comecei a rir - ah deixa pra lá. Bobo.

— Seu bobo - desliguei.

Dirigi sem pressa até o endereço que eu havia anotado e quando vi o letreiro, tive uma nostalgia que me fez sorrir. Eu amava lutar, mas a vida me fez desistir desse sonho, me dando oportunidade de poder ver tudo de outra forma, refazer meus planos, afinal, a vida é assim. Nos prega peças e temos que sempre recomeçar. Tudo nos pode ser tirado em um piscar de olhos e se não pararmos para curtir o momento, vamos perder tudo em questão de segundos e talvez por um capricho podemos até perder as pessoas que realmente se importam com a gente.

— Não acredito - um garoto disse quando me viu entrar na academia - galera, olha quem está aqui!

Fui cercado por vários garotos e foi uma sessão de fotos e autógrafos, coisa que eu não fazia há muito tempo, foi muito bom estar ali.

— Você veio mesmo! - reconheci a morena do aeroporto, que sorria e parecia surpresa - deixem ele respirar, gente! - os garotos disseram um "ah" em coro e foram para onde eu deduzi ser o vestiário.

— Eu disse que viria - sorri - desculpa não ter aparecido antes, tive muitos plantões e foi bem corrido pra mim.

— Médico Dylan - ela sorriu de lado, me lembrava muito a Lily.

— É isso aí - sorri de volta e estendi a mão - acho que ainda não nos apresentamos formalmente. Sou Neitan.

Ela riu e balançou a cabeça.

— Meu Deus, eu sou muito esquecida - retribuiu o aperto de mão - meu nome é Julie, mais conhecida como treinadora Julie, isso explica os músculos - apontou para os braços e pernas e realmente, era musculosa, nada muito exagerado.

— Só reparei porque você disse - franzi o cenho e ouvi uma risada.

— E ai Neitan, quanto tempo hein! - olhei para trás e vi Brad sorrindo de lado, já tínhamos lutado algumas vezes. Ele era uma cara bacana.

— Brad! - ele deu um meio abraço e tapa nas costas.

— Oss! - dissemos juntos.

— Essa é sua irmã? - perguntei dando uma boa olhada no lugar.

Era grande mas nada comparado aonde eu costumava treinar. Meu coração apertou com as lembranças e eu tentei afastá-las.

Brad sorriu e me seguiu com os olhos.

— É difícil se afastar, não é? - perguntou adivinhando os meus pensamentos - não, essa é a minha garota.

— Ela é linda, cara! - sorri de canto - difícil sim - suspirei.

— Sinto muito, bebê, mas o predador disse que sou linda - eu ri da cena. Ela estava se divertindo e o Brad com cara de irritado.

— Ele é praticamente casado, Julie - dei uma risada abafada.

— Vou ser pai! - sorri feito bobo e logo Brad disse que para comemorar íamos lutar.

Foi extremamente divertido e por um momento, consegui esquecer que ainda teria uma longa conversa com a minha amada.

Recebi um convite inesperado: ser treinador daqueles garotos. Julie queria continuar com a faculdade de moda e o irmão não podia ficar o dia todo lá. O problema é que os meus dias são mais do que corridos e eu mal teria tempo para respirar, mas eu não podia negar que sentia falta daquilo tudo, era uma oportunidade e tanto.

— Eu vou tentar, pode ser? - respondi para o Froyd, irmão de Julie.

— Claro que pode, vai ser um prazer ter você aqui - me respondeu e eu então concordei.

Fiquei tão entretido com os garotos que acabei perdendo a noção do tempo, quando olhei no relógio já era 15h e eu precisava limpar o apê, fazer compras para a casa e lavar roupa.

Pelo menos se eu ficasse indo até à academia, não teria muito tempo para pensar que estou longe da Kamilla, mas por outro lado, me sentiria ainda mais distante da vida dela, como se eu não estivesse lá.

Fiz tudo o que tinha que fazer, tomei um banho, vesti apenas um samba canção preto, comi uma lasanha de microondas(não sou muito bom na cozinha). Liguei a tv e comecei a assistir um filme qualquer, não estava muito interessado. Será que ela estava dormindo?

— Alô? - a voz rouca respondeu a minha pergunta: sim, estava.

— Desculpa por te acordar.

— Tudo bem, eu apaguei aqui no sofá. Foi bom porque senão me daria uma dor nas costas daquelas - disse bocejando e provavelmente passando a mão na barriga.

— Nada de sofá, querida - a risada dela saiu abafada e logo depois veio um suspiro.

— Ligou para conversarmos sobre eu ficar aqui, não foi? - parecia distante.

— Sim - eu não sabia por onde começar mas era o melhor para ela - acho que deve ficar aí - fui interrompido.

— Neit, eu sei que quer eu aí com você, não precisa fingir.

— Não estou fingindo, só não tenho tempo para ficar cuidando de você. Não quero te deixar sozinha e sei que tem muitas pessoas pra te ajudar na sua casa, independentemente se for no Texas ou Califonia City. Você merece toda a atenção do mundo e eu não a tenho nesse exato momento - sim, eu estava chorando - peço que me perdoe por não ser bom pra você.

— Amor - a voz dela também era de choro - não precisa pedir perdão por isso, você tem feito o que pode e eu reconheço isso, está bem? Por favor, não chora - pediu fungando o nariz.

— Você precisa descansar - limpei minhas lágrimas e respirei fundo - já está decidido.

— Quero estar com você - ela ainda estava chorando - quando for a hora.

E eu também queria estar com ela, mais que tudo.

— Vou estar, meu amor - respondi para confortá-la.

— Não, não vai - não consegui dizer nada.

Ficou um silêncio na linha até ouvir uma voz que eu não conhecia, e que me fez sentir ciúmes ao descobrir quem era.

— Ainda acordada, princesa country?

— Eu que pergunto, senhor Travor - ela riu. Meu sangue ferveu.

— Vim ver como você está, já que seu noivo é frouxo demais para desistir de tudo e ficar contigo - quem ele pensava que era afinal?

Não esperei que ela dissesse algo, desliguei antes de me estressar ainda mais.

Sabia que isso aconteceria. O primeiro namorado dela iria aproveitar da situação porque era louco por ela e eu? Ficaria longe, tentando arrumar a minha vida, assistindo a mulher que mais amo se entregar à ele.

Logo depois meu celular tocou, em seguida novamente e assim por mais nove vezes, até que ela desistiu e mandou uma mensagem, eu já estava quase dormindo quando recebi.

"Neit, sei o que está pensando e antes de tomar certas conclusões preciso que saiba o quanto te amo. Não ligo para o que os outros estão dizendo sobre você, um de nós dois tem que continuar com os planos de estudos senão como vamos nos sustentar? Ignore o Travor, ele trabalha com o meu pai e estou me mantendo o mais longe possível dele, é que ás vezes não tem como fugir.

Fica bem meu príncipe. Eu sou a SUA princesa country e de mais ninguém. Sentimos sua falta!"

Como não sorrir? É fato que eu estava chateado porque minha imagem deveria estar sendo difamada por comentários desnecessários, mas eu estava cuidando do futuro dos meus 3 amores.

Dias se passaram desde então e descobrimos que era um casal, para não ter briga, escolhi o nome do menino: Maikon e a Kamilla escolheu o da menina: Melanie. Fiquei muito feliz quando soube da notícia e aquilo me fez querer ainda mais ser um bom pai.

O Jake tem me ajudado na cidade a resolver algumas coisas pessoais(meu casamento), saímos bastante e as férias próximas demais para que eu pudesse descansar, já tinha adiantado muita matéria, mal tenho dormido e com isso consegui as minhas férias no estágio de 4 semanas, e da faculdade entraria duas semanas depois que os outros alunos, Kamilla não sabia, seria surpresa. Eu estava extremamente feliz.

— Amor, estou indo para o Texas - Kamilla disse ao telefone enquanto eu terminava uma tese.

— Pretende ficar quanto tempo? O Nick está por lá, você sabe - o meu lado protetor gritava para não deixá-la ir.

— Liguei para os seus pais, bobinho - ela disse me tranquilizando - já me garantiram total proteção contra ele. Estou com saudades do Spike - o cachorro dela agora estava morando com a mãe.

— E eu de você - ela riu.

— Também estou mas me proibiram de andar de avião depois que os vômitos ficaram mais frequentes - isso era verdade. Com carro a viagem seria muito cansativa.

— Sei disso, querida.

— Amor, preciso terminar de arrumar as minhas coisas. Nos falamos mais tarde? - perguntou com voz manhosa.

— É claro que sim - respondi sorrindo, logo depois ela desligou.

2 meses e 2 semanas depois

Férias! Sim, a minha tão sonhada férias havia chegado, as malas estavam prontas e o carro abastecido. Eu iria para California City porque a Kamilla me ligou avisando que iria pra lá, ela nem sonha que estou indo para vê-la mas eu já tinha falado com o pai dela, para pegar o endereço certinho, eu nunca tinha ido na fazenda deles.

Saí de Cambrigde ás 19h e dirigi por um dia e meio, saindo na sexta, cheguei na segunda de madrugada, já que tinha que parar para poder descansar e comer.

Era 1h38 quando olhei no relógio e não foi difícil achar a fazenda, os seguranças me deixaram passar porque eu já tinha ligado para o meu sogro, ele deixou avisado.

— Pintou o cabelo? - um dos seguranças perguntou, eu ri.

— Não, o loiro é meu irmão gêmeo - respondi ainda rindo.

— Ah sim - ele disse arrumando o terno.

Desci as malas do carro e fui recebido pelo pai da Kamilla.

— Neitan! - ele me abraçou com um sorriso no rosto - é muito bom te ver!

— Digo o mesmo, senhor! - retribuí o abraço e ele me levou para conhecer o meu quarto. O lugar era imenso.

— Tem toalhas no banheiro e se estiver com fome, tem comida na geladeira. A casa é sua - ele me deixou sozinho e eu estava exausto.

Tomei um banho demorado e fiquei louco para acordá-la, mas me segurei. Coloquei um samba canção azul, havainas preto no pé e fui a procura da cozinha. Era muito fácil se perder ali. Logo que achei, abri a geladeira e peguei presunto e mussarela para fazer um lanche, comi uns 3 e depois tomei um suco de caju que tinha em uma jarra.

Quando fui me deitar já era 2h15 e apaguei. Acordei ás 10h20 e sorri ao perceber o que estava para acontecer. Fiz minha higiene matinal e vesti uma bermuda jeans clara, camisa verde escura e o mesmo havaianas no pé. Aonde será que ela deveria estar?

Caminhei em direção à cozinha e acabei conhecendo a cozinheira, que estava preparando o almoço e foi muito simpática comigo, me dizendo que a Kamilla estava na sala jogando X-BOX one com o seu irmão Kyle.

Cheguei na sala e encostei no batente. Ela estava usando um vestido azul bem soltinho e a barriga já estava bem visível com os seus 4 meses de gravidez. Andei devagar e sem fazer barulho até chegar atrás dela e tapei seus olhos.

— Kenedy, você para de querer ajudar o pato do Kyle! - bufou me fazendo segurar a risada.

— Ah nem vem que dessa vez não sou eu - Kenedy apareceu na cadeira de rodas.

Ela tocou na minha mão e uma corrente elétrica passou por mim. Sentia tanta falta daquele toque.

— Tenta alguém que vai ser pai logo logo, maninha - Kyle riu e não teve como deixar de acompanhá-lo.

— Neitan?! - ela pulou do sofá quando deixei-a enxergar.

—Oi meu amor - sorri de lado e ela ficou boquiaberta. Não deixei que dissesse nada, fui logo pegá-la no colo.

— Por que não me disse que viria? - perguntou encarando os meus olhos.

— Porque era surpresa - respondi selando nossos lábios.

— Vocês sabiam de tudo, não é? - acusou os irmãos e fez cara de brava.

— Tenho que trabalhar - Kyle disse colocando o tênis nos pés - até mais cunhado!

— KYLE! - Kamilla gritou e eu só ria.

— Se não está feliz - coloquei-a no chão - eu posso ir embo - não consegui terminar a frase.

Kamilla me beijou e nem pensei em recusar, era o melhor beijo do mundo. Estava com gosto de cereja e eu sorri entre o beijo ao perceber isso, só nos separamos por falta de ar e quando olhei em volta, até Kenedy tinha sumido.

— Cheguei de madrugada - expliquei ao ver sua expressão de dúvida - vim de carro.

— Deve estar cansado - me puxou para o sofá - é tão bom te ter aqui, Neit.

— Querida - toquei o rosto dela - marquei a data do nosso casamento.

Ela ficou parada por alguns segundos, a boca abría e não saía nenhum som.

— Tudo bem, pode dizer que me precipitei, também acho - disse fitando o teto.

— Não - ela me fez encará-la, uma lágrima solitária escorria por seu rosto enquanto um sorriso brotava em sua boca - é perfeito.

— Planejei uma festa com todos os nossos amigos, seus familiares mais próximos, é claro que essa parte quem cuidou foi a sua mãe - ela estava chorando - vai ser no próximo fim de semana, aqui mesmo. E eu seu pai já cuidamos de tudo.

— Eu nem acredito - ela encostou a cabeça no meu peito - com tanta coisa para fazer ainda teve tempo de organizar uma festa? - me beijou mais uma vez.

— Não fiz sozinho, nossos pais ajudaram em tudo, princesa country - beijei a testa dela e ficamos conversando sobre como eu consegui pegar férias da faculdade e do hospital também.

Parecia surreal estar ali com ela. Esperei tanto tempo para tê-la de volta nos meus braços, não queria soltá-la nunca mais.

— Eu te amo cada vez mais, sabia? - Kamilla disse enquanto caminhávamos no jardim.

— Não mais que eu - nos beijamos. Eu já tinha perdido a conta de quantas vezes já tínhamos feito aquilo naquele dia, mas era impossível enjoar.

Queria que cada momento com ela se eternizasse. Minha mulher era a melhor do mundo, aquela que eu havia pedido para Deus.

NEITAN'S POV OFF


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso! Espero que gostem *-* não acho que ficou muito bom porque fiquei um tempo sem escrever, mas vou caprichar no próximo, prometo!!
Reviews? Recomendação? Sim? Não? Talvez?
BEIJOS E FELIZ ANO NOVO!!

Gente, não vou postar link por causa das regras de postagem.. Mas estou fazendo um convite para lerem a minha nova fic, se puderem, apareçam por lá *-* Learning To Love está na reta final!!



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