New School, New Life escrita por Lou, Sorriso Metálico


Capítulo 8
Após a tragédia


Notas iniciais do capítulo

Hello!!! Já há muito tempo que eu não posto um capítulo! Este tem 2 000 palavras e foi o máximo que eu consegui escrever. A parte boa é que só faltam 2 semanas para acabarem as aulas e a má é que ainda tenho teste de matemática e espanhol, mas é esta semana por isso para a próxima já estarei com mais tempo livre, tanto eu como a Inês.
Enjoy, Alexandra e Inês.



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–Ela está melhor, mas mesmo assim podem haver consequências da sua queda, é uma questão de tempo…-ouço alguém dizer, mas depois de pouco tempo abstraio-me da conversa.

Estou dorida, bastante dorida. A minha perna esquerda e as minhas costelas são o que me doem mais, sem esquecer do peso que tenho na minha cabeça. A última coisa de que me lembro é estar a fazer surf e depois desequilibrar-me, após isso apaguei completamente.

Abro os olhos, estou num quarto branco com uma mesinha de cabeceira ao meu lado e envolta nuns lençóis muito confortáveis e numa cama com um colchão bastante macio. Á minha volta estão o que eu suponho que sejam um médico, uma enfermeira e a minha mãe.

Logo que reparam que eu já abri os olhos, a minha mãe bombardeia-me com perguntas.

–Como te sentes?

–Dói-te muito as costas?

–A tua cabeça pesa-te muito?

E eu apenas respondo:-Estou bem, mãe. Agora preciso de saber o que me aconteceu.

O médico faz sinal á minha mãe para sair e manda entrar o Brandon, ele parece preocupado e angustiado, o suficiente para me preocupar também. Também parece tristonho, ou talvez seja só a luz forte do hospital e o verde-água e o branco que se misturam á minha volta que me fazem pensar isso.

–Olá! Estava a ver que nunca mais acordavas…

–Olá, Bran. Podes dizer-me o que aconteceu?

–Pelo o que eu vi, tu caíste com força e bateste com a pare esquerda na água, acho que também bateste com a cabeça numa rocha que para lá havia e desmaias-te, estás desmaiada á mais ou menos quase dois dias.

–Isso explica muita coisa. -afirmo

–O quê? Estás muito dorida?-pergunta-me ele

–Mais ou menos isso.

–Se precisares de algo diz, sabes que eu estou aqui para tudo, mas mesmo tudo- sussurra-me ele e saí

A minha mãe volta a entrar e conversamos mais um pouco, infelizmente, ela tem que se ir embora pois o horário de visitas acabou. Ela prometeu-me que amanhã traria a Rue, pois ela também estava muito preocupada comigo e disse-lhe para comunicar á Rue que eu estou bem e que ela não precisa de se preocupar.

Uma enfermeira nova e simpática vem falar comigo a seguir e trás me um pouco de comida, pensando bem, estou esfomeada. Tão esfomeada ao ponto de devorar a comida em menos de 20 minutos. Ficámos as duas a conversar, ela chama-se Primrose e tem 18 anos, anda trabalhar á pouco tempo no hospital, tem pouca experiencia mas um dom para ajudar as pessoas que é impressionante. Ela, curiosamente, questiona-me:

–Era teu namorado, aquele rapaz?

–Não, meu melhor amigo. Porquê?

–Porque ele queria ficar aqui até tu acordares, durante dois dias seguidos! Eu é que o convenci que devia ir para casa dormir um pouco, para depois voltar para aqui, olha que ele não te queria deixar! Ele gosta muito de ti, demasiado para ser só um amigo…- pensa ela- Está na minha hora, tenho que ir eu dormir. Xau e até amanhã!- despede-se enquanto me troca a embalagem de soro.

–Xau, até amanhã Primrose.

Ela fecha a porta, eu tento dormir. Mexo-me de um lado para o outro, não tenho sono, fico a maturar sobre o assunto. ‘Eu estou aqui para tudo, mas mesmo tudo’ e ‘Ele gosta muito de ti, demasiado para ser só um amigo’ são as frases que me deixam com uma insônia permanente.

O que será que eles queriam dizer com isso? Será que há aqui algo que eu não esteja a ver? Bem, se fosse ele eu faria o mesmo por ele, mas será que isso tem um significado que é mais do que a pura amizade que partilhamos? Estou muito confusa, e já nem sei se é do soro ou das palavras que me tocaram.

Fecho os olhos e rapidamente adormeço num sono profundo.

É um novo dia, o Sol entra pela janela e está agradável no hospital. Sinto que acordei revitalizada, a enfermeira traz-me o pequeno almoço, mas rapidamente se despede pois precisa de ir entregar o pequeno almoço a outros doentes. O médico, depois de comer, vem falar comigo e informa-me:

–Acho que hoje já podes sair daqui.

–A sério?

–Sim, mas antes quero por te a par das tuas lesões. Tens a perna esquerda fraturada, duas costelas com micro-fraturas e tens um corte no final da tua coluna vertebral. Como já é o 3º dia que aqui estás acho que o facto de estares desmaiada te ajudou, pois não precisaste de te mexer muito e o teu corpo reagiu melhor do que o esperado a todos os medicamentos que te foram ejetados.

– Quando é que posso voltar a praticar atividade desportiva? –pergunto receosa

–Precisas de um mês de repouso, sem atividades físicas nem nada. Após esse mês, se tu melhorares podes ir começando aos pouquitos e poucas vezes e ir aumentando, caso contrário vais ter que repousar mais. Estou mais virado para a primeira opção dado que os teus ossos são fortes, e as tuas imunidades fantásticas.

O médico sai e deixa-me sozinha, pela primeira vez na vida agradeço ao facto de ter treinado muitas vezes em areia/terra/seja lá o que for aquilo e com frio. Parece que me deixaram aqui algo, ah, é o meu iPad, provavelmente foi a minha mãe que o deixou aqui para eu estar entretida em vez de me estar a lamentar aqui pelos cantos.

Bem, podia se pior, se eu partisse a perna direita era definitivamente pior, se eu rasgasse um músculo ou tendão poderia ser pior. Hoje estou: Annie, a positiva. Dado que a outra opção é fazer o drama prefiro ser a positiva. Olho para o relógio, são 11:00 certinhas, o que quer dizer que as minhas visitas chegaram em breve.

Jogo um pouco e depois a Primrose, chega com a Rue que se lança para me abraçar, mas o Brandon impede-a e avisa-a das costelas. Ok, se fosse eu queria que se lixassem as costelas, mas como é a Rue ela tem medo de me partir outra, mas acho que com aquela força não irá muito longe.

–Ohhh, tadinha de ti. Como tás?

–Estou bem, Rue. Não te preocupes .-digo a sorrir

O Brandon também me sorri com tamanha radiância ao ponto de eu ficar corada, ficamos a olhar um para o outro assim. Felizmente, a Rue intervém:

–Hey, eu estou aqui, se quiserem fazer isso não é aqui á minha frente, ok?

–Até parece que estamos a fazer algo escandaloso!- exclama o Brandon

–Por agora, não. Sabe-se lá, no futuro, vocês tipo…-nós começamos a corar- é melhor eu estar calada, neste assunto.

Eu juro que se não estivesse nesta cama a ser encharcada de soro eu levantava-me e depois… sentava-me. Só porque eu tenho medo de até dar um beliscão na Rue, ela pode ficar com uma nodoa negra, sabe-se lá. Ela é tão sensível, até chegar uma mariposa, aí ela está a favor que alguém a mate.

Ficámos a conversar, conversas secantes de rapariga como diz o Bran. O olhar dele repete isso, até acho que o estou a ouvir na minha cabeça a imitar as raparigas ‘Viste aquele ator!? É todo gato! Havia saldos na Claire’s foste lá? Olha, eu comprei uma cena toda a escorregar no azeite para usar na escola’.

Bem, eu não escorrego no azeite, mas há certas coisas que se veem na Claire’s que veem encharcadas de azeite. Porque o swaggers na andam, eles deslizam no azeite de numa maneira do outro mundo. Aqui eu não sei como é que eles não caem, sendo sincera.

O Brandon começa a intrometer-se na conversa e ficamos a falar de coisas mais normais e isso, quando eu lhes conto que provavelmente hoje saio do hospital a Rue começou a dançar e aos gritinhos toda contente e o Brandon outra vez a sorrir radiantemente, até eu sou contagiada pela alegria deles. Pela primeira vez hoje, sinto-me realmente feliz .

Os meus pais aparecem juntamente com o meu irmão e falamos muito, a manhã é rápida e a altura de almoçar já está aí. A Primrose encarregou-se de me trazer o almoço e a ficar a conversar comigo.

–Tu és um espanto, nunca tinha visto uma coisa assim- diz ela impressionada

–Porquê?

– Nunca tinha visto alguém curar-se tão rápido, até pareces algo sobrenatural ou uma coisa assim- ela brinca-Ainda estamos a tentar descobrir como é isso realmente aconteceu.

–Não sabia que era algum prodígio ou alguma coisa parecida…

–Talvez sejas, a parte boa é que já sais daqui hoje á tarde segundo o relatório do médico! Qualquer dia passa aqui para falar.

–Ya, claro.- respondo depois de acabar de comer o almoço.

Ela despede-se de mim com um abraço e retribuo. A minha família chega com o médico que me tira as coisinhas do soro e tudo mais, visto-me com uma roupa que eles me trouxeram e vou para casa. E vou de carro para casa, saudades da minha casinha de férias muito mais confortável do que o hospital.

O Brandon pega em mim ao colo quando todos já foram lá para dentro. O que é que eu faço: grito como uma louquinha entre risos e digo-lhe:

–Pousa-me no chão! Pousa me já!

–Ahahahahahh… não. Sinto-me culpado por te acontecer isto- comenta ele

–Não sejas estúpido, sinceramente, não tens culpa nenhuma pois eu não devia ter ido tão longe sabendo que me podia acontecer algo de mal, tosca como eu sou.

–Não és tosca e mesmo se fosses sentir-me-ia culpado na mesma por isso não vale a pena reconfortar-me.

Ele deita-me senta-me na cadeira e depois sento-me na cama, ele senta-se ao meu lado. Supostamente devia sentir-me incomodada pela proximidade, mas nem por isso. Ligo a televisão, olha que fixe está a dar um jogo de NBA.

Ele põe o braço á volta dos meus ombros, sinto-me reconfortada e em casa, mas também sinto um arrepio na coluna. Deixo de prestar atenção ao jogo e foco-me nele, embora bastante cansada ainda estou a cansar-me mais a pensar no que ‘isto’ significa.

No meio do jogo, a Rue entra e olha para nós, rapidamente nos desfazemos daquela posição instintivamente. Ela olha-nos com malicia e a única coisa que eu consigo ficar é vermelha, só por acaso é o que eu faço sempre em alguma situação embaraçosa.

–Bem, eu vou indo.- despede-se o Bran

–Ok, vemo-nos daqui a um bocado

–Ya, ok…

Cara de malícia, cara de malícia e cara de malícia identificada por parte da Rue. Ela apenas se senta e olha para mim, ambas sabemos o que ela queria dizer só que alguém nos está a espiar e decidimos estar caladas.

O nosso espião é, na realidade, uma espiã que é a cadela da Rue, Flora. Não que ela nos possa ouvir ou uma cena assim, mas decidimos estar caladas a olhar uma para a outra. Até que eu me canso e questiono-a:

–O que estiveste a fazer enquanto eu estava num sono profundo?

–Ia ao hospital e fui, algumas vezes, passear para descontrair um pouco com a nossa amiga Flora e tu? Espera… estiveste a dormir…certo.

–Quando estava a dormir tive alguns sonhos estranhos e o Brandon está a agir um pouco digamos estranhamente comigo. Tipo, a dizer sempre que está aqui para mim e isso.

–Eu bem sei o que é isso- responde ela- This is love, This is love, This is love…- cantarolou ela uma música

–Oh, não acho que seja, tipo ele é só meu amigo.

– Para de ser inocente e abre os olhos, é verdade, ele gosta de ti!

Conversámos muito mais até irmos comer. Foi um dia muito atribulado, ou então, uns dias mais corretamente. É esta a razão deste dia ter ficado na minha memória que insiste em lembrar-me disto cada vez que o seu nome é pronunciado, às vezes até sonho com isso.

Todos temos segredos e este é um dos meus, nunca cheguei a saber se realmente saber se gostava dele. Nem sequer se ele gosta de mim ou ainda gostará. O melhor a fazer é esquecer que foi o que eu fiz, esqueci e segui em frente.

Uma revelação dentro do trágico e a querer-se notar na minha cabeça. A dúvida eterna ainda prossegue: Será que sim ou será que não?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Muito obrigada aos que comentaram e incentivo-vos a incentivar-me a escrever através de mais comentários para saber se gostam, queriam fazer alguma questão ou algo assim. Até para as próximas semanas.
Kisses,
Alexandra e Inês!



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