New School, New Life escrita por Lou, Sorriso Metálico


Capítulo 12
Just awkward


Notas iniciais do capítulo

Hi!
Eu demorei milhões de anos para escrever este capítulo, mas consegui :) Se quiserem alguma música de fundo, aconselho a Queen of Disaster da Lana Del Rey e a Guts Over Fear do Eminem.
Espero que gostem.
Lou.



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Subi as escadas, duas de cada vez, como sempre. Dentro de casa, tomo um duche de água fria o que me ajuda a pensar, desde sempre que adoro a água gelada em contraste com a minha pele quente. Estou bastante cansada, os meus músculos das pernas estão completamente doridos e eu fora de forma.

Visto uma roupa mais confortável, uma camisola de AHS, uns shorts de desporto e apanho o cabelo. Calcei umas botas pretas confortáveis e saltei para o sofá (look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=134367454) se é para estar em casa, é para ser confortável.

Quando me fartei de fazer zapping, subi as escadas e saltei para a cama literalmente. Depois de poucos minutos adormeci num sono profundo e como sempre pacífico.

*********

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim

Abri os olhos no escuro e peguei no telemóvel, eram 2 da manhã, quem se atreveria a por fim ao meu sono aquela hora? Saí da cama e a campainha voltou a tocar de novo. Respondi aquele som irritante:

–Já vaaaai!

Espreitei pela janela e vi aqueles cabelos encaracolados e dourados, nem no fim do mundo eu erraria de quem era o dono daquela coroa de ouro angelical. Finnick Odair. Preocupada, saí porta fora e abri-lhe o portão. Ele cumprimentou numa voz arrastada:

– Senhora Annie Cresta, boa noite.

– Finn, que se passa?- perguntei preocupada

–Nada, nada, só queria passar aqui para falar contigo.- Os seus olhos estavam vermelhos e o seu hálito cheirava muito a álcool.

– Já que estas aqui, entra. – convidei

Ele tropeçava constantemente no chão, de certeza que tinha abusado da bebida e bem, fiz sinal para ele se sentar no sofá, ele parecia estar noutro mundo, mesmo assim sentou-se com a sua ótima postura.

–Porque estás aqui, primeiramente?- comecei

–Nem eu sei- ele parecia absorto no meio dos seus pensamentos- mas se o destino me trouxe aqui por uma razão é …

Interrompi-o- Não estás bem Finnick- aproximei-me dele para lhe tirar os cabelos da frente da cara e meti-lhe uma mão na testa para lhe ver quanto ele estava quente. Senti uma mão a puxar-me para ele e os nossos lábios chocaram.

Não foi doce, foi algo mais desesperado, como se ele quisesse entrar nas profundezas da minha alma para me conseguir perceber. Após alguns segundos, separamo-nos, estávamos a ofegar. Levantei-me, um pouco em pânico, e fui para a cozinha.

Ele ainda me tentou seguir-me, mas tudo que eu ouvi vou um estrondo vindo da sala. Lá estava ele deitado no meio do chão, inconsciente. Preocupada, só me ocorreu uma coisa. Peguei num balde de água fria e atirei-lhe com a água para cima.Ele acordou sobressaltado, de roupas encharcas, sem dizer nada encaminhou-se para a porta.

–Finnick- chamei e aproximei-me o suficiente para lhe segurar no braço- Não te podes ir embora, ficas aqui até amanhã.

Aqueles olhos verdes profundos dirigiam-se a mim, arrepiei-me de cima a baixo e como ele também era alto, inclinou-se para mim e sussurrou:

–Annie Cresta, eu amo-te.

Suspirei, ele estava bêbado. Mandei-o deitar-se enquanto eu fazia algum café, ele espirrava, claro, as roupas dele estavam muito molhadas. Aconselhei-o a dar um banho e ele assim foi.

*********

POV Finnick

Subi as escadas meio desequilibrado, mas cheguei ao quarto dela. Recolhi a roupa que ela me ia emprestar e por curiosidade espreitei no quarto dela. Era espaçoso, tinha uma cama e as paredes estavam recheadas de posters de jogadores e atores.

Na secretária viam-se papéis amontoados, lembranças de cidades europeias, histórias escritas por ela e numa prateleira enorme encontravam-se bastantes livros. Era um quarto encantador, saí de lá, mas não antes de deixar uma poça de água inconveniente no chão.

Demorei para encontrar a casa de banho, mas dei um banho apressado e rapidamente cheguei lá a baixo. Ela parecia exausta e não a queria chatear muito, mas ela insistiu. Além disso, neste estado não chegaria a casa nem amanhã.

Só ao chegar mais perto dela é que reparei na sua camisola. Divertido comentei:

–American Horror Story?

E ela respondeu – American Horror Story, já viste?

–Alguns episódios… Não assim tão assustador na minha opinião.

–Experimenta ver há noite, de luzes apagadas. Se ouvires um barulho, aí é que foges a correr.- brinca ela, o seu sorriso era verdadeiro, via-se nos olhos dourados dela, uma cor singular de olhos.- Toma.- disse estendendo uma chávena de café.

Sentou-se comigo no sofá a ver Simpsons, ela ria-se muito e eu só fiquei a olhar para ela a sorrir-Eu detesto rir assim, god.

–É contagiante…

–Nop, é só mesmo estranho.

Ela realmente era pelicular, cabelo castanho e olhos castanhos claros e uma pele morena que qualquer rapariga gostaria de ter. Todas as qualidades dela eram apaixonantes, incluindo o ótimo gosto de música.

Olhámos para as horas, já bem tarde. Estava tudo muito silencioso, então decidi perguntar:

–Acho que qualquer dia temos de fazer algo para uma disciplina qualquer…

–Yup, temos que combinar com o Brandon.

Se ela soubesse o quanto eu odeio que ela fale dele com tamanha admiração…provavelmente é melhor que ela nem saiba. Ela começou a cantarolar em português:

–Tudo que eu sonhei,sim, encontrei nela. A cabeça no corpo certo, sim, eu vejo nela. Pra que ter um grande carro quando tenho as curvas dela, o que a vida não me deu eu vejo nela…

(Dengaz-Encontrei)

–Ela canta- brinquei.

–Mal, mas canto- fugiu-lhe um sorriso de lado- Raiiiiiiiiinha, é o que tu és para mim, raiiiiiinha quero que te sintas assiiiim. Amor sem respeito não há, só recebes aquilo que dás, rainhaaaaaaaaaaaaaaaaa, é o que és para mim.

(Dengaz-Rainha)

–Adorava saber o que isso significa, sabes?

–Tira um curso de português e depois vês. Bem, já é tarde, vou andando lá para cima. Boa noite.

Senti-me triste por ela já ter de ir, mas já não lhe podia pedir nada depois do que tinha feito. -Boa noite Ann.

POV Annie

Acordei muito bem, com o sol na minha cara, mas principalmente porque mudei o meu toque de despertador de Numb dos Linkin Park para a Dark Paradise da Lana Del Rey. Como eu adoro a Lana, voz de anjo, cara de anjo e depois aquelas letras tão perfeitas.

Sabem aqueles trinta segundos em que acordamos e nós sentimos fantásticos porque não nos lembrámos ainda do que se está a passar connosco? Os meus já passaram e só por acaso: porque raio me cheira a panquecas?

Desço para o andar de baixo (se bem que é impossível descer para o andar de cima, né sua inteligente?) e na cozinha está um rapaz de cabelos dourados a preparar o pequeno almoço. Sorrio um pouco.

–Não sabia que eras um chef de cozinha assim tão confiante.

Ele virou-se para trás e retribuiu o sorriso.- Não sou um chef e nem assim tão confiante, só te queria agradecer pelo que fizeste por mim ontem.

–O Ice Bucket Challenge com água fria invés de gelo?

–Tipo isso. Agora, se não te importas, vais-me buscar dois pratos?

Ele é tão simpático que até lhe custaria dizer não.- Claro, e o que é que o chef preparou e como é que encontrou isso tudo só numa manhã?

–Primeiro, são panquecas com mirtilo e segundo, eu sou astucioso como uma raposa, não penses que me podes esconder alguma coisa, menina Annie.

Comemos, fui-me vestir e voltei á cozinha onde o Finn me esperava (aborrecido, suponho). Usava um top cropped com mangas compridas branco com um maxi colar, umas calças vermelhas e ainda vesti um casaco preto, finalmente calcei as minhas Doc Martens pretas.

O Finnick usava uma sweat cinzenta da Lacoste com uma camisa azul por baixo, umas calças castanhas claras, sapatinhas pretas da Nike e uma mochila branca e castanha.

Sorri-lhe e peguei na minha mala branca do Mikael Kors, fechei a porta e descemos as escadas. Quando abro o portão, um rapaz de olhos cinzentos aparece á minha frente e o meu cérebro pára.

(look da Annie: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=143597717

Look do Finnick: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=143598268 )

O Brandon estava ali, sorridente, á minha porta. O seu sorriso esmoreceu-se rapidamente quando viu quem me acompanhava. Suspirei, sabendo no que possivelmente ele estaria a pensar, fechei o portão mal o Finnick saiu e cumpreimentei:

–Bom dia Bran, tínhamos combinado algo?

Constrangido, ele respondeu- Não, só passei aqui para te acompanhar, mas pelos vistos alguém já fez isso…

Costumo usar muito a palavra Awkward, mas não podia pensar em algo mais adequado para a situação atual. Comecei a andar e o Finnick e o Brandon acompanharam-me, um de cada lado.

Mal chegámos á escola, estava tudo praticamente vazio pois estava tudo nas aulas, já estávamos em silêncio desde que saímos de casa. O Brandon resolveu esticar-se um pouco e estendeu um braço á volta dos meus ombros e questionou:

–Temos jogo de futebol sábado, vens amor?

Digamos que eu não estava habituada a que me chamassem ‘‘amor’’, mas já era um hábito do Brandon, daqueles hábitos que normalmente afasta os rapazes de mim pois pensam que eu e ele namoramos ou isso, mas na realidade ele chama ‘‘amor’’ a todas, incluindo á Rue quando passávamos férias todos juntos.

–Não sei… Vais jogar Finnick?- tentei inclui-lo na conversa

–Provavelmente, o treinador disse-me que sim.- respondeu meio atrapalhado.

Não havia nada que me fizesse sorrir mais do que rapazes atrapalhados na minha presença, ele retribui-me o sorriso. A campainha soou e quase me fez os ouvidos sangrar, como sempre.

A Clove e a Rue saíram das aulas e vieram diretamente a mim, felizmente, a chegada delas fez com que os rapazes saíssem de perto de mim, o que me aliviou bastante. Olharam-se entre si e riram-se, logo perguntei:

–Que foi?

–A tua cara de ‘‘isto não é constrangedor’’ é a pior de sempre.

–Nem imaginam como foi constrangedor, oh meu deus, eu sai de casa com o Finnick ao meu lado…

–UHHHHHHH- brincaram elas- Foi bom?

–Ai gente, ele só dormiu lá.- tentei responder com uma cara séria, mas sorrindo de canto.

–Dormiu e fez outras coisas, né Ann?- entrou a Tris na conversa

–Só dormiu, ok?

–Vamos fingir todas que acreditamos - disse a Clove.

–Pronto, continuando, abri o portão e estava o Brandon mesmo á minha frente. O que resultou em que ele olhasse para mim e para o Finnick, para mim e para o Finnick, do Finnick para mim e assim repetitivamente durante um minuto. Viemos para a escola e pronto.

A campainha voltou a soar e nós fomos para dentro. Era inglês e, como eu detesto aquela professora. Naquela aula, é a que tenho mais pessoas conhecidas. Somos 25 alunos e destes fazem os meus amigo , todos.

Mal chegou á sala dirigiu-se a mim e perguntou-me se já tinha feito o trabalho de proposto. É escusado dizer que eu nem tinha pensado naquilo durante a semana, nem nunca mas rapidamente lhe respondi:

–Hmmmmmm…Está a ser realizado, sra professora.

Seguidamente foi falar com o Brandon e o Finnick toda sorridente, eu juro que nunca vou perceber porque é que embora as raparigas sejam melhores alunas, os rapazes são sempre os preferidos da professora. Não é porque eu queira ser a queridinha da professora, mas isso é a razão de ela gostar tanto de reclamar comigo.

Farta daquilo, comecei a ouvir música com os fones, escolhi a minha favorita playlist que incluía muitas músicas da Lana Del Rey, Artic Monkeys, Nirvana e Eminem. Estava absorta na música quando a Clove me chamou:

–Annie, Annie, Annie a aula já acabou.

Tirei um fone e respondi-Hmmmmmmmm?

–Nossa, parece que estavas morta.- comentou a Rue

–Anda lá, já estamos dentro desta sala há muito tempo.- disse a Tris aborrecida

Concordamos uniformemente e logo saímos daquela sala horrível. Segundo o meu horário ainda tinha mais algumas aulas pela frente, uma das seguintes era biologia no laboratório. Dado que as minhas amigas e Brandon tinham alemão nesse tempo, fui com o Finnick para a aula.

Mal chegámos ao laboratório vimos em cima de cada mesa, um sapo morto com instrumentos de corte metálicos num tabuleiro também metálico. As janelas abertas deixavam entrar o sol e a professora sorria. Ela é tão mórbida, quem é que conseguia sorrir tendo perto de 10 sapos mortos no seu laboratório?

Ainda ensonada, mal me sentei, encostei-me logo ao Finnick. Ele sussurrou-me desanimado :

–Oh boa, vamos dissecar sapos…

–Estás com medo que eles se transformem em sapos-zumbis e te ataquem, Odair?

–Muito miss Cresta- brincou.

A professora começou a explicar o processo, a primeira coisa que pensei foi que se ela não fosse rápida os sapos ainda começavam em decomposição ou se transformavam em sapos-zumbi.

–Pega na lámina e anda tornar-te uma serial killer.

–Eles já estão mortos, Finnick, isto só nos torna uns psicopatas mórbidos.

–De qualquer maneira, porque é que tiras a graça a tudo?-perguntou

–É a minha sina.- disse-lhe

Graças a Deus, ele é que fez a maioria do trabalho. Posso não desmaiar a ver sangue, mas abrir um sapo morto continua a ser nojento. Supostamente devíamos extrair-lhe o coração, mas andávamos ali com as lâminas a cortar a torto e a direiro. A professora ‘‘bióloga’’ comentou:

–Mãos de cirurgiã, menina Annie.

Olhei-a de canto, mas prossegui. Depois de uns 15 minutos soou a campainha, e depois de lavarmos as mãos e as desinfetarmos saímos. Mais algumas aulas, tenho um dia longo pela frente…


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
O próximo capítulo é sobre os casais ;)
Vou postar assim que puder, mas por favor comentem! Um vosso comentário pode incentivar-me a escrever e fazer-me feliz durante uns dias.
Kisses,
Lou.



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