New School, New Life escrita por Lou, Sorriso Metálico


Capítulo 11
He is back.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)
Estou de volta com um capítulo novo, há muito tempo que não posto nada, verdade, mas também não tenho estado muito inspirada e com uma impressionante falta de tempo.
Espero que gostem.



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Por momentos paralisei, senti os meus ossos congelarem e a minha respiração a ser contida. Não acreditava no que acabava de ver. Ele ainda parecia mais pálido visto dali de cima com aquelas luzes todas e um sorriso aparecia na cara.

Brandon, com os seus cabelos loiros claríssimos, olhos cinzentos, pele branca e lábios cheios. Não que ficasse triste, mas naquele momento não sabia o que fazer. Por isso fiz o que sabia melhor, fugir dos problemas, o que realmente é tudo que faço.

A Rue foi atrás de mim e tudo o que eu ouvia era a voz grave dele no microfone, estava desorientada, olhava de um lado para o outro e quando me apercebo ainda estou mais perto dele do que esperava. Respiro fundo e paro. Ele está mesmo a descer do palco e eu ao lado das escadas. Rezo para ele não reparar em mim, mas correu mal.

– Não vale apena escondes-te de mim, já te vi aqui dentro desde que entraste por aquela porta.

–Oi Brandon - respondi meia atrapalhada- Posso saber porque estás aqui? Só por curiosidade?

–Bem, este é o meu país natal, além disso há melhores escolas aqui e os meus pais decidiram que era melhor vir para aqui. Não estás contente por me ver?

Ao contrario do Finnick, o Brandon é aquela pessoa que sem perceberes, pode estar a empurrar-te para um abismo, neste caso uma resposta manhosa.- Claro, só que é uma surpresa enorme para mim.

– Então… Que tal está a ir o futebol?

–Ainda não comecei a treinar, a minha empresária é que está a inspecionar as equipas por aqui. E tu?

–Voltei a jogar ténis- Lembrei-me de quando ele teve uma lesão muscular e ficou parado 6 meses- Qualquer dia tenho que te desafiar para um partida.

–Sabes que eu jogo horrivelmente, até um pato jogava melhor do que eu.

Acompanhei-o lá fora, realmente aquela casa era esplendida, tinha uma piscina enorme, campo de ténis e de futebol e até um ginásio. Muitas das pessoas estavam perto da piscina, a dançar e riam-se, mas eu apenas sentia o meu estômago embrulhado sobre ele mesmo.

Sentamo-nos perto da água, numa banco que era coberto pelas pétalas das rosas que estavam mesmo atrás de nós. As rosas eram lindas, as pétalas no ínicio eram pretas e depois adquiriam uma tonalidade bordeaux.

–Só porque é parecida contigo.

– Porquê?- pergunto curiosa

– Porque tu podes ter espinhos mas a tua beleza é óbvia.

– É sempre bom saber que tenho espinhos- respondo rindo-me

Ficamos ali a conversar durante algum tempo, é bastante tarde, mas amanhã é sexta por isso posso ficar aqui até quando quiser porque ninguém quer saber do último dia se aulas da semana. Começo a vaguear pelos meus pensamentos sobre a ‘‘normalidade aparente’’ Curioso, pergunta-me:

– Se eu te atirasse agora para a piscina o que me fazias?

–Provavelmente vinhas comigo e depois morrias afogado, e eu sairia impune do assassinato.

Ele pega-me ao colo e eu começo a gritar com ele, só acordo realmente quando sinto a água fria em contacto com a minha pele, senti o meu corpo gelado e estava encharcada. E aquela gente toda da escola a olhar para mim, corei tanto e ele só se ria de mim.

Por alguma razão alguém também achou aquilo divertido e atirou-se também, e assim acabamos todos que estávamos, lá fora, na piscina, eu e o Brandon a atirar água um para o outro como duas crianças de 7 anos a brincar, sem se preocuparem, apenas alegres.

Abraço-o e quando levanto o olhar estão os meus amigos de boca aberta. A Rue chocada, a Clove, a Tris e o Cato a rirem-se e o Finnick a desconfiar. Oh, mas i don’t care, ele que desconfie o que quiser porque eu já estou encharcada e graças a deus que o meu telemóvel ficou no banco, senão eu afogaria-o certamente.

Saí da piscina encharcada desde a cabeça até aos pés a rir-me como uma tolinha. O Brandon abraçou-me e eu retribuo, pondo-me em bicos de pé para lhe chegar á elegante curva do pescoço pálido. Ao lado dele, por muito mais alta que eu seja, sinto-me pequena e indefesa, ele é a minha muralha, que me protege do mundo.

Os olhos cinzentos dele refletem as luzes e há um certo brilho que ele deixa tranparecer. Vou ter com a Rue e sou acompanhada por ele, a água fez que a camisa branca dele deixasse ver os abdominais e a Clove não fechava a boca enquanto olhava para ele. Quem é que não ficaria assim?

–Ai Jesus- ouvi-a eu quando ela sussurrou um pouco alto de mais para a Tris, ou seja, o Brandon também ouviu e com azar, o Cato também, dado que ele olhava para ela com aquela cara de ‘‘ele é bom, mas eu ainda sou melhor, por isso olha para mim’’.

–Bem… Acho melhor deixar-vos a sós- avisa ele- Até já - dá me um beijinho na bochecha e vai se embora.

–O que raio foi aquilo?- perguntou a Rue confusa com um pequeno sorriso, pelos vistos o Finnick e os amigos não quiseram ter a mesma cortesia do que o Brandon e ficaram lá a fuçar na minha vida pessoal.

–Dois amigos a divertirem-se, eu ligeiramente mais trenga do que ele, mas não stresses ok, mor?-a expressão dela aliviou

–Vamos mas é para casa, dormem todas em minha casa hoje- sugeriu a Rue

–Primeiro passamos por minha casa e da Tris para ir buscar as nossas coisas- disse a Clove- mas ainda é cedo, por isso nós já voltamos. Vens?

–Eu fico aqui, tenho companhia.- disse olhando para o B

–Ok, mas nada de te atirares ao moço- brincou a Tris num tom autoritário

Elas viraram costas e fiquei a olhas para os rapazes que também olhavam especados para mim, até parece que nunca viram. Bem, se calhar nunca viram…Oh cala-te cérebro. Saltitei para o lado do Brandon e ele começou a falar de como eu estava envergonhada e isso.

Fomos até á casa de banho para me secar o cabelo que por sinal estava péssimo e todo encharcado. Ele riu-se da minha cara e ofereceu-me uma toalha. Saímos de lá e fomos até á parte do bar onde ele me ofereceu vodka, não devia beber, mas olha daqui a pouco tempo tenho 16 anos e isso não leva a lado nenhum mas pronto.

Bebi uma, duas, três…Perdi a conta, mas não faz mal porque ele é meu amigo e é de confiança. Tinha a rosa com ele, provavelmente tinha ido busca-la á piscina. Eu estava a tentar levantar-me da cadeira sem cair mas não estava a dar muito resultado, porque cada vez que eu tentava andava de lado como um caranguejo.

Sentia uma vontade de rir enorme e as minhas amigas tinham finalmente chegado, olharam para mim, sorriram e foram ter com outras pessoas.

–Se não parares de te rir vou ter que te levar a um manicómio.

–Brandon, sabes muito bem que só consegues pegar em mim uma vez na tua vida.

– Não me desafies que da última vez acabaste encharcada, love.- Ai o sotaque dele, ai jesus.

Por alguma razão ele parecia ainda mais bonito nas últimas horas, olhei para o telemóvel eram 3:00, boa, estou completamente desorientada com um rapaz sexy ás 3 da madrugada, greeeat.

Até me sinto mal aqui no meio, tanta rapariga com olhos claros, cabelo claro e definitivamente caras mais bonitas do que as minhas. Sempre quis ter os ombros um pouco mais largos e definitivamente mais magra, mas pronto.

–Eu definitivamente tenho que ir, xau Brandon.

–Xau, sweetheart. Sempre aqui para ti.

Saio de lá com mais vermelha do que Marte, toda em pulos e provavelmente com uma hipotermia grave com possibilidade de ficar internada num hospital durante a próxima semana, apenas por ter sido atirada para uma piscina. Mal chego perto delas refiro:

–Nem me digam nada.

–Eu digo, e sabes o quê? Ai o moço ahahahahah.- brinca a Rue

–É mesmo- confirma a Clove

–Sabes uma coisa, fazem um casal muito fofo- troça a Tris

–Suas traidoras-ri muito alto- vamos mas é para casa.

Por cortesia, o Tobias levou-nos a casa da Rue, ela até pode ser minha vizinha, mas fomos dormir para casa dela só porque sim. Fui a minha casa buscar o meu colchão de ar, para dormir lá, caso contrario não cabíamos quatro na cama da Rue.

*******************************

–Acorda flor da minha vida! Estamos atrasadas, inteligente- brinca a Rue

–Tecnicamente, tu és mais inteligente do que eu -levantei-me e estava toda meia tonta e com umas dores de cabeça insuportáveis, deve ser a isto que chamam uma ressaca.- Por amor de Deus, que horas são?

–São 8:30 e as nossas aulas começam daqui a meia hora, por isso é melhor do despacharmo-nos- avisou a Tris -Ao menos é sexta feira e não é 13, é 20.

–Sabes muito bem que para ter azar não precisa de ser uma sexta nem dia 13 para nós, Ann.

–Espera, disseste que era dia 20?- A Tris abanou a cabeça afirmativamente- Fuck!

–Acho que também é a melhor palavra para descrever a situação…- falou a Clove cheia de olheiras.

–Não é isso, esqueci-me de fazer o trabalho para inglês.

–Ei, ainda bem que me lembras-te senão tinha-me esquecido do meu aqui- concluí pensativa a Clove

–Eu já entreguei o meu á séculos – responderam a Tris e a Rue em unissónio, pois elas fizeram juntas.

Eu até podia pedir uma nova oportunidade, mas não estou com nenhuma vontade, vontadinha de fazer alguma coisa com o Finnick depois de ter feito as cenas que fiz ontem á noite.

Vestimo-nos e fomos comer croissants para a cozinha enquanto eu dormia de olhos abertos, tomei uma aspirina e olhei para o tempo, tinha melhorado, acho que a roupa que ia levar estava adequada, mas estava mais preocupada com o possível sermão que iria levar quando chegasse á aula de inglês.

Estávamos a combinar tempos para podermos ir ao grupo de dança pelo menos 3 vezes por semana, o tempo passa e já são 8:55. Aviso-as e vamos todas quase a correr, ainda é longe por isso vamos a um andar/marcha incrivelmente rápido.

(Looks:

Clove: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=128011485

Rue: http://www.polyvore.com/fic/set?id=128452499

Tris: http://www.polyvore.com/escola/set?id=128782410

Annie: http://www.polyvore.com/nice/set?id=129019537)

Chegamos á escola depois 10 minutos do toque e caminhamos lentamente para a aula, já que ninguém tinha muita vontade para fazê-lo. Como sempre, houve aquela coisa do ‘‘eu bato, tu falas’’ e eu fiquei com o falar.

–Bom dia professora, desculpe o atraso.

–Oh meninas, não faz mal.- embora casamenteira, a professora era bem simpática- Trouxeram o trabalho?

–Elas sim, eu esqueci-me…

–Não faz mal, depois entregas. Com quem ias fazer?

–Com o Finnick Odair…

–Então vou alargar o vosso grupo, adicionarei o novo aluno e apenas farão de 2 autores- diz ela apontando para um rapaz de cabelos loiros quase brancos.

Brandon pensei e ele acenou-me. Sorri-lhe um pouco e fui sentar-me mesmo ao lado dele (curiosamente ele adivinhou onde me sentava normalmente). Começaram todos a apresentar os seus trabalhos exaustivos.

Na vez da Tris ela parecia que tinha feito aquilo milhares de vezes, tão segura de si que até parecia que nos governava. A Rue e a Clove foram a seguir e estavam ambas nervosas, desde sempre que eu fazia trabalhos com a Rue, e ela foi sempre assim.

O Brandon tem aquele habito engraçado de balançar na cadeira, quando a Cashmere foi apresentar o trabalho ele até ficou animado, lá sei, ela deve ser miss qualquer coisa do estado, só pode, eu fez pacto com algum demónio para ser assim tão bonita.

–Vai cair, vai cair…- brinco com ele.

–Eu sou como um gato, caio sempre de pé, love.

Esperei mais um pouco e ele escorregou para trás e a cadeira caiu com ele. Começamos todos a dar gargalhadas tão altas que o resto da escola nos deve ter ouvido. Ele corado como tudo, como era bastante pálido até sobressaia mais, deixou-se ficar. A professora olhou para ele e mandou continuar, tentando não se rir.

Ele levantou-se lentamente e eu ri-me durante a aula toda. No fim, saí para ir para outras aulas. A meio da tarde já estava completamente ensonada. Graças a deus que tivemos E.F. no último tempo.

***

–Eu tenho impressão que vou cair naquilo- comentei olhando para o trampolim

–Se te fizer sentir bem, eu vou cair no cavalo- comentou a Rue

Vou investigar o fenomeno que faz os rapazes conseguirem saltar por cima do cavalo, aquilo é quase tão grande como eu e a quase todas as raparigas há estas opções: a) espeta-se contra aquilo, b) salta e depois cai ou c) és a Enobaria. Ou estou sempre virada para a b).

Para seres como a Enobaria tens que fazer pacto com o diabo. Ninguém pode escrever e desenhar tão bem, nem ser ótima a tudo e ter uma vida social ativa. É simplesmente algo que eu nunca vou perceber. Além disso, todos os professores gostam dela, pelo que parece os professores de música nunca gostam muito de mim.

A ginástica não é algo fantástica, estou sempre a cair e a ficar com as pernas vermelhas com o impacto nos colchões. Se fosse advogada, processava este professor por maus tratos, estar a correr 10 minutos a um ritmo astronómico e depois ter de saltar algo como 1,50 metros 10 vezes não é ser uma boa pessoa.

E ninguém parecia mais contente do que eu, por isso quando o professor não olhava ninguém saltava nem 10 cm, regras de EF, se o stor se vira é não fazer nada. Enquanto isso, a aula acabou e nós ficamos pelo ginásio, já que íamos ter com o grupo de dança.

Quando elas apareceram (finalmente) discutimos e ficou acordado que nos íamos reunir todos os dias ao fim das aulas, umas vezes de planeamento outras de prática. Depois por sms víamos como é que íamos planear mais as coisas.

–Alguém quer ir comer pizza?- sugeriu uma rapariga baixinha mas determinada de cabelo preto cujo nome era Charlotte.

Antes de alguém poder responder a equipa de futebol entrou a fazer uma barulheira digna de uma batalha de 2º guerra mundial e reclamou o campo coberto, pelo que parecia lá fora chovia. Tadinhos dos meninos que não podem apanhar um bocadinho de chuva, pensei.

Com uma expressão irritada abandonamos o espaço ‘‘deles’’ e sentamo-nos nos bancos ao lado, com medo de levar com uma bola de futebol. Então, iamos todas comer pizza, mas não antes dos rapazes se terem juntado a nós todos com os cabelos molhados.

Durante o caminho, o Cato estava com a mão dada á Clove e o Gale tinha um braço á volta da Rue. Eu e a Tris ficávamos a falar uma com a outra pois o Tobias não tinha vindo e não estava com vontade de falar com o Finnick que se dedicava a olhar mortalmente para o Brandon a tempo inteiro. Se ele tivesse inimigos, alguém podia pagar um salário ao Finnick, já que ele tem naquele olhar de quer vai revirar as entranhas do Brandon.

Mal chegámos sentamo-nos numa mesa enorme, e começamos a comer. Estava faminta e quando eu tentava beber alguma coisa o Brandon fazia-me rir a ver se eu espirrava a Coca-Cola. Regra de quando se está a beber alguma coisa com a amigos: o ponto principal é fazer o teu amigo espirrar o que ele esteja a beber. Quando acabamos, todos estavam com ideias de ir sair, mas eu de certeza não estava com vontade disso.

–Gente, acho que me vou embora, estou mesmo muito cansada.

–Queres que te acompanhemos?- perguntou a Rue

–Não ninas, fiquem aqui e divirtam-se. Kisses.- Se eu já estava desanimada não ia arrastar ninguém comigo, especialmente elas que fazem tanto por mim.

–Eu vou contigo.- sugeriu o Brandon

–Não é preciso, Brandon.

– A sério, eu quase nem me aguento em pé, além disso, a minha casa fica a caminho da tua.- Sorriu de uma maneira leve, mas parecia uma frase demasiado séria para ele.- Que cavalheiro seria eu se não acompanhasse uma donzela tão indefesa com tu.

–Ela joga futebol e tem quase a tua altura, de indefesa não tem nada.- Sussurrou a Tris a brincar

Sorriu-lhe e ofereceu-me o braço dizendo- Vamos, menina Cresta?

–Claro.

Vesti o meu casaco e mal saí da pizzaria, senti uma rajada de vento que me congelou as pernas. É impressionante como o tempo muda por aqui, apenas seja outubro ainda está bem quente para outono.

–Então…

–Então…- imita ele- o que estás a achar disto?

–É bom viver aqui, é calmo.

–Só isso que tens a dizer?

Revirei os olhos: - Não acho que seja muito diferente do primeiramente achava, além disso já me apresentaste a cidade e tudo por isso não achei muito diferente da última vez que cá estive.

Quando reparei estávamos há porta de minha casa e os cabelos dele pareciam de um loiro celestial á luz dos candeeiros. Ficámos um pouco a olhar um para o outro e após isso ele resolveu dizer:

–Boa noite, Annie.- e deu-me um pequeno beijo na bochecha

–Boa noite, Brandon.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Bem, espero que sim, em todo o caso comentem para eu saber em que rumo vai a minha história.
Kisses,
Lou.



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