New School, New Life escrita por Lou, Sorriso Metálico


Capítulo 10
Outro ponto de vista


Notas iniciais do capítulo

Hiiii!
Já estava com saudades do Nyah! *_* Só pude postar agora porque as minhas aulas andam-me a matar completamente, e quando ia postar o Nyah! estava desativado. Bem, espero que gostem!



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POV Finnick

Depois de ser redondamente rejeitado, volto para casa percorrendo as memórias felizes que já vivi desde que ela apareceu, será assim tão difícil rever aquele sorriso encantador e aquela leveza ao caminhar até mim?

O que se passou com a Glimmer foi simplesmente uma ‘‘ratoeira’’ e eu caí. Por muito mais que queira explicar ela não acredita em nada do que eu digo. Isso irrita-me muito pois se ela não ouvir também não vai perceber nada. Quando dou por mim, estou no fim da rua e perdi completamente o rumo.

Volto para casa a ouvir música, sentindo-me melhor pois só esta música consegue descrever o que realmente sinto agora.

(Musica: Guns n’ Roses – Sweet Child o’ Mine)

She's got a smile that it seems to me

Reminds me of childhood memories

Where everything

Was as fresh as the bright blue sky



Now and then when I see her face

She takes me away to that special place

And if I stare too long

I'll probably break down and cry



(Ela tem um sorriso que me parece

Trazer a tona recordações da infância

Onde tudo era

Fresco como o límpido céu azul

Às vezes quando olho seu rosto

Ela me leva para aquele lugar especial

E se eu fixasse meu olhar por muito tempo

Provavelmente perderia o controlo e começaria a chorar)

oh, oh, oh

Sweet child o' mine

Oh, oh, oh, oh

Sweet love of mine



She's got eyes of the bluest skies

As if they thought of rain

I hate to look into those eyes

And see an ounce of pain



Her hair reminds me of a warm safe place

Where as a child I'd hide

And pray for the thunder

And the rain

To quietly pass me by



(Oh, oh, oh

Minha doce criança

Oh, oh, oh, oh

Meu doce amor

Ela tem os olhos como os céus mais azuis

Como se eles pensassem em chuva

Detesto olhar para dentro daqueles olhos

E enxergar o mínimo que seja de dor

Seu cabelo me lembra um lugar quente e seguro

Onde, quando criança, eu me esconderia

E rezaria para que o trovão

E a chuva

Passassem quietos por mim)



Quando chego a casa acontece algo que era bem evitável, especialmente no dia de hoje: visitas. Vocês sabem, aquelas tias que não param de tagarelar como nós estamos grandes, perguntam pelas namoradas e têm aqueles filhos pequenos que nos andam sempre a chatear o juízo.

Vou para o meu quarto e deito-me cansado do dia que tive, cansado dos professores, cansado de tudo ao ponto de quase adormecer. A minha mãe abre a porta e repreende-me:

–Finnick, devias estar lá em baixo! Já para a sala!

A minha mãe tem olhos verdes e feições angulosas, está sempre vestida com um vestido, blazer e sempre bastante elegante. Não passamos muito tempo juntos, ela também não é muito carinhosa, mas sempre me cantava canções para adormecer quando era pequeno.

Como advogada é bastante rígida e também exige que eu entre numa universidade de alto nível como Havard ou alguma da Ivy League como Yale e Columbia para ser um ‘doutor’ e passar metade da minha vida na escola.

Contrariado, vou lá para baixo e cumprimento toda a família. As minhas tias têm mais classe do que a população de Inglaterra que frequenta salões de chá e os seus filhos estão todos nas melhores universidades e os pequenos definitivamente têm menos 5 anos mas são melhores a francês do que eu.

Depois de estar ali meia hora elas vão se embora e eu ataco a cozinha. Não me dou ao trabalho de chamar alguém e apenas pego numa caixa de cereais e desloco-me para o quarto, como faço sempre.

Nem trago tpc’s, se nunca os faço também não vou trazer os livros. Pego no portátil e sento-me. Redes sociais e alguns sites de bandas… Nada de interessante por isso coloco os fones e fico a ouvir… Aí recebo uma chamada:

–Cato! Que queres?

–Vai haver uma festa de um rapaz novo que vem morar para aqui dia daqui a uns dias e eu estou a tratar dos convites e da festa. Porque é que não apareces?

–Claro, podes por o meu nome. Que dia é?

–19 de outubro, brother. Vemo-nos na escola.

–Xau aí mano.

19 de outubro

POV Annie

–Vamos ao shopping!- sugeriu a Rue

–Mesmo-concordamos todas

–Acho que precisamos de looks novos para a festa- disse eu- A Tris vai fazer parte da nossa sociedade secreta. De quem é a festa?

–Vamos mas é para o shopping e não te vou dizer de que a festa é, é surpresa…- respondeu a Clove

–Biitchhh!

–MAS tu gostas…

E começamos a rir. No shopping, estávamos muito entretidas a ver passar os gatos, e não eram os gatos animais. Corremos de lojas em lojas e estávamos a babar-nos pelas roupas mais lindaaaas. Acabamos de comprá-las e vamos ao McDonalds.

–Isto vai me engordar muito, não vai?- pergunto olhando com fome para as minhas batatas fritas

–Assim estás ótima e mesmo assim, sei que não consegues resistir- disse-me a Rue

–És tu e eu- comenta a Tris.

Os olhos azuis dela começaram a transmitir uma expressão mais feliz do que antes e sinto-me bem por tê-la como amiga, mesmo que ela ainda não esteja muito á vontade, ela é ótima pessoa. É daquelas pessoas que são tímidas mas quando as conheces elas são mesmo perfeitas.

A Clove estava com um vestido azul água, tinha uma mala e saltos altos prateados e o cabelo estava preso num puxo á bailarina. A Tris estava linda, o vestido preto era transparente na parte de cima, usa umas plataformas pretas e o seu cabelo estava solto e chamava muita atenção por fazer contraste. Elas estavam realmente perfeitas!

A Rue estava com um top de renda, uma saia azul, uns brincos, pulseira e saltos prateados mesmo lindos e pequenas flores numa fita que dava a volta á sua cabeça. E eu, bem, estava com um vestido de renda azul, os meus acessórios e sandálias tinham a cor dourada.

(looks:

Annie:http://www.polyvore.com/black_hair/set?id=119233948

Clove:http://www.polyvore.com/silver/set?id=119230564

Tris: http://www.polyvore.com/black_is_king/set?id=119230857

Rue: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=119231296)

Elas entreolhavam-se e eu percebi que tramavam algo, só não fazia a mínima ideia do que seria. Felizmente a irmã da Clove não estava em casa para nos levar numa missão suicida mais conhecido como a condução dela por isso o Tobias foi-nos buscar.

************************************

A festa estava mesmo cheia de gente, estavam todos bastantes animados e a casa era mesmo tipo enoooorme como um céu, se o céu tivesse adolescentes gatos. Não conhecia ninguém, primeiramente, depois fui conhecendo fulana e beltrana (termos de professor de matemática) da escola.

As minhas amigas conduziam-me por dentro da casa como se aquilo fosse delas, mas eu nem fiquei surpreendida porque elas são mesmo assim. A Clove parou, sorriu e correu, exatamente por esta ordem. Para quem? As últimas pessoas que eu queria ver.

O grupo de rapazes encontrava-se a falar com bebidas nas mãos e lá estava ele. Com ar imaculado, Finnick Odair olhava-me com um sorriso no canto da boca, tipo Damon Salvatore. A única coisa que me apetecia fazer era fazê-lo engolir aquele orgulho todo e também atirá-lo pela janela.

Estavam todos muito animados, eu decidi abstrair-me a olhar pela janela, de facto é algo que já nasceu comigo e que desde criança que faço, é algo natural e é bom pois ás vezes é melhor distrairmo-nos do mar de hipocrisia do mundo.

Na estrada passavam carros iluminados pela ténue luz de um candeeiro que de vez em quanto aparecia pela rua. Algumas árvores que tinham ramos fortes outros nem por isso, mas davam um pouco mais de alegria á rua. Sentia saudades dos pinheiros e do cheiro deles.

Embora fossem 22 horas, as pessoas passeavam alegremente pela rua. Crianças a lambuzar-se com gelados e pais orgulhosos sorriam, alguns casais de idosos percorriam o caminho muito devagar, mas ajudavam-se mutuamente.

É fascinante a quantidade de experiencias que as pessoas que passaram aqui viveram. Bocados de felicidade e sabedoria que vivem dentro das pessoas davam para salvar o mundo das impurezas e egoísmos. No meu ponto de vista, começamos por ser os mais inteligentes, mas nós mesmos nos vamos condenar.

–É bonito, não é?- comentou uma voz ligeiramente rouca

–Acho que já deixei suficiente claro que não sou uma das rapariguinha que andam atrás de ti, Finnick Odair.

–Exatamente por isso é que quero estar contigo. Porque tu não és como elas. Elas sabem como por maquilhagem, tu sabes como ser alguém com convicções e determinação.

–E tu sabes como enganar uma pessoa.

Ser fria com ele doía-me mais a mim do que a ele, mas o que mal faria agir normalmente com ele? Muito. Se há coisa que não suporto é que me enganem, mas ele parecia mesmo arrependido e eu estava mais confusa do que alguma vez tinha estado.

Noutros casos nem me daria ao trabalho de fazer algo, mas como era ele fui falar com alguém que me poderia ajudar. Cato. Ele seria o melhor para falar dele e de longe o que poderia saber mais dele, os melhores amigos são sempre os melhores para falar.

Conversámos durante pouco porque a) eu não queria saber muito, b)não o queria roubar á Clove e c) estava ansiosa por saber. Ele afirmou com certeza que ele estava mesmo arrependido.

Passei a mão pelo cabelo e pensei: Agora o que faço?

Demorei mais alguns segundos a pensar em algo, mas como não queria ir ter com ele (sim, eu sou muito orgulhosa) tinha de ser ele a vir ter comigo. Comecei a olhar para ele até que ele repara-se e depois desviava o olhar.

Pouco passou até ele vir até mim e aí avisei:

–Resolvi dar-te uma segunda chance só não me desiludas, olhinhos verdes.

–Acho que para comemorar devia-mos beber alguma coisa- sugeriu e eu aceitei.

Só se podia beber álcool aos 21 anos nos EUA, mas todos pareciam ignorar fortemente essa regra. Desde pessoas até a minha idade até as pessoas de 20 e pouco mais estavam lá a fazer mais do que beber. É melhor não entrar em pormenores.

Enquanto bebia, sentei-me num sofá ao lado dele embora só me apetecesse mexer, saltar para cima dele e não percebi porque não o fiz, mas uma parte do meu cérebro disse que era melhor não o fazer. Ele fez-me uma proposta:

–Queres ir dançar?

Embora eu quisesse gritar que sim e espernear-me a dizer que queria mas apenas abanei a cabeça para cima e para baixo. Estava a dar a música Can’t Remember To Forget You (https://www.youtube.com/watch?v=o3mP3mJDL2k) e eu dançava e cantava desafinadamente.

But when you look at me, the only memory is us kissing in the moonlight-cantava eu

Ele parecia estar-se a divertir bastante e eu serpenteava á volta dele porque já não sabia o que havia de fazer para não ficar parada. Ele alinhou comigo, ao menos não tinha medo de passar uma vergonha. E eu passava muitas.

Sou uma nodoa a dançar, ele não é muito melhor e estávamos a divertir-nos bastante. Depois de alternarem por muitas músicas a música mudou para a Do I Wanna Know? dos Artic Monkeys e nos fomos sentar.

Escorriam-lhe gotas de suor pelos cabelos e pelo calor que eu sentia devia estar mais vermelha do que um pimento maduro e toda despenteada. Ele aproximou-se devagar e afastou-me uma madeixa de cabelo que estava a frente dos meus olhos.

–Ficas melhor quando mostras mais a tua cara -comenta

–Poderei confiar em ti ou confio no meu espelho?

–Nos dois, embora o espelho também goste de mim- respondeu a sorrir

Ficamos os dois a olhar um para o outro. Eu estava a corar imenso e ele aproximava-se cada vez mais, as nossas caras estavam a poucos centímetros umas das outras…

–Aniiiiie! Aqui estas tu, estavamos mesmo á tua procura, agora anda cá e vê isto. Fiquei mesmo espantada pelo sentido de oportunidade da Rue, quando o Finnick me abanou a cabeça como permissão perguntei-lhe o que era e ela limitou-se a responder vagamente.

Serpenteamos por entre a quantidade espantosa da pessoas que lá estavam, atravessa-mos umas quantas divisões e finalmente chegamos perto de um palco. Pelas escadas subia alguém, era alguém do género masculino pela sombra via-se o físico dele.

Quando esse ‘alguém’ subiu ao palco só me saíram estas palavras da boca:

–What the well is that?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Quando puder posto mais , dado que ainda tenho mais 5 testes na duas próximas semanas e são mesmo complicados.
Dêem a vossa opinião!
Kisses, Lou.



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