A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 12
Capítulo 12.


Notas iniciais do capítulo

Eu deveria estar dormindo, mas tô aqui.
Quando o sonho de Dany começar, coloquem, por favor, aquela música que tem o link no capítulo anterior *-*



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Quando Dany acordou, sabia que estava no hospital. O barulho de pessoas indo e chegando, e de ouras pessoas perguntando “Ele ficará bem?” não a enganavam. Hermione segurava sua mão, enquanto rezava quase como em um sussurro para que Dany acordasse logo e que nada a acontecesse novamente.

–– Me diga, essa não é minha cama, não é? –– perguntou Dany acordando, enquanto levava a mão antes presa na de Hermione, até a testa. Embora não soubesse “medir febre”, sabia que estava.

–– Você está bem? –– perguntou de volta Hermione, que pela primeira vez, não começara um discurso enorme.

–– Sim, estou. –– Dany tentou se levantar na cama, mas não cnoseguiu e isso resultou em ela bater a cabeça em uma mesinha que tinha perto dali. –– Não, não estou. –– Ela riu de si mesma como sempre fazia. –– E onde está Agouro e Firenze?

–– Se estiver falando de dois centauros enormes e assustadores, eles não estão aqui, pelo menos não mais. –– respondeu Hermione.

–– Como assim, não mais? –– quis saber Dany.

–– Não ouviu nada mesmo?! –– Hermione se espantou. –– Aqueles dois centauros entraram aqui, e ficaram até terem certeza de que você estava bem. Disseram que depois que você melhorasse, fosse os procurar.

–– Que mal educado da parte deles. –– disse Dany rindo. –– Nem deixaram um bilhete.

–– Você não poderia o ler de toda forma, não é? –– perguntou Rony, que tinha acabado de chegar junto de Harry, e Dany preferia mil vezes que não tivessem ido.

–– Cale a boca, seu gnomo. –– disse Dany, de forma impaciente. –– Ou eu vou... –– ela não pode continuar, somente se virou para o outro lado, para não vomitar nos pés de Hermione. A mesma se levantou para ver se era “um vomito normal”, como Madame Pomfrey ordenara para que olhasse quando ela vomitasse, e não, não era um vomito normal.

Hermione sentou-se novamente na cadeira, deixando escapar um suspiro cansado e balançou a cabeça negativamente para os dois garotos confusos que estavam em sua frente. Madame Pomfrey dissera para todos que fossem visitar Dany, ficarem de olho nela, desde como ela falava assim como na cor de seu cabelo. Pomfrey se lembrava de quando Petyr chegava com dores por todo o corpo, e seu cabelo, que antes era cheio de cor, tomava cada dia mais um tom de branco, embora ele não fosse tão velho. Todos se espantaram quando viram uma mecha do cabelo de Dany se transformar em branco.

–– Ah, francamente, eu odeio vomitar. –– disse Dany, limpando o que nem sabia que era sangue. –– Estou cansada de ficar deitada, vou me levantar.

Ela fez menção em levantar, mas Hermione a empurrou novamente para a cama. Depois de se recompor, do “empurrão-ultra-forte” que ela apelidou, por estar tão fraca, Dany se sentou na cama, enquanto balançava os pés no ar em sinal de tédio. Quase teve vontade de ser invisível quando ouviu a voz de Jane, e logo depois um abraçado preocupado e quente de mãe.

–– Você está bem?! –– perguntava Jane, enquanto a abraçava, mas não percebendo que não a dava tempo para responder. –– O que você tem na cabeça de ir falar com Agouro? AGOURO, DAENERYS!

–– Mãe, eu estou viva. –– ela respondeu, tentando manter a voz calma e fazer Jane não ficar tão preocupada. –– E óbvio que eu estou bem, olhe para mim! –– Dany ergueu os braços, enquanto sorria.

–– Mas infelizmente ainda fala demais. Já disse, você é mais bonitinha calada. –– provocou Harry, fazendo ela olhar para qualquer canto dali, mal sabia, mas estava acertando todas as tentativas de achar alguém que não podia ver.

–– E eu tenho certeza que você também seria mais bonitinho, se não tivesse essa cicatriz no meio da testa. –– ela provocou de volta, rindo logo em seguida. Jane acabou vendo a mecha que agora tinha a cor branca, e pegou-a com a mão. –– O que foi, mãe? Parece que nunca viu meu cabelo.

–– Não, não, não. –– respondeu Jane, repetindo as palavras como sempre fazia quando estava nervosa demais com alguma coisa. –– Claro que não é nada, nada, nada, Dany.

–– Ah... Sei. –– disse Dany, ainda desconfiada. –– Mas, espera, porquê está aqui, mãe?

–– Ah, nada. –– voltou a responder Jane, tentando não repetir algumas palavras. –– Eu só queria falar um pouquinho com você, te ver, essas coisas melosas de mãe... Sabe? Então, por isso, por isso, eu pedi para Dumbledore e ele me deixou vir.

Dany passou a tarde inteira conversando com Jane, Hermione, Rony e ás vezes Harry, porquê ela ainda estava de mal com este último, e quando ela estava de mal, não conversava nem quando a pessoa pedia perdão enquanto beijava seus pés, o que nunca realmente aconteceu, Dany achava aquilo uma injustiça.

Dany ainda se virou duas ou três vezes para vomitar, e quando perguntou porquê estava tão mal daquele jeito, Jane somente respondeu que fazia parte do crescimento. Ela não acreditou assim, tão depressa.

Quando Hermione, Rony e Harry foram embora, Dany agradeceu mas ficou triste ao mesmo tempo. Virou-se para Jane, tinha tantas perguntas para fazer e nem sabia por onde começar.

–– Me desculpe, mas vou ter que sair um pouco. –– disse Jane, ao ver que Dany também começaria a falar. –– Sabe como é, vou relembrar os velhos tempos.

E depois disso, Jane se levantou o mais rápido que pode, e gritou da porta para que Dany não se levantasse até que ela voltasse. Óbvio que Dany, não obedeceria, e por isso, ela se levantou e parou somente em uma outra cama. Parecia ter alguém dormindo, por isso que ela pulou até que a pessoa acordasse e falasse para ela parar.

–– Oi, quer conversar? –– perguntou Dany, colocando as pernas sobre a cama.

–– E porquê eu conversaria com você? –– respondeu um garoto.

–– Porquê se você não conversar comigo, não vai convensar com mais ninguém. –– ela disse, e tomou fôlego. –– TEM MAIS ALGUÉM AQUI?!

O garoto tampou a boca dela com a mão, e ela riu logo em seguida.

–– Viu? Não tem mais ninguém aqui. –– ela disse satisfeita de si.

–– Você é burra ou alguma coisa assim? –– perguntou o garoto, percebendo que quando ela tinha falado, achando que estava falando diretamente com ele, estava olhando para a janela.

–– Não, eu não sou burra, só cega. –– ela respondeu, sorrindo um pouco.

–– Não fica triste por isso? –– voltou á perguntar o garoto. Dany naquele ponto estava mais interessada em responder suas perguntas, do que perguntar qual era o nome da pessoa que estava conversando.

–– Claro que fico triste. –– ela respondeu. –– Eu costumava chorar muito quando era menor, por não conseguir ver desenhos trouxas como todos. Mas claro que, com o passar do tempo, eu percebi que chorar não traria minha visão de volta, se é que eu já a tive. O mundo me deu muitas vontades para sentar e chorar, mas eu preferi me levantar e sorrir.

–– Ah, entendi. –– disse o garoto. –– Agora saia de cima de mim.

Dany de uma gargalhada alta demais, que fez Pomfrey sair de sua salinha e ir até onde ela estava, para falar-lhe que ela não podia de jeito nenhum sair da cama. Dany voltar para a cama, enquanto tentava procurar por um sono que nunca parecia querer mesmo vir. Ela supirou, desejando que sonhasse com seu pai e que não fosse cega. Quando ela menos esperou, seu desejo foi ouvido...

Dany estava em um lugar estranho, e o mais estranho ainda, era que ela conseguia ver aquele lugar. Era quase como uma floresta, só que mais pequeno. Dany ficou um pouco assustada, quando avistou alguém vindo em sua direção, no começo, achou que fosse Jane, porquê na sombra, a pessoa tinha um cabelo enorme, mas quando a pessoa apareceu na luz, era um homem. Um homem com o cabelo incrivelmente verde água.

–– Espera... –– começou Dany, estreitando os olhos. –– Pai!

O homem, após ouvir ser “novo” nome ser citado, abriu os braços e sorriu. Dany corria desesperadamente enquanto também sorria, as lágrimas de alegria desciam sobre seu rosto. Quando os dois se chocaram, ela foi rodada sobre o ar, como sempre imaginara que seu pai faria.

–– Então é aqui que tem ficado todo esse tempo? –– perguntou Dany, quando Petyr a colocou no chão.

–– Bem... não. –– ele respondeu. –– Só me mandaram aqui, porquê uma certa anjinha queria me ver.

–– Mas, como eu posso te ver e conversar com você e também não ser cega? –– Dany perguntou tudo de uma vez, e Petyr riu percebendo que sua mania tinha sido realmente passada para ela.

–– Nunca ouviu falar daquele ditado que é mais ou menos “quando dormimos, saímos do nosso corpo”? –– ele perguntou, enquanto andava de mão dada com ela para lugar nenhum. –– Então, é isso que está acontecendo agora. Você saiu daquele hospital velho e chato, e veio para perto de mim, um lugar que você queria muito vir. Não, espere...

Dany riu do jeito que ele estava confuso, e se sentou no chão, que era incrivelmente branco. Ela sorria como nunca tinha sorrido na vida, e seu olhar foi direto para a enorme cabeleira verde água que chegava até o chão.

–– Uau pai, é seu cabelo mesmo? –– ela perguntou, o pegando na mão.

–– Sim, é. –– ele respondeu, vendo ela puxar alguns fios. –– Isso dói, Dany!

–– Ah... Então é verdadeiro, achei que fosse realmente peruca. –– ela gargalhou da careta que Petyr havia feito. –– Dizem que o da mamãe é igual, mas ruivo.

–– É, eu sei. –– ele disse, olhando para o nada. –– Falando em Jane, como ela está?

–– Bem, eu acho. –– respondeu Dany. –– Sabe como é, eu não... consigo enxergar quando ela está mal.

Um silêncio se iniciou ali. Dany não sabia porquê ficara em silêncio, tinha tantas coisas que ela queria perguntar para Petyr quando o visse, tantas duvidas, tantas palavras, mas tudo desaparecera quando ela o viu de verdade, na sua frente.

–– Me escute, porquê logo James vai acabar me chamando. –– começou Petyr, pegando suas mãos e olhando para ela nos fundo dos olhos. –– Obrigado. Obrigado por nunca desistir, obrigado por cuidar de Jane por mim, obrigado por ser esta moça linda que é hoje, obrigado por sempre estar sorrindo em vez de chorando, e, obrigado principalmente, por ser minha filha, minha anjinha. Saiba que mesmo eu não estando ao seu lado, eu estou...

–– DANY! –– gritou Jane, enquanto a sacudia.

––... cuidado de você e de Jane... –– Petyr tentava falar, antes que ela acordasse.

–– DANY, POR FAVOR, ACORDE! –– gritou Jane novamente, fazendo ela se assustar.

––... do outro lado. Eu amo vocês. –– ela pode ouvir a voz de Petyr dizer, fazendo um eco.

Dany logo abriu um sorriso enorme, deixando uma Jane sem entender a sua frente. Ela sorriu ainda mais, levando as mãos até a boca. Sabia que não tinha sido somente um sonho, realmente não tinha, porquê antes de Petyr começar a falar, lhe dara um beijo na testa e sua boca estava molhada, e quando Dany levou a mão sobre a testa, a mesma ainda estava molhada e ela tinha certeza de que não era por suor ou outro coisa do tipo.

–– Mãe, eu sonhei com o papai. –– disse Dany, ainda com a mão sobre a testa. –– Ele realmente não se esqueceu da gente, não é mesmo?


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