A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 11
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

Não aguentei e postei u.u
Quero que leiam esse capítulo enquanto ouvem essa música (embora tenham que repetir várias vezes): http://www.youtube.com/watch?v=p20Ds7evHYE
Espero deixar vocês emocionados >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376356/chapter/11

Firenze, ao ouvir aquela voz, se pos de pé o mais rápido que pode. Dany ainda ficou no chão, sem entender o porquê dele ter levantando, mas aí veio a sua cabeça que aquele deveria ser o tal Agouro, o bipolar, como ela acabara de o apelidar.

–– Sabe o Petyr de que você tanto fala? –– começou Firenze, tentando se explicar. –– Então, ela é filha dele.

–– Tudo bem, vamos voltar. –– disse Agouro, de um jeito totalmente ignorante já se virando. –– Não estou com paciência para suas graçinhas, e este sol está se tornando insuportável.

–– É SÉRIO! –– gritou Firenze lá atrás, batendo com força as patas no chão. Mas logo ao perceber o que fizera, voltou ao estado “normal”. –– Ao menos uma vez acredite em mim.

–– Você é mesmo filha do Petyr? –– perguntou Agouro, ainda de costas.

–– Sou! –– respondeu Dany, e levantando com a ajuda de Firenze. –– Eu preciso falar com você, Agouro. Pode até me matar, se quiser, mas ao menos me ouça.

–– Diga-me como Petyr era. –– ele mandou.

–– Isso eu infelizmente não posso fazer. –– disse Dany, triste.

–– E porquê não? –– perguntou Agouro.

–– Porquê eu nasci cega. –– respondeu Dany, tentando engolir o choro para dizer a próxima frase: –– E eu não conheci o meu pai. E é por isso que eu estou aqui, falando diretamente com você, porquê eu preciso da sua ajuda, porquê eu preciso saber como o meu pai era.

Os três ficaram em silêncio, lágrimas desceram pelo rosto de Dany após ela terminar de falar e caíam sobre a grama fazendo um único barulho ali. Agouro se virou, olhando para Dany, embora ela chorasse, tinha um sorriso no rosto mesmo assim. Ela era como a cópia de Petyr, mas em uma versão feminina. Aquelas lágrimas e aquele sorriso lhe lembraram de memórias que ele fazia de tudo para esquecer.

Petyr tinha acabado de entrar na floresta proibida.

Sabia que podia ser pego e o pior, poderia perder a corrida que apostara com James e Sirius. Não tinha mais nenhum lugar para se esconder, e ele estava com o joelho machucado. Olhou mais uma vez ao seu redor, e estremeceu ao ouvir alguma coisa bufando por entre as árvores.

–– Tudo bem, saia daí de uma vez. –– Petyr disse, tentando encontrar coragem.

–– Não deveria estar aqui. –– disse um centauro enorme, saindo enquanto tirava os galhos para o ver. –– Sabe porquê, não sabe, garoto?

–– Sim, sei, “porquê se não as criaturas mágicas vão te pegar”. –– Petyr riu logo em seguida. –– Não tenho medo disso. E aliás, meu nome não é garoto e sim Petyr, e o seu?

–– Agouro. –– respondeu somente, olhando de canto para aquele garoto com o cabelo incrivelmente verde água.

Petyr olhou mais uma vez para o centauro a sua frente, e sorriu, se aproximando. Levantou um dos braços e ia seguindo em frente, para poder o acariar. Agouro levantou as patas em sinal de que não o deixaria fazer aquilo, e era como se o mandasse ir para longe, mas pelo contrário, Petyr somente abriu um pequeno sorriso e se aproximou mais. Quando tocou-lhe no enorme cabelo, que era preso em uma trança, deu uma gargalhada orgulhoso de si.

–– O que você quer? –– perguntou Agouro, ainda desconfiado.

–– Eu não quero nada. –– respondeu Petyr, e ergueu seu olhar sorrindo. –– Somente ser seu amigo.

Agouro levou o olhar para o chão. Não fazia muito tempo que a lembrança da primeira vez que Petyr tinha aparecido em sua vida, mas foi o bastante para fazer com que seus olhos, cheio de ódio e armagura, ficassem cheios de lágrimas.

Dany, que antes sorria, agora tinha um dos braços sobre os olhos e chorava inconsolavemente, mesmo que Firenze estivesse ao seu lado apertando sua mão. Ela não falava mais, porquê não conseguia. Os soluços faziam os ombros dela se moverem rápido, e já estava quase ficando rouca por tanto chorar.

–– VOCÊ NÃO ACERTA UMA! –– zombou Agouro, depois que a flecha de Petyr acertou outra árvore, do que o ponto marcado.

–– Só espere. –– disse Petyr, ignorando o comentário do amigo.

Petyr estava treinando com o arco e flecha fazia semanas, mas nunca acertara um alvo sequer. Agouro só olhava de longe, não parecia que Petyr agora já tinha 15 anos. O cabelo estava começando a ficar desbotado, e quando Agouro perguntou se era alguma doença, ele disse que não, que era normal e que já havia acontecido muitas vezes na família. Mas Agouro não se conformou somente com isso, e mandou seus poucos companheiros que o olhassem quando fosse embora ou entrasse na floresta, porquê sua preocupação com Petyr aumentara absurdamente, principalmente depois que o vira vomitar puro sangue.

––Não te contei, não é? –– Petyr perguntou, quando se sentou ao lado de Agouro. –– Estou completamente apaixonado.

–– E quem é a coitada? –– zombou mais uma vez, ganhando um olhar assasino.

–– Jane Hall. –– respondeu. –– Ela é muito linda, muito mesmo. Eu amo quando ela passa com aquele cabelo ruivo, mesmo que se fosse na minha cara. Acha que eu devo ou não me declarar?

–– Então Petyr Glen está mesmo apaixonado? –– Agouro soltou uma gargalhada. –– Se declare sim, mas não me culpe se ela acabar lhe chutando.

–– Ela não vai fazer isso, seu idiota! –– disse Petyr, jogando o cabelo verde água para trás. –– Afinal, ninguém consegue resistir á Petyr Glen!

Logo após dizer isso, Petyr saiu correndo, deixando o arco caído no chão. Agouro o seguiu, embora fosse somente a passos largos, mas chegou a tempo de vê-lo vomitar sangue pela terceira vez naquele dia, em um pequeno lago que tinha naquela floresta.

–– Você está bem? –– perguntou Agouro sério, quando Petyr havia voltado, ele estava pálido.

–– Claro que sim! –– respondeu  Petyr, abrindo novamente um sorriso e erguendo o arco. –– Vamos treinar!

Dany foi ficando mais fraca, e com o tempo parando de chorar, e começando a tossir. Se virou para que não vessem o que ela estava tossindo e jogando para fora, quando ela se virou novamente, sangue descia sobre seu queixo. A tal doença que Petyr tinha, talvez pudesse ter passado para ela também, e foi isso que deixou Agouro preocupado.

–– Você vai me ajudar, não vai? –– perguntou Dany quando havia caído no chão.

–– Vou. –– respondeu Agouro somente.

–– Eu sabia. –– ela disse, sorrindo. –– Meu pai com certeza gostaria de ver essa cena, não acha? Somos amigos agora.

–– AGOURO, AGOURO, AGOURO! –– Petyr entrou na floresta correndo, e até caindo algumas vezes. Ele já estava maior, muito maior e o laço que fizera com o centauro que teve a intenção de comê-lo na primeira vez que se falaram, agora crescera e não podia mais ser quebrado.

–– O que foi? –– perguntou Agouro, saindo com mais companheiros que tinha antes.

–– JANE ESTÁ GRÁVIDA! –– ele respondeu gritando, enquanto erguia os braços para cima e sorria. –– DIZEM QUE SERÁ UMA MENINA!

Todos os centauros ergueram seus arcos, e gritaram em comemoração, enquanto desejavam uma longa vida para a nova companheira que ganhariam em breve. Jane nunca teve tanta confiança em centauros como Petyr, mas ele dissera-lhe que não aconteceria nada se levasse a pequena anjinha algum dia para conhecer seus amigos.

–– Podemos convensar em outro lugar? –– perguntou Petyr, no ouvido de Agouro o mais baixo possível, enquanto os outros ainda comemoravam.

Os dois saíram, e foram para o tronco de uma árvore quebrada, que sempre costumavam ir quando eram “pequenos”. Petyr não tinha mais o sorriso no rosto que antes possuía, sua expressão era de alguém preocupado, extremamente preocupado.

–– Escute, eu estou morrendo, como pode perceber. –– Petyr levantou o cabelo, que agora estava chegando ao tom de branco. –– Mas não estou triste por isso, porquê sei que ao menos você conhecerá minha anjinha. Cuide dela, se puder. Não seja arrogante e não a tente comer, como fez comigo. Conte á ela sobre nossa história, e em como já nos arriscamos. Conte somente as partes felizes, não as partes tristes, como eu vomitando mais de três vezes sangue no lago. Por favor, cuide dela.

[...]

Os centauros estavam abaixados, a espera de alguma notícia. Os Potter tinham acabado de serem mortos, e não somente isso, parecia que outra família também tinha perdido um parente. Agouro apertava com força seu arco, imaginando onde Petyr estava naquele momento.

“–– Escute, eu estou morrendo, como pode perceber. –– Petyr levantou o cabelo, que agora estava chegando ao tom de branco. –– Mas não estou triste por isso, porquê sei que ao menos você conhecerá minha anjinha. Cuide dela, se puder. Não seja arrogante e não a tente comer, como fez comigo. Conte á ela sobre nossa história, e em como já nos arriscamos. Conte somente as partes felizes, não as partes tristes, como eu vomitando mais de três vezes sangue no lago. Por favor, cuide dela...”

As palavras não sumiam de sua cabeça nem por um segundo sequer. Um centauro mais novo, embora bastante grande e um pouco ruivo se aproximou de seu bando, e com uma das mãos livres, pode passar a seguinte mensagem:

“Petyr Glen está morto.”

Dany tinha acabado de desmaiar, e como Agouro e Firenze tinham ouvido algumas pessoas chamarem seu nome, decidiu deixá-la ali, porquê seria melhor do que encontrarem-na nas mãos de um centauro.

Hermione vinha correndo, enquanto via o estado que Dany se encontrava, por um segundo achou que ela poderia estar morta, mas depois de balançá-la várias vezes e gritar seu nome, ela respondeu com um sorriso, um sorriso que dizia “Eu estou bem, agora pare de gritar no meu ouvido, por favor.”. Rony correu novamente para a casa de Hagrid, e este veio logo em seguida para levar Dany á enfermaria. Hagrid olhou para trás, percebendo Agouro e Firenze ali.

Agouro olhou para Dany até que ela desaparecesse totalmente de vista, virou-se para o outro lado, e como Firenze estava ocupado demais ainda olhando para onde ela tinha ido, acabou sorrindo.

–– “Ela cresceu bastante, Petyr.” –– Agouro disse á si mesmo, voltando a caminhar e logo sendo seguido por um Firenze que gritava para ele o esperar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!