A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 10
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

Oi xenti *-*
Só avisando que o próximo capítulo vai ser, praticamente, só sobre centauros. Porquê eu, assim, sou completamente apaixonada por eles ♥
Enfim, boa leitura.



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Dany acordou com o mais pequeno barulhinho feito pela porta que tinha sido aberta com todo o cuidado, por Hermione. Pichi logo foi pular encima de Hermione, enquanto ela tentava entrar com todas aquelas malas.

–– Pichi, não! –– Hermione dizia, ou tentava, enquanto Pichi não deixava ela nem respirar. –– PICHI!

–– Hermione, é você? –– perguntou Dany do outro lado do quarto, com uma voz sonolenta. –– Fique quieta, meu Merlin, eu preciso dormir. –– Dany voltou a colocar a cabeça sobre o travesseiro, mas logo o levantou de novo ao perceber quem tinha chegado. –– HERMIONE!

–– Bom dia, também. –– disse Hermione sorrindo, enquanto via Dany a procurar com os braços. –– Eu estou aqui, sua tonta.

Dany fingiu se sentir ofendida, e logo depois saiu correndo, por sorte, Hermione estava mesmo no lugar onde ela imaginava ou se não tivesse, Dany teria batido a cabeça na parede.

–– Mandou a carta pra sua mãe explicando porquê não foi passar o natal em casa? –– perguntou Hermione quando Dany a largara.

–– Não, eu me esqueci! –– ela respondeu, de forma animada já pela manhã. –– Mandarei hoje.

–– Sério que mandará hoje? –– voltou á perguntar Hermione. –– Se você esqueceu ontem, então vai esquecer hoje.

–– Você vai lá comigo! –– disse Dany, erguendo as mãos para cima.

–– Então vamos.

Dany ia sair de pijama, se Hermione não a avisasse. Ela logo trocou de roupa, e saiu puxando Hermione pelos corredores. Uma hora até parou para conversar com um dos quadros, que perguntou como Jane estava e isso gastou mais de uma hora, já que Dany falava muito, principalmente quando o assunto era Jane. Quando chegaram ao corujal, as duas estavam com as pernas doendo.

–– Ok, escreva aí. –– mandou Dany, se sentando na beirada da janela.

“Mãe,

Me desculpe por não ir passar o natal com você, tive que ficar com o chato do Harry e do Rony. Eu preferia passar o natal com Hermione também, mas ela passou em casa, o que eu particularmente não gostei.

Enfim, tudo por aqui está normalmente normal. Em algumas semanas vão sair os resultados, torça, mãe, torça para que Snape seja legalzinho comigo e me deixe passar. Estou nervosa quanto á isso, já que ele vem me perseguindo muito e perguntando sobre o papai, o que eu não sei absolutamente nada, até você sabe disso.

Mas então, isso é só, porquê eu ainda tenho que comer e blábláblá. Até algumas semanas, mãe.

Te amo.

De sua filha única e mais linda, Dany.”

Ela riu da forma que Hermione releu a carta, e na frase final fez uma voz de quase nojo. Dany sempre dizia aquilo, sendo em cartas ou pessoalmente. Jane não gostava muito de quando ela falava aquilo, ela dizia que Dany estava se tornando “metida demais”, sendo que Dany nem era tão linda assim como achava. Claro que era uma brincadeira, mas quando Jane fez com ela, exatamente quando tinha 8 anos, Dany chorou quase por uma semana assim como parou de falar com ela. Só veio voltar a falar, quando Jane ameaçou de devolver Pichi a família de Petyr, que não existia mais, mas que Dany acreditou.

–– Olá, meus amores. –– comprimentou Dany, quando desceram para o grande salão. –– Como vocês estão, dormiram bem?

–– Já sei até porquê ela tá assim, tão educadinha... –– resmungou Rony, vendo Hermione chegar logo em seguida.

–– Escute aqui, seu gnomo. –– começou Dany, que pela primeira vez estava falando diretamente para Rony e não para uma parede ou para a pessoa errada. –– Hermione é minha melhor amiga, e se você abrir a boca pra falar mais alguma coisa dela, eu juro que arrebento isso que você ainda tem coragem de chamar de cara, ouviu?

Todos olharam espantados para Dany, que ainda tinha o dedo erguido e olhava para Rony. Logo em seguida ela começou a rir, e rir bastante alto. “Meu Merlin, você é bipolar?” perguntavam-se TODOS que estavam ali, inclusive Rony.

–– Eu estava só brincando. –– ela disse abaixando o dedo, mas logo em seguida fechando a cara. –– Mas se você falar mal dela mais alguma vez, eu acaberei com você. –– Dany começou a rir novamente. –– Sério, agora eu parei.

Ela começou a comer, enquanto as pessoas ainda a olhavam de um jeito estranho. Dany ia levando a comida até a boca, quando deixou que esta caísse no prato fazendo um barulho que, com o silêncio que o salão agora estava, pode ser ouvido de longe.

–– Vamos lá na casa do Hagrid? –– ela perguntou, e antes que alguém respondesse, já estava saindo sendo seguida por uma Hermione que gritava seu nome assim como gritava para ela esperar.

[...]

–– MEU MERLIN! –– gritou Dany quando Hagrid abriu a porta e um choro fino de alguma coisa chegou aos seus ouvidos. –– QUE DIABOS É ISSO?!

–– É um dragão. –– disse Rony como se fosse uma coisa óbvia, até perceber o que estava á sua frente. –– É UM DRAGÃO!

–– Preciso que me façam um favor, pode ser até você Dany. –– disse Hagrid, enquanto via Dany se encolher ainda mais atrás de Hermione. –– Preciso que leve Norberto para Agouro.

–– O QUE?! –– perguntou Dany, gritando novamente sem perceber. Estava quente, mais que o normal na casa de Hagrid, e Dany achou que ele tinha fechado todas as janelas estariam fechadas para esconder aquilo. –– E o que exatamente é “Agouro”?

–– Um centauro, ora. –– respondeu Hagrid. –– Ele não costuma ser amigável, mas duvido que venha a te machucar, já que era bastante amigo do seu pai. Dizem que Agouro foi o primeiro amigo que Petyr fez aqui quando estudava.

–– Tudo bem, eu vou então. –– disse Dany, saindo um pouco de perto de Hermione.

–– Mas Hagrid, tem meu irmão, o Carlinhos, esqueceu? –– perguntou Rony, evitando se aproximar muito de Hagrid, já que aquela coisa estava encima da mesa e perto de si. –– Ele sim meche com essas coisas, e um centauro só pioraria a situação. O que exatamente você quer fazer com isso?

–– Eu não quero que ele vá para a Romênia. –– disse Hagrid, tentando fazer carinho no pequeno dragão, que quase mordeu seu dedo por inteiro, se não tivesse o tirado antes disso. –– Se ele for, Carlinhos com certeza vai o deixar preso e isso eu não admito.

–– Mas se ele ficar solto, vai acabar matando todos nós. –– disse Hermione, um pouco impaciente. –– Eu li que eles crescem em menos de uma semana. Quanto este aí nasceu?

–– Uma semana atrás. –– respondeu Hagrid, olhando para Norberto e percebendo a diferença; ele parecia realmente maior.

–– E outra, ele é um dragão, Hagrid. –– continuou Hermione, tentando colocar uma mecha do cabelo atrás da orelha. –– E não um animalzinho que se dá pra adestrar com um levantar de dedo.

–– Tudo bem, então... –– Hagrid cedeu, suspirando. –– Então parece que você não vai mesmo poder ir levá-lo para Agouro, não é, Dany?

Silêncio. Todos olharam para trás; a porta estava aberta, enquanto balançava por causa do vento. Dany tinha saído fazia tempo, mas só agora aqueles quatro tinham notado aquilo.

–– Oh meu Merlin, pra onde ela foi?! –– perguntou Hermione, já saindo e olhando de um lado para o outro. –– DANY! CADÊ VOCÊ?!

Dany tinha acabado de entrar por um atalho na floresta proibida, e ouvira Hermione gritar seu nome. Não estava se importando se ela iria ficar preocupada ou não, se iria falar um discurso depois ou não, ela só queria falar com o tal centauro chamado Agouro, por isso fugira sem fazer muito barulho. Sua mãe lhe ensinara a como fugir daquela maneira, principalmente quando ela estivesse “ferrada”.

Dany sabia que tinha uma grande possibilidade dela não encontrar o tal centauro, porquê eles raramente saiam pela parte do dia, como já estudara uma vez, mas ela não podia deixar de tentar. Sabia também que poderia se machucar, e muito feio, porquê centauros não costumavam perdoar quando mechiam com eles, e muito menos ter piedade.

–– Tudo bem, agora se acalme. –– ela disse para si mesma, encostando-se em uma árvore. Tomou fôlego e: –– AGOURO!

Nada, somente o eco de seu grito. Ela continuou a andar, e parou logo quando ouviu alguma coisa sair da floresta. Ficou totalmente quieta, e percebeu que deveria ser um centauro, pelas patas que faziam barulho de longe.

–– Agouro? –– ela perguntou, rezando para que fosse realmente ele.

–– Não, é Firenze. –– respondeu. –– Agouro é mais alto e não branco como eu, não consegue ver?

–– Não, porquê sou cega. –– ela respondeu, passando a mão sobre os olhos e depois fazendo um “X” com dois dedos das mãos, deixando um Firenze totalmente confuso e sem entender o que realmente ela queria dizer. –– Bem, prazer, meu nome é Daenerys, mas pode me chamar de Dany.

Os dois andaram, com Dany de mão dada com Firenze, até que o mesmo a colocou sobre as costas. Galoparam até se sentarem embaixo de uma das árvores. Dany foi a primeira a puxar assunto, porquê queria e queria descobrir mais coisas.

–– Como Agouro é? –– ela começou.

–– Como ele é? –– Firenze perguntou de volta, e ela fez que sim com a cabeça. –– Bem... Ele é complicado, pra dizer a verdade. Ás vezes fala sobre um tal de Petyr, e em como ele sim era seu amigo, diferente de seus companheiros do bando. –– Dany chegou mais perto para ouvir melhor. –– Ás vezes ele também briga muito comigo, por mim achar que os humanos são mesmo nossos amigos, isso porquê sou novo no bando. Mas tirando isso, ele é bastante legal.

–– Ah, compreendi... –– disse Dany. –– Sabe, esse Petyr que ele fala, era o meu pai. –– Ela sorriu. –– E é por isso que quero falar com ele, porquê quero saber como era o meu pai.

–– Tem um desenho que Agouro fez dele. –– continuou Firenze. –– Ele fica no topo do nosso esconderijo. Se você pudesse enxergar, eu te levaria até lá, embora isso pudesse ser considerado expulsão.

–– Não quero que seja expulso por minha causa! –– ela disse rapidamente. –– Não tem problema algum. Sabe, eu também sempre tive o sonho de... conversar com um centauro, exatamente como estou fazendo.

–– Dizem que centauros são chatos. –– disse Firenze, fazendo ela sorrir.

Dany, aproveitando que ele estava deitado, fez cócegas em sua barriga e Firenze riu muito alto. Tão alto, que não perceberam quando um outro centauro, mais alto e marrom, apareceu vendo aquela cena de braços cruzados e com a cara totalmente amarrada de raiva.

–– Firenze, o que significa isso?


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