Just Happened escrita por miss little nothing


Capítulo 6
Why does it feel so good but hurt so bad?


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui novamente. Desculpe pela demora, eu tive dificuldade para pensar no que faria nesse capítulo, mas irei atualizar com mais frequência, espero. Desculpe também por ter feito as falas iguais as da série, mas foi necessário.Boa leitura, flores :D



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– Quando Alfred Hitler assumiu o comando da Alemanha, ele começou... – o Sr. Ward não era um péssimo professor. Ele só falava de um jeito que fazia todos os alunos dormirem. Estávamos sobrevivendo ao quarto período, próximo do horário do almoço. Eu estava com todas as minhas forças tentando me concentrar na aula, porém, era impossível sair de minha mente o que aconteceu mais cedo.

Flashback ON:

Eram seis horas em ponto quando cheguei à escola para uma aula extra de futebol americano. A maioria do time estava ali para começar com o treino. Enquanto nos aquecíamos no lado direito do campo, eu observava Kitty sentada no chão, se alongando. Ela deitou seu corpo sobre sua perna esquerda esticada e segundos depois, deitou-se sobre a outra. Ela conseguia ser simplesmente perfeita sem fazer esforço.

– Vamos garotos, cinco voltas trotando! – Dizia a treinadora Beiste me fazendo parar de prestar atenção em Kitty e me puxando com a intensão de me levantar. Assim que levantei comecei a correr no canto do campo – MEXAM-SE, AO REDOR DO CAMPO, TODOS VOCÊS! – Beiste gritava com o dois quartos do time. Finn corria ao meu lado. Ele tinha uma grande frequência cardíaca. Puck estava bem atrás. - Não á prêmio para jogador mais lerdo do time! Puck! Corre, molenga, corre! - Assim que passei próximo por Quinn acenei para ela. Outras garotas que estavam ao lado dela acenaram para mim. – LYNN! PARE DE DAR EM CIMA DAS GAROTAS E CORRA!

Depois que saíram todos do vestiário, fiquei ali terminando de me arrumar. Tinha poucas pessoas lá dentro. Finn estava cantando “Don’t Stop Belivin” enquanto tomava banho. Ele sempre era o ultimo a sair do chuveiro. Joguei a toalha molhada no banco e inclinei-me na frente do armário para procurar minha camiseta.

Quando escutei:

– Então, você é o famoso Ryder Lynn? – Uma voz masculina soar atrás de mim. Endireitei minha coluna e me virei. Vi parado a minha frente, escorado no armário, Jake Puckerman.

– Sim. Jake, certo? – Perguntei com a voz firme.

– Eu. – Ele respondeu cruzando os braços.

– Como posso te ajudar? – Perguntei voltando minha atenção para o armário afim de esconder meu nervosismo.

– Saindo da vida da Kitty – ele respondeu secamente me encarando. Parei todas as minhas ações, gelado. Kitty tinha contado mesmo tudo pra ele? Vire-me novamente para encara-lo.

– E-eu não sei do que está falando.

– Não sabe? – Ele riu incredulamente – Não se faça de idiota Lynn. Sei muito bem o que você e a minha garota tem feito, e é bom parar.

Senti meu rosto ficando vermelho de raiva. Minha garota? Atá.

– Tiro trocado não machuca. – Respondi secamente voltando minha atenção para o meu armário.

– Oque está tentando dizer com isso?

Peguei minha blusa e vesti-a.

– Que quando você parar – me virei para ele – de ficar em cima da minha garota, eu deixo a sua em paz. – Enfatizei o “minha garota” como ele mesmo fez. Vi o semblante de Jake se alterar, como se eu tivesse tocado na sua ferida.

– Marley não tem nada a ver com isso.

– Tem sim, e como tem. – Respondi me aproximando de Jake, fazendo-o encostar-se ao armário – Quero que saiba, Puckerman, que ela achou alguém que pode dar para ela o que você não pode dar, nem seque a metade.

Jake riu.

– Bem, não é isso que ela diz quando está na cama comigo.

Não consegui aguentar. Em um segundo, dei soco no queixo de Jake e no outro, estávamos nos batendo no chão. Consegui ficar sobre Jake e o acertei novamente no rosto, não com o impacto que queria.

– EI! PAREM COM ISSO! – Escutei a voz de Finn e ele me puxando pela camiseta. Logo, vi Sam chegando no fim do corredor seguido de Artie segurando Jake pelos braços.

– Está avisado Lynn. – Ele apontou para mim com ódio nos olhos. Assim que ele se soltou de Sam e Artie, saiu do corredor.

– Você tá bem cara? – Finn perguntava colocando a mão no meu ombro. – Ele acertou mesmo.

– Não me diga. – Falei sarcasticamente colocando a mão em meu supercilio. Estava sangrando e uma dor, suportável, estava se instalando por ali.

– Vá a enfermaria. – Escutei Sam falando.

– Estou bem galera, relaxa.

Flashback Off

O sinal tocou e todos começaram a se levantar, prontos para ir embora.

– Não esqueçam o resumo do capítulo 3! – Ouvi a voz abafada do Sr. Ward - Até semana que vem.

Kitty tinha faltado àquela aula. Não falava com ela desde ontem e não seria tão cedo que falaria se dependesse de Jake. Senti meu iPhone vibrando. Tinha recebido uma mensagem de Finn.

Cara, preciso de vc e Marley no auditório agr! – Finn

Corri pelos corredores a fim de encontrar Marley. Quando a vi – como sempre – em seu armário, dei uma explicação rápida e a puxei para o auditório. Quando chegamos ao local, todos do Glee Club se encontravam ali.

– OK – Escutei a voz de Artie em uma das cadeiras do auditório – Jake, Kitty, Marley e Ryder ao centro do palco, por favor. Vamos fazer isso bem rápido.

Marley segurou minha mão e puxou-me para o palco. O que diabos iam fazer com a gente agora? Os outros se sentaram nas cadeiras do auditório.

– Tudo bem. – A voz de Mercedes Jones apareceu próximo ao piano. Eu a conhecia ela graças a Wade que achava que ela era uma espécie de filha da Whitney Houston– Vocês arrasaram nos testes, mas só pode haver uma Sandy e somente um Danny.

Depois, um asiático, Mike Chang, que era jogador do time de Futebol americano da escola, apareceu próximo a Marley, falando:

– O coração de Grease é o romance de Sandy e Danny. Essa história é toda sobre química. Então, vamos avaliar como vocês se comportam entre si. Estão em sintonia? – Perguntou Mike fazendo uma careta.

– Também queremos ver como cantam e dançam no estilo dos anos 50 – dessa vez a voz de Finn propagou-se pelo auditório – por isso demos a música da audição antecipadamente.

– Eu – comecei levantando a mão, recebendo o olhar de todos – eu não li a música, então...

– Claro – Jake disse cruzando os braços – vamos trocar a música para o nosso querido “herói” se adaptar.

– Jake... – Finn o advertiu. Senti a mão de Marley na minha, como se ela estivesse me segurando para me impedir de esmurrar novamente a cara inchada de Jake.

– Nesse caso – disse Mike aproximando-se de Mercedes – nós dois começamos.

– Beleza – Pela primeira vez no dia escutei a voz de Kitty – todo mundo sabe que a “Kitty-Kat” vai vencer isso.

E a evil-Kitty tinha voltado.

– Uau, você tem muita atitude garotinha. – Mercedes disse sorrindo – Mas vamos ver se você tem peito, pra aguentar. – Ela se virou para o baterista e ordenou – Toque!

(http://www.youtube.com/watch?v=StASsCWGMek)

........

Depois do call-back todos voltaram para suas atividades diárias. Próximo do horário do almoço, enquanto conversava com Quinn, vi Finn, Mercedes, Artie e Mike andando pelo corredor com um papel na mão. Eu sabia que aquilo era a lista dos papeis da peça. Quem tinha ficado com qual personagem. Parecia que eles andavam em câmera lenta. Quando Finn chegou ao mural, pregou a ficha e colocou-se ao lado de Mercedes, Artie e Mike.

Brittany S. Pierce foi a primeira a olhar e pela sua reação, consegui o papel que queria. Depois Tina Cohen-Chang olhou e também consegui o que queria. Seguido por Joe Hart e Sugar Motta, Sam olhou a lista, como os outros, ganhou o papel desejado. Assim que Wade achou seu nome, sorriu orgulhoso, ele teria conseguido o papel de Rizzo que tanto queria. Depois Blaine apareceu, parecendo conformado. Ele tinha ficado meio deprimido desde que Kurt saiu da escola. Jake andou até o quadro e olhou seu nome na lista. Talvez, com a reação de Jake, eu criaria coragem e veria se eu teria conseguido ou não. Mas ele se virou e saiu andando para o outro lado do corredor, fazendo com que eu não notasse sua reação.

O corredor girou com a possibilidade, andei apressadamente com um frio na barriga possuindo meu amago e olhei o quadro.

“Ryder Lynn........... Danny Zuko.”

Isso eu conseguia ler nitidamente. Sufoquei um grito de comemoração sendo percebido por todos, causando uma ligeira risada. Marley passou por mim quando sai de perto do quadro. Não tinha visto o nome dela. Marley levou as mãos a boca, provavelmente tentando sufocar um grito e depois fechou o punho comemorando. Ela havia conseguido o papel da Sandy. Ela andou até mim e me abraçou sussurrando um alegremente “Conseguimos. Nós dois!”.

Kitty passou pela multidão empurrando a todos e parou em frente ao quadro, fazendo uma expressão de ira no rosto. Com um tom peguinhado de raiva e desgosto perguntou:

– Patty Simcox? – Ela se virou para os demais com raiva - Quem diabos é Patty Simcox? – Continuaram em silêncio. – Eu não entendo. Eu rezei bastante por isso.

– Talvez Deus não escutou por que estava ocupado salvando as crianças com câncer – Disse Joe Hart, arrancando risadas de algumas pessoas.

– Calado, Avatar. – Disse Kitty. Ela se virou para Jake, que permanecia com a mesma feição, e continuou – Isso é sua culpa. Estragou tudo em “Hand Jive”!

– Não eu não estraguei! – Ele retrucou com a voz firme e despreocupado – fomos bem, só não deu certo.

– Tenho escutado muito isso de você – Kitty disse com um tom pesado, como se estivesse cansada de falar nisso. Ela revirou os olhos e saiu andando pelo corredor. Tirei meu braço por cima dos ombros de Marley e corri atrás de Kitty.

– Hey, espere! Kitty! – Dizia enquanto tentava acompanha-la.

– O que você quer, Stalker esquisito? – Ela respondeu com acidez, sem olhar para mim.

– O que eu quero? Você nem me ligou ontem para contar o que aconteceu. Eu fiquei esperando sua ligação.

– Tinha coisa melhor para fazer.

Ok, eu não ia suportar Kitty bancar a vadiazinha comigo. Segurei seu braço e puxei-o com um pouco de violência fazendo-a olhar para mim.

– O que deu em você? Ontem estávamos bem, e agora... Você voltou triplamente pior.

– Você sabia o tanto que eu queria aquela droga de papel. Em vez de ajudar, você foi lá e piorou tudo com a Honey Boo-Boo. Pensei que pelo menos você Ryder, ia ser bom para mim, pelo menos você. Agora que você arruinou minha vida, vou vou fazer o mesmo com a sua. – Ela se soltou e saiu pelo corredor, me largando ali perplexo. Do que ela estava falando?

...

Mais tarde, quando o ultimo sinal havia tocado, estava no corredor, procurando meu livro de Álgebra quando escutei a voz de Jake.

– Então Ryder, diga para nós, como que é perder a virgindade tão cedo?

Não poderia ser. Quando me virei, vi que Jake Puckerman estava ali com um sorriso travesso no rosto.

– Quando foi mesmo? Aos 11. Conte a todos – ele aumentou a voz chamando a atenção de todos no corredor – como foi. Ela se chamava Stacy, certo?

Uma onda de desespero e raiva passou por todo meu corpo. Senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto. Vi então no canto Phil Lipoff e Bobby Surette.

– Não vai contar? OK, eu conto. – Jake se virou para as pessoas que se aglomeravam ali e começou animadamente – o queridinho astro aqui tinha uma babá, que abusava sexualmente dele. Sim, senhoras e senhores, Ryder Lynn era molestado quando criança. E sabem o que é pior? – Jake parou na minha frente escondendo o sorriso em seu rosto por uma feição assustadora.

– Jake, não faça isso, por favor – Sussurrei sentindo mais lágrimas descendo pelo meu rosto.

– Ele a matou, a facadas. – Todos ao redor começaram a murmurar.

– EU NÃO A MATEI! – Gritei empurrando Jake. O silêncio voltou.

– Eu sei disso “garotão”, calminha. Só queria ver sua reação. – Ele ria incredulamente, fazendo meu corpo vibrar de raiva.

– Me fale uma coisa, Lynn – a voz estridente de Phil se sobressaiu - ela era gostosa? Ela era safadinha?

– Duvido nada que você deixava ela fazer aquelas coisas – Bobby disse gargalhando.

Quando dei o passo para socar os dois, senti Sam segurando meu pulso e depois Santana Lopez entrou no meio da “roda” parando em minha frente, tentando me acalmar. Ela levou as mãos em meu rosto e olhou fixamente em meus olhos sussurrando "calma, respira, não estoure." Quinn apareceu ali, andou até Jake e empurrou ele.

– Qual seu problema Puckerman? – Escutei ela falando com raiva. – Qual é o problema de todos vocês? – Ela virou-se para todos – até parece que não tem problemas na vida.

– E você é a grande representação desses problemas na Terra, Fabray – Disse Phil.

Santana ficou tensa e fechou os olhos tentando dizendo para sí mesma "calma, respira, não estoure." Assim como eu, Santana tinha um “pavio curto”.

– Sim, eu tenho, assim como todos aqui – Quinn retomou enquanto andava na direção de Phill e Bobby com as mãos na cintura. – Mas ao contrário de você, eu tenho amigos e uma família para recorrer. E não fico descontando minha raiva nos outros como você faz, Lipoff.

Um grande “Uou” preencheu os corredores naquele momento. Quinn levantou apenas uma mão e todos fizeram silêncio novamente.

– Por que, ao invés de se preocupar em saber de fofocas sobre os outros, vão cuidar da vida de vocês? Anda! Circulando! - Todos saíram correndo dali, esvaziando o corredor.

Senti as mãos quentes de Santana no meu rosto. Levei minhas mãos as suas e as tirei do meu rosto.

– Ryder... – Quinn me chamou melosamente, aproximando-se de mim – você está bem?

Mas não respondi. Apenas corri daquele corredor, tentando me afastar o máximo possível de todos ali.

...

Os soluços que saiam de meus lábios ecoavam pelo auditório. O único lugar que nunca iriam me procurar era ali. Ele continuava do mesmo jeito que sempre permaneceu, quieto, harmonioso como um templo.

– É sempre um ótimo lugar para se refugiar. – A voz doce e lasciva de Quinn ecoou no auditório. Ela desceu silenciosamente até a fileira que eu estava. Permaneci do mesmo modo, sentado com os cotovelos apoiados em meus joelhos e sustentando minha cabeça com minhas mãos.

– O que você quer, Fabray? – Perguntei remotamente.

Fabray? Nossa... Você está realmente muito puto Lynn. – Ela debochou-se de mim, sentando-se ao meu lado. Não disse nada, permaneci na mesma posição, encarando o nada deixando lágrimas silenciosas rolarem pelo meu rosto. – Vamos fazer o seguinte. – começou Quinn, sentando-se de joelhos na poltrona – eu conto pra você algo que você não sabe sobre mim e você me conta essa história. OK? – Continuei calado.

Ela percebeu que eu não ia falar nada e continuou.

“Bem, quando eu estava no primeiro eu namorava com o Finn.” Ela olhou para mim esperançosa, querendo uma risada ou um olhar de espanto, porém nada “Acredite, era verdade. Costumávamos a ser inseparáveis. Mas eu fui tola, muito tola e acabei perdendo minha virgindade com Puck.” Ela suspirou e logo continuou “isso resultou em gravidez. Eu não sabia o que fazer e contei para Finn que estava esperando um filho dele, mas era tarde demais, ele estava apaixonado pela Rachel. Deus como eu a odiava.”

Ela disse rindo de si mesma, arrancando um sorriso meu que passou despercebido por ela “depois que eu contei para Rachel que estava grávida do Puck, ela contou para o Finn para protegê-lo. Reconheço o porquê de ela fazer aquilo, mas depois disso, meu ódio aumentou. Acabei sendo expulsa de casa pelo meu pai e fui morar com Puck. Isso me deixou nos nervos e eu desesperei. Mercedes, que é simplesmente um anjo, me acolheu e passei grande parte da minha gravidez morando com ela.“ Ela tinha deitado sua cabeça no encosto da poltrona e assim como eu, chorava silenciosamente. “No dia das regionais, depois de nossa apresentação, assim que fiz as pazes só com minha mãe, entrei em trabalho de parto. Todos do Glee club estavam ali e eu sabia que poderia contar com meus amigos para o der e vier.” Ela sorria ainda chorando. “Puck uma vez cantou uma musica para mim, Beth da banda...Hm... Qual era mesmo?” Ela parecia não se lembrar.

– Kiss? – Disse pela primeira vez olhando diretamente para ela.

– Sim, Kiss. Assim que meu bebê nasceu, chamei ela de Beth e coloquei ela em um orfanato. – Ela se ajeitou na cadeira passando a mão pelo rosto limpando as lágrimas. – a mãe da Rachel, Shelby adotou ela. Shelby é um amor de pessoa, assim como Rachel. Ela sempre me chama para almoçar na casa dela com Puck para vermos Beth.

Ela olhava para mim esperando minha resposta ou reação. Simplesmente recostei-me na poltrona olhando para o palco a nossa frente.

– Claro que eu tive outras recaídas depois da Beth nascer. Conheci Sam, namoramos depois eu trai ele com Finn, depois terminamos, ai tentei cortar o cabelo e deu em algo mais curto que isso, ai entrei no grupo das “Skanks”. Você deve saber quem são, certo? – Respondi positivamente – ai depois tentei roubar Beth da Shelby, Puck me ajudou a sair dessa depressão junto com o Glee Club e hoje, sou o que sou. A imperatriz do McKinley. – Ela disse agora sorrindo. Depois de alguns segundos absorvendo toda aquela verdade sobre Quinn, me virei para ela apoiando meu braço na minha poltrona, apoiando minha cabeça em minha mão. Quinn se virou para mim, fazendo a mesma posição que eu.

– E a Quinntana entrou quando nessa história? – Eu a peguei desprevenida. Ela corou violentamente. Ela sempre ficava vermelha quando eu perguntava sobre Santana. Ela riu voltando a me olhar nos olhos.

– Apareceu quando eu estava voltando nos trilhos. Santana foi uma das pessoas que me tiraram da escuridão. Todos do Glee Club foram. – Ela suspirou. Ficamos um tempo em silêncio, se encarando. Quinn implorava para que eu contasse o que Jake tinha insinuado era quase impossível, mas que tinha que tentar.

– É meio pesado. Poucas pessoas sabem disso, só as mais próximas de mim. Bem, agora metade da escola também sabe – Ri incredulamente tentando esconder as lágrimas - Quando eu tinha 11 anos fui molestado pela minha babá, Stacy. Isso é verdade. – Fiz uma pausa esperando a reação de Quinn. Ela continuou sem nenhuma reação – Ela entrou comigo no banho e me tocou um pouco.

– Ela era uma adolescente? – Quinn perguntou ainda mantendo o olhar fixo a mim.

– Sim, deveria ter uns 17, 18 anos. Eu meio que tive problemas depois disso. Não confiava em mais nenhuma garota e demorei alguns meses até voltar a falar com alguma.

– E você contou para seus pais? – ela perguntou com um tom de preocupação na voz.

– Não precisei, ela foi presa por que foi pega fazendo isso com outra criança e foi morta na cadeia.

– Ryder, você tem ideia de quem contou para o Jake sobre isso?

– Só a Marley sabia, ela não ia fazer nada contra mim, eu tenho certeza.

– Eu também. – Quinn se recostou no assento – tem certeza que ninguém mais sabe? Alguém que... sei lá, queria se vingar de você.

Minha mente se clareou momentaneamente.

– Vadia... – sussurrei me levantando.

– Ei! Estou só te ajudando! Sei que está puto, mas não desconte...

– Não você – disse andando pelas fileiras – ela.

– Quem, Ryder? – Quinn perguntou quase gritando, correndo atrás de mim – quem contou para ele?

...

– VOCÊ! – Gritei assim que entrei no ginásio do colégio.

– Ryder! Não faça isso – escutei de longe a voz de Quinn, porém a ignorei.

– Você, sua vadiazinha – falei enquanto apontava para Kitty, que estava sentada no chão perplexa.

Era o treino das Cheerios e para minha sorte, a treinadora Sue não estava ali. Todas as garotas do time agora davam atenção apenas a nós dois.

– Ryder, o que deu em você? – Kitty perguntou, levantando-se.

– Você contou para ele, não foi? – Na tarde que passei com Kitty no domingo, eu tinha contado para ela sobre o tal assunto.

– Contou o que?

– CONTOU OU NÃO? – Gritei me exaltando.

Kitty me encarou em silêncio, parecendo que iria chorar a qualquer momento. Eu estava com tanta raiva dela que não conseguia sentir pena de sua carinha doce.

– Você mereceu... – Ri incredulamente.

– Mereci? Mereci pelo o que Kitty? Por defender minha namorada de todas as banalidades que você causou a ela? Por ser o centro das atenções no McKinley ofuscando seu namorado? Por ter conseguido um papel na peça da escola merecidamente? – Falei me aproximando de Kitty. Ela me encarava com medo. Todos me encaravam com medo. – Você é um monstro, Kitty Wilde. Um monstro. – Aproximei dela, peguei em seu braço e puxei ele para próximo do meu, fazendo seu corpo colidir com o meu. Ficamos com o rosto próximo um do outro.

– Ryder! – Escutei a voz de Quinn mais próxima de mim. Santana se aproximou de Quinn puxando-a para longe, eu sabia que no fundo Santana detestava Kitty.

– Eu vou fazer você provar do seu próprio veneno, vadia – vi as lágrimas escorrendo pelo rosto de Kitty. Era maravilhoso ver o medo nos olhos da Kitty. Tão bom que fazia meu coração se quebrar momentaneamente. Com a outra mão livre, levei minha mão ao outro braço dela e disse olhando em seus olhos – e isso, é uma promessa.

Larguei Kitty no chão e sai andando para fora da escola. Eu ia me vingar de Kitty, não importava quanto, mas ia. Bem, parabéns Kitty Wilde, você acabou de criar um monstro, igual a você.


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Notas finais do capítulo

Então é isso ai, coloquei o link do video "Hand Jive" do call-back pra quem não lembra. Não me matem, ter uma rivalidade entre "Jitty" e "Ryley" vai ajudar a desenvolver a fic. Relaxem, quando a Kitty aprender o que é sofrer, Ryder vai ama-lá novamente, acreditem.Agora, próximo capítulo, alguém muito especial vai aparecer, o novo interesse amoroso de Ryder Lynn. Imaginam quem seja?Até o próximo :*Pitada de: Troublemaker, Olly Murs.