Just Happened escrita por miss little nothing


Capítulo 4
It started with a whisper


Notas iniciais do capítulo

Demorei dessa vez para atualizar devido à tragédia com o Cory. Ainda não consigo acreditar. Descanse em paz, eterno Finn. Fiz um pouquinho de Finchel por que eles são meu casal preferido. That's all.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376205/chapter/4

Os corredores do McKingley ficavam cada vez mais cheios a cada minuto. Eram vários alunos que saiam de sala em sala para aproveitar os poucos minutos que ainda tinham antes das próximas aulas. Eu estava procurando Marley, não falava com ela já fazia um tempo graças à detenção que ganhei por causa da briga no refeitório de três dias atrás. Como sempre, meu pai falou que eu estava chamando atenção por causa do Wally.

Marls! Falei abraçando Marley assim que a vi no corredor. Ela me abraçou com força e parecia como se não fosse soltar. – Marley? O que foi?Perguntei desconfiado.

Kitty. Novamente... Quando escutei seu nome senti meu coração bater devagar durante três segundos. Desde que tivemos nossa conversa na arquibancada do colégio, ela estranhamente conversava comigo. Falava sobre várias ideias que ela havia tendo, sobre como ela queria sair de Lima e como ela estava já entediada do McKinley. Essas pequenas coisas me fazia acreditar que ela era um sonho ela fez o teste para Sandy Dree e para piorar, ela fez com o Jake.

O que que tem ela fazer o teste com o Jake? Eles são namorados, certo? Perguntei soltando Marley. Ela ainda não sabia que eu tinha conhecimento do pequeno caso dela e do Jake. Marley suspirou e olhou ao redor. Ela segurou minha mão e me puxou pelo corredor.

Adentramos em uma sala espaçosa. Tinham vários troféus em uma estante. Cadeiras vermelhas empilhadas e um piano no canto. Aquele era definitivamente o “Glee Club”. Marley me puxou - ainda segurando minha mão – para uma das cadeiras. Assim que ela se sentou, fiz o mesmo ao seu lado.

Não vai cantar para mim, vai? Perguntei brincando, escutando um riso abafando vindo de sua parte.

Não. Fiz uma feição triste demonstrando desapontamento e dissabor. Ela novamente riu segurado minhas mãos. Bem... Provavelmente você já deve saber, mas eu gostaria que escutasse de mim a verdade. Ela me encarou com seus olhos azuis que transmitiam candura e tranquilidade.

Estou a ouvidos. Respondi apertando um pouco suas mãos pálidas. Ela suspirou e abriu a boca, porém fechou-a, ainda procurando as palavras certas para usar.

Jake e Kitty tem um relacionamento... Confuso. Eles terminam e voltam quase toda hora. Em uma dessas crises, eu conheci Jake. Ele foi um doce comigo, diferente do que eu achei que ele fosse. Ele é incrível e acabou que nós ficamos. Kitty descobriu e virou uma fera. Então, quando eu percebi que estava apaixonada por Jake, ele me contara que ele ainda namorava com Kitty. Eu só fui descobrir que eles tinham um relacionamento depois, eu juro Ryder. Ela dizia com desespero na voz, eu acreditava em Marley com minha vida. – e é por isso que Kitty e eu vivemos brigando, que ela agora está no seu pé, está tentando tirar meu papel na peça da escola, ela vive pra me torturar. – Marley falhou por um segundo e deixou uma lágrima escapar de seus olhos. Marley sempre foi frágil como um vidro, o que me fazia sempre me reder a ela.

Tem um jeito de isso tudo acabar. Disse lentamente lembrando-me das palavras de Kitty.

O que? Eu faço. Ela parecia desesperada.

Kitty disse uma vez que ia parar de te provocar por que você estava namorando. Assim você ia ficar longe do Jake e ela não ia ter mais motivo para continuar.

– Tudo bem, mas... Eu não tenho namorado. Ela soltou minhas mãos e colocou sob sua coxa, apertando-a. Marley tinha essa mania estranha quando estava nervosa ou ansiosa.

Bem... De acordo com os boatos... Comecei me levantando Estamos namorando há três meses. E eu troquei de escola para ficar com você. – Marley sorriu abertamente.

Eu também escutei isso, mas não achei que iam levar tão a sério. Eu acreditava que aquele plano ridículo ia funcionar. Eu ia proteger Marley e ainda teria a confiança de Kitty. Ryder isso é idiotice.

– Qual é Marley! Vai ser a coisa mais fácil do mundo. Não precisamos fazer nada demais, só andar de mãos dadas por ai e concordar toda vez que alguém perguntar se a gente namora.

Marley riu novamente.

– Ryder, essas coisas nunca dão certo...

– Eu posso te ajudar a livrar da Kitty. É só você aceitar meu pedido de namoro. – Falei sorrindo me sentando ao seu lado. Marley me encarou uma feição divertida.

Tudo bem, eu aceito essa coisa ridícula. Mas vamos ter que contar para todos isso, entendeu? Todos.

– Tudo bem. Disse rindo segurando sua mão novamente.

Mas e se eu ganhar o papel e Jake também? Marley disse começando a ficar nervosa novamente Kitty ainda vai me matar. Eu tenho certeza. Jake foi o único que fez o teste para Danny Zuko. Ela vai usar minha pele como tapete no quarto dela.

– Marley! Falei segurando seu rosto gentilmente sorrindo. Marley fitou-me por alguns segundos se acalmando Deixa que isso eu resolvo, ok?

OK Marley disse lentamente suspirando. Ela novamente me fitou respirando pesadamente. Ouvi um barulho na porta.

Estou atrapalhando alguma coisa? Disse Wade entrando na sala, cruzando os braços. Soltei Marley que estava corada violentamente.

Bom-dia para você também Wade respondi relaxando-me na cadeira. Vi Finn encostado no armário, conversando com Puck fora da sala.Tenho que ir, falo com você mais tarde, ok? Disse a Marley ela balançou a cabeça afirmando. Deixei um beijo casto em sua testa e sai da sala me despedindo de Wade.

Assim que cheguei, Finn sorriu e Puck me encarou com uma expressão engraçada.

Fala mano. – Finn me cumprimentou fechando o punho em minha direção.

Fala Finnrespondi tocando o punho dele. Fiz o mesmo com Puck. Preciso urgentemente da sua ajuda.

– Tenho que ir, falou disse Puck sumindo pelo corredor. Eu e Finn começamos a caminhar pelo corredor.

O que foi? Ele perguntou cumprimentando outra pessoa que passou por nós.

Eu preciso fazer o papel para Danny Zuko na peça da escola, mas eu nem sei cantar. Soltei de uma vez. Um sorriso brotou nos lábios de Finn.

Procurou o cara certo. Vem. Ele disse andando mais rápido no corredor.

Segui-o até o Auditório da escola. Estava vazio. Finn soltou sua mochila, tirou o casaco e subiu ao palco.

Vem aqui. Ele me chamou. Tirei o casaco do time de futebol americano da escola e subi no palco Eu era igual a você. Eu achava que não sabia cantar, mas eu simplesmente fiz. Sem pensar, só fiz. Como um bom cocô. Soltei uma risada. Finn conseguia ser engraçado e manter a pose de líder sério ao mesmo tempo. Aposto que você é um roqueiro clássico.Concordei observando ele ligando o som.

A batida de “Jukebox Hero” preencheu o lugar. Naquele exato momento, senti um arrepio. Finn começou a caminhar até o centro do palco e começou:

Standing in the rain, with his head hung low

Finn começou olhando para mim, como se estivesse mostrando como era simples se sentir a vontade no palco.

Couldn't get a ticket, it was a sold-out show

Heard the roar of the crowd, he could picture the scene

Ele olhou para frente e continuou com a cantoria:

Put his ear to the wall, then like a distant scream

He heard one guitar, just blew him away

He saw stars in his eyes, and the very next day

Ele apontou para mim e me chamou para o centro do palco. Criei coragem e comecei.

Bought a beat up six-string, in a second-hand store

Não tinha saído tão horrível quanto imaginei o que me motivou a continuar.

Didn't know how to play it, but he knew for sure

Escutei a guitarra no alto-falante e continuei empolgado:

That one guitar felt good in his hands,

didn't take long to understand

A partir daquele momento me senti como se estivesse em um show. Com a multidão, o guitarrista, o baixista, Finn na bateria e todos cantando e gritando comigo a musica e saiu como se fosse algo natural. Assim que acabei a musica voltei para realidade. Finn sorria orgulhosamente para mim.

Cara, isso foi demais disse batendo na mão de Finn que estava suspendida no ar, fazendo um “High-Five – O que acha? Eu devo fazer a audição?

Finn olhou indiferente para mim.

Cara, você acabou de fazer.Ele disse se divertindo com aquilo.

Que? Como assim? Perguntei não entendendo sua afirmação.

Eu sou um dos diretores da peça. Você acabou de fazer a audição. Meus parabéns.Ele sorriu novamente, desceu do palco, pegou sua mochila e saiu do auditório. Não imaginei que seria tão fácil.

...

Sábado à noite em Lima. Todos seus amigos estão em uma espécie de Luau. Deveria ser legal, certo? Marley estava tentando me convencer a ir nessa tal “festa”. Não fazia trinta segundos que eu tinha recusado seu convite e desligado o telefone. Estava - pela milésima vez – jogando Tomb Raider. Desde que ganhei esse jogo não conseguia parar de jogar.

– Ryder? – Escutei a voz pesada de Wally Você tem visita. – Ele informou abrindo a porta.

Eu era uma versão mais nova de Wallace. Todos sempre diziam que quando Wally era novo ele era igualzinho a mim. Porém fisicamente. Sempre vivi na sombra de Wally. “Você tem que parar de ser estúpido e tentar pelo menos se espelhar eu seu irmão” meu pai gritava comigo sempre que eu fazia algo de errado.

Visita? Tudo bem... Disse pausando o jogo e soltando o controle sob a cama. Wally costumava passar os finais de semana com a gente, os outros dias ele ficava com sua esposa em um apartamento nada modesto que ele tinha ganhado dos nossos pais verão passado por ter entrado em Harvard para cursar Medicina.

Sai do meu quarto e desci as escadas rapidamente. Assim que cheguei ao térreo, vi Marley falando com meu pai. Ela estava com um vestido branco simples, uma flor no cabelo e uma sandália de dedo. O que ela queria?

Marley Minha voz falhou quando pronunciei seu nome O-o que está fazendo aqui?

Vim te buscar para festa, seu bobo. Ela respondeu como se aquilo fosse óbvio.

A adorável Marley estava me contando de como você está a conquistando, Ryder escutei meu pai falando. Ele se levantou da poltrona preta e me encarou com as mãos no bolso. Para um homem de 52 anos, meu pai parecia mais novo.Estou feliz, Marley já é da família há muito tempo, se fizer essa moça triste, nunca mais verá a luz do sol, entendeu?

Mas que diabos ele estava falando? O que a louca da Marley fez dessa vez?

Sim pai Respondi encarando Marley, ela olhou para mim de volta com um sorriso vitorioso - Querida, vem comigo, sim? Disse sarcasticamente. Marley se arrastou até próximo de mim. Segurei sua mão e a levei para meu quarto assim que chegamos ali, sentei-a na cama tá, que porra foi aquela?

– Acordo é acordo. Eu contei para o seu pai. Lembra da promessa? Para todo mundo. Ela respondeu calmamente.

Não sei se lembra, mas foi de mentira. Meu pai não precisava estar incluído nisso. Aproximei-me dela e fiquei de joelhos segurando suas mãos sorrindo. Eu não conseguia ficar bravo com Marley. Sabe? Uma brincadeira para afastar a Kitty de você?

– Eu sei... Ela suspirou apertando minhas mãos e encarando o chão o que eu tive com Jake foi real. Foi... De verdade. Eu sabia que ele não estava me usando por uma noite. O que eu senti foi diferente. Eu nunca senti isso por ninguém. Ela me encarou com seus olhos azuis marejados – e dói mais ainda saber que eu nunca vou sentir isso novamente. – Ela deixou uma lágrima descer. Levantei minha mão até seu rosto, afagando-o. Era a hora de contar a espécie de sentimento que eu tinha desenvolvido por Kitty?

Marley... Eu...

– Tudo bem ela me interrompeu tirando minha mão de seu rosto eu sei, foi errado o que aconteceu. Kitty sempre vai ganhar. Isso é fato. Ela passou a mão no rosto, limpando as lágrimas. Ela sorriu e se levantou Agora, eu preciso ir para essa festa. Para ver se animo de verdade. E eu preciso de você Ryder. Afinal, no final das contas, somos eu e você contra o mundo.

Sorri com aquela afirmação. Quando tínhamos seis anos, nós costumávamos brincar que éramos super-heróis. Eu era o Mega Stud e ela a Woman Fierce. E dizíamos que que íamos salvar o mundo. Destruir todo o mal que havia nele. A inocência de uma criança é uma coisa divina.

Ok, eu vou com você. Nós vamos para essa festa, nos divertir bastante e depois você dorme aqui ok? Não quero ver você triste. Falei abrindo o armário e pegando as roupas mais simples para ir a tal festa.

Marley esperava pacientemente enquanto eu tentava achar alguma roupa que – de acordo com ela – fosse apropriada para um Luau. Vesti uma camiseta branca folgada, uma bermuda bege e uma sandália normal. Desci com Marley pelas escadas e meu pai estava sentado no sofá, conversando com Wally sobre seu casamento.

–Ryder? Marley? – Meu pai nos chamou. Marley andou animadamente até ele. Bem, querida... Como sabe, Wallace vai casar-se em 2 meses, certo?

– Sim ela respondeu calmamente. Cruzei os braços e aguardei.

Então, como todos sabem, em um casamento, os noivos precisam de padrinhos e madrinhas de casamento – ele soltou um pigarro e continuou, levantando-se – e já que você e Ryder tem se entendido muito bem... E Ryder vai ser padrinho...

Você seria a madrinha do meu casamento? Wally tomou a frente e perguntou, interrompendo meu pai.

Mas que diabos era aquilo? Eu não tinha concordado em ser padrinho de casamento do Wally, nem queria ir.

Senhor Lynn, isso... Eu sabia que Marley estava prestes a recusar por que ela sabia que eu não queria ir ao casamento de Wally. Ela encarou o semblante de Wally e do meu pai e sorriu abertamente ... Seria uma honra.

Pronto problema resolvido. Vê se não estraga com tudo Ryder Meu pai disse passando por mim. Revirei os olhos e esperei Marley terminar o abraço que estava recebendo de Wally.

Soltei um pigarro mais alto do que planejado e Wally soltou Marley sem graça, coçando a nuca.

Obrigada Marley, sempre soube que eu poderia contar com você Ele segurou a mão da Marley e beijou-a, sorrindo. Como ele conseguia ser tão... Idiota?

Imagina Wally. Marley respondeu abobada. E ela ainda caia no “charme” do meu irmão mais velho? Revirei os olhos e andei até a cozinha esperando Marley.

A cozinha dava acesso à garagem. Assim que ela se despediu, ela veio ao meu encontro com um sorriso divertido nos lábios. Abri a porta e entramos na garagem. Só tinha dois carros ali, o meu e o do meu pai. Minha mãe não gostava de dirigir, ela achava que era perigoso. Peguei a chave do Jeep Wrangler e destravei as portas. Marley andou até a porta do passageiro e abriu-a. Assim que entramos em meu carro Marley sorriu empolgada.

Esse é melhor que aquele velho que você tinha em Detroit.

Nasci e fui criado até meus quatorze anos em Lima, Ohio, mas devido as minhas notas baixas e o emprego de minha mãe, nos mudamos para Detroit. Eu e Marley nos conhecemos na primeira série. Eu era um excluído da turma, praticamente não falava com ninguém e só Marley, a novata, veio falar comigo. Com a mudança, Marley vinha me visitar sempre que dava e ela sempre reclamava do meu antigo Subaru tão amado.

Ele era meu bebê ok? – Disse com desdém.

E agora esse é o que?

– Meu xodó falei beijando o volante em uma forma de brincadeira.

Ela riu da minha “infantilidade” colocou os cintos. Assim que fiz o mesmo, liguei o rádio.

“Sweet Dreams are Made of This”

Comecei a cantar imediatamente batendo no volante enquanto tirava o carro da garagem. Marley me encarava com uma expressão engraçada.

“Everybody is looking for something”

Cantamos juntos. Seguimos o caminho assim. O trânsito estava normal. Nem muito cheio nem muito vazio. Eram já oito horas da noite. Marley me levou até o “setor de mansões” de Lima, onde Quinn morava. Marley havia me explicado que a festa seria na casa da própria Rachel Berry, comemorando as seletivas. Todos do Glee Club e mais outros estariam ali.

Estacionei um pouco longe da casa dos Berry. Havia uma boa quantidade de carros ali. Reconheci o carro da Quinn, o Porsche Cayenne branco. Assim que desci do carro esperei Marley observando a casa. Nada modesta. A casa era enorme, deveria ter uns 20 quartos só no térreo. Eu ainda achava que os meus que eram carentes por concreto.

Marley tocou meu braço, descendo até minha mão e entrelaçando nossos dedos. Eu tinha que concordar que eu e Marley parecíamos um casal às vezes. Ela se aconchegou em mim e começamos a andar para trás da casa. Já era possível escutar o som do violão, as risadas, o vendo forte e as ondas do mar. Assim que pisamos na areia, vimos às pessoas reunidas ao redor de uma fogueira.

–Ryder! Escutei a voz de Finn se aproximando de mim.

Finny! Falei sorrindo. Soltei Marley e dei um breve abraço em Finn. Puder perceber que ele estava com Rachel ao seu lado. E ai cara, beleza? – perguntei soltando-o.

Sim. Hm... Ryder Ele deu um passo para trás e passou o braço ao redor de Rachel agora, se uma jeito formal, essa é Rachel Berry, minha namorada, Rachel este é Ryder, um amigo. – Ele sorriu de canto quando terminou sua frase.

Prazer Rachel disse segurando sua mão levemente e levando aos lábios, beijando-a. eu... Sou um grande fã seu disse sorrindo timidamente. Era verdade, Rachel era tão falada na escola que eu fiquei curioso sobre ela e resolvi pesquisar, acabei virando fã.

Obrigada Ryder. – ela disse sorrindo. – Marley! – ela exclamou abraçando-a. Andei até Finn e coloquei a mão em seu ombro.

– Cara, não acha que ela é demais pra você não? – Falei em tom de brincadeira. Rachel era realmente mais bonita fora das fotos ou das filmagens. Finn soltou uma risada cruzando os braços.

– Eu acho isso também cara, mas eu não sou nada sem ela. Ela é meu mundo, entende? – Ele confessou sorrindo. Ele realmente parecia apaixonado por Rachel. Dava para perceber só do modo que ele olhava para ela.

– Fiquem à vontade – Rachel disse se referindo a mim e Marley – Se precisarem de qualquer coisa, é só me procurar, ok?

– Tudo bem – respondemos quase que automaticamente. Finn e Rachel saíram em direção a casa, abraçados.

– Lindos, não? – Marley disse suspirando. Afirmei balançando a cabeça e sorrindo. Marley segurou minha mão e andamos até o grupo.

...

Várias garrafas de cervejas e copos de bebidas estavam espalhados pelo chão. Todos já estavam em um nível de “animação”. Kitty e Jake estavam discutindo, Santana e Quinn estavam dançando e rindo, Sam e Brittany estavam se pegando, Artie e Sugar estavam flertando um com o outro. Mercedes conversava animadamente com Wade e Tina. Blaine Anderson estava na beira do mar ao lado de Kurt Hummel "conversando". Finn e Rachel eram os mais quietos, só estavam sentados, conversando. Como um casal normal. Marley deitou a cabeça em meu ombro. Ela tinha bebido também uma quantidade relevante. Quinn sentou-se do meu lado animadamente.

– Pelo o que vejo, finalmente é oficial. – Ela sorriu, jogando seu cabelo louro – que estava molhado – para trás. Não queria mentir para Quinn, logo ela que era a que mais torcia para que eu e Marley ficássemos juntos.

– Pois é. – Respondi sem jeito o que fez Marley rir ao meu lado.

– Garoto, relacionamento é igual a coca-cola – disse Santana sentando-se do lado de Quinn – acabou o gás, já era! – Quinn soltou uma risada gostosa sendo acompanhada por todos. Como dava para perceber, Santana estava bêbada.

– Assim disse Santana Lispector. – falei rindo, causando o mesmo efeito em todas. Depois de um tempo, o silêncio voltou a se estabelecer, até escutarmos:

– Jake chega tá? Cansei! – pude escutar Kitty gritando. Ela estava andando furiosamente para longe de Jake, que a seguia.

– Isso faz bastante tempo Kitty, o que nós temos é o que importa.

– Me poupe Jake – ela se virou bruscamente para ele, encarando-o – chega. Acabou. – Ela deu meia-volta e saiu, afastando-se de todos. Jake suspirou parecendo desapontado e um tanto irritado. Ele sentou-se do lado de Puck, que estava dedilhando “Stairway to Heaven” no violão.

Todos ficaram quietos depois da discursão. Estava tentando criar um pouco de coragem.

– Marley? – Sussurrei, Marley tinha bebido, mas ela parecia tão calma e serena que parecia que estava drogada. – Eu vou atrás da Kitty. Para ela não sumir.

Marley balançou a cabeça e se ajeitou no se lugar. Levantei-me e comecei a caminhar na direção aonde Kitty havia ido. Alguns metros distantes eu poderia vê-la, sentada no barranco de areia. Aproximei-me dela com cautela. Assim que ela notou minha presença, ela sorriu abertamente.

– Meu garoto bobo! - Ela disse abrindo os braços para me abraçar. Em uma de suas mãos tinha uma garrafa de cerveja. Sorri e ajoelhei-me para abraça-la. – Estava com saudades de falar com você.

– Kitty, conversamos ontem. Você me pediu a resposta do exercício de história – disse rindo.

Ao escutar a risada histérica de Kitty, pude perceber que ela estava bêbada.

– É verdade... – Ela disse ainda rindo e parando aos poucos. Sentei-me ao seu lado e ficamos assim, em silêncio. Apenas escutando o barulho do mar e o vento. – Ryder – Kitty me chamou lentamente, levando a garrafa de bebida até seus lábios, tomando um gole – você me acha bonita? – ela perguntou olhando para mim como se estivesse com medo da resposta.

– Claro Kitty. Você é linda – falei rapidamente. Ela grunhiu e deitou-se no chão bufando de raiva.

– Mais que a Marley? – Ela perguntou ainda desesperada.

– Aonde quer chegar? – Desconversei.

– Jake a ama, você a ama, todos preferem ela. Sempre vai ser assim. Eu vou acabar aqui, sendo uma dançarina de boate, sozinha e abandonada.

– Ah, Kitty pare com isso! – Falei deitando-me ao seu lado, apoiando minha cabeça em meu braço.

– É verdade! Juro. Está na cara que Jake é apaixonado por ela. Ele sempre foi. Desde que ela chegou à escola. Eu sabia que ia perder tudo que eu tinha para ela. Tudo. Eu só estou cansada de tentar fazer com que alguém goste de mim de verdade.

– Kitty, para. – Falei olhando em seus olhos, meu tom abaixou um pouco – você é linda, talentosa e incrível. Tudo bem que às vezes você é uma vadia com todos, mas eu tenho certeza que levei minha mão livre até seu peito, apontando para seu coração – tem mais uma Kitty ai dentro. A mesma Kitty que conversa calmamente comigo, a mesma Kitty que é capaz de amar alguém de verdade. E eu espero sinceramente que eu ajude essa Kitty sair dai de dentro. – Sussurrei sinceramente olhando em seus olhos verdes.

Kitty me olhava sem expressão alguma. Ela soltou a garrafa de cerveja no chão e continuou me encarando, em silêncio. Em um momento súbito Kitty levou sua mão direita até minha nuca, puxando-me para um beijo. Nossos lábios se encostaram e eu pude os sentir começarem a formigarem. Kitty me soltou olhando–me perplexa. Levei minha mão a sua nuca recomeçando o beijo novamente. Sua língua pediu passagem. Assim que cedi, sua língua invadiu minha boca vertinosamente.

Ela me beijava quase que desesperadamente. Senti Kitty me empurrando-me com a intensão de me deitar na areia. Assim que fiz, ela ficou sob mim. Minhas mãos foram automaticamente para sua cintura, puxando-a mais para perto de mim. Senti as mãos de Kitty descendo pela minha barriga até o cós da minha bermuda. Inverti nossas posições ficando sob Kitty. Mordi seu lábio inferior e desci até o seu pescoço, chupando-o com veemência. Senti as unhas de Kitty descendo em minhas costas com incandescência. Parei minhas ações e a encarei com um sorriso lascivo

– Então é esse seu ponto fraco? - sussurrei recebendo um selinho em resposta.

Voltei a beijar os lábios de Kitty enquanto ela descia as mãos pelas minhas costas. Senti ela puxando minha blusa com a intensão de retira-la. Seria ali mesmo que íamos fazer sexo? Kitty puxou minha camiseta, tirando-a com facilidade. Voltei a beija-la profundamente, quanto eu sentia suas pernas em minha cintura. Continuamos a nos beijar até eu sentir algo diferente.

Kitty, o que foi? – Perguntei ofegantemente, sem fôlego algum.

– Você... Namora com Marley. Não posso fazer isso com ela. – Kitty me empurrou, fazendo com que eu caísse ao seu lado. Ela se levantou rapidamente, se recompondo.

– Kitty, espera! Eu... – Ela estava certa. Para todos eu tinha que namorar com Marley. Vi Kitty voltando para próximo de todos e decidi ficar mais um pouco para não levantar tantas suspeitas. Sentado na praia, observando Kitty indo embora, a única coisa que eu pude pensar era: “Que mulher é essa?”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai está. Tentei dar o melhor de mim nesse capítulo e acho que ficou bom. Hahaha. Imaginem o Wally como o Ashton Kutcher mais novo.
Aqui está o link da casa do Ryder (http://www.qualitycraftedhomesonline.com/pix/slider-hp-8.jpg) e a da Rachel (http://www.imobiliariaflorianopolis.com/imagens/casas/100/casa-100-jurere-0001.jpg) Só para vocês terem uma noção.
Então é isso pessoas. Digam-me o que acharam.
Pitada de: Everybody Talks, Neon Trees.