Todas Contra O Damon escrita por Sonhos de inverno


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Segundo editado!
Se alguém ainda estiver vivo, comente!!
Um super beijo.
Att: Sonhos de inverno.



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Aquela maldita claridade foi o único motivo que me obrigou a abrir, vagarosamente, meus olhos. Olhei em volta, meu quarto era até simplório. Uma cama de solteiro, um expeço tapete amarelo,  um guarda-roupa branco meio despedaçado devida a quantidade de vezes que ele já foi desmontado e montado. Olhei para as coloridas cortinas enquanto me levantava, e não consegui conter um suspiro. Nada de escrivaninhas ou qualquer tranqueira que poderia quebrar no caminhão. Apenas o necessário.

—Hoje vai ser um novo dia - disse preguiçosamente - Hoje eu tenho a chance que ser alguém notável e fazer amigos.

Bem eu sempre fui a invisível que se mudava muito e com a mãe gostosa, mais nunca nem mesmo fui alvo de fofoca ou piadinha - nem mesmo isso - e olha que eu tentei viu e como tentei. Nunca fui muito seletiva, qualquer um que aprece-se já estava bem, as vezes este foi meu erro.

Calcei as pantufas quentinhas e espreguicei. Abrindo o guarda-roupa passei, preguiçosamente, cabide por cabide e escolhi um jeans batido e uma blusa com magas ate o cotovelo. Penteei os cabelos os deixando meio frisados e calcei um par de tênis surrado.  

— Anda, Elena - grita minha mãe.

Com dentes escovados, de cara lavada e ainda meio amassada fitei o espelho. Cabelos castanhos, olhos castanhos, uma pele que era meio machada pelas partes em que o sol não alcançava. Abri um sorriso a fim de analisar meus dentes meio amarelados.

—Como será que elas acordam? - questionei ainda me olhado no espelho.

Definitivamente, não como eu. Agarro a mochila preta que estava sobre a cama e a atiro nas costas. Minha escola não era muito diferentes das outras, haviam grupinhos em todos os lugares, como de costume, e digamos que eles pareciam não gostar de alguém muito extrovertida como eu.

Carência é uma droga. Ela possui um bocado de estágios, como por exemplo, o primeiro, é você não saber que está carente, mas nota que algo se encontra diferente. O segundo, quando alguém revela ela pra você e tudo começa a fazer sentido. O terceiro, a torcida para fazer com que ela vá embora logo. O quarto, começa quando ela demora muito para te deixar e você se torna meio solitário. O quinto, quando a solidão se torna raiva. E, por fim, o sexto é quando ela é tão grande que você  busca a todo custo alguém para se socializar. Fazia anos que eu estava no último. Que grande merda! 

Ponto de vista do Damon

Stef estava bravo, outra vez, diga-se de passagem. Sempre pelo mesmo motivo, dizia minha mãe, mas era mentira. Algumas vezes era por eu demorar no banheiro, outras pelos petelecos que dou na sua cabeça, as vezes por invadir casualmente seu quarto e as vezes por obriga-lo a me ajudar a dar algumas festas. Ele é meu irmão mais novo, portanto, meu cúmplice. 

— Parece uma moça - praguejou ele apontando a cabeça no banheiro.

— Pode ir andando, se quiser - suspirei ainda preguiçoso - Sabe, uma boa caminhada pode lhe ajudar com essa barriguin... - fui drasticamente cortado por um travesseiro.

— Pare de se olhar no espelho e vamos - o encarei por dois segundos até ele concluir educadamente - Por favor.

Nunca chegávamos atrasados. Stefan dizia que era pelo fato de que ele sempre me apressava, mas era uma mentira deslavada. Eu nunca chegava atrasado pelo simples fato de gostar da atenção que recebia do momento em que adentrava com o carro no estacionamento até o mento em que o tirava. Gostava de saber que sempre haveria uma vaga embaixo da maior árvore preparado para eu estacionar, gostava que um ponhado de líderes de torcidas estariam, estrategicamente, ali em volta me esperando e gostava ainda mais quando elas subiam dois oitavos suas vozes como que para mostrarem que estavam ali. Gostava de como todos reprimiam a respiração enquanto eu atravessava o corredor. Aquela idolatria que massageia o ego todos os dias. Não sou idiota apenas aprecio o fato de que me dou bem com as pessoas. 

Desde o momento em que estava no pré as professoras sempre lembravam o meu nome, me paparicavam e sempre elogiavam qualquer coisa que eu fizesse. Com amigos era a mesma coisa e com as meninas... bem, eu tinha amigas. Amigas coloridas.

Agarrei a chaves do carro e desci para encarrar um Stef com uma cara muito amarrada. Lancei o meu melhor olhar de desculpas e entrei o carro. Um dia maravilhoso, até agora.

 

 

—Precisa parar de fazer isso - com muito mal humor ele começa.

Coloquei a cabeça para fora dei ré ate tirar o carro da garagem. Droga, ele ia começar.

— O que foi que eu fiz dessa vez? - desviei os olhos da estrada para ele.

— Você sempre faz isso - começou ele - E não é apenas comigo.

Voltei a olha-lo. Eu sabia sobre o que ele falaria, ou melhor, do sermão que queria me dar. E lá estava ele, como de costume, com um bico enorme na cara e olhos revirando.

— Stef, você não esta falando as coisas com sentido - lhe dei um sorriso amarelo.

— Você erra e depois pede desculpa - explicou-se ele me olhando pelo canto.

Contive a gargalhada e apenas dei um sorrisinho. Ele estava muito bravo, parte era por ir na escola e parte por ter de aturar as minhas manias. Fazia um mês desde que sua moto havia se chocado com o poste em um dia chuvoso e, desde então, minha mãe havia a confiscado e ele teve de voltar a pegar suas caronas comigo. Ele era um ano mais novo, um bocado mais carrancudo e bem mais introvertido. Meus pais, constantemente, diziam eu eu havia sugado todo o jeito com as pessoa e Stef ficou com toda a timidez. 

— E não é assim que funciona? - perguntei-lhe - A ordem não é errar e depois se desculpar?

— No seu caso, você deveria se desculpar antes de errar - comentou ele.

Parei o carro e agarrei a mochila que estava no banco de trás. Abri a porta e ajeitei o óculos de sol e senti a atmosfera mudar. Stef se limitou a murmurar um narcisista. Antes de eu pudesse dar dois passos Klaus saltou na minha frente.

— Ainda esta saindo com a Forbes, Bombom e Kath? - perguntou fazendo uma careta.

— Quem quer saber? - falei um pouco mais baixo.

Dei a volta por ele e continuei andando.  Stef já havia se afastado no momento em que ele desceu do carro. Não gostava muito de conversa fiada com meus amigos ou de jogar sorrisinho para as menina. Já tentei empurra-lo para elas, mas, em menos de vinte minutos, ele voltou de olhos arregalados  e passando a mão pelos cabelos cheio de frustração dizendo que elas apenas ficavam perguntando coisas sobre mim. 

—Elas já estão ultrapassadas! - disse Klaus bem ao meu lado.

Ele havia me seguido e acompanhava cada passo meu. Claro que o fazia.

—Pretendo terminar com elas ou, pelo menos, uma delas - passei o braço por seu pescoço e disse mais baixo - Antes que descubram qualquer coisa ou comecem as cobranças.

— Forbes disse que era para carrega-lo até a rádio a fim de vê-la trabalhar - Klaus comenta.

— Foi a primeira a começar a tagarelar sobre talvez precisar de caronas para escola - murmurei. 

Ponto de vista Elena

Eu encarava o short preto dentro do armário. Que grande merda! Nunca fui muito fã de qualquer tipo de atividade física, a não ser, é claro, uma boa caminhadinha à noite, mas só. Entenda, não é por achar chato ou meio idiota, mas por não ser nada boa em nenhum tipo de jogo. Agarrei o short e o vesti voltando a calçar os tênis.  

—A professora Jenna passou mal e não pode vir - anunciou a nova professora - Então, hoje vocês terão aula com todas as classes juntas.

Estávamos todas reunidas e com os traseiros cuidadosamente pousados na arquibancada. Ótimo, talvez eu fosse para um time bacana e alguém finalmente conversasse comigo. Pelo punhado de reclamações que se seguram após a informação passada cheguei a triste conclusão de que era a única idiota que queria se socializar com outras pessoas.

— Ok, sabemos que nós odiamos - concluiu a professora nova.

— Não. Nós odiamos você - Lexi responde.

— Pare de choramingar as pitangas! Deste lado eu quero - ele olha a folha e se volta para nós - Lexi, April, Rebekah e Meredith - solta um suspiro quando alguém a xinga um pouco alto - E do outro lado eu quero... Bonnie, katherine, Caroline e... hum... Você - casualmente, ela aponta para mim. 

—E-Elena eu sou Elena - digo me levantando.

—Ta, tanto faz.

Adeus anos tristes de solidão e olá namoradas do Damon.

—Oi, eu sou Elena e você é a Bonnie né? - digo em uma tentativa frustada de fazer amizade.

—E dai? - ela responde em uma clara desfeita.

Ótimo, já comecei assustando as minhas possíveis amigas. Que maravilha.

Ponto de vista Caroline

—O que aconteceu você não foi na minha casa? - Lexi perguntou.

Eu corei. Era impossível controlar a vermelhidão que as assolava sempre que lembrava dele. Havia combinado uma social na casa dela na semana passada, mas Damon me ligou de ultima hora dizendo que o jantar em família teria de ser mais tarde, uma vez que Stefan havia saído e não tinha retornado, perguntando se eu queria vê-lo por uma ou duas horas antes de ele ter de voltar para casa. Ótimo, e agora o que irei responder? 

—Não aconteceu nada - menti esticando o corpo.

Talvez se eu me concentrar em outra coisa ela não tenha percebido o quão deslavada foi essa mentira. Mas, eu estava terrivelmente enganada, assim que espiei Lexi encontrei ela, parada com as mãos na cintura, querendo uma explicação boa, ou melhor, a verdade.

— Esta bem - ajeitando o cabelo, me dei por vencida - É segredo, então não conte a ninguém - a vermelhidão aumentou e eu abaixei ainda mais a voz - Estou namorando... Damon Salvatore.

Primeiro veio o barulho e em seguida senti a pancada forte que havia me acertado em cheio.

—Mais que droga - esbravejei a procura de quem havia feito o ato.

—Ops, foi mal - Bonnie desculpou-se.

—Ok - coloco um perfeito sorriso no rosto e volto a virar para frente - Ta tudo...- fui cortado por outro estrondo e a dor se intensificou.

—Qual é o seu problema - pergunto a ela aos gritos.

—Ele é meu -  Bonnie anuncia e joga a bola em mim - Fica longe dele.

Bonnie nunca foi muito controlada quando sentia raiva. Lembro de uma vez que acabou arrancando um tufo da cabeleira de uma das meninas do primeiro ano apenas por ela "acidentalmente" ter falado algumas coisas a respeito dela. Algumas pessoas dizem que, na maior parte das vezes, ela é um bombom de tão doce. Mas ali, neste exato momento, era Bonnie barraqueira que estava falando, ou melhor, gritando comigo. 

—Ei, para - Katherine entra no meio tentando nos separar.

—Damon é o meu namorado - Bonnie diz e a raiva me vai subindo pela cabeça, mas antes que eu consiga lhe dar uns bons tapas Katherine faz isso por mim.

—Ele é meu namorado - ela diz em alto e bom som.

Ah, vacas mentirosas!

Bonnie taca a bola mas Katherine se abaixa e a bola pega a cara de uma menina que só Deus sabe o nome. Em menos de dois segundos eu estava em cima de Katherine trocando alguns tapas com ela. A nova professora entra no meio tentando acabar com a briga, mas acaba sendo recebido com um ponhado de bolas que Bonnie jogou nela. Alcanço uma das bolas e jogo na direção da Katherine, mas em um reflexo muito rápido ela se abaixa e outra vez a menina é acertada. Bonnie volta a me acertar com mais bolas e katherine agarra meus cabelos. A inútil da professora, que antes tentava nos segurar acabou sendo alvo de mais bolas e puxões de cabelo. E em dois segundos, Katherine salta sobre o carrinho e o lança em nossa direção nos fazendo cair. Um estridente barulho de apito soa perto do meu ouvido me deixando surda por poucos segundo.

—Serio? - a desconhecida pergunta caida ao meu lado - Ele ta chifrando todas vocês e em vez de descontarem nele ficam se batendo? - ela rosna.

—Cristo, que jeito de falar - reclama a professora também no chão.

Em um pulo ela se colocou de pé e nos olhou muito contrariada com um rosto tão vermelho que parecia um tomate maduro.

—Você, Você, Você e Você - ela aponta pra cada uma de nós - Todas de castigo.

Ninguém estava muito feliz. Bonnie tinha os braços arranhados, seus cabelos, antes presos em um perfeito rabo de cavalo, estavam muito bagunçados e possuia uma carranca. Katherine estava com um enorme bico, as roupas amassadas e um roso muito corado. A desconhecida estava totalmente incrédula ao meu lado. Eu  provavelmente estaria igual a todas elas. 

—Quem e ela? - pergunto.

—Pam alguma coisa - Bonnie me responde


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ta igual a do filme essa ultima cena, mas eu realmente gosto dela...
Fiquem calminhos que logo muda.