Pecados Capitais escrita por IS Maria


Capítulo 28
Salto alto .


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que demorei pra postar este capítulo , mas eu passei dois dias fora e é meio complicado escrever tanto em um computador que não é nosso ... mas em fim . Ele saiu e eu particularmente tenho a minha parte favorita nele ... mas sem spoilers e vamos direto para a leitura . Adoro vocês e um beijo para cada uma de minhas leitoras mais do que maravilhosas ....



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Eu estava atônita . A noite já havia caído a algum tempo e eu já estava pronta antes da hora em que meu pai disse que sairíamos . Eu não sabia ao certo se estava bonita , ou se havia escolhido bem o que importava era que eu estava tão nervosa que mal conseguiria me segurar em cima do salto que tinha escolhido .

Eu não vira Erik hoje . Meu pai me disse que tinha ligado para ele e o dispensado , pois não queria vê-lo com outros olhos a não ser de um possível genro . A maneira que me pai fixou seus olhos em mim simplesmente me fizera gelar . Será que ele havia sido rude ? será que ele seria rude hoje ? Meu Deus ... ele não pode ser rude .

Ao meu lado a minha bolsa e do outro o livro sobre mitologia grega que eu andei lendo para ver se conseguia acalmar os nervos , mas ...nada , nada conseguia me deixar calma ou tranquila , tudo me fazia pensar que esta noite poderia ou não se sair um desastre .

Ouvi uma batida na porta e ajeitei o vestido antes de ir atender a porta . Ao abrir a minha expressão fechara no mesmo instante . Era Amanda e ela estava ... completamente pronta para um jantar que ela não iria ... nem que a minha vida tenha que depender disso .

– Amanda . - eu disse secamente , meu olhar transpirava ódio e eu adoraria ... quem sabe mata-la desta vez .

– Sophie - sua voz era cínica e seu sorriso triunfante - Eu apenas vim para avisa-la que na próxima semana você irá para a Inglaterra - disse ela sorrindo e se virando para sair . Eu não me importei . Não que todos saibam mas neste fim de semana é meu aniversário e a partir de segunda feira ninguém mais pode me obrigar a mais nada . - Ah e ... estou ansiosa para ir neste jantar . Cumprir o papel de uma mãe decente que você nunca pode ter - disse ela friamente e sorrindo - Não se preocupe querida ... são apenas palavras de seu pai . - Se eu me lembrava bem , eu ainda não tinha acabado com a raça dela , por que estávamos em um restaurante onde não pegaria muito bem ... mas o que me impede agora ?

Caminhei até ela tranquilamente e então a puxei pelos cabelos . Ela começou a berrar como se quisesse que seus gritos atingissem a casa toda - e creio eu que esse era seu objetivo - como se na verdade , eu estivesse a matando ... bem ... era o que eu pretendia fazer .

Um passo atrás do outro e com um sorriso no rosto , eu continuei andando tranquilamente até que pude então joga-la no chão do meu quarto . Ela ajeitou os cabelos enquanto tentava se levantar , mas o salto eu pisei em sua canela e a fizera gritar , voltando novamente para o chão . Eu queria ficar tranquila ...pois não queria que nenhum fio de cabelo saísse do lugar .

Amanda se levantou e partiu em minha direção , mas eu sai de sua frente apenas deixando que ela fosse atropelada por minha perna que eu deixara no caminho , fazendo com que ela caísse desleixadamente e batendo sua cabeça ao chão . Ela se virou raivosamente , mas para impedi-la de se levantar coloquei meu pé sobre sua bunda e pressionei o salto a fazendo espernear raivosamente , mas quanto mais ela amaçava se levantar , eu pressionava ainda mais meu salto contra a sua pele ... e não estava nem ai se a cortasse .

A porta de meu quarto foi rompida por meu pai e Nathan . Os dois estavam profundamente assustados e preocupados , mas nada se compara a expressão que fizera ao me ver bem ... parcialmente torturando Amanda . Eu apenas sorri para os dois tirando o meu salto de Amanda e me sentando tranquilamente na cama .

– O que houve aqui ? - disse meu pai incrédulo enquanto ajudava Amanda a se levantar .

– O que houve foi que esta mulherzinha , pôs-se a dizer coisas horrendas a respeito de minha mãe novamente . - eu soei , madura , tranquila e serene . Acabei sorrindo por dentro , alegre de meu próprio desempenho ... eu acho que nunca fora tão fria . - Porém desta vez ela me disse que as palavras saíram antes de sua boca papai ... - aquilo fora o que de fato me causara um transtorno interno e me fizera explodir ... por dentro e por fora .

Meu pai me fitava com a postura rígida e o semblante sério . Eu apenas o fitei , tentando deixar mais do que claro que eu queria uma explicação ... muito mais do que uma simples explicação . Por que se ele de fato ousou falar mal de minha mãe ... não passo nem sequer mais um dia nesta casa . Por que ? Por que minha mãe era uma excelente mulher e ainda o amava . O amava ... ela mesmo me dissera .

– O senhor nega ? - eu disse já sentindo impaciência . E a cada segundo que se passava eu sentia a raiva crescer dentro de mim ... crescer absurdamente .

– Sophie precisa entender que ... - então ele de fato falara . Eu dei um longo suspiro , fechando os olhos para tentar consumir a dor que me queimava por dentro . E então ... com calma , peguei a bolsa que estava ao meu lado e caminhei friamente até ele . Acho que minha expressão era tão rígida ... que ele até se calara .

– Vamos Nathan ... aparentemente você é a única família que me resta . - eu disse lançando um olhar gélido para meu pai e um de suplica para Nathan .

Eu fiquei mais do que grata ao sentir que Nathan me seguia . Quando já estávamos do lado de fora , eu continuava seguindo em direção ao carro quando ele me puxou para um abraço . Eu não pude chorar , pois estava partida ao meio ... completamente desolada e sem esperanças . Eu apenas o abracei de volta ... pois eu sabia que ele era de fato , o meu porto seguro .

– Sophie ... acho que o papai não seria capaz de falar algo da mamãe .

– E-eu ... não sei o que fazer ... - a minha voz soara mais como um sussurro .

– Depois vemos isso ... temos um jantar para ir . - disse ele levemente melancólico .

O caminho fora rápido , porque Nathaniel fizera questão de me distrair o caminho todo . Sempre fazendo alguma gracinha , ou me lembrando de algo que pudesse me fazer rir . Ele ficara dizendo o quanto eu parecia fantástica enquanto dava uma surra em Amanda e eu apenas sorria para tudo , mas na verdade eu não estava sorrindo para tudo ... estava sorrindo para ele .

Quando chegamos ao endereço que Erik havia me enviado com endereço eu fui tomada pelo espanto no mesmo momento . A casa era simplesmente enorme e muito bela . Poderia ser comparada as casas construídas por volta do século XIX , de madeira e profundamente detalhada , para se parecer com um modelo clássico e histórico .

Rodeada por grama , na lateral eu podia ver um banco esculpido em mármore ao lado de uma roseira de rosas brancas e próxima a uma pequena gruta que me deixava mais do que sem ar . Se eu fechasse os olhos poderia me imaginar com um vestido , armado de época andando tranquilamente por cada centímetro dali ...era simplesmente mais do que perfeito .

Assim que tocamos a campainha , senti meu coração parar ... nada fora mais assustador do que esperar ... era como se eu esperasse pelo meu próprio abatimento .

Quem atendeu a porta , fora uma mulher que tinha mais ou menos trinta e cinco anos . Seus cabelos eram profundamente negros e seus olhos eram tão verdes que se pareciam com duas esmeraldas gigantes emanando bondade e esperança . Ela usava um vestido preto , que ia até os joelhos e definia muito bem as suas curvas mais do que conservadas .

Ao seu lado no mesmo instante aparecera um homem . Era alto e bonito , aparentava ter mais ou menos a idade do meu pai , mas este parecia ser mais tranquilo , relaxado e menos ríspido . Seus cabelos eram tão loiros quanto os da mulher eram negros , seus olhos eram de um profundo azul e suas feições era mais do magníficas .

– Bem ... como você é a mais bela moça que nos aparecera até agora , tenho esperanças de que seja você a namorada do nosso filho . - disse ela . Seu tom era doce , maternal e acolhedor . No mesmo instante eu me senti tão tranquila e querida , que vi toda a minha preocupação e nervosismo se dissipar .

– Sou eu ... - eu disse sorrindo um pouco constrangida , estendendo a mão . Ela olhou para a minha mão e em seguida esboçou um sorriso .

– O que é isso querida ... não tratamos com apertos de mão as pessoas que serão da família - disse ela me puxando para um abraço . Seu perfume era semelhante ao de rosas ... e então me lembrei de minha mãe .

– Sophie ... - eu disse quando ela me soltou .

– Sou Isobel - disse ela nos colocando para dentro e fechando a porta .

– E eu sou Ramon - disse o homem estendo-me a mão . Mas quando eu fui aperta-la , ele a virou e a beijou fazendo-me corar no mesmo instante .

– Meu pai sempre galanteador - Disse Erik passando seu braço por minha cintura . Ele estava deslumbrante em seu terno preto . O cabelo continuava bagunçado ... mas eu preferia assim . Adorei olhar para seus pés e ver um par de allstars ... não tenho nem palavras para descrever .

– Bem ... você tem a quem puxar - brinquei sorrindo em direção a ele , mas ele apenas sorrira e me dando um leve selinho .

– Seu pai e Amanda não vieram ...- disse ele fitando Nathan que cumprimentava seus pais gentilmente .

– Meu pai e Amanda ... - eu iria tentar arrumar uma explicação mas fui interrompida pela campainha . Meu susto fora maior do que tudo quando vi meu pai a porta ... mas confesso que fiquei mais do que feliz de perceber que ele estava sozinha ... sem a vagabunda .

Meu pai estava sereno e levemente mais relaxado , o que de certo modo me deixou tranquila . Ele cumprimentou os pais de Erik , lançou um olhar - cujo qual não pude decifrar - para Nathan e então seguiu em minha direção .

– Sophie - disse ele . Seu olhar demonstrava profunda dor e arrependimento , mas eu apenas mantive a minha expressão firme ... ele havia feito o que fez e não poderia ser desfeito . Ao perceber que eu não reagiria apenas direcionou seu olhar para Erik . - Então ... você e minha filha em ?

– Nem eu mesmo havia previsto ... se eu pudesse teria evitado - disse Erik e por sua voz pude sentir que estava nervoso .

– Se eu não soubesse que é um bom garoto teríamos problema ... mas sei que com você minha filha será feliz ...e felicidade é tudo o que ela precisa .

Eu sabia que não iríamos em seguida para a mesa de jantar , pois ainda era muito cedo . Eu não sabia o que faríamos mas eu estava mais do que impressionada com a casa . Ela emanava magia e acho que nunca estive em um local que pode conservar sua beleza desta maneira .

Era tudo tão clássico , inovador e animado . Os móveis eram todos em tonalidades escuras , esculpidos a madeira , envernizados e estofados com almofadas claras e aveludadas . O carpete que cobria ao chão tinha uma tonalidade em creme que combinava perfeitamente com a escada em vermelho sangue que emergia ao meio do salão , dando cor e vida a absolutamente tudo .

A cada olhar minucioso meu , mais o meu pensamento crescia em relação ao restante da casa . A cada segundo que se passava e eu me mantinha presa à aquela sala , mais eu queria explorar e conhecer aquele mundo que era completamente incrível para mim .

– Erik ... por que não leva Sophie para conhecer a casa ? - disse Isobel interrompendo sua conversa com meu pai e então seguindo meu olhar que explorava tudo com um sorriso maravilhado .

– Excelente ideia mamãe . - disse Erik se levantando e me dando a mão .

Subimos as escadas e confesso que a cada degrau que subia eu ficava cada vez mais deslumbrada com o lugar . Era tudo tão belo e brilhante que chegava a ser impressionante .

O andar de cima era ainda mais incrível . Eu podia ver em um dos lados , um corredor imenso que provavelmente era o caminho de entrada para um outro salão talvez . E no outra lado uma extensa fileira de portas com madeira branca , em contraste com as paredes que estavam pintadas em um tom de vinho .

A mão de Erik ao redor de minha cintura me conduzia por um dos lados . Neste não havia portas , apenas um corredor escuro , mas ao chegarmos ao seu final eu fiquei simplesmente sem ar . Era um salão , enorme e redondo . Haviam quadros antigos nas paredes , que serviam como retratos , com a imagem de pessoas em vestes antigas e épicas em poses clássicas .

O aroma era de rosas e a maior iluminação era a de um lustre ao teto , simplesmente de tirar o folego . Era negro e com uma pedraria fina , haviam várias pontas pendentes com losangos , deixando tudo mais antigo e um tanto ... sombrio .

Caminhei pelo salão , enquanto continuava sendo conduzida por Erik , até que então paramos em frente a duas imensas cortinas , que aparentavam tanto peso , que pareciam que nunca haviam sido movidas . Erik as abriu revelando a mais bela vista que eu já podia ter visto na vida .

Arfei ao ver o que estava a minha frente . Tinha tanta cor e vida no jantar avistado lá em baixo , cheio de rosas e estátuas eu cada vez me sentia mais ...presa ao tempo .

– É lindo ... - eu disse sem sequer conseguir piscar .

– É o meu lugar preferido em toda a casa ... - disse Erik . Seus olhos estavam fixos ao meu rosto e eu apenas conseguia sorrir ... e ficar cada vez mais confusa .

– Erik ... por que trabalha como motorista ? - Era óbvio que ele não precisava .

– Gosto de ser independente ... - disse ele sorrindo próximo ao meu rosto o que acabou me fazendo sorrir também .

– Apenas por independência ? - disse o fechando mais entorno de mim ... eu gosto de sua proximidade ... é mais do que agradável .

– Bem ... independência e amor . - disse ele me beijando sobre a luz do luar .

Eu não sabia ao certo o conceito de felicidade , mas naquele momento ... eu poderia dizer que estava mais do que feliz .



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e eu prometo que logo logo tem mais minhas anjinhas !!