Coração Dividido escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 14
Capítulo 14 - O pedido


Notas iniciais do capítulo

Oi gente voltei de viagem. Espero que gostem do capitulo. ^^



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Estava indo pra casa com pressa e ouço uma voz familiar me deixando congelada por dentro.

— Sim? – me viro pra trás. Ai meu Deus, Yamato estava parado me olhando. Aquele olhar me partia o coração.

— Deixa eu te acompanhar até sua casa?

— Por quê?

— Já são 11horas da noite Sora. É perigoso ir sozinha – fiquei sem fala por um tempo o olhando.

— Não tem problema, eu vou sozinha.

— Não quero que nada de ruim te aconteça.

— Você deveria ser o primeiro da fila a me desejar coisas piores do que ir sozinha pra casa...

— Nunca te desejaria mal algum – ai meu Deus porque ele é tão fofo? Fiquei muda. – Deixa? – se aproxima de mim.

—Ok... – seguimos pro meu apartamento, ambos em silêncio. Que coisa horrível! Chegamos. – Quer... Entrar? – o que estou fazendo? Ele me olha surpreso.

— Não sei... Acho melhor não.

— Tudo bem... Obrigada por me acompanhar.

— Por nada... – silêncio até eu me irritar.

— Por que você me trata tão bem Yamato? – pergunto indignada. – Meu Deus eu fiz uma coisa horrível com você! – ele fica me encarando sério.

— Você realmente me surpreendeu, mas... – suspira. – Não consigo te esquecer. – olho o chão. Mas que droga!

— O pior de tudo... É que eu também não – digo sem olhá-lo. Silêncio devastador. – Eu tenho que ir... Obrigada. – ele segura meu braço me fazendo gelar.

— O que você quis dizer com isso? – ai não!

— Isso o que? – me faço de boba, ele fica me olhando nos olhos.

— Você sabe Sora.

— Ok... – desvio o olhar. – É muito complicado... Eu prefiro deixar pra lá.

— Me explica mais ou menos e a gente tenta descomplicar – engulo em seco.

— Vamos subir? – olho para os lados pra ver se alguém via. Ele acena com a cabeça e a gente segue pro apartamento.

Sentamos no sofá com certa distância um do outro. Ele é tão diferente do Taichi...

— Então... – ele fala quebrando o odioso silêncio.

— Eu... Fiz essa reviravolta doida... Mas... – fico um bom tempo em silêncio, ele estava me olhando fixo e eu olhava pra mesa no centro da sala. – Sinto sua falta... – falo bem baixo pra ele não me ouvir.

— Você gosta dele, não é? – viro a cabeça pra olhá-lo.

— Eu não deveria estar falando isso com você, mas... Minha cabeça está um nó danado... – olho o chão.

— Como assim?

— Eu não sei... Eu... Sinto sua falta... – sinto as lágrimas preencherem meus olhos. Ele se aproxima e me envolve em seus braços. – Me desculpa, por favor...

As lágrimas desciam do meu rosto agora, ele as limpa com o polegar e depois segura meu queixo me fazendo olhar em seus olhos. Se aproxima devagar e fica com os lábios bem próximos aos meus. Sentia a respiração embaraçada dele e aquilo me deixava sem ar. Ele me beija. Curti cada segundo do beijo dele, pois sabia que não faria isso de novo... Ele se afasta de mim e me olha nos olhos.

— Volta pra mim – pede. Fechei os olhos e enfiei meu rosto entre o pescoço e o peito dele. Não posso fazer isso! Que situação tenebrosa! Comecei a chorar descontrolada e ele me abraçou mais forte.

— Não posso fazer isso, me desculpa... – silêncio odioso outra vez. Ele me dá um beijo na cabeça e levanta do sofá.

— Tudo bem. Não vou insistir mais... Boa sorte – vira pra ir embora. Não sei porque, mas corri pra ele e o agarrei pra beijá-lo, ele me beijou de volta e quando fiquei sem ar me afastei dele, que me olhou me deu um selinho e foi embora. Por que estou com essa sensação de morte no peito? Ai meu Deus...

Depois desse dia não vi mais o Yamato. E como sentia falta dele... Tudo andava bem entre eu e Taichi, ele me tratava bem e me irritava algumas vezes também. Mas isso é normal, faz isso desde que o conheço.

Hikari me chamou pra ir ao cinema com ela, estava a esperando próximo a entrada.

— Cheguei.

— Que demora! – digo irritada, estava quase na hora do filme.

— Desculpa... Takeru ficou me prendendo.

— É claro que foi ele! Não foi você que não queria deixá-lo – digo irônica e ela dá uma risadinha.

— Desculpa Sora, mas é porque a gente acabou de se acertar – diz enquanto entravamos na sala.

— Eu sei – sentamos e o filme começou.

Droga não sei por que fui escolher essa porcaria... No filme mostrava um triangulo amoroso, onde a mocinha não sabia com quem ficaria e tinha que escolher entre um deles... Fiquei o filme todo tensa. Quando finalmente acabou, sai lá de dentro com pressa.

— Que foi Sora? – Hikari pergunta.

— Nada... Agora você terá que fazer algo por mim!

— Como assim? – conto pra ela a situação tenebrosa que passei quando fui falar com Takeru.

— Agora vou pensar em algo!

— Desculpa Sora... – ai meu Deus.

— Esquece Hikari, eu estava brincando. Mas foi horrível – claro que não contei o que aconteceu depois da casa do Takeru.

— Desculpa Sora.

— Tá bom chega! Mas você vai comprar um doce pra mim! – digo sorrindo, ela sorri e concorda.

Seguimos pra loja de doces e ela comprou vários chocolates, delicia!

— E o ruivinho?

— Taichi quase o matou de tanto que bateu nele – diz assustada.

— Bem feito!

— Sora! Que horrível.

— Ele mereceu Hikari! Para de ser boazinha!

— Tudo bem... Foi bem feito mesmo – rimos.

— Mas conta como foi?

— Bom eu voltei pra casa depois que o Takeru não quis falar comigo. Quando cheguei Taichi estava sentado em cima do garoto e dando vários socos na cara dele sem dó nem piedade, eu fiquei assustada com isso... Quando entrei e vi essa cena fiquei parada na porta sem reação, Taichi virou pra trás e me viu, quando ele virou pra mim, o garoto lhe deu um soco no olho, por isso aquele roxo... – dei uma risada, Taichi me disse que tinha caído da escada. – Depois que tomou uma, ele ficou louco e bateu mais ainda no menino. Por um momento senti pena dele. Meus pais chegaram e meu pai deu uma bronca em Taichi enquanto socorria o garoto, ele estava bem machucado. Bom, só sei que depois da bronca vi Taichi falando com ele que tinha que ficar a 300 metros de distância de mim se não o pegaria de novo e faria pior. Ele voltou pra cidade dele no mesmo dia – caio na gargalhada.

— Pelo menos você e o Takeru estão bem de novo.

— É – diz com um grande sorriso.

 Fomos pra casa, cada uma pra sua. Dormi um pouquinho e acordei com a campainha tocando, fui até lá de camisola e abri a porta me escondendo atrás dela. Era o Taichi, dei passagem e fechei aporta. Ele me puxou pela cintura e me colocou contra a parede.

— Ta maluco? – ele me imprensa.

— Só estou com saudades! – me beija. Ele tem um jeito bruto de demonstrar seus sentimentos.


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