O Canto Da Sereia escrita por Luuh K


Capítulo 4
Capítulo 4 - Apenas um gêmeo


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais de mil palavras nesse cap. *-*
agradeço as lindas que comentaram. Esse cap. é para vocês sz'

Desculpem qualquer erro, e feliz dia dos namorados :3

enjoy -



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A destruição podia ser vista por todo o lado, escombros no chão, armaduras caídas e quadros derrubados faziam parte do novo cenário pós guerra da escola. 

Os poucos jovens que se encontravam no caminho encaram Draco com raiva e hostilidade, ele apenas ignorava, mas Arya já não aguentava mais tantos olhares raivosos.

_ Todo mundo te odeia aqui, Draco? – ela por fim perguntou.

Ele apenas deu de ombros e confirmou a pergunta.

_ Pelo menos estamos em um caminho com pouca gente, se tivéssemos vindo pelos corredores mais lotados eu estaria sendo linchado nesse momento. – disse ele com ironia.

_ Pensei que tivéssemos escolhido caminhos desertos porque eu estou usando apenas suas camisas. – ela exclamou inconformada.

Draco desceu seu olhar pelo corpo da menina, deixando-a corada e sem fala.

_ Ah, claro que foi por isso. – disse ele de forma sarcástica.

-

Arya andava com precaução, tomando o cuidado de evitar cacos afiados, estava descalça e apoiava apenas um pé no chão ao andar.

E ela andava tão devagar, Draco estava sendo paciente até ali, mas ela tropeçava a cada instante, o que fazia o loiro estar sempre atento para não ser levado ao chão junto da garota.

Andaram mais alguns metros quando um novo tropeço dela fez o menino virar abruptamente e falar estressado:

_ Como você consegue isso? Tem certeza que você sabe andar? – falou debochado.

Ela apenas o encarou por alguns segundos, estava cansada, ferida e com fome, e Draco não parava de reclamar de tudo o que ela fazia, já estava quase querendo que ele tivesse deixado ela na beira do lago mesmo.

_ Draco. – disse enquanto tentava se controlar. _ Eu fiquei três dias sem dar um passo em terra firme, e mesmo assim você quer que eu saia dançando por ai? Por favor néh.

Ela havia conseguido de novo, deixou o loiro sem ter como retrucar. Draco estreitou os olhos pensando em uma resposta malcriada. Desistiu, resmungando algo sobre mulheres, e que isso não ia ficar assim.

Continuaram o caminho com pequenas discussões. Quanto mais perto chegavam da cozinha, mais o cenário em volta demonstrava menos sinais de destruição. A guerra não havia chegado até essa parte do castelo. E assim Arya olhava admirada para o corredor a sua volta.

Passaram perto de uma pintura de frutas e Arya continuaria a andar se Draco não estivesse parado em frente a ela, examinando alguma coisa.

Ele olhava fixamente para o quadro de uma enorme pêra verde em uma fruteira.  Arya já ia questionar o que o menino olhava tanto quando ele se aproximou e fez cócegas na pêra.

Ela o encarou por um momento, talvez ele fosse louco. Já ia abrir a boca para brincar sobre a atitude estranha de Draco quando deu um passo para trás assustada.

A pêra tinha começado a se contorcer como se estivesse morrendo de rir, e segundos depois se transformou em uma maçaneta verde.

_ Damas primeiro. – disse ele divertido.

Arya olhava fascinada para a passagem a sua frente. Mais alguns passos a frente e eles se encontraram em um amplo corredor iluminado, do qual já era possível sentir o cheiro delicioso de comida sendo preparada.

A cozinha era um amplo aposento, com um teto alto, era bem iluminada, e repleta de tachos e panelas empilhadas nas paredes de pedra em volta. Era visível um enorme fogão de tijolos em um canto ao longe e também quatro mesas no centro, que Draco sabia estarem exatamente embaixo das quatro mesas das casas que se situavam no salão principal.

Logo ao entrarem, foram rodeados de elfos carregando bandejas de guloseimas deliciosas.

Para Arya não existia criaturas mais curiosas, apesar de ter ficado surpresa com os sereianos, esses seres que se encontravam a sua frente eram esquisitos e de certa forma, adoráveis.

_ O que eles são? – ela cutucou Draco que já se encontrava com um sanduíche na mão.

_ Elfos domésticos. – respondeu indo se sentar no banco de uma das mesas logo em seguida.

 Arya ficou perdida no meio de tantos elfos carregados de comida. Conseguiu uma grande bandeja repleta de várias coisas que nunca havia experimentado.

Ela moveu-se devagar até onde Draco estava e sentou-se ao seu lado, estava com água na boca, e não demorou a começar a devorar o que encontrava na sua frente. Era delicioso.

A menina sentiu o olhar de Draco em si, e virou-se para confrontá-lo, mas algo chamou sua atenção, não exatamente algo, era um elfo com um enorme medalhão de ouro pendurado em seu pescoço. Ele movimentava-se rapidamente pela cozinha, carregando coisas, picando verduras. Mas logo o pequeno elfo sentiu o olhar da garota e virou-se com uma cara feia.

O elfo pareceu chocado ao vê-la e veio caminhando em sua direção como se seus pés tivessem vida própria. Arya achou que tivesse feito algo de errado para a pequena criatura e quando ele se aproximou, ela se encolheu ao lado de Draco. Talvez ela esperasse que assim, poderia ficar invisível.

Draco arqueou uma sobrancelha para o elfo estático ao seu lado, sem ter reparado no que ocorreu.

_ O que está olhando, Kreacher*? – perguntou em tom mandão.

Kreacher apenas guinchou e disse em sua voz esganiçada:

_ Mestiça. – disse apontando para Arya.

A menina arregalou os olhos em surpresa, como ele podia falar uma coisa dessas?

_ Uma sereia é uma mestiça? – Draco virou para ela e perguntou.

A garota ficou vermelha e desviou o olhar do rosto do loiro.

_ Ah... hum... não sei sobre isso. – mentiu.

O menino olhou desconfiado para a sereia, estava claro que ela escondia alguma coisa, ficou bravo, como ela ousava mentir para Draco Malfoy? A não ser que fosse algo vergonhoso, não importava, pensou ele, ele não estava interessado em saber.

_ Kreacher, saia daqui. – mandou o menino.

O pequeno elfo olhou angustiado para Arya, relutou alguns segundos, mas no fim saiu de perto deles e sumiu na multidão de elfos que se encontrava na cozinha.

Arya mantinha-se pensativa quando Draco levantou-se e perguntou se já podiam ir.

Saíram das cozinhas e andavam devagar pelo corredor quando avistaram um ruivo alto encostado em uma pilastra. Ele encarava a paisagem e tinha uma expressão fechada.

_ Weasley. – chamou Draco. _ Você adora atos de bondade não é mesmo? – perguntou sarcástico.

O menino virou e encarou Draco sem mudar sua expressão, não demorou o olhar nem dois segundos na menina ao lado do loiro.

Não respondeu nada, apenas virou-se para a janela a qual encarava e permaneceu assim.

Arya olhou indecisa enquanto Draco pensava em alguma coisa.

_ Depois dizem que eu é que sou grosso. – resmungou o loiro. _ Olha Arya, já te levei para comer, já te salvei, já fiz muito por você hoje. – disse ele em tom superior._ Agora eu tenho mais coisas para fazer, então, espero não te ver tão cedo, esse menino vai te mostrar como voltar até a enfermaria, e se não mostrar... eu não me importo.

Ele simplesmente foi embora e deixou-a ali, sem nem ter tempo de ter uma reação e gritar com ele. Estava boquiaberta, Draco era uma peste mesmo, pensou com raiva.

Sem ter alternativa, ela foi até o ruivo que se mantinha alheio ao que ocorria ao redor. Indecisa sobre o que falar, ela pensou por alguns instantes.

_ Ah, olá. – disse timidamente. – Desculpe incomodar, mas eu estou perdida, nunca estive em Hogwarts e não sei como voltar à enfermaria.

Ele a analisou por um momento.

_ Como assim nunca esteve em Hogwarts? Qual a sua idade? – perguntou desconfiado.

_ Tenho 17 anos. – disse incomodada com o tom usado pelo garoto. _ Mas eu não sou daqui, é uma longa história. – ela suspirou.

_ Tudo bem, te levo a enfermaria e você me conta sua história. – disse ele. _ Meu nome é George Weasley.


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Notas finais do capítulo

que taal ?
alguém com raiva do Draco ? SHUAHSUAHS

então, 'Kreacher' é o nome original do Monstro, e é uma mistura das palavras 'criatura' e 'velha'.

Alguém curioso sobre o que Arya está escondendo ? ;p

até o próximo, vão ter grandes surpresas :B
HSUAHSU

xoxo



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