Até Parece Conto De Fadas escrita por broken angel


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas desculpa, não estava com um bom humor, umas coisas ai, mas ai está. Sei que está menor que o último, mas queria postar logo para vocês não me matarem.



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Capitulo 3

“Querido diário, sei que faz algum tempo que não escrevo, mas é que agora eu tenho tanta coisa na cabeça que não consigo ficar nem mais um minuto sem escrever. Se eu não botar tudo pra fora acho que eu piro, e não é exagero, é a verdade.

Na semana que Austin chegou eu escrevi, e foi a última coisa que falei, pelo que eu estava vendo aqui. Faz um mês que essa peste está aqui em casa, e eu não consigo ter nenhum momento de sossego. Desde o primeiro dia que ele me assustou, ele está diferente. Ok, vamos por parte.

No primeiro dia que eu conheci ele, achei que era o galinha ridículo, babaca, igual a todos, e tinha razão, mas comigo é diferente, totalmente diferente. Faz um mês que ele chegou e já botou o maior fervo naquela escola. Depois do segundo dia, em que eu quase vomitei por fazer a pior idiotice do mundo, ele já começou a se enturmar, não somente comigo, a Trish e o Dez, ele realmente sabe ser simpático e engraçado quando quer. Ele começou conversando com o pessoal que joga basquete, ai eles o chamaram pra fazer um teste para entrar no time, e adivinhe. Ele passou.

Depois disso as garotas caíram matando, sério mesmo. Quando eu falo que mulheres são idiotas acham que estou sendo hipócrita, mas é a verdade. Tá certo que quando ele chegou aqui todas elas suspiraram, e sorriram, e ele fez o mesmo, sorrindo de volta, mas quando se entra no time de basquete é outro nível. É o nível dos populares, como a Kira e as suas amiguinhas. É, eu não falo muito dela porque é perda de tempo, e não vou cansar minha mãozinha para falar dela. Enfim, depois que ele entrou no time ela foi a primeira a jogar conversa fora com ele, e não parou por ai. Suas amiguinhas também ficaram amigas dele, e as outras meninas que estão a ‘degrau abaixo’ da Kira também começaram a conversar com ele, e logo todas as meninas começaram a conversar com ele.

Mas não ache que só foram as meninas, os meninos também. Os garotos querem ser amigos de caras legais e populares e descolados, para serem considerados também um desses, e eu não preciso falar a minha opinião sobre isso não é mesmo? Bando de idiotas que se deixam rotular. Sorte que Trish e Dez concordam comigo. Até ai eu estava super feliz, ia me ver longe de Austin Moon, porque ele iria começar a andar com os populares e ia esquecer dos não-populares, tipo eu, Trish e seu amigo de longa data Dez. Mas parece que ele tem princípios, olha só. Ele não deixou de conversar com Dez mesmo os populares olharem com nojo para ele.

E ele não só fez parte dos populares como já ficou com as meninas, praticamente todas da escola, em apenas um mês. Eu acho que estou exagerando. Não é possível isso. Mas é que eu via fazendo gracinhas com uma garota diferente a cada dia, ou a cada dois dias, e isso não é exagero meu, pode perguntar para a Trish, ela iria concordar.

E quando eu digo que ele conversava também com os não-populares estava me incluindo junto. Comigo ele fala calmamente, meigamente, tenta me ajudar na loja do papai, dá sempre ‘bom dia’ e ‘boa noite’, e todos os dias está me acompanhando até a escola e de volta pra casa. E todos os dias que eu chego com ele na escola eu sinto todos os olhares assassinos de todas as garotas do colégio recaírem sobre mim, e então tento fugir o mais rápido possível, senão já, já estou com furinhos por todo meu corpo por conta das balas imaginárias.

Ele é totalmente estranho, e às vezes dá medo dele, sério. E ainda canta. Do nada ele pegou um violão da sala de música, levou para o intervalo, e começou a cantar um monte de música, a escola inteira ficou como sua plateia, e tenho que admitir que ele sabe o que faz. Ele pode ser lindo, engraçado, estiloso e cantar bem, como a Trish fala, mas eu não confio nem um pouco no Austin.”

Ali descansa a caneta em seu diário e o fecha. Massageia um pouco a mão que estava escrevendo. Suspira um pouco, tentando relaxar. Olha pro lado e vê seu piano. Ela estava na salinha ao lado de seu quarto, aonde sempre vai quando quer ficar sozinha. E naquele momento era o que mais queria, e o que não queria também. Ela nunca se entendia, mas sempre tentava ao máximo saber separar bem seus pensamentos. Estava com muitas coisas na cabeça, não conseguia pensar em mais nada. Se pensasse sua cabeça iria estourar.

Levantou-se e se sentou no banquinho do piano e fechou os olhos por um momento. Estava estressada, tinha vontade de chorar e não sabia o porquê, e sentia mais raiva ainda. Sentia-se só, mesmo perto de seu pai e de seus amigos. Sentia-se triste. Na hora lembrou-se de uma música e começou a tocá-la no piano.

I stare at my reflection in the mirror


(Eu fico olhando para meu reflexo no espelho)


Why am I doing this to myself

(Porque estou fazendo isso comigo mesma?)

Losing my mind on a tiny error

(Perdendo minha cabeça em um pequeno erro)


I nearly left the real me on the shelf


(Eu estava perto de deixar meu verdadeiro eu na prateleira)

No, no, no, no

(Não, não, não, não)


Ela deslizava seus dedos suavemente pelo piano, como se fizesse parte dele. Sua voz cantava cada palavra perfeitamente.


Don't lose who you are, in the blur of the stars

(Não perca quem você é no borrão das estrelas)

Seeing is deceiving, dreaming is believing

(Ver é enganar, sonhar é acreditar)

It's okay not to be okay

(Tudo bem não estar tudo bem)


Sometimes it's hard


(Às vezes é difícil)

To follow your heart

(Seguir seu coração)

But tears don't mean you're losing

(Mas as lágrimas não significam que você está se perdendo)

Everybody's bruising

(Todo mundo se machuca)

Just be true to who you are

(Basta ser verdadeiro com quem você é)


Fechava os olhos toda hora, sentindo a música tomar conta de si. Uma lágrima solitária rolou por sua bochecha e logo tantas outras começaram a segui-la.


Who you are, who you are, who you are

(Quem você é, quem você é, quem você é)

Who you are, who you are, who you are

(Quem você é, quem você é, quem você é)

No no no no no no no








(Não, não, não, não, não não)









Who you are, who you are, who you are


(Quem você é, quem você é, quem você é)

Who you are, who you are, who you are

(Quem você é, quem você é, quem você é)


Precisava lavar sua alma, precisava ficar de bem com ela própria para ficar de bem com o mundo.


Brushing my hair, do I look perfect?

(Escovando meu cabelo, pareço perfeita?)

I forgot what to do to fit the mold

(Esqueci o que fazer para se encaixar no molde)

The more I try, the less it's working








(Quanto mais eu tento, menos isso funciona)









Cause everything inside me screams:


(Porque tudo dentro de mim grita)

No, no, no, no, no, no, no

(não, não, não, não, não, não, não)

Yes, nos, egos

(Sim, não, egos)

Fake shows like woo

(Passos se mostram como uma explosão)

Just go, and leave me alone

(Apenas vá e me deixe sozinha)

Real talk, real life, good luck, good night

(Discussão real, vida real, boa sorte, boa noite)

With a smile...

(Com um sorriso)

That's my home, yeah

(Essa é a minha casa, yeah)

That's my home...

(Essa é a minha casa)

No

(Não)



Só não percebeu que uma pessoa estava na porta, escutando-a.





– Você canta muito bem – Austin disse assim que Ally terminou de tocar a última nota.



– Que bom pra mim – ela se assustou e enxugou suas lágrimas.

– Você deveria ser mais gentil – ele chegou mais perto dela.

– E você deveria calar a boca – se levantou e cruzou os braços.

– Eu estou te elogiando Ally.



– Não preciso do seu elogio.



– Para de ser chata. Esqueça a imagem que teve de mim no primeiro dia.

– Impossível. Com tanta coisa que você fez é muito impossível.

– Ally, você canta muito bem tá bom? De nada – Austin perdera a paciência e se virou para ir embora.

– Obrigada – respondeu timidamente, ele se virou para olhá-la novamente.

– Por que nunca se apresentou? Mais alguém sabe?

– Eu tenho medo de palco. E só a Trish sabe.

– Nem seu pai?

– Não. Só minha mãe.

– Desculpa eu me intrometer então – abaixou a cabeça.

– Não tem problema – ela sorriu timidamente e ele retribuiu o sorriso.

Os dois desceram a escada até a loja. Já era sete da noite e Ally tinha que fechá-la. Austin a ajudou, como sempre, e desta vez ela não teve pensamentos maldosos, só agradeceu por alguém tentar ajudá-la mesmo sabendo que ela odeia muito esse alguém. Austin era diferente, isso ela não podia negar, mas ela não confiava nele mesmo fazendo tantas coisas por ela. Ele tinha esse jeito todo meigo com ela, mas na realidade era só um garoto que queria curtir sua vida sem que ninguém o atrapalhasse.

Ele se surpreendeu por Ally não ficar com a cara de brava como sempre quando ele ajudava a fechar a loja. Ela estava até com ânimo, e ele gostava disso nela. Ele gostava de quando ela sorria, mesmo que não fosse pra ele, porque nunca era, nunca conseguira fazê-la rir, só conseguia fazê-la ficar bem brava, e mesmo assim ele adorava. Ela tinha um jeito inocente, que nenhuma outra garota tinha. Ela nunca era pervertida, nunca falava maldades de ninguém, pelo menos não para eles. Com certeza ela pensava nisso, ou escrevia naquele diário que tantas e tantas vezes a vira escrevendo, e ele tinha um desejo profundo de pegá-lo sem que ela soubesse e lesse o que quer que esteja lá. Era muito curioso pra fazer isso, com certeza teria umas coisas muito incríveis lá, mas ela escondia, ou sempre ficava com ele na mão, ele percebera. Tentou manter esse bom humor dela.

– Vamos comer pizza? – ele disse quando fechara o último cadeado da loja, que era em cima, e ela, por ser baixinha, não conseguia.

– Eu? E você? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

– Relaxa. Não estou te chamando para sair. Vamos chamar Dez e Trish também – ele riu em deboche.

– Ah, claro. Manda mensagem pro Dez que eu mando pra Trish – ela disse subindo as escadas.

– E onde você vai? Eu disse agora, e não daqui uma semana – ele riu.

– Eu sei idiota – disse sem paciência, parando na escada, se virando e olhando para ele – eu preciso tomar banho. E você também. O cheiro está vindo aqui – ela riu fraco, e ele meneou a cabeça. Ambos mandaram as mensagens para Trish e Dez, e ambos foram tomar banho. Ally tinha um banheiro em seu quarto, e Austin usou o normal.

Depois de dez minutos ela terminara de tomar banho, mas não sabia que roupa usar. Ela nunca foi de ligar pra roupa, pouco se importava com que os outros falavam dela, mas ela iria sair com seus amigos, queria estar bem apresentável, mas bem no fundo da sua consciência queria surpreender Austin, e não sabia por quê. Talvez para provocá-lo, para deixá-lo louco, mas ela não era desse jeito. Mas mesmo assim pensava que seria bem divertido vê-lo todo bobo. Se é que ele ficaria assim com ela.

Abriu a porta de seu guarda-roupa e passou os olhos uma, duas, três vezes, e não viu nada atraente.

Sempre comprara vestidos frufrus, saias rodadas até três dedos acima do joelho, blusas um pouco largas, shorts da metade da coxa, e calças um pouco larguinhas. Era raro ela comprar salto, mesmo sempre comprando plataformas, porque achava que saltos ela nunca iria conseguir usar, principalmente os agulhas. Mas ela tinha um scarpin vermelho que Trish lhe dera no seu último aniversário, e que nunca o usou. Era aquela hora a hora de usá-lo.

Queria colocar vestido, mas todos eram do tipo freira. Escolheu então uma saia meio rodada e curta, era um pouco ousada, mas ela não estava ligando muito. Viu a última blusa que sua mãe enviara por correio há três meses, mas que nunca usou, também, todas as roupas que sua mãe lhe mandava ela não usava, porque não era seu estilo, e sua mãe não estava perto dela para saber o tipo de coisas que ela usava.

Terminando de escolher a roupa ela ainda não tinha decidido o que fazer no cabelo. Não queria prendê-lo, não sabia fazer um bom penteado. Por ele ser fino os penteados se desmanchavam na primeira hora. Decidiu fazer uma trança, mas não sabia onde. Então passou para a maquiagem. Não queria nada pesado, mas também nada leve, queria que reparasse que ela estava usando maquiagem. Olhou para sua penteadeira com todas aquelas caixinhas cheias de coisas de maquiagem que sua mãe lhe dera e que também nunca tinha usado, sentou-se na sua cadeira e começou a se pintar.

http://www.polyvore.com/ally/set?id=89097705

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Austin ficara meio triste por não ir somente com Ally, como ele queria, mas ela ficara tão assustada com o pedido que ele tentou ser gentil, e chamar Trish e Dez, mas eles iriam sair, e ele estava feliz por isso, pelo menos ela não o xingou como tem feito tanto ultimamente. Saiu do banho depois de quinze minutos e foi se vestir. Não sabia muito bem o que colocar, mas tentou ser como sempre foi. Colocou uma calça meio apertada, uma blusa de manga comprida, seu tênis, seu colar de palheta, e tentou arrumar seu cabelo para ficar bagunçado.


http://www.polyvore.com/austin/set?id=89100001

Passou seu perfume rapidamente e desceu as escadas esperando Ally descer também. Fazia meia hora que tinham mandado mensagem para Trish e Dez para os encontrarem na pizzaria do shopping, mas Ally ainda não estava pronta. Ficou meio nervoso. “Por que será que ela está demorando tanto?”, pensou assustado. Mas acabara de pensar e Ally desceu as escadas devagar e olhando para ele. Austin se levantou rapidamente e ficou olhando bobamente para ela. Não conseguia piscar, não conseguia respirar, parecia que o mundo a seus pés estava desaparecendo. Foi então despertado por Ally que estalou os dedos na frente de seu rosto te chamando:

– Austin? Você tá bem? – perguntou meio risonha. Precisava aguentar, não podia rir. Percebeu o quanto a sua roupa o provocara, e estava adorando tudo aquilo. Pois é, estava sendo muito divertido pra Ally.

– Você... hãn – tossiu – você está linda. Maravilhosa. Sublime – falou rapidamente.


– Sublime? – ela levantou a sobrancelha quase caindo na gargalhada.


– Eu falei isso? – falou bobamente. “Austin Moon, você é a pessoa mais retardada do mundo”, pensou.

– Vamos?

– Claro. Sublime? De onde tirei isso – murmurou para si. Ally queria rir, até sua barriga doer, até fazer xixi em suas roupas, mas se conteve, não queria estragar o seu pequeno “plano”. Seria uma maldade enorme com ele, mas ele merecia.


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Notas finais do capítulo

A música é Who you are - Jessie J, vale a pena escutar e ler a tradução, ela sempre me ajuda quando estou triste e blá blá blá, é bem da hora. Eu parei por aqui porque tinha que fazer as roupas da Trish e do Dez, e eu estava com muita preguiça, desculpe, mas já fiz da Ally e do Austin, to meia sem criatividade sabe. Outra coisa, não vou shippar Trez porque, na minha opinião, eles não combinam, me desculpem fãs de Trez, mas não gosto de vê-los juntos, prefiro com outras pessoas, e o foco será na Ally e no Austin. Enfim, espero que gostem de verdade do capítulo. o próximo prometo que farei bem maiorzinho e com emoções uhu.
GirlAuslly: Awn nina, obrigada mesmo, não sabe como é bom saber que tem pessoas que já gostam da sua fic antes mesmo de ela ter um bom começo. Obrigada mesmo.
MariaDuuda: Isso ai honey, acompanhe sim, bate dois aqui o/ parei dhsadhskah obrigada de verdade.
fofagabriella5: Eu pensei que iria abandonar também, mas eu tenho minhas ideias no meu caderno, então é mais fácil do que inventar logo um capítulo de cara. Tudo que penso vai pro caderninho senão esqueço. Obrigada.
Karina Mocchi: O Austin é foda cara, ama ter a atenção dela, e ela adora ter uma pessoa que quer sua atenção. São perfeitos um para o outro. Eu tinha um amigo assim que adorava me provocar vish.
Obrigada a todas que me mandaram comentário, é pouco, mas estou contente de verdade. Nunca pedi comentário, but, seria bom, não cairá seu dedo se escrever um "gostei" ou "não gostei", preciso realmente saber como querem essa fic. Tá que eu que escrevo a fanfic, mas eu gosto quando todos gostam dela. Beijo, até próximo capítulo, prometo, sairá em breve, xox.