Até Parece Conto De Fadas escrita por broken angel


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAL! Nossa, quanto tempo não escrevo né? Quase dois meses. Mas eu sinceramente peço desculpas por tanta demora. Sem mais delongas, novo capítulo pra vocês. Espero que gostem.



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Estavam todos na salinha ao lado do quarto de Ally, terminando de filmar o primeiro vídeo de Austin. Dez filmava e filmava, de vários ângulos e distâncias para ter um bom material para a edição do vídeo. Austin terminara naquele momento a última tomada.

– Esse vídeo vai ficar incrível – Dez disse animado.

– Bom que fique mesmo. Estou super cansado – Austin disse, com a voz manhosa e desmoronando, literalmente, no puf.

– Mas vai ficar. Dez é ótimo com edições. – Ally concordou com Dez para tranquilizar o namorado.

– E suas músicas são muito boas Ally. Já estou vendo várias visualizações em apenas um dia – Trish disse sonhadoramente, olhando para o futuro.

– É Austin. Não tem com o que se preocupar – Dez disse, também tranquilizando o amigo.

– É, nós formamos uma ótima equipe. Vai sair tudo perfeito – concordou o garoto.

– Então? Já acabou? – Trish perguntou para Dez.

– Já sim. Podem descansar – Dez respondeu, e os outros três aliviaram em uníssono.

– Finalmente. Minha garganta já tá seca – Austin disse, passando a mão na mesma.

– É melhor tomar água. Senão pode ficar desgastada – Ally disse.

– É, verdade. Vamos na cozinha? – Austin disse, se levantando.

– Você sabe onde fica a água.

– Eu sei, mas eu quero que venha comigo. – disse, ficando frente a frente e colocando ambas as mãos na cintura da namorada – Pode ser? – deu um sorrisinho.

– Pode – ela revirou os olhos, mas sorriu junto com ele.

– Vocês vão mesmo me deixar aqui com esse panaca? – Trish disse, revirando os olhos e apontando para Dez.

– Ei, eu não sou panaca. Mais respeito – Dez disse, se virando para ela.

– Claro que é. Não discuta comigo – Trish disse, também se virando.

– Quem disse que sou?

– Eu disse.

– Eles não vão parar nunca – Austin disse, revirando os olhos. Saiu da salinha e Ally veio atrás dele, deixando os dois amigos discutirem.

– Quando vão perceber que é irritante eles sempre ficarem brigando? – Ally disse, já na cozinha.

– Nunca vão perceber, porque o jeito deles conversarem é só esse – Austin disse, abrindo a geladeira e pegando a jarra de água.

– Eu já to ficando cansada dessas brigas intermináveis – Ally se encostou na mesa da cozinha e suspirou.

– Já tá ficando? Eu já estou. Há muito tempo – Austin acabara de beber a água, e ficou de frente a Ally.

– É. Mas eles são nossos amigos. Nós não podemos brigar com eles. Devemos conversar e tentar arrumar isso.

– Você sempre tem uma solução pra tudo né? – Austin disse, e riu fraco.

– Sim. Sempre uma solução lógica – Ally sorriu. Austin colocou as duas mãos, uma de cada lado de Ally, na mesa, se aproximando mais dela, e com um sorriso nos lábios. – Era por isso que me queria aqui né? – ela sussurrou, ainda sorrindo.

– Como você descobriu? – Austin sussurrou irônico, rindo fraco. Encostou os lábios nos lábios da namorada, pressionando no mesmo instante. Aprofundou, logo em seguida, passando uma das mãos para os cabelos da garota, afagando-o. Ela colocou as duas mãos nas costas dele, passando de leve, para cima e para baixo, usando de vez em quando suas unhas. Depois de um momento passou ambas para o rosto de Austin, acariciando-o. Ele abaixou a mão que estava nos cabelos da namorada e depositou-a em sua cintura, e a outra que até então se encontrava na mesa, foi posta do outro lado da cintura da garota, onde, com ambas, apertou-a gentilmente, puxando Ally um pouco mais para si. Finalmente, precisando de ar, separaram-se, e ficaram se olhando por uns segundos, com sorrisos nos lábios vermelhos.

– É melhor a gente voltar lá pra cima – Ally disse.

– Você sempre estraga o clima – Austin disse separando-se da garota.

– Mas vai que a Trish matou o Dez?

– Tudo bem, a gente volta pra lá – Austin revirou os olhos, e Ally riu.

– Austin, para de ver esse vídeo pelo amor de Deus – Ally falara, pela décima vez daquela hora. Dez tinha feito a edição e já colocara no youtube. No outro dia já tinha mais de 5.000 visualizações, mas Austin ainda assistia.

– É cara. Deixa que os outros assistam e marcam mais visualizações. – Dez disse, animando-o.

– Mas é que ficou muito bom. Eu só quero assistir – Austin disse, fingindo inocência.

– Já chega. – Trish disse quando Austin acabara de clicar no play. – Vamos sair. Agora.

Então os quatro saíram da Sonic Boom e foram para a praça de alimentação do shopping somente pra ficarem sentados, conversando. Então duas garotas, uma loira e uma morena passaram pertos deles, e quando viram Austin começaram a cochichar e apontar. Se aproximaram do mesmo.

– Oi! Você é Austin Moon? – a loira perguntou.

– Sim, sou eu – Austin respondeu sorrindo.

– Ai meu Deus. Eu assisti o seu vídeo tipo umas cinquenta vezes – a morena disse.

– Muitas vezes hein – Ally disse sarcástica.

– Você tem uma voz incrível – a morena continuou.

– Obrigado – Austin disse, encabulado, passando a mão na nuca, e sorrindo.

– Foi você quem compôs aquela música? Porque ela é nova né? Procurei na internet a letra, só que não achei – a loira disse.

– Ah, é sim. Foi minha compositora quem escreveu – Austin disse, ainda sorrindo.

– Você tem uma compositora particular? – a garota morena disse, sonhadoramente.

– Sim. Sou eu. – Ally disse, já não aguentando mais. – Prazer, Ally Dawson. Compositora E namorada do Austin – estendeu a mão, na frente do rosto de Austin. A morena apertou, desfazendo o sorriso após descobrir que o loiro não era solteiro.

– Foi muito bom conhecer você Austin. Vou falar de você para todo mundo que eu conheço – a loira disse, e a morena concordou. Saíram de perto deles, sorrindo.

– O que foi aquilo Ally Dawson? – Austin se virou para a namorada, sorrindo – Era ciúmes?

– Você não viu aquelas lambisgoias se jogando pra cima de você? – Ally disse indignada. – Ai Austin, eu vi o seu vídeo cinquenta vezes, você é tãããããão talentoso, e sua música é nova né? Procurei na internet a letra e não achei. – continuou com uma vozinha fina, em falsete, imitando as garotas.

– Não sabia que você era tão ciumenta assim Ally – Austin disse, ainda rindo. – Você sabe que eu não faria nada com você. Pode confiar em mim – disse acariciando o rosto da namorada.

– Claro que eu confio em você. Eu não confio nessas malucas ai – disse, suspirando.

– Bom, é melhor se acostumar. – Trish disse.

– É mesmo. Vai ter muitas dessas por ai. O público alvo do Austin são as garotas da nossa idade, e as mais novas também – Dez concordou.

– Elas vão se jogar em cima dele Ally – Trish disse, rindo da cara de brava da amiga.

– To começando a me arrepender dessa parceria – ela disse, emburrada, e cruzando os braços.

– Tá arrependida? – Austin disse, com uma cara triste.

– Não meu amor. – tranquilizou o namorado – É só que eu não vou aguentar sempre essas meninas se jogando pra cima de você.

– Mas elas vão saber que eu tenho namorada.

– E desde quando isso impediu alguma garota de cair em cima do seu ídolo? – Ally levantou uma sobrancelha, irônica.

– Tá certo Ally. Juro que se elas vieram pra cima de mim eu saio correndo – ele disse, rindo.

– Não é assim também né. Você tem que agradecer a seus fãs. São por causa deles que você está se tornando um sucesso da internet – sorriu, ternamente.

– Então promete que não vai ficar tão brava quanto hoje?

– Prometo – ela sorriu. Acariciou a face do garoto, chegando perto, e encostando seus lábios. Ouviu Trish reclamar.

– Sem demonstração de afeto na minha frente por favor. – Ally rira, e se distanciara de Austin. Viu o lindo sorriso dele, e mesmo que aquele episodio tenha ocorrido, e ela tinha certeza que vários outros iguais ou piores ocorrerão, ela ficava feliz por vê-lo feliz. Ele sempre amara música, era esse o pressuposto de ter se mudado pra Miami. Aqui ele teria mais oportunidades que onde ele estava antes.

Então iria tentar não se importar com o assédio das fãs. Iria deixá-lo curtir aquele momento, porque sempre foi o que ele quis. E além do mais ele estava mostrando ao mundo a música dela, que ela compôs. Não tinha como ficar melhor que isso. Mas ela estava errada.

Dois meses depois, com mais três videoclipes, a popularidade de Austin aumentara. Os vídeos estavam batendo recordes. O segundo que ele colocara no youtube teve meio milhão de acessos em apenas duas horas. O terceiro teve quase um milhão em uma hora. E o quarto teve exatamente um milhão em meia hora.

Todos conheciam Austin Moon. Não somente a Miami inteira, como todos os Estados Unidos, toda a América Latina, toda a Europa, África, Oceania. Em todos os lugares milhares e milhares de fãs assistiam os quatro vídeos de Austin, pedindo por mais a cada segundo. Lotaram de comentários todos os vídeos.

Ele saía na rua e todos o cumprimentavam. Queriam tirar foto. Queriam autógrafo. Queriam ficar perto dele nem que fosse por um segundo.

Ally estava animada. Ela era a compositora do mais jovem artista da internet. Sua música era ouvida por milhões de pessoas, e todas elas amavam essas músicas. Mesmo que ela ficava nos bastidores, ela adorava a aceitação das pessoas. Era muito bom saber que ela era boa o suficiente para transformar suas ideias, sentimentos em música, que alegrava a todos.

Dez estava mais animado que todos juntos, se isso era possível. Seus vídeos eram bons. As edições eram fantásticas. Todos elogiavam seu trabalho. Pediam por mais edições, nem que fosse um mini reality show, ou um mini vídeo de Austin.

Trish estava empolgada. Como empresária de Austin ela comandava tudo o que ele teria que fazer. Mesmo não sendo boa nos outros empregos, aquele era o emprego dos sonhos. Ela estava atendendo telefonemas atrás de telefonemas, agendando show, apresentações, aparições dele na TV. Ela administrava como uma profissional.

Depois de mais cinco meses com novas músicas e novos vídeos a cada duas semanas, com várias apresentações no shopping, em bares, na praia, aparições na TV, a grande chance de Austin chegara.

Jimmy Starr, pai de Kira, a garota mimada e metida da escola que corria atrás de Austin como uma pulga, ligara para Trish, pedindo uma demo de algumas músicas de Austin. Os quatro animados trabalharam dia e noite, durante uma semana, para gravarem a melhor música. Então enviaram para Jimmy, e no outro dia a tarde ele ligara para Trish, dizendo que queria assinar com Austin para gravarem seu primeiro CD.

Esse era o ápice da felicidade de Austin. Ele não sabia o que falar, não sabia o que fazer. A primeira coisa que fez, depois de beijar e rodar Ally, fora ligar para seus pais, que o apoiava desde o primeiro vídeo, e contar para eles o que tinha acabado de acontecer.

Na outra semana já começou a trabalhar. Como Ally era a compositora ela ia no estúdio também, entregando mais músicas novas e ensinando a Austin suas respectivas melodias.

Depois de um mês lançaram seu CD. A vida de Austin não tinha como ficar mais perfeita do que já estava. Ele namorava a pessoa mais doce, gentil, engraçada e criativa que existia no mundo, lançara seu primeiro CD que fora um sucesso de vendas, tinha um contrato de cinco anos com a Gravadora Starr, e seus amigos estavam pertos para verem suas realizações, como seus pais, que se mudaram para Miami assim que souberam do contrato.

Mas com todas essas coisas acontecendo mal tivera tempo para Ally. Tá certo que ela ficava perto dele o tempo todo falando sobre as músicas, mas ele não tinha um minuto a sós com ela para poder abraçá-la, beijá-la, sentir seu cheiro floral, sentir a maciez de sua pele, sentir arrepios somente com o encostar de seus lábios. Por isso fizeram um jantar romântico naquela casa abandonada que tinha aquela “praça”.

Ao redor das árvores tinha lanternas pequenas, para iluminar tudo. Na mesa, bem no centro do jardim, estava uma vela, um vaso cheio d’água, dois pratos, um de frente ao outro, talheres nos respectivos pratos, e dois copos, um de cada lado. Ally andava com uma venda nos olhos. Austin a guiava. Passaram pela “parede” de folhas e então ele tirou as vendas dela.

Demorou algum tempo para sua vista se acostumar com aquilo, mas quando percebeu o que estava acontecendo abriu o maior sorriso que já dera, exceto talvez quando se reconciliara com Austin. Ele, como sempre, estava encantado com o sorriso dela, e se arrepiou. Era surpreendente como ela mexia com ela com um simples ato.

Estava com um buquê de rosas brancas, e entregou a ela, que agradeceu, beijando-o da forma mais suave que conseguia. Foram até o centro e ela colocou o buquê no vaso que estava com água.

Ally olhava aquilo tudo totalmente maravilhada. Olhou para seu namorado a sua frente, que estava sorrindo com sua reação. Sorriu meigamente.

– Eu te amo Austin.

– Eu te amo Ally. – então, tiveram sua noite romântica que há tanto esperavam.


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Notas finais do capítulo

OLHA SÓ COMO EU SOU UMA LINDA. Tem um prólogo. Então até lá.