Até Parece Conto De Fadas escrita por broken angel


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Eu fiquei uma semana de tpm e eu fico péssima nessa semana, então tentei ao máximo me desculpar por este capítulo. Espero que gostem. É dedicado pra Quézia Sara porque sim



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Tinha se passado uma semana depois do encontro desastroso de Ally com Elliot. Ela se pegava lembrando-se dele, algumas vezes, e se repreendia. Sentia nojo. Repulsa. Vontade de vomitar, mas Austin a protegeu, pensou, lembrando-se do que ele fizera. Sorriu sem querer, enquanto estava mexendo nas notas de pagamento dos clientes da loja. Como sempre seu pai fora pra uma convenção maluca e deixara ela e Austin cuidando.

– E esse sorriso ai? – Austin disse chegando perto dela, e erguendo uma sobrancelha – Não é por nenhum menino não? Ambos sabemos que você não é lá muito boa com a escolha de meninos – ele riu, e ela revirou os olhos.

– Super engraçado você Austin – disse irônica. – Esse sorriso era por causa de você, idiota – continuou, alfinetando-o, se virou e saiu andando até onde ficavam as guitarras.

– Espera ai. Por mim? Eu ouvi isso certo? – disse atrás dela. Surpreendeu-se com o que ela disse, e se viu correndo para onde ela foi.

– Sim. Ouviu certo – respondeu, se segurando para não rir. Duas mãos passaram pela cintura dela, fazendo-a virar e encontrar olhos pretos olhando-a e um lindo sorriso em lábios finos. – Que isso Austin? Acha que tem intimidade pra isso? – ela cruzou os braços e ele riu.

– Claro que tenho – disse convencido.

– É tão bom sonhar né Austin? – disse em deboche, rindo, e saindo para voltar para o balcão.

– Você é cheia dos problemas Ally. Você sabe que eu poderia cuidar de você. Não sou como aqueles dois – foi atrás dela.

– Eu sei, mas não quero nada por agora. Já basta os dois não acha? – se virou para encará-lo. Ele estava meio triste.

– Tá né – deu de ombros. Logo sorriu – Você quer sair comigo?

– Você não escuta nada do que eu falo né? – ela riu, e ele a acompanhou.

– É como amigos Ally. Você só pensa nessas coisas né? Já não basta dois? – disse irônico. Ela revirou os olhos, mais uma vez.

– Babaca. Não saio também. – ergueu uma sobrancelha.

– Ah não, Ally. Era brincadeira, vai. Sai comigo – disse juntando as mãos e fazendo cara de piedade.

– Tá bom Austin, vou fazer esse esforço – ela revirou os olhos e começou a rir. Ele riu junto. Aproximou-se dela, passou os braços um pouco abaixo de sua cintura, apertou-a e subiu a garota. Ela começou a rir e a gritar. – ME DESCE AUSTIN. AGORA. – ela continuava rindo, mesmo gritando. E ele estava amando ouvir sua risada.

– Não. Você vai ficar ai em cima até aprender a ser legal comigo – disse, atiçando-a.

– NÃO É JUSTO. EU SOU LEGAL COM VOCÊ – disse e ele a desceu. Mas ficaram bem próximos, e ele ainda estava com suas mãos na cintura dela. Ela respirava um pouco rápido, por ter gritado antes.

– É legal comigo? – ele perguntou erguendo uma sobrancelha e olhando nos olhos de Ally. Ela concordou – Quando foi legal comigo?

– Ontem eu fiz panqueca na janta – ela disse, ainda respirando rápido. Ele sorriu e começou a olhar para os lábios de Ally. Aqueles lábios pequenos, e um pouco carnudos, que sentiu por um momento apertar os seus próprios lábios uma semana atrás. Como queria ter aprofundado aquele beijo. Como queria ter aprofundado o outro que acontecera a mais de três meses. Ele foi estúpido, se assustou com o que ela fizera. Mas agora tentava de tudo para rolar algum clima para que houvesse o beijo.

– OLÁ MEU POVO – Trish chegara gritando, com Dez. Austin e Ally se assustaram e se separaram. - Interrompemos algo? – Trish disse maliciosa.

– Não – disseram em uníssono, e Trish sorriu.

– E ai Austin, pronto pra virar a noite jogando vídeo game? – Dez disse todo animado.

– Com certeza cara. Aquela sua TV enorme. Meus olhos vão ficar vermelhos. – Austin disse ainda mais animado indo pra perto do amigo.

– Você não vai dormir aqui então? – Ally disse olhando para ele.

– Desculpa Ally. Eu sei que você precisa de mim pra dormir – disse fingindo solidariedade. Ele e Dez riram.

– Babaca – Ally revirou os olhos.

– A gente faz a noite das garotas Ally, que tal? – Trish disse, olhando para a amiga.

– Com certeza – disse sorrindo, e olhando para Austin com uma sobrancelha erguida.

– Tá bom. Agora dá licença que eu e a Ally temos um encontro – Austin disse indo para perto dela que arregalou os olhos. Pegou em sua mão – Não é meu amor?

– Que meu amor Austin. Tá louco? – disse esganiçada.

– Como assim você tem um encontro com Austin e não me disse? – Trish disse fingindo estar chateada.

– Não Trish, não é um encontro. É sair com amigo – Ally disse e se virou para Austin com cara brava o repreendendo.

– Então se for só amigo eu posso ir também – Dez disse animado.

– Não quer estragar nosso encontro né Dez? – Austin disse, ainda brincando.

– NÃO É UM ENCONTRO AUSTIN MOON – todos começaram a rir por a Ally ter gritado. – Vamos logo – ela disse puxando ele, que ria.

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– Que lugar é esse? Nunca vi isso na minha vida – Ally disse olhando para um portão bem enferrujado. Mas a frente tinha uma “parede” de plantas – Será que tem alguma coisa aqui? – disse abrindo o portão com dificuldade.

– Ally, você não pode entrar nos lugares quando bem entender. Isso pode ser propriedade privada – Austin a repreendeu.

– Tá com medo Austin? – ela ergueu uma sobrancelha. Estava parada, já lá dentro. Se virou e começou a andar. Passou pela “parede” e se surpreendeu ao ver o que tinha lá. Parecia um pequeno parque. Era totalmente florido, com várias árvores grandes e pequenas, espalhadas por toda a extensão. Tinha uma mesa no centro, e quatro banquinhos em volta dela, um de cada lado. O chão era todo gramado, tinha apenas algumas pedras grandes fazendo um caminho. Em um canto tinha várias flores, de várias espécies, cores e tamanho. Ally olhou tudo aquilo maravilhada. Virou-se e Austin estava atrás dela. Ele sorriu ao ver o sorriso lindo que estava em sua boca. Ele nunca viu os olhos dela brilhando tanto como estavam aquele momento.

– É lindo aqui – ele disse ainda sorrindo.

– É maravilhoso – continuou sorrindo. O celular de Austin começou a tocar. – Fala Dez. – Austin ficou segundos em silêncio ouvindo o amigo – Claro, eu já estava indo pra aí. Falou. Tchau. – desligou.

– Disse que você estava atrasado pra maratona de vídeo game? – Ally disse erguendo uma sobrancelha.

– É. Também, já é sete horas. – olhou para seu celular. – Demoramos muito no nosso encontro. – disse rindo.

– Não foi um encontro Austin – ela disse irritada.

– Calma Ally. Você não precisa ficar brava. É tão irritante eu falar isso? Você se incomoda?

– Não Austin – ela suspirou – É só que... – ela parou.

– É só que o quê? – disse, se aproximando.

– Não quero que confunda as coisas.

– Eu não vou.

– Mas pode – disse franzindo o cenho. – Eu gosto de como estão as coisas.

– Mas poderia melhorar – disse baixo, quase sussurrando. – Ally, eu protejo você, eu cuido de você, eu me importo com você, eu... – ela ficou esperando ele falar. Seu coração gelou. Mas ele não falou nada, só suspirou.

– Mas se não der certo?

– A gente tem que tentar pra saber – sussurrou.

– Acho melhor a gente ir embora – disse, olhando para ele. Estavam próximos, quase encostando os corpos. Ele suspirou, novamente, e saíram de lá.

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– Ally, você está bem? – Trish disse olhando para a amiga. Ela olhava um ponto fixo sem piscar os olhos.

– Estou – disse olhando para Trish, e saindo de seu “transe”.

– Que foi que estava pensando?

– Austin – ela suspirou.

– Vocês tem que se resolverem – disse indignada.

– Não é simples.

– O que não é simples?

– E se não der certo? Eu vou perder a amizade dele, e eu não quero. É muito importante pra mim. – ela suspirou, olhando para a amiga tristemente.

– Esse é seu problema Ally. Você pensa demais.

– Eu sei – ela concordou. – E eu acho que eu gosto dele. E que ele gosta de mim.

– Ele falou isso? – Trish arregalou os olhos.

– Não, mas quase.

– Viu? Ambos se gostam. Deveriam ficar juntos.

– Trish, pra mim é complicado – disse triste.

– Então é melhor pensar. Porque já, já vai ter uma atrás dele – disse brava, e Ally concordou, triste.

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– Que foi cara? Tá com cara de que comeu e não gostou – Dez disse olhando para Austin.

– É a Ally. Ela é difícil – disse suspirando e passando as mãos pelo rosto, cansado.

– Por que não fala que gosta dela? – arriscou.

– E se ela não sentir nada por mim?

– Tá na cara que sente. Todo mundo percebe, menos vocês dois – Dez revirou os olhos.

– Até você Dez? – Austin riu fraco.

– Tá na cara Austin.

– Ela não quer perder minha amizade, então não posso ir rápido, tenho que dar tempo pra ela. – disse ainda triste.

– Mas uma hora você vai cansar.

– Não pela Ally.

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“Querido diário. Ontem a Trish e eu fizemos a noite das garotas. E ai você pergunta: Por que não está com Austin? Simples. Precisava de uma amiga. E por quê? Porque eu acho que estou gostando dele. Pois é, isso ai mesmo que entendeu, eu estou gostando do Austin. Mas é a coisa mais complicada do mundo. Trish diz que eu penso muito, mas não é isso, eu só não quero perder a amizade dele. Se começássemos a namorar e não der certo ou ficar estranho por sermos bem amigos? Será que não iríamos conseguir olhar um na cara do outro? Será que iríamos ficar envergonhados? Bravos? Intimidados? E se der certo, e depois brigarmos? E depois nunca mais conversarmos? Não quero perder sua amizade, é muito importante. Tá bom, eu penso demais, mas eu sempre fui assim, sempre pensei nas coisas antes delas acontecerem, e é por isso que sou desse jeito. É tão frustrante ser assim. Trish diz que eu tenho que fazer coisas na hora, sem pensar duas vezes, mas não sou muito segura, não sei se conseguiria. Faz uma semana que aconteceu aquilo com o Elliot. Acho que ainda estou abalada psicologicamente. Eu só quero ficar com ele e que nada interfira. Mas acho que não é tão simples assim. Faz tipo uns seis meses que ele está aqui, acho, e eu estou louca já. Em seis meses não se pode gostar de uma pessoa, ou será que pode? Ai, estou confusa. Eu quero me trancar aqui, em meu quarto, e não sair nunca mais.”

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– Por que a gente não vai lá no parque? – perguntou Austin.

– Aquilo não é um parque – Ally disse, rindo, e se encostando nele.

– Sem graça – ele disse com um bico, e ela riu, da infantilidade.

– Mas se quiser ir lá, nós vamos ué – ela sorriu, e ergueu um pouco a cabeça para olhá-lo nos olhos. Estavam sentados em um dos banquinhos do shopping. Desde quando Austin chegou de manhã (ele estava na casa do Dez), eles não tinham falado sobre o que conversaram no tal parque. E para ambos estava difícil tocar no assunto.

– Então vamos ué – ele se levantou depressa, quase derrubando Ally. Austin riu da cara de brava dela.

– Babaca. Esperasse eu me desencostar – se levantou e continuou olhando-o, brava. Começaram a andar.

– Por que não relaxa Ally? Você sempre está brava – ele disse, empurrando-a de leve.

– Correção: estou sempre brava com você – ela o empurrou de volta, e ele meneou a cabeça.

– Verdade. Com todos você é um amor de pessoa, comigo só falta me trucidar. – disse se afastando um pouco dela.

– Exagerado – ela riu, e ele a acompanhou.

– Por que é um amor com os outros? – ele ergueu uma sobrancelha.

– Acha que sou um amor? – ela o olhou, fazendo o mesmo gesto.

– Não foge da pergunta Ally – cruzou os braços e ela riu.

– Sei lá. Eu acho que quando se faz algo bom para os outros, o universo te recompensa com coisas boas – deu de ombros.

– Acredita nisso? – ele riu em desdenho.

– Pode rir Austin, mas sim, eu acredito – ela disse com simplicidade.

– Então eu nunca vou ser recompensado. Nunca faço nada de bom – ele olhou-a, com um risinho.

– Não diga isso. Você deve ter feito algo de bom – ela balançou a cabeça.

– Não como você – ele sorriu, e Ally não conseguiu deixar de sorrir.

– Obrigada. Mas você é uma boa pessoa Austin. Canta sem querer dinheiro, aguenta o Dez – ambos riram – e é um bom amigo pra mim – ela sorriu, novamente, e ele retribuiu.

– Você também é uma boa amiga Ally. – ele passou a mão em seu braço delicadamente, e ela sentiu seu estômago dar cambalhotas.

– Chegamos – ela indicou o portão enferrujado.

– Será mesmo que ninguém sabe disso? – ele disse abrindo-o com dificuldade.

– Provavelmente não. Senão teria muita gente aqui. É tudo lindo, calmo, tranquilo. – ele confirmou com a cabeça. E passaram pela “parede” de plantas. Algumas borboletas voaram das árvores ao ouvirem-nos chegar. Uns passarinhos pularam de um galho para outro.

– É simplesmente fantástico – Ally suspirou se encostando na mesa.

– Ainda fico meio assim de não falar para a Trish nem para o Dez – disse se encostando ao lado de Ally.

– Sei lá viu Austin. Eu acho que é bom não contarmos. Eles sempre estão perto de nós, não que isso seja ruim, mas é bom ficar em um lugar sozinho, para respirar, colocar em ordem os pensamentos – ela disse e se encostou novamente no braço direito de Austin.

– Mas nós viemos juntos.

– É. Mas porque descobrimos juntos. Se fosse somente eu que descobrira, viria sozinha aqui.

– Não falaria pra ninguém?

– Claro que não. Gosto de privacidade – ela sorriu e fechou os olhos por um momento.

– Egoísta – ele disse e riu, ela o acompanhou meneando a cabeça. Ambos respiraram fundo, quase em sincronia. Era bom estar naquele lugar, sem pessoas falando o tempo todo, sem problemas para resolver, sem coisas para pensar. Era bom ficar quieto em um lugar silencioso. Somente ouvindo os pássaros cantarem, as folhas das árvores se mexerem, sentirem a brisa leve em seus rostos. – É bom ficar aqui – Austin quebrou o silêncio depois de cinco minutos.

– É mesmo – Ally concordou e sorriu ainda de olhos fechados.

– Principalmente com você – ele disse sem pensar e se espantou com si próprio. Fechou os olhos e os apertou. “Por favor, que ela pense outra coisa, por favor”, ele pensou.

– Também acho. É bom ficar sozinha com amigos – ainda estava de olhos fechados. Ele suspirou e sorriu. “Adoro essa inocência.”. Era a principal coisa que ele gostava em Ally. Ela era inocente, e isso fazia com que ela ficasse ainda mais meiga e angelical. Austin não queria realmente admitir, mas estava gostando de Ally. Ele nunca sentira o que sente por ela. Achava ela muito linda, e pensava que era só atração, mas agora desconfiava.

– Ai – Austin gritou assustando Ally.

– Que foi? – ela abriu os olhos e, se desencostando de seu braço, o olhou.

– Um bicho veio voando e bateu na minha bochecha – ele disse passando a mão em sua bochecha esquerda. Ally começou a rir. – Qual é a graça Ally?

– Foi só um bichinho Austin – ainda dava risada.

– Mas doeu – choramingou, e ela riu ainda mais – Para de rir Ally – Ele começara a ficar bravo – Ally Dawson – ela parou de rir, e o olhou séria.

– Vem cá, deixa eu ver isso – ela disse puxando seu braço, e ele ficou de frente a ela. Ally meneou a cabeça, dando um risinho.

– Para Ally – ele disse franzindo o cenho. Colocou as duas mãos na mesa, uma de cada lado de Ally. Ela colocou delicadamente suas mãos sob as bochechas dele, fazendo-o virar para a direita, para ver o que tinha acontecido.

– Viu. Não foi nada – ela rolou os olhos.

– Mas doeu – ele a olhou com um bico.

– Criança – revirou os olhos novamente.

– Besta.

– Babaca.

– Vai continuar mesmo? – ele ergueu uma sobrancelha e ela rolou os olhos outra vez. Ainda estavam frente a frente, somente alguns centímetros os separando, mas não se importavam. Estavam acostumados a ficar assim, um na frente do outro, sem falarem nada. Ally conseguiu controlar seu impulso perto de Austin, e estava indo bem.

– Nossa – Ally disse, e, colocando as mãos novamente no rosto de Austin, puxou-o mais para perto.

– Que foi? – ele arregalou os olhos.

– Não, nada. Seus olhos – ela deu meio sorriso.

– Que tem eles? – fez um gesto de impaciência.

– Só estão lindo. A luz do sol está bem neles, estão meio claros. Tá a coisa mais linda – ela riu, e ficou com um sorriso encantador nos lábios. Austin não pôde deixar de sorrir.

– Seu sorriso que está a coisa mais linda – ele disse olhando-a bem nos olhos. Ela corou levemente, só que continuou com o sorriso. Austin abaixou seus olhos na direção dos lábios de Ally, e ela, percebendo, parou de sorrir e ficou olhando os olhos de Austin.

Ele começou a chegar mais perto dela e encostou seus lábios nos da garota, fechando os olhos. Ela fez o mesmo, sem mover mais nenhum músculo. O simples encostar de lábios fez com que ambos tivessem arrepios por toda espinha. Austin abriu um pouco seus lábios, e Ally repetiu o gesto, começando então a aprofundar o beijo. As mãos de Austin, até então, estavam encostadas na mesa, só que repousaram na cintura de Ally, puxando-a mais para si. As mãos dela percorreram o tórax dele até chegarem em seu pescoço, passando para a nuca, e intercalando entre os finos fios de cabelo dele. Os dedos dela se entrelaçaram suavemente em seu cabelo, as mãos dele apertavam mais sua cintura.

Ambos esperaram esse beijo. Desde o dia do jogo de Verdade ou Desafio queriam sentir um o gosto da boca do outro, tinham o desejo de saber como era se beijarem. Austin estava surpreso com as sensações que um simples beijo podia causar nele. Mas não era um simples beijo. Era o beijo da Ally. E ele estava adorando tudo aquilo. Ally nunca tinha sido beijada daquela maneira, com tanta intensidade. Nunca sentira arrepios e borboletas no estômago com um simples toque, mas com Austin era diferente. Sempre era diferente.

Depois de algum tempo beijando calmamente, separaram-se, e se olharam. Austin olhava dos olhos de Ally até sua boca, que estava vermelha, e ela olhava os olhos dele, intercalando um e outro.

– Eu... Eu acho melhor eu ir – Ally disse de repente, tentando sair do “aperto” de Austin, que percebeu que ela iria fugir novamente.

– Não – ele segurou-a ainda mais forte – não de novo, Ally.

– Como assim de novo? – ela disse, respirando fundo, e tentando não prestar muita atenção nas borboletas em seu estômago.

– Quando você me beijou, naquele dia da chuva, você saiu do nada, e ainda pediu desculpas.

– Porque foi repentino.

– Mas não precisava se desculpar.

– Talvez você não queria.

– É claro que queria – ele disse com tanta convicção que a assustou – eu sempre quis te beijar Ally. – continuou quase num sussurro. Subiu suas mãos da cintura dela para seu rosto, segurando-o delicadamente. – Por que faz isso? Parece que se arrepende de me beijar.

– Não é isso – ela disse tristemente.

– Então o que é? – perguntou – O que é Ally? – perguntou novamente em tom de urgência.

– Porque eu não sei se isso é o certo – ela disse, e suspirou, encostando-se novamente na mesa. Ele largou seu rosto, e ficou novamente olhando-a.

– Por quê? O que tem de errado em um beijo?

– Nada. É só que... – suspirou novamente e olhou pro chão - é complicado Austin.

– Não vejo nada de complicado – disse e ergueu a cabeça de Ally com as pontas de seus dedos.

– Eu posso me machucar, ou você. Talvez eu pense demais no que vai acontecer e não quero me arriscar a nada.

– Esse é o seu problema Ally. Você tem que pensar no agora – segurou novamente o rosto dela em suas mãos.

– Eu só não quero que dê errado. Somos amigos, e se ficar estranho depois? – disse respirando profundamente.

– Não vai ficar Ally – sussurrou, e se aproximou novamente de seus lábios – Nunca vai ficar – as últimas palavras quase foram inaudíveis. Ambos fecharam os olhos, sentindo um a respiração do outro, selando novamente os lábios.

Austin abriu seus lábios um pouco, beijando o lábio inferior de Ally, demorando para soltar. Repetia o gesto sempre. Esse era pra ser outro momento perfeito na vida dos dois, só que Ally não estava segura, como tinha dito em seu diário nesse mesmo dia. Gostava de Austin, mas não queria arriscar. Ela separou seus lábios relutantemente.

– Me desculpa – sussurrou e, se desvencilhando dos braços de Austin, saiu do pequeno parque.


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Notas finais do capítulo

SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM BEIJO BEIJO BEIJO. POR QUE AGORA? PORQUE ELES SE BEIJARAM AGAIN E MEUS FEELINGS SUPER EIFDNFKLEFJDESJLFJEJOPJDOPJS QUASE CHOREI MAS OK. E já estava na hora do beijinho deles né? Enfim, se tiver erro me desculpem, mas estou escrevendo-o desde as oito, e postei super rápido porque né, tava demorando. Comentem por favor we