Saint Seiya - Kali Yuga Chronicles escrita por Casty Maat


Capítulo 13
Capítulo 12 - Contra a natureza


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei tbm aki hauhauhauhuahau
E dá-le o golpe que eu quero animar!



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–A morte deveria ser igual para todos...

O sussurro de Atena consigo mesma ganhou força e ela e Sacha tomaram a frente.

–Atena! Essa mulher não é normal, não se ponha em perigo! - gritou o cavaleiro de Gêmeos, tentando alertar a sua deusa.

Kendappa avançou contra ela rapidamente, mas o cosmo divino de Stephanie conteu o golpe. Mesmo sendo contida, a deva não parecia demonstrar nada.

–Pobre alma... - disse Atena, erguendo sua mão e acariciando o gélido rosto da guerreira. - Ela não te deixou descansar em paz?

Mesmo sem expressão alguma, o rosto da pálida guerreira verteu lágrimas de sangue.

–Você não é a verdadeira deva, não? Na verdade, você não queria isso, né?

A inimiga se afastou. Então Atena revelou a verdade:

–Ela é uma boneca kyonshi, um cadáver com a alma do morto sendo controlado por alguém, pela verdadeira Kendappa. Que está atrás daquela cortina.

Os cavaleiros praticamente voaram para aquela direção, permanecendo apenas Stephanie, Geovanne e Sacha.

–Eu vou te livrar desse sofrimento. - disse a deusa elevando seu cosmo.

A dupla de cavaleiros era observada por Lenge de Kinnara com desprezo.

–Não podemos ficar desatentos. Essa mulher é terrível. - disse Artur, estudando a inimiga.

–Me recordo bem do cosmo dela ao longe e do parceiro dela. Por sinal, assim que derrotarmos essa, mal posso esperar por dar fim aquele blasfemador! - respondeu o cavaleiro de Altar.

–Terminaram suas despedidas?

As plantas de Kinnara avançaram sem receio, fazendo os cavaleiros se esquivarem com um salto na vertical e os galhos que vinham ataca-los foram prontamente congelados.

Os dois guerreiros da justiça pousaram em duas colunas.

Mas aquilo durou pouco e novamente a deva atacou a dupla que novamente se esquivou, usando golpes básicos para conter as plantas.

Mas numa das esquivas, uma planta conseguiu atingir Boieiro, que voo longe e se chocou com uma pilastra. Desatento pela preocupação, Yuki também foi atingido.

–Mas que insetos idiotas! - ria Lenge do alto da pilastra em que se encontrava. - Sua própria idiotice irá matá-los! Hahahahaha!
Novamente as plantas avançaram contra os dois cavaleiros, que ainda estavam bastante desorientados.

–Artur!

O cavaleiro de Altar avisou tardiamente, e as plantas perfuraram o corpo de Artur, por sorte, sem atingir nenhum orgão vital, mas o deixando preso. O ferimento queimava, tornando aquilo tudo bem pior do que já parecia.

Yuki conseguiu cortar e afugentar algumas plantas indo até o companheiro.

–Veneno... Essa maldita faz as plantas ficarem... venenosas... - sussurrou o cavaleiro do gelo.

–Veneno... Droga...! - rosnou o cavaleiro de Altar, olhando a figura da deva ao longe. - Mas isso me deu uma ideia... Eu posso ser seu escudo.

–Está louco...? Essas plantas tem...

–Veneno. Igual as rosas de meu mestre. Eu fui escolhido pela própria Atena para sucedê-la com esta armadura, ams antes eu era cavaleiro de bronze, cavaleiro de Dourado e pupilo de Bruno de Peixes...

Artur se sentia um pouco lento, mas entendeu o o cavaleiro de prata queria dizer.

–O veneno de Peixes...

–Eu não sei se o veneno que essa deva produz pode me afetar como qualquer outro, mas no mínimo da pior hipótese, posso aguentar mais.

Yuki se levantou.

–É verdade que os reis de Blue Graad possuem um pequeno presente que carregam consigo? - indagou o cavaleiro de madeixas azuis, enquanto sorria marotamente para o rei das terras gélidas.

Artur retribui o sorriso e, queimando o cosmo se levantou.

–Vamos lutar contra a natureza, meu amigo...

–Isso aí! - respondeu o cavaleiro de Altar, também queimando seu cosmo.

Os cosmo doce e decidido de Atena percorria aquele salão e o kyonshi não podia mover-se. Sacha observava tudo com grande calma, enquanto Geovanne ainda tentava entender o que acontecia.

E então por um momento, a sala se transformou numa espécia de grande tela de cinema, mas tudo em três dimensões transportando-os para diversas imagens que a alma que pertencia a falsa deva transmitia por memórias.

Duas jovens iguais, uma debilitada de cadeira de rodas e olhos dourados e a falsa deva, nas imagens viva e feliz, com olhos prateados.

–Como você está hoje, Kinko? - disse a falsa deva, se referindo a outra.

–Estou bem, Ginko-neesama... A escola foi divertida?

–Sim, foi. Está tendo problemas com a comida?

–Estou bem, hoje não me engasguei, neesama... - a cadeirante olhou para uma revista na mão. - Neesama... Não tenho como me salvar. Não adianta pesquisar sobre minha doença.

Kinko tentou caminhar, mas logo perdeu o equílibrio. Ginko apoiou a gêmea, dando suporte para a mesma.

–Está cada vez mais dificil andar!

–Eu... odeio meu corpo fraco, neesama...

A revista estava jogada no chão e todos puderam ler que na capa falava-se em uma tímida letra uma chamada para "degeneração espino cerebelar".

–Estaremos juntas, Kinko... Estaremos sempre juntas.

Kinko abraçou a irmã sadia, e um olhar frio estava em seus olhos dourados e distantes.

A cena tremulou e mudou para outra, dentro de um templo com as duas irmãs, mas desta vez, Ginko parecia assustada por algum motivo por Kinko estar de pé.

–Kinko?

–Eu odeio meu corpo, neesama... Os deuses foram cruéis, neesama. Eles me deram um poder incrível para limpar a Terra mas me deram um corpo frágil. Ele deviam ter te deixado assim, doente!

–Kinko?

–Eu poderia limpar livremente a Terra para Kali-sama... - a jovem dos olhos dourados sorriu, de forma diabólica. - Você disse que ficaríamos sempre juntas, né, neesama?

Uma espada se levantou no mesmo instante que Kinko elevava seu cosmo frio e cruel. E antes mesmo que Ginko pudesse perceber algo, a espada atravessou seu peito, tirando-lhe a vida. a outra jovem apenas riu.

–Neesama ficará junto comigo sendo minhas mãos para matar humanos por Kali-sama...

As imagens se desfizeram, retornando ao grande salão. O kyonshi Ginko chorava novas lágrimas de sangue.

–Eu irei te libertar...

Nisso, Rodrigo, que liderava os dourados na sala oculta pela cortina chegou numa grande mesa, cheia de aparelhos. Kinko, a verdadeira Samraajni Kendappa arregalou os olhos, assustada. Com o cosmo de Atena "bloqueando" o "sinal" para comandar o corpo de Ginko, a deva estava indefesa.

Júnior tomou a frente, irritado.

–Júnior... Isso é injusto! - retrucou Rodrigo, ao notar o que ele iria fazer.

–Se não a matarmos... Aquele boneco não vai se libertar e não sairemos deste salão. - ele ergueu o braço. - E essa daí não vai muito longe mesmo.

–Somos cavaleiros de Atena, somos defensores da justiça! - bradou Elys. - Ela...!

–É nossa inimiga, usa os sentimentos daquela defunta, quase nos matou. Esse sentimentalismo barato não fará com que vençamos Kali. - o cavaleiro de Capricórnio olhou friamente para os dois colegas e então se voltou para Kinko. - Morra, desgraçada.

E num único golpe da Excalibur, degolou a enferma.

–Faz tempo que não usa esse golpe, Atena. Desde que despertou... - sussurrou Sacha, reconhecendo os movimentos que a deusa fazia. Como antiga amazona de Altar antes de despertar, Stephanie era especialista em espíritos.

–Tamashii no mezame... - sussurrou a deusa.

Atena esticou os braços para frente, como se empurrasse suavemente a água para formar uma pequena onda, mas a onda no caso era de cosmo. Ele se chocou com o corpo de Ginko, o desequilibrando. Ao mesmo tempo que caía, os cavaleiros puderam ver a bela alma da menina se desprender do corpo e se libertar, enquanto o corpo se convertia lentamente em cinzas.

–Tamashii no mezame... O "despertar da alma", uma versão de exorcismo e mais gentil do Sekishiki Meikai ha... - comentou Sacha, notando que o cavaleiro de Urso estava tentando analisar o golpe e estava confuso.

Quando se aproximaram da deusa, que já tinha apagado seu cosmo de novo, notaram as lágrimas em seu rosto. O grupo de dourados que foram ver quem era a real inimiga estava voltando, a armadura de Capricórnio manchada com o sangue de Kendappa.

Uma parede lateral começou a tremer, e os tijolos foram revelando uma passagem nova.

–Vamos... - disse Stephanie. - Temos que derrotar Kali.

–Estou cansada de vocês, vermes imundos.

Lenge parecia cansada e novamente instigou as plantas. Yuki apenas sorriu.

–Acha que é a única que pode domar plantas?

O cosmo do cavaleiro de Altar explodiu, fazendo vários arcos que logo se revelaram vinas, vinas de rosas vermelhas, brancas e negras. Eles envolviam os dois cavaleiros, mas também avançavam contra a deva de Kinnara.

–Idiota! Todas as plantas me adoram!

E o sorriso triunfante da inimiga desmoronou ao notar que a vina de rosas não a obedecia e continuava a avançar ferozmente contra ela. Era uma luta de rosas e plantas malignas. Algumas plantas conseguiram penetrar na camada de espinhos e atingiram Yuki. Era possível sentir o ardor do veneno, mas não sentia efeitos negativos no corpo.

Quando as vinas estavam quase chegando, Lenge sentiu um terrível frio em seus pés, que ia subindo e ao olhar para baixo, viu suas pernas congeladas e imóveis, mas ao olhar de novo para o ataque viu o cavaleiro de Boeiro acima de si, parecendo segurar algo que seu corpo num todo ocultava.

–Aaaaaah! Morra!

O misterioso objeto revelou-se ser uma espada. Uma herença e símbolo daqueles que governam Blue Graad. Aquela foi a última visão de Lenge, que fora partida em duas pela lâmina gelada.

Artur foi matizado pelo sangue da deva e por fim sucumbia ao veneno. Havia queimado todo seu cosmo para acompanhar Yuki e usar sua espada, mas agora seu corpo cedia a maléfica substância. O cavaleiro do gelo só não se espatifou ao chão por que as vinas de Yuki o engoliram, num casulo belo e gentil.

Quando o casulo se abriu, Yuki se sentou, extremamente esgotado por usar aquela técnica que aprendera com seu mestre. Artur estava adormecido, e graças a Yuki que mudou rapidamente o padrão das vinas para cura, o cavaleiro de Boieiro estava a salvo. Ao menos, por hora.


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Notas finais do capítulo

O que vai vir no 13? Não sei bm ao certo... quero logo chegar no final @-@



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