Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 84
Desculpe - o novo adeus


Notas iniciais do capítulo

Quem lembra???



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Darkness feed capt 84

- Pai? – pergunta Nathan, encarando John observando Carter com apenas a calça surrada no corpo, enquanto anota algumas coisas em um caderno. – O que você...

- Bem, - John suspira, jogando o caderno na cabeça de Carter. – Vim ter uma conversinha com ele.

- Conversinha? – pergunta Carter com uma careta no rosto ensanguentado, rindo. – Você está batendo em mim! Ele está batendo em mim! – grita ele na direção de Nathan, que revira os olhos, andando na direção de Carter e cruzando os braços.

- Como se eu me importasse- Nathan lança um soco no peito de Carter. – Só precisamos do seu sangue.

- Na verdade – Meg se levanta da cadeira do microscópio, entregando uma seringa com um líquido dentro. – Aqui. O que me pediu.

- Não gosta de mim – Nathan dá petelecos na seringa. – Porque está...

- Aqui. O que me pediu. Agora vá! – Ela o empurra, me empurrando também.

- Se você matar esse idiota, eu vou socar...

- Ei, eu que vou sair em desvantagem – protesta Meg e Nathan ri.

- Eu não vou matá-lo – John revira os olhos e joga uma caneta em Nathan. – Apenas... Vá.

- Já estou indo – Nathan puxa meu braço, afastando a seringa.

- O que houve? – pergunto sentindo o peso de seu braço em meus ombros. – Você já está bem, não precisa de uma vacina.

- Não é para mim – Ele sorri para mim, escondendo alguma coisa.

- O que você está escondendo? – pergunto me soltando dele, andando de costas pelo corredor.

- Vai bater a cabeça. – Ele avisa, apontando para algo atrás de mim, mas que se dane.

- O que está escondendo? – pergunto brava, cruzando os braços, mas sem parar de andar.

- Não diga que eu não avisei... – Ele resmunga, revirando os olhos.

- O que está... – Sinto a pancada em minha cabeça e respiro fundo, encarando-o rir. – Pare de rir.

- Eu avisei – Ele ri e puxa meu braço, andando pelo corredor na direção da saída e do carro. – Você vai ver.

**

- O que estamos fazendo aqui? – digo, como se eu fosse uma criança de seis anos com medo d escuro.

Bem, este lugar é escuro e úmido, completando com as goteiras que ecoam pelo lugar que não sei distinguir se é grande ou pequeno, até que uma janela clareia um corredor.

- O que é isso? – pergunto, encarando o vulto que é Nathan, passando pelo corredor e se empurrando contra uma porta. – Nathan!

- Segure isto – Ele me encara, colocando a seringa em minha mão.

- Me diga o que está acontecendo! – grito, irritada, enquanto ele se empurra contra a porta.

- Eu não vou reviver uma prostituta, Shan! – grita ele segurando-se na porta, quase caindo no outro cômodo.

- Vai reviver... – Ando até ele, vendo a sala iluminada com várias outras estreitas janelas, fazendo-me ver a jaula um tanto enferrujada, com manchas molhadas que realmente não são água. Sangue. E um... – Nathan!

Ele revira os olhos, voltando em minha direção, segurando meus ombros.

- Se continuar falando, vou pedir para que vá embora! – diz ele. – Pode ficar calada? Ou... Se quiser pode fechar os olhos.

- Não! – Ergo as mãos na direção da testa, balançando a cabeça e me afastando dele. – Eu quero saber quem vai reviver ou... Pelo menos me fale o que você vai fazer.

- Fique um pouco... Afastada – diz ele me empurrando e se virando para a jaula, tirando a faca do bolso.

- Nathan, não! – grito andando em sua direção, mas ele me segura com o outro braço, o que não está sangrando agora.

- Então tudo bem. Fique aqui comigo – Ele me abraça e se ajoelha perto da jaula, colocando o braço para frente. – São como tubarões.

- Você é maluco. – resmungo puxando seu braço, mas vejo a hora de que ele baterá em minha cara.

- Ele virá daqui a pouco. – Ele murmura, enquanto vejo o bicho sair de sua sombra, andando agachado em nossa direção – na direção do braço de Nathan, mais especificamente.

Mas não é como antes.

Meu coração acelerava e minha cabeça ficava quente.

A única coisa que eu tinha em mente era correr, mas agora eu não quero sair daqui.

Não faço ideia se foi por causa de Carter, Nathan virando um bicho ou por ter sido mordida por Carter recentemente, mas...

- Nathan, não! – grito enquanto o bicho chega muito perto de Nathan. Quase mordendo seu braço, mas Nathan lança o braço com a seringa sobre as costas esqueléticas do bicho cinza, pressionando a ampola e puxando a seringa de volta, enquanto os urros do bicho me assustam um pouco.

Nathan me puxa e caímos no chão úmido repleto de musgo e poeira.

- O que você fez? Escolheu um... Bicho aleatório e quis ajudar? – grito, encarando sua risada e seus olhos se revirando. – Não revire os olhos para mim, seu vagabundo!

- Você é uma vadia, então cale-se e aguarde. – Ele se deita sobre o chão sujo, soltando um suspiro.

- Mas que droga... – Ele tapa minha boca e faço uma careta, imaginando o que tem nesse chão e agora está sobre minha boca.

Ele se levanta, apoiando os braços em meus ombros, com uma das mãos entre meus cabelos e os olhos fixos nos meus.

- Não é um bicho aleatório – Ele revira os olhos, encarando o bicho se debater e gritar no chão, encarando meus olhos. – Realmente não é... Um bicho aleatório.

- Então quem é?

- Lembra quando irritou Abe até a alma por causa do seu presente de aniversário?

- Você destroçou minhas expectativas – Reviro os olhos. – Sim, lembro.

- O presente não era lá essas coisas, mas se você considerasse apenas as coisas que Abe falou.

Estreito os olhos e suspiro, pensando como Abe disse poucas coisas sobre aquilo e se eu considerasse apenas suas palavras, seria o presente perfeito.

Mas Nathan fez parecer que era um carro novinho, mas na verdade era apenas um relógio que Nathan vendeu para comprar bebidas.

- Obrigada por vendê-lo – reviro os olhos e ele ri.

- Não é este o caso – Ele sorri. – Eu lembro da sua cara quando o viu. Mas... Foi uma surpresa, não foi?

Encolho os ombros.

- Isto é para repor o relógio e... Qualquer outra coisa errada que fiz. Pode ser que... Não seja suficiente, mas não basta tentar, não é mesmo?

- O que... – Escuto a voz de um garoto. – Nathan? Shannon?

Encaro a jaula e as mãos bronzeadas e sujas.

Vejo as roupas que ele usava quando morreu.

Encaro Nathan, que pressiona os lábios.

- Feliz aniversário. – Ele esboça um sorriso no canto da boca.

- Shannon! – grita ele e esboça um sorriso.

Me levanto, andando até a jaula e segurando seu rosto, rindo.

Rindo junto com Abe.


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Notas finais do capítulo

Beijos. Até depois



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