Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Não levem no outro sentido ok?
Não é isso o que significa.
- Você vai lá.
- Não, eu não vou.
- Nathan. Você vai lá.
Ele cruza os braços.
- Eu não vou. - Ele me encara calmo. - E isso não vai me irritar.
- Vai sim. Você mesmo disse que não consegue resolver isso. John consegue e você sabe disso.
- Eu não vou! - diz ele, parecendo um pouco alterado. - Eu não quero ser chamado de burro pela centésima vez!
- Seu pai não vai te chamar de burro! - Seguro seu rosto e balanço a cabeça.
- Você não ficou vários dias de sua vida sentada em uma mesa, - Ele se afasta de mim e encara a porta. - repetindo várias vezes que não sabe fazer malditas contas, mas seu pai só repete para tentar novamente e que discalculia é só uma desculpa para estudar.
- Tem razão. - digo largando as folhas todas juntas em cima da mesa. Ele me encara com o cenho franzido.
- Tenho? - pergunta ele.
Concordo com a cabeça.
- Tem. Está certo em fazer o que ele quis e tentar mais uma vez. - Aperto os lábios e arqueio as sobrancelhas.
- Ai, meu deus. - Ele fica com a boca na forma de O e se senta na cama, pasmo.
- É. Seu pai não quer as folhas Nate. - Acaricio seus cabelos. - Ele quer que você resolva.
- Ele é...
- Esperto. - Começo a rir.
- Como eu não.. - Ele me encara pasmo, gaguejando.
- Seu pai é mais esperto. - digo segurando sua mão e acariciando seus dedos. - Ele acredita em você.
- Nossa. Você do lado do meu pai. - Ele ri e balança a cabeça. - Isso eu achei que nunca aconteceria. Sério. É a última coisa que eu pensaria.
- Mas pelo menos eu descobri o que seu pai quer, não fiquei dizendo que ele não acredita em você e sim, tentei descobrir o que ele queria. E admita pelo menos uma vez. Eu estou certa.
Giro a maçaneta e empurro a porta, colocando um pouco de mais força nela ao empurra-la.
- Shan. - diz ele quando somente resta uma fresta pela porta e posso ver sua mão segurar a porta.
- Nate. - digo sorrindo, encarando a parede escura do corredor.
- Você está certa. Me desculpe. - Dou alguns passos para trás e empurro a porta, encarando seus olhos estreitos.
- Repete.
- Não. - Ele franze o cenho. - Sabe que eu não repito as coisas.
Pisco uma vez e empurro a porta novamente andando pelo corredor, sendo empurrada contra a parede e sentindo sua respiração abaixo de meu nariz. - Eu disse para parar de...
- Achei que não repetisse as coisas.
- Mas isso eu preciso repetir. - Sinto suas mãos abertas em minhas costas. - É sério Shan, isso está começando a me irritar.
- Shan! - Brook joga alguma coisa para mim, agarro-a no ar e ela entra no quarto fechando a porta.
- O que... - Nathan me encara. Sinto a textura do objeto e começo a rir, sentindo a fruta gelada e vermelha. - Ai não...
Começo a rir e ele me encara sério.
- Nem pense. - Ele aponta o dedo para meu nariz.
- Porque você não gosta de maçãs? - pergunto mordendo um pedaço da casca e m segurando para não rir.
- Não é que eu não goste. - Ele tira a maçã de minha mão e morde a fruta. - Só não quero que você a coma.
- Me dá! - digo esticando o braço na direção da fruta, mas ele estica o braço para trás.
- Não. - Ele ri. - Já falei que não vai comer isso.
- Desde quanto virou meu dono?
Praticamente pulo em seus braços por uma maldita maçã, mas me lembro de quando ele achou meu sutiã no meio do corredor- claro, minhas corridas pelo corredor até o quarto ás vezes tinham consequências, mas eu havia decidido que depois desse dia, eram melhor que Nathan me visse somente com um sutiã, do que passar por isso de novo.
- Me devolva! - digo pulando na direção de seu braço esticado para cima.
Ele continua rindo e com o braço esticado e o outro braço tentando me colocar longe dele.
- Porque? Qual é o problema?
- O problema é que isso é meu!
- Ora, - Ele sorri balançando o sutiã rosa acima da cabeça. - Se fosse seu, não estaria jogado pelo corredor.
- Ah, e isso é de quem? Seu?Não acho que seja uma de suas vadias, porque nenhuma veio aqui ontem.
- Uh. - diz ele rindo. - Mas qual é o problema Shan? É só um sutiã.
- Mas é meu.
- Prove.
- Então está dizendo que é seu.
- Talvez. - Ele continua com o braço esticado acima da cabeça, com o sutiã enrolado nas mãos. Ele olha para cima e abre-o. - Nossa. Está bem maior. Achei que usasse três tamanhos menores.
- Me devolve! - grito pulando em seus braços, pisando em seu joelho. - Isso não é seu e você é um idiota!
- É, mas sou mais alto! - Ele grita e começa a andar de costas.
Solto um grunhido e reviro os olhos.
- Ai, quer saber? - pergunto e ele sorri, com o sutiã na mão perto da coxa. - Não me importo. Fique com ele.
- Ah Shan. Você é muito sem graça. - Cruzo os braços e começo a andar na direção da cozinha, atrás de um copo de água. - Toma.
Sinto algo cair em volta de meu pescoço. Passo pela cabeça e vejo que é uma das alças.
Encaro-o e ele sorri.
- Como isso é possível? - pergunto.
Ele dá de ombros e pisca.
- Prática meu amor. - Ele aponta para meu nariz, andando na direção da cozinha. - Prática.
Pulo o mais alto que consigo e agarro a maçã de sua mão.
- Como isso é possível? - pergunta ele.
- Prática meu amor. - Aponto para seu nariz, andando na direção do refeitório. - Prática.
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Agora adels... e boa noite