Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 60
"Pulo".Como é possível? Prática meu amor, prática.


Notas iniciais do capítulo

Não levem no outro sentido ok?
Não é isso o que significa.



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- Você vai lá.

- Não, eu não vou. 

- Nathan. Você vai lá. 

Ele cruza os braços.

- Eu não vou. - Ele me encara calmo. - E isso não vai me irritar. 

- Vai sim. Você mesmo disse que não consegue resolver isso. John consegue e você sabe disso.

- Eu não vou! - diz ele, parecendo um pouco alterado. - Eu não quero ser chamado de burro pela centésima vez!

- Seu pai não vai te chamar de burro! - Seguro seu rosto e balanço a cabeça.

- Você não ficou vários dias de sua vida sentada em uma mesa, - Ele se afasta de mim e encara a porta. - repetindo várias vezes que não sabe fazer malditas contas, mas seu pai só repete para tentar novamente e que discalculia é só uma desculpa para estudar.

- Tem razão. - digo largando as folhas todas juntas em cima da mesa. Ele me encara com o cenho franzido.

- Tenho? - pergunta ele.

Concordo com a cabeça.

- Tem. Está certo em fazer o que ele quis e tentar mais uma vez. - Aperto os lábios e arqueio as sobrancelhas.

- Ai, meu deus. - Ele fica com a boca na forma de O e se senta na cama, pasmo.

- É. Seu pai não quer as folhas Nate. - Acaricio seus cabelos. - Ele quer que você resolva.

- Ele é...

- Esperto. - Começo a rir. 

- Como eu não.. - Ele me encara pasmo, gaguejando. 

- Seu pai é mais esperto. - digo segurando sua mão e acariciando seus dedos. - Ele acredita em você.

- Nossa. Você do lado do meu pai. - Ele ri e balança a cabeça. - Isso eu achei que nunca aconteceria. Sério. É a última coisa que eu pensaria.

- Mas pelo menos eu descobri o que seu pai quer, não fiquei dizendo que ele não acredita em você e sim, tentei descobrir o que ele queria. E admita pelo menos uma vez. Eu estou certa. 

Giro a maçaneta e empurro a porta, colocando um pouco de mais força nela ao empurra-la.

- Shan. - diz ele quando somente resta uma fresta pela porta e posso ver sua mão segurar a porta.

- Nate. - digo sorrindo, encarando a parede escura do corredor. 

- Você está certa. Me desculpe. - Dou alguns passos para trás e empurro a porta, encarando seus olhos estreitos.

- Repete.

- Não. - Ele franze o cenho. - Sabe que eu não repito as coisas.

Pisco uma vez e empurro a porta novamente andando pelo corredor, sendo empurrada contra a parede e sentindo sua respiração abaixo de meu nariz. - Eu disse para parar de...

- Achei que não repetisse as coisas.

- Mas isso eu preciso repetir. - Sinto suas mãos abertas em minhas costas. - É sério Shan, isso está começando a me irritar.

- Shan! - Brook joga alguma coisa para mim, agarro-a no ar e ela entra no quarto fechando a porta.

- O que... - Nathan me encara. Sinto a textura do objeto e começo a rir, sentindo a fruta gelada e vermelha. - Ai não...

Começo a rir e ele me encara sério.

- Nem pense. - Ele aponta o dedo para meu nariz. 

- Porque você não gosta de maçãs? - pergunto mordendo um pedaço da casca e m segurando para não rir. 

- Não é que eu não goste. - Ele tira a maçã de minha mão e morde a fruta. - Só não quero que você a coma. 

- Me dá! - digo esticando o braço na direção da fruta, mas ele estica o braço para trás.

- Não. - Ele ri. - Já falei que não vai comer isso.

- Desde quanto virou meu dono?

Praticamente pulo em seus braços por uma maldita maçã, mas me lembro de quando ele achou meu sutiã no meio do corredor- claro, minhas corridas pelo corredor até o quarto ás vezes tinham consequências, mas eu havia decidido que depois desse dia, eram melhor que Nathan me visse somente com um sutiã, do que passar por isso de novo. 

- Me devolva! - digo pulando na direção de seu braço esticado para cima.

Ele continua rindo e com o braço esticado e o outro braço tentando me colocar longe dele.

- Porque? Qual é o problema?

- O problema é que isso é meu!

- Ora, - Ele sorri balançando o sutiã rosa acima da cabeça. - Se fosse seu, não estaria jogado pelo corredor.

- Ah, e isso é de quem? Seu?Não acho que seja uma de suas vadias, porque nenhuma veio aqui ontem.

- Uh. - diz ele rindo. - Mas qual é o problema Shan? É só um sutiã.

- Mas é meu.

- Prove.

- Então está dizendo que é seu.

- Talvez. - Ele continua com o braço esticado acima da cabeça, com o sutiã enrolado nas mãos. Ele olha para cima e abre-o. - Nossa. Está bem maior. Achei que usasse três tamanhos menores.

- Me devolve! - grito pulando em seus braços, pisando em seu joelho. - Isso não é seu e você é um idiota!

- É, mas sou mais alto! - Ele grita e começa a andar de costas.

Solto um grunhido e reviro os olhos.

- Ai, quer saber? - pergunto e ele sorri, com o sutiã na mão perto da coxa. - Não me importo. Fique com ele.

- Ah Shan. Você é muito sem graça. - Cruzo os braços e começo a andar na direção da cozinha, atrás de um copo de água. - Toma.

Sinto algo cair em volta de meu pescoço. Passo pela cabeça e vejo que é uma das alças.

Encaro-o e ele sorri.

- Como isso é possível? - pergunto.

Ele dá de ombros e pisca.

- Prática meu amor. - Ele aponta para meu nariz, andando na direção da cozinha. - Prática. 

Pulo o mais alto que consigo e agarro a maçã de sua mão.

- Como isso é possível? - pergunta ele.

- Prática meu amor. - Aponto para seu nariz, andando na direção do refeitório. - Prática.


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Notas finais do capítulo

Agora adels... e boa noite



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