Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 61
Você é o melhor vagabundo que eu já conheci.


Notas iniciais do capítulo

Já sabem neh...?



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Sorrio e ando pelo corredor, chegando ao refeitório e sentindo uma luz em meu rosto.

Ele segura meus ombros e me vira em sua direção, encarando meus olhos. 

- Se lembra disso? - Ele sorri com o canto da boca.

- Como poderia esquecer? Foi o momento mais vergonhoso da minha vida. 

Ele ri.

- É, mas achei que não se lembrasse.

- Só porque você não se lembra, não significa que eu não me lembre. - digo sorrindo.

- Eu me lembro. - Ele olha para o chão e sorri sem mostrar os dentes. - Me lembro perfeitamente disso. E isso, eu me lembro porque... Tenho que me lembrar que você não sabe brincar com nada. 

Solto uma risada e seguro seus ombros.

- Não foi legal.

- Foi engraçado. Eu até pensei - Ele levanta o indicador. - Em vestir e provar que era meu.

- O que faria com meu sutiã? - pergunto rindo.

Ele encolhe os ombros.

- Sei lá. - Ele ri. - Não pensei que se lembraria. - Ele começa a rir. - A gente se odiava.

- E eu precisei ficar bêbada para ouvir um eu também te amo de Nathan Jones Jr. - digo sorrindo convencida. 

- Não ia deixar você no vácuo. - Ele franze o cenho e me encara. - Pois é.

- Espera ai. - digo sorrindo. - Pois é?

- Pois é. 

- Pois é? - grito.

- Pois é. - ele repete. - O que foi.

Arregalo os olhos e levo a mão á testa, sentindo que se eu começar a falar, começarei a gaguejar e Nathan não vai entender uma palavra sequer que eu digo.

Ando na direção da cerca e Nathan franze o cenho, com as palmas das mãos na direção do teto.

Ando na direção de B e seguro seu braço.

- Oi. - diz ele. Não se exatamente o porque de minha vinda até Brandon. - O que houve?

- N-Nada. - gaguejo soltando seu braço e pigarreio. - É que...

- Ah ok! - grita Nathan. - Pode até não falar comigo porque vai começar a gaguejar, mas isso eu não vou aceitar. - Ele vem em minha direção e segura meus ombros, colocando meu cabelo para trás dos ombros. - Qual é o problema? 

- É que... - começo, mas sei que não vou conseguir continuar. Começo a correr na direção do quarto e abro a porta, fechando-a rapidamente depois que passo por ela. Brook me encara ao me ver correndo na direção do banheiro e fechando a porta. - Não o deixe entrar. - digo apoiada na pia fria.

- O que houve? - Ela bate na porta.

- Nós ficamos presos em um lugar e minha coxa estava cortada. Não havia sedativo e eu tive que ficar bêbada e ele costurou minha perna. Então eu acabei dizendo que amava ele e ele disse que também me amava, mas como é o Nathan, eu pensei que fosse s=ó tipo: Ah, ela está bêbada, não está falando coisa com coisa. E á alguns minutos ele disse que não queria me deixar no vácuo.

- Nossa. Descobriu que ele não te ama? É isso? - Ela pergunta, perto da porta.

Abro a porta e a encara.

- Ele disse isso e depois disse: Pois é. 

- Ai. - Ela faz uma careta. - E você disse...

- Nada. - solto um grunhido. - Eu gaguejo e decidi ficar quieta, então corri para a cerca e ele perguntou o que houve e eu corri para cá.

- Diga alguma coisa! - diz ela erguendo os braços. - Ele está tão sensível quanto a Meg e algo me diz que ele não era sensível, porque Meg disse e você disse que ele e o John são iguais. John não é sensível! 

- Shan! - Ele bate na porta e a maçaneta começa a girar.

- Fale alguma coisa. - diz Brook com uma cara brava para mim.

- Não. - digo e fecho a porta do banheiro, trancando a porta com a cahve prateada.

Me sento no chão, com as costas no armário branco.

- Shan! - A maçaneta começa a girar rapidamente. - Abre essa porta.

- Vai embora. - digo encarando minhas mãos. - Eu preciso pensar. 

**

Encosto a testa na porta e suspiro, me preparando para dizer a frase que nunca disse em toda a minha vida para uma garota.

- Precisamos conversar. - digo com as palmas das mãos abertas na porta. 

- Fale. - diz ela se encostando na porta. - Estou ouvindo.

- Eu vou indo. - diz Brook segurando um livro e saindo do quarto. - Boa sorte.

Sorrio e aceno com uma das mãos.

- Obrigado. - Suspiro e encosto as costas na porta de madeira gelada. - Shan.

- Fala. - repete ela. - Estou ouvindo.

- O que... - Esfrego o rosto. - O que nós somos?

Suspiro e continuo no silêncio, esperando por ela.

- Eu... - Ela gagueja. - Não sei. - Ela ri. - Você está parecendo a garota da relação.

- Sinal de que você não está fazendo seu papel direito. - Sorrio, somente por escutá-la falar normalmente. - Eu não preciso ouvir ok? Mas só quero saber o que nós somos. É confuso. 

- Nathan. Desde que eu te conheci, você sempre foi o vagabundo, bêbado, pegador de garotas somente por uma noite. 

- Eu não me orgulho disso. - digo com a testa encostada a porta.

- Mas. De repente, você precisou perceber que eu gostava mesmo do Carter para dizer a verdade para mim?

Suspiro e concordo com a cabeça, mesmo sabendo que ela não verá.

- Para mim é mais confuso. - Ela suspira. - Eu nunca fui diferente.

- Á dois dias você estava agindo como uma vadia.

Ela ri.

- Ok. Tirando esses dois dias. - Ela suspira. - Na mansão. Você me tratava mal e desde a fonte você...

- Ok. Porque meio que eu deixei bem claro que gostava de você.

- Não! Não deixou! - grita ela. Escuto sua cabeça bater na porta. - Posso perguntar uma coisa?

- Sim. - digo com o cenho franzido.

- Qual foi a última vez que você ficou mais de uma noite com uma garota? - Suspiro. - Além da Georgia.

- Já entendi o que quis dizer. - digo mordendo o lábio, pensando em uma resposta. - Eu sei que...

-  Viu? Eu não tinha como saber se gostava mesmo se você nunca disse?

- Bem... Eu estou dizendo agora. 

A porta se abre e ela me encara, com os dedos pressionados contra a porta.

- Não vou gaguejar. - diz ela de olhos fechados e o dedo levantado. Creio que ela não esteja falando exatamente comigo. Ela suspira e me encara. 

- Não pergunte: É mesmo? - digo fazendo uma voz aguda e irritante. - Isso me irrita profundamente.

- Eu não ia dizer isso. - Ela olha para o chão. - Porque eu?

- Eu também não gosto disso. - Esfrego os olhos e suspiro. - Sei lá! Você é totalmente diferente de mim, irmãzinha do Abe e...

- Qual o motivo de eu gostar de você então? - Ela pisca algumas vezes. -  

- Você é um vagabundo. Nenhuma garota gosta de vagabundos. – Ela revira os olhos.

- Há controvérsias. – Levanto o dedo e sorrio. Ela suspira e revira os olhos voltando para o banheiro e fechando a porta. – Seguro  seu braço e rio. – Desculpa. Não foi por querer.

- Viu? Nada é por querer, nada é importante. Porque eu gostaria de você? – diz ela em uma voz sofrida.

Suspiro, sabendo que vou mesmo ter que dizer isso, o que pode acabar com tudo de uma vez por todas. 

- Não tem... Motivo. Aliás, nem sei se gosta mesmo ou está confusa com tudo, ou até mesmo se o veneno do Carter atingiu seu cérebro. Só sei que eu gosto de você e ponto final.

Ando na direção da porta, desejando que ela me pare.

- Eu também. - diz ela e eu paro, com um sorriso nos lábios. Ela ri. - Não sei porque mas, você é o melhor vagabundo que eu já conheci. 

- Sou o único que conheceu. - digo sorrindo.

- Seu pai.

- É, mas meu pai é inteligente.

- Prefiro você. 

- Que bom. Se não eu iria embora e deixava você com o Brandon.

- Não precisa.


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Notas finais do capítulo

Mals não ter postado ontem gente, mas o capt tava pela metade e eu não queria postar o capt pela metade neh genteim? Enfim... Adels e até outro capt.



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