Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Já sabem neh...?
Sorrio e ando pelo corredor, chegando ao refeitório e sentindo uma luz em meu rosto.
Ele segura meus ombros e me vira em sua direção, encarando meus olhos.
- Se lembra disso? - Ele sorri com o canto da boca.
- Como poderia esquecer? Foi o momento mais vergonhoso da minha vida.
Ele ri.
- É, mas achei que não se lembrasse.
- Só porque você não se lembra, não significa que eu não me lembre. - digo sorrindo.
- Eu me lembro. - Ele olha para o chão e sorri sem mostrar os dentes. - Me lembro perfeitamente disso. E isso, eu me lembro porque... Tenho que me lembrar que você não sabe brincar com nada.
Solto uma risada e seguro seus ombros.
- Não foi legal.
- Foi engraçado. Eu até pensei - Ele levanta o indicador. - Em vestir e provar que era meu.
- O que faria com meu sutiã? - pergunto rindo.
Ele encolhe os ombros.
- Sei lá. - Ele ri. - Não pensei que se lembraria. - Ele começa a rir. - A gente se odiava.
- E eu precisei ficar bêbada para ouvir um eu também te amo de Nathan Jones Jr. - digo sorrindo convencida.
- Não ia deixar você no vácuo. - Ele franze o cenho e me encara. - Pois é.
- Espera ai. - digo sorrindo. - Pois é?
- Pois é.
- Pois é? - grito.
- Pois é. - ele repete. - O que foi.
Arregalo os olhos e levo a mão á testa, sentindo que se eu começar a falar, começarei a gaguejar e Nathan não vai entender uma palavra sequer que eu digo.
Ando na direção da cerca e Nathan franze o cenho, com as palmas das mãos na direção do teto.
Ando na direção de B e seguro seu braço.
- Oi. - diz ele. Não se exatamente o porque de minha vinda até Brandon. - O que houve?
- N-Nada. - gaguejo soltando seu braço e pigarreio. - É que...
- Ah ok! - grita Nathan. - Pode até não falar comigo porque vai começar a gaguejar, mas isso eu não vou aceitar. - Ele vem em minha direção e segura meus ombros, colocando meu cabelo para trás dos ombros. - Qual é o problema?
- É que... - começo, mas sei que não vou conseguir continuar. Começo a correr na direção do quarto e abro a porta, fechando-a rapidamente depois que passo por ela. Brook me encara ao me ver correndo na direção do banheiro e fechando a porta. - Não o deixe entrar. - digo apoiada na pia fria.
- O que houve? - Ela bate na porta.
- Nós ficamos presos em um lugar e minha coxa estava cortada. Não havia sedativo e eu tive que ficar bêbada e ele costurou minha perna. Então eu acabei dizendo que amava ele e ele disse que também me amava, mas como é o Nathan, eu pensei que fosse s=ó tipo: Ah, ela está bêbada, não está falando coisa com coisa. E á alguns minutos ele disse que não queria me deixar no vácuo.
- Nossa. Descobriu que ele não te ama? É isso? - Ela pergunta, perto da porta.
Abro a porta e a encara.
- Ele disse isso e depois disse: Pois é.
- Ai. - Ela faz uma careta. - E você disse...
- Nada. - solto um grunhido. - Eu gaguejo e decidi ficar quieta, então corri para a cerca e ele perguntou o que houve e eu corri para cá.
- Diga alguma coisa! - diz ela erguendo os braços. - Ele está tão sensível quanto a Meg e algo me diz que ele não era sensível, porque Meg disse e você disse que ele e o John são iguais. John não é sensível!
- Shan! - Ele bate na porta e a maçaneta começa a girar.
- Fale alguma coisa. - diz Brook com uma cara brava para mim.
- Não. - digo e fecho a porta do banheiro, trancando a porta com a cahve prateada.
Me sento no chão, com as costas no armário branco.
- Shan! - A maçaneta começa a girar rapidamente. - Abre essa porta.
- Vai embora. - digo encarando minhas mãos. - Eu preciso pensar.
**
Encosto a testa na porta e suspiro, me preparando para dizer a frase que nunca disse em toda a minha vida para uma garota.
- Precisamos conversar. - digo com as palmas das mãos abertas na porta.
- Fale. - diz ela se encostando na porta. - Estou ouvindo.
- Eu vou indo. - diz Brook segurando um livro e saindo do quarto. - Boa sorte.
Sorrio e aceno com uma das mãos.
- Obrigado. - Suspiro e encosto as costas na porta de madeira gelada. - Shan.
- Fala. - repete ela. - Estou ouvindo.
- O que... - Esfrego o rosto. - O que nós somos?
Suspiro e continuo no silêncio, esperando por ela.
- Eu... - Ela gagueja. - Não sei. - Ela ri. - Você está parecendo a garota da relação.
- Sinal de que você não está fazendo seu papel direito. - Sorrio, somente por escutá-la falar normalmente. - Eu não preciso ouvir ok? Mas só quero saber o que nós somos. É confuso.
- Nathan. Desde que eu te conheci, você sempre foi o vagabundo, bêbado, pegador de garotas somente por uma noite.
- Eu não me orgulho disso. - digo com a testa encostada a porta.
- Mas. De repente, você precisou perceber que eu gostava mesmo do Carter para dizer a verdade para mim?
Suspiro e concordo com a cabeça, mesmo sabendo que ela não verá.
- Para mim é mais confuso. - Ela suspira. - Eu nunca fui diferente.
- Á dois dias você estava agindo como uma vadia.
Ela ri.
- Ok. Tirando esses dois dias. - Ela suspira. - Na mansão. Você me tratava mal e desde a fonte você...
- Ok. Porque meio que eu deixei bem claro que gostava de você.
- Não! Não deixou! - grita ela. Escuto sua cabeça bater na porta. - Posso perguntar uma coisa?
- Sim. - digo com o cenho franzido.
- Qual foi a última vez que você ficou mais de uma noite com uma garota? - Suspiro. - Além da Georgia.
- Já entendi o que quis dizer. - digo mordendo o lábio, pensando em uma resposta. - Eu sei que...
- Viu? Eu não tinha como saber se gostava mesmo se você nunca disse?
- Bem... Eu estou dizendo agora.
A porta se abre e ela me encara, com os dedos pressionados contra a porta.
- Não vou gaguejar. - diz ela de olhos fechados e o dedo levantado. Creio que ela não esteja falando exatamente comigo. Ela suspira e me encara.
- Não pergunte: É mesmo? - digo fazendo uma voz aguda e irritante. - Isso me irrita profundamente.
- Eu não ia dizer isso. - Ela olha para o chão. - Porque eu?
- Eu também não gosto disso. - Esfrego os olhos e suspiro. - Sei lá! Você é totalmente diferente de mim, irmãzinha do Abe e...
- Qual o motivo de eu gostar de você então? - Ela pisca algumas vezes. -
- Você é um vagabundo. Nenhuma garota gosta de vagabundos. – Ela revira os olhos.
- Há controvérsias. – Levanto o dedo e sorrio. Ela suspira e revira os olhos voltando para o banheiro e fechando a porta. – Seguro seu braço e rio. – Desculpa. Não foi por querer.
- Viu? Nada é por querer, nada é importante. Porque eu gostaria de você? – diz ela em uma voz sofrida.
Suspiro, sabendo que vou mesmo ter que dizer isso, o que pode acabar com tudo de uma vez por todas.
- Não tem... Motivo. Aliás, nem sei se gosta mesmo ou está confusa com tudo, ou até mesmo se o veneno do Carter atingiu seu cérebro. Só sei que eu gosto de você e ponto final.
Ando na direção da porta, desejando que ela me pare.
- Eu também. - diz ela e eu paro, com um sorriso nos lábios. Ela ri. - Não sei porque mas, você é o melhor vagabundo que eu já conheci.
- Sou o único que conheceu. - digo sorrindo.
- Seu pai.
- É, mas meu pai é inteligente.
- Prefiro você.
- Que bom. Se não eu iria embora e deixava você com o Brandon.
- Não precisa.
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Mals não ter postado ontem gente, mas o capt tava pela metade e eu não queria postar o capt pela metade neh genteim? Enfim... Adels e até outro capt.