Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 47
Ciúmes de uma maçã


Notas iniciais do capítulo

Bem primeiramente quero me desculpar por não ter postado ontem.
Eu estava ajeitando as malas e passei a hora que normalmente posto dentro de um avião e quando cheguei só desabei na cama.
Queria agradecer á Joice T pela recomendação. Valeu!!
Olha, eu sei que não tá muita ficção a história e tudo mais, mas ok vocês pediram Shatan a história inteira e alguns capts vão ser sem ficção mas eu juro que vai começar a engrenar esse assunto daqui a pouco.
Enfim, ai está:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375332/chapter/47

Abraço minhas pernas e encaro o escuro, onde seria a porta para o corredor.

Já é a terceira vez que escuto um bicho bater com a cabeça na janela, mas há algo em mim que diz que não posso de jeito nenhum ir até Nathan.

Não sei se é medo de que aconteça de novo, mas eu não vou conseguir pregar o olho se continuar aqui.

Ando com as mãos esticadas para tentar fazer o mínimo de barulho possível.

Sinto o entalho no suporte da porta com a letra S que eu e Abe fizemos para o caso de falta de luz, para acharmos o caminho para nossos quartos.

O quarto está iluminado pela lua. Isso tornava nosso esconderijo quando faltava luz.

Não há nenhuma noite que este quarto fique escuro o suficiente.

Ando até Nathan e o observo dormir por um tempo.

Abro a boca para chamá-lo, mas logo desisto. Não vou acordá-lo.

Me inclino sobre ele, beijando seus lábios.

Me afasto um pouco para fazer a volta na cama, mas ele segura meu pescoço e continua o beijo.

- Como que você acordou com um beijo? – pergunto encarando seus olhos, com os antebraços em seu braço.

- Pratica. – diz ele me puxando e me deixando ao seu lado.

- Ah. – digo encarando seus olhos, com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Cale-se. – diz ele envolvendo seu braço em minhas costas e colando nossos corpos. - Finalmente não é mais a garotinha do Abe.

- Como assim? - pergunto.

- Você era a irmã mais nova de meu amigo. É como tornar você uma criança, mas depois que vi você bêbada enquanto eu costurei sua perna e enfim...

- É. Cale-se. - digo beijando-o novamente, sentindo-o morder meu lábio inferior. - Tem razão, não é ruim.

- Eu disse. - Ele ri. - Depende da pessoa. 

- E do DNA dela. - digo e encaro seus olhos. - Eu já cheguei a te odiar.

Passo meus dedos entre seus cabelos curtos e macios.

- Eu também já não gostei tanto de você. 

- Quando jogou a garrafa em mim?

- Eu ia dizer que te amava naquele dia. - Ele ri. - Maneira errada de dizer.

- Não está falando sério. 

- Você disse que me amava quando eu terminei de costurar sua perna. 

Minhas bochechas coram.

- E por sinal, você canta muito bem a música do alfabeto. - Ele morde o lábio para não rir.

Começamos a rir e suspiro.

- Então... - digo. - Quando vai falar com seu pai?

- Vou adiar isso até quando eu puder. Não me faz pensar nisso agora ok? É informação demais para meu cérebro em menos de uma semana. Meu pai certo, você cantando, eu costurando sua perna, você bêbada, seu namorado mordendo sua coxa por algum motivo, falando nisso, já vou falar sobre isso com você, e eu acordar e manhã com você ao meu lado e seu short no chão do meu carro. - Ele deixa a boca entreaberta, com a língua no penúltimo dente e pisca. - Não acha que é informação demais.

 - É bastante coisa.

- Ah, não vamos esquecer de uma coisa nova. Rejeição. Voltando ao assunto. Porque...

- Eu não quero... - Fecho os olhos e ando para fora do quarto.

Ele corre até mim e me abraça por trás.

- Desculpa ok? - Ele beija meu pescoço. - Desculpa. Eu só quero saber porque...

- Ok. - digo me soltando dele e andando de volta para o sofá. - Boa noite.

- Eu não vou deixar você dormir assim. - diz ele se sentando ao meu lado. - Eu fico aqui. 

- Eu só quero... - Suspiro e abraço minhas pernas. - Só quero esquecer.

- Ok. Agora você está me assustando. - Ele segura meu pescoço e me encara. - Me fala.

- Não. - digo afastando sua mão. - Vai dormir ok? Eu estou cansada e também acho que é informação demais para minha cabeça.  

- Já falei que não vou...

- Nathan. - digo séria. - Vai dormir.

- E deixar você aqui?

- É. Boa noite. - Me tapo com a manta de lã macia e fecho os olhos.

- Eu nunca respeitei sua privacidade. - Ele me abraça. - Porque eu respeitaria agora?

Me viro e encaro seus olhos.

- Você nunca se importou. Porque se importa agora? - Arqueio as sobrancelhas. - Você vai se arrepender.

- Você vai me chutar?

- Não preciso. - Dou de ombros. - O sofá vai fazer o serviço por mim. Acredite.

- Posso ficar aqui então?

Dou de ombros.

- Não me responsabilizo depois ok?

- Ok. - Ele apoia o queixo em meu ombro e beija minha bochecha. – Boa noite.

- Boa sorte. – digo rindo.

**

- Seu desejo de boa sorte não foi suficiente. – diz ele com uma voz sofrida.

- Eu avisei. Agora não me venha com reclamações. – digo me levantando e indo na direção da cozinha e abrindo a geladeira. – Fique ai então. Eu vou... tomar banho.

Ele se levanta em um pulo e corre em minha direção.

- Pensando bem, não é tão ruim assim. – Ele me abraça.

- Como se você fosse junto. – digo me balançando e me inclinando na direção da maçã avermelhada na gaveta com as frutas. – Me solta. Você está me abraçando demais.

- É para compensar os tapas. – Ele coloca a cabeça na geladeira e tira uma caixa de leite vermelha e branca.

Mordo a maçã e o encaro.

- O que foi? – pergunta ele abrindo a tampa da caixa, jogando-a dentro da pia.

Sorrio e mordo a maçã mais uma vez, observando-o levar a caixa até a boca, mas parar ao notar que ainda estou olhando para ele.

- O que foi? – pergunta ele.

- Nada. – digo rindo e cobrindo a boca com a mão. Ela continua me encarando. – Nada!

Ele franze o cenho e leva a caixa até a boca, bebendo vários goles de leite.

- Não sei porque, mas gosto de ver você tomando leite direto da caixa. 

- Eu sabia. – diz ele bebendo mais um gole.

- Vai tomar tudo?

- Problema?

- Não. Só que você vai ter que pegar mais.

- Ok.

Ele me encara e eu mordo outro pedaço da maçã.

- Para. – diz ele.

- O que? – pergunto.

- Para de comer essa maçã. - diz ele sério.

- Porque? – pergunto mordendo-a mais uma vez e sorrindo.

- Estou começando a ficar com ciúmes. – diz ele seriamente, ainda com a caixa na mão. Aproximo a maçã da boca e ele dá um passo em minha direção. – Pare. – Me sento de lado no balcão e aproximo mais de minha boca. – Shannon Miller.

- Pensei que eu fosse a Shan. – digo mordendo a maçã devagar.

Ele larga a caixa de leite vazia dentro da pia e arranca a maçã de minha mão, jogando-a na parede.

- Eu mandei parar. – diz ele empurrando tudo que estava em cima do balcão para o chão e me beijando.

Envolvo minhas pernas em sua cintura e seguro seu pescoço, Lembrando de quando morávamos naquela casa, antes de irmos para a mansão.

De como nos odiávamos e gritávamos uns com os outros.

É. Quem diria que eu estaria em cima de um balcão, na cozinha do antigo apartamento de meus pais, beijando o amigo de meu irmão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, agora vocês entenderam o título neh?
Enfim, descobriram a loucurinha do Nathan e até despois.
Tio John e Nate mandam bjs. (Shannon também. E eu também)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Darkness Feed" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.