Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 39
Silêncio. Antes que falar nos leve á loucura.


Notas iniciais do capítulo

Olha, vou logo avisando que eles vão fica presos na adega por algum tempinho.
E queria agradecer muito por algumas coisas.
Somente á um mês e alguns dias eu estou escrevendo essa história. E em menos de cinco minutos, quando eu postei o capt do extermínio, já havia um comentário.
Eu posto normalmente á noite, porque agora estou de férias, e quando acordo de manhã, tem quase dez reviews de várias pessoas diferentes e isso me deixa impressionada de como vocês gostas dessa história.
Ás vezes a fic tem mais favoritos e normalmente tem um ou dois leitores á mais em alguns dias.
Caramba! Isso é ótimo!
Obrigada á todos que leem, mesmo que não comentem em todos os capts, só de saber que tem alguém lendo isso me faz querer escrever mais e mais. Bem, boa leitura:



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Estou á quase duas horas com a bochecha apoiada na mão, girando a cadeira cinza acolchoada de um lado para o outro, observando os dois humanos.

Shannon está dormindo com a coxa sangrando e Nathan a observou até que ela adormecesse.

Estava na cara desde o início que ele era apaixonado por ela, mas não caia pedaço tentar.

- Isso está muito chato. - digo colocando uma mecha loira de meu cabelo para trás da orelha esquerda.

Seguro a taça de vinho tinto e bebo um gole, mesmo sabendo que isso não substitui o gosto de sangue humano, mas temos que esperar.

- Espere. - diz Carter também impaciente. - Mas você tem razão. Mas o que você quer que eu faça?

- Que pare de morder as coxas das garotas.

- Mas é a carne mais macia. - diz ele indignado. 

- Lembra da última vez? Tivemos que esperar três semanas para que eles morressem. Aliás, a carne é melhor quando nós matamos eles.

Me levanto da cadeira, deixando-a girar rapidamente, enquanto eu ando de uma lado para o outro.

- Como se você não gostasse de uma tortura. - Ele me encara. - Espere ai... - Ele começa a rir. - Você gosta dele.

- Não. - gaguejo.

Ele continua rindo.

- Você está apaixonada pelo Nathan. - Carter sorri e se levanta, segurando minhas bochechas. - Oh, pequena Georgia. - Ele me abraça. - Você sempre teve um coração mole.

Empurro-o contra a mesa de madeira.

- Cala a boca. - digo.

Sim, normalmente, quando as pessoas chegam, eu sou a vadia sem coração com um único objetivo: Noites com os garotos.

Mas na verdade, Carter não tem pena de nada. Ele que se alimentou de nossos pais e óbvio que eu também fiz isso, mas simplesmente para não deixá-lo comer a carne sozinho, sabendo que possivelmente demoraria para que comêssemos novamente.

Ok. Eu admito que senti alguma coisa por Nathan, mas é impossível.

A última coisa que terei dele, será sua carne. 

- Ok. Faça alguma coisa. - digo com o estômago roncando. - Diminua a temperatura, jogue um gás ou tanto faz. Eu vou comer alguma coisa.

- Tipo o que? Somos todos bichos aqui G. Não tem carne. - Carter continua a observar Shannon. - Estou á ponto de entrar ali e comê-la viva.

- Não faça isso.

- Eu não vou tocar no Nathan. - Ele revira os olhos.

- Não faça isso. - repito subindo as escadas na direção da cozinha.

Maria está sentada na cadeira de metal, encarando uma mosca morta no chão com a cabeça inclinada para o lado direito. - Maria?

- Sim Srta. Lewis? - pergunta ela ainda encarando a mosca morta.

- Tudo bem? - pergunto.

- Efeitos colaterais da vacina Srta. Lewis. - diz Howard tentando sorrir. - El ficará bem.

Solto uma risada.

- Ok Howard. - Pego mais uma garrafa de vinho e ando até a adega. Vejo 

Carter girar a cadeira, tentando não olhar para Nathan. - O que houve?

- Este é o problema. - Ele se debruça sobre a mesa de madeira á frente do vidro. - Nada. Não aconteceu nada.

- Não é você que sempre diz que temos que ter paciência?

- Mas isso está me tirando do sério.

- Talvez porque ele seja filho do Nathan.

- Não é por isso. 

- Porque não seria? Eles são iguais.

Ele vira a cadeira e me encara.

- Não são iguais. 

Reviro os olhos e novamente me sento na cadeira. 

**

Meu rosto dói contra o chão gelado de madeira.

Apoio as palmas das mãos no chão e sinto minha coxa continuar a sangrar.

Me arrasto até Nathan e seguro seu braço.

- Nathan.

- Hã? - Ele se senta e me encara. - Achei que fosse um pesadelo.

- Não. Não é. - digo. 

- Bom dia! - diz Carter. Nathan fecha os olhos, revirando-os. - Finalmente se mexeram, estávamos começando a ficar entediados. 

- Ok. Carter, me diz uma coisa. Isso é um tipo de jogo? Porque se for, é muito idiota.

Mais ou menos, mas obviamente vocês perderão. É como um jogo armado. Vocês não tem escolha. Sabe, Shannon, se tivesse escutado o ciúme de Nathan, vocês provavelmente sobreviveriam.

Eu e Nathan nos encaramos e olho para o chão, sabendo que é verdade.

Nathan queria ir embora e eu não quis ir.

Mas, se você, Nathan, tivesse escutado seu pai. Vocês com certeza sobreviveriam. Isso sem dúvida. 

- Claro, vocês iriam nos deixar sair. 

Vocês tiveram várias chances. A questão não era... Sair Nathan. A questão era não voltar mais. 

- Ah. - diz Nathan rindo. - Então quer dizer que era assim? Tão simples?

- O simples normalmente não é detectável. O que foi o caso e o motivo para a morte de vocês dois. Acreditem. Vocês não são os primeiros. 

Isso é perceptível. - digo. - E quando matarão a gente?

O ponto é que vocês terão que morrer. Não vamos matar vocês.

- Não vai mesmo me contar? - pergunta Nathan um tanto baixo demais. 

- O que? - pergunto.

Ele aponta para minha coxa.

- Eu quero saber. 

- Mas não vai. - digo olhando em volta, para tentar ver alguma possível câmera. - Você não me conta muita coisa, aceite.

- Ah. Eu não falo nada? - Ele ri. - Eu sempre falei a verdade. Você até reclamou disso. Já ouvi coisas demais de você ao longo da vida. Deveria ter um certo limite quando se vive com você. Pare de ser idiota. Você que sempre escondeu tudo de mim. Tudo.

- Tudo? Tipo o que?

Ele me encara em silêncio.

- Que Abe já tinha tentado se matar. - diz ele me encarando. - E por isso você tem todos estes distúrbios. Porque ele ia te deixar.

- Pare... - digo. 

- Não eu não vou parar! - grita ele apontando o dedo para meu rosto. - Ele ia deixar você sozinha. Ia deixar você morrer. Não é? Porque nunca disse nada?

- Porque não é da sua conta. Você poderia fazer a mesma coisa. 

- Eu nunca deixaria você. - murmura ele. - Eu nunca faria isso. Mas você não se importa. Se eu fizesse a mesma coisa, você só se importaria com o fato de não conseguir mais vacinas e suas malditas geleias de morango. E você continua não se importando. E se eu convivi bastante com você, sei que ainda gosta do Carter, mesmo sabendo que vai morrer por causa dele. Mesmo sabendo que ele é um maníaco. Não é?

O encaro assustada, com lágrimas nos olhos. 

Sim, Abe tentou se matar. Alguns meses depois de notar que éramos só nós dois.

Continuamos nos encarando. Continuo com uma vontade imensa de socá-lo por isso.

Quando Nathan se irrita, tudo o que ele sabe sobre você, ele fala na sua cara da pior maneira possível.

Ele olha para o chão.

- Me mate. - digo. Ele me encara. - Me mate.

- Não.

- Eu não vou suportar mais nenhum dia com você ficando irritado e jogando tudo que aconteceu comigo na minha cara da pior maneira possível! - grito. - Vai logo! 

Ele me abraça.

- Me solta! - grito me debatendo, mas obviamente sem sucesso. - Me solta agora!

- Eu não posso matar você! - grita ele apertando meus ombros.

- Você não me suporta! - grito com lágrimas nos olhos. - Sabe que não me suporta! Então porque não me mata?

Ele me solta e eu caio sentada no chão, com a coxa doendo mais do que nunca.

- Eu vou ficar quieto. Antes que nós dois fiquemos loucos. - Ele se senta arás de uma caixa, e só o que vejo é seu pé. 


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Notas finais do capítulo

Bem, já vou começar a escrever o próximo. Até depois