Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 38
Presa com a Fera


Notas iniciais do capítulo

Ok, amanhã eu posto mais.
(Amanhã = hoje depois )



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Ok, várias e várias vezes ouvi dizer que mordidas eram boas, mas isso não é nem de longe agradável.

Sinto minha pele ser literalmente rasgada.

Solto um grito, mais de medo do que de dor, mas de qualquer maneira, sinto o sangue quente escorrer por minha coxa.

Sinto minha blusa ser rasgada de meu corpo, me deixando somente de sutiã.

Encaro os olhos de Carter e o sangue em sua boca, junto com um sorriso malicioso e sangue escorrendo de seus lábios.

– Como... – digo de olhos arregalados.

– Sabe, até que é uma história engraçada. – diz ele limpando a boca com as costas da mão.

Me jogo no chão e me arrasto até a porta, segurando a maçaneta e me puxando para cima.

Corro escadas a baixo, tropeçando algumas vezes, mas não parando de correr.

– Nathan! – grito com lágrimas nos olhos, mesmo sabendo que isso pode ser a cois mais idiota que fiz em toda minha vida. – Nathan!

Escuto batidas em alguma porta, mas também escuto passos próximos de mim. Sinto alguém segurar meus braços e me colocar no chão.

– Ele disse que era uma história engraçada, Shannon. Não gosta de histórias engraçadas?

Ela segura meus cabelos.

– Onde está Nathan? – pergunto soluçando. – Onde ele está?

– Argh! – grita ela puxando meus cabeços e me levantando. – Você vai vê-lo.

Andamos até a adega e ele abre a porta, me jogando para dentro.

– Pronto. Ai está o Nathan. – Ela fecha a porta e Nathan se levanta da caixa onde estava sentado, vindo em minha direção e me levantando do chão.

– que aconteceu com você? – pergunta ele.

Me jogo em seus braços. Agarrando seu pescoço e soluçando até não poder mais.

– Shan. O que houve? – pergunta ele.

– Cala a boca. – digo soluçando, com a cara molhada com lágrimas. – Só... Cale a boca.

Ele acaricia meus cabelos e me deixa agarrada á ele até que caio no chão.

– Carter...

– Me mordeu. – digo encarando o chão. Apoio as mãos no chão e me levanto, encarando sés olhos.

– Como é que é? – pergunta ele.

– É Nathan, Carter me mordeu. – repito passando as mãos nos olhos.

– Na sua coxa. – diz ele de braços cruzados e olhar sério para mim. – Shannon...

– Sim. – digo. – Sim. E ele me mordeu. – Encaro seus olhos.

– Vocês...

– É. – digo. – Mas que droga Nathan!

– Eu só quero entender ok? Entender tudo o que está acontecendo.

– É bem simples. – digo. – Seu pai estava certo.

– Falou a garota com a perna mordida. – murmura ele e suspira. – Está doendo?

– Não sei. – digo encarando seus olhos. – Obviamente está doendo.

Então. Shannon Miller e Nathan Jones Jr. O que acham que estão fazendo ai? – escutamos a voz de Carter vir de alguma caixa de som.

– Sofrendo. – murmuro.

– Sentindo que deveria ter escutado meu pai. – diz Nathan.

Enfim. Não sintam-se pessoas burras. Já é a décima sexta vez que isso acontece e sempre acaba igual. Todos morrem. – diz Georgia. – O negócio é o seguinte. Há sempre uma garota que vai se apaixonar por Carter e um garoto quem provavelmente eu seduzo e enfim... Carter tem essa mania de morder coxas de garotas e ninguém sabe porque. Mas como todos nós temos conhecimento, uma ferida exposta como essa, é como uma porta aberta para a epidemia. Com certeza, Shannon virará um bicho e comerá você Nathan. Sem malícia, todos sabemos quem Shannon é de verdade então...



Ok. - diz Nathan. - Deixa eu ver se entendi, vocês dois são viciados em tortura e em ver pessoas morrendo?

Na verdade, nós somos quase bichos.– diz Carter. - A pesquisa que meus pais fizeram era para o aperfeiçoamento disso. Nossas necessidades são como as de qualquer bicho. É claro, a carne humana é bem melhor do que a dos outros animais, mas não morreremos sem carne humana. E quando nossos pais vieram... Ficamos com fome.

– Vocês se alimentaram do seus pais? - pergunta Nathan olhando para o teto. - É sério isso?

É.– diz Georgia. - Ah, fala sério. Nós não comíamos carne humana já fazia dois meses, você queria o que? Bem, enfim. Seu pai era um dos colegas dos meus pais e sabia que nós éramos assim e percebeu que você estava aqui e sabia que alguma coisa ia acontecer. Mas como a relação de vocês dois não era muito... Como posso dizer... Estável. Como esperado você ignorou o que ele disse.

Óbvio que ignorei. - diz Nathan. - Ok. Então vocês nos deixarão morrer de fome, Shan vira um bicho, come minha pele e vocês continuam fazendo isso até que alguém consiga matar vocês?

Não seja idiota. Nós não morremos. – diz Georgia. - É. Realmente, esperamos que vocês morram. Não se preocupem, estaremos sempre aqui.

**

Encaro o teto, prendendo a respiração, com os olhos já ardidos e uma dor imensa.

– Shan. Não precisa esconder o choro, você fica mais ridícula assim do que chorando. Parece que está tentando se matar.

– Talvez eu esteja. - digo movimentando a mão no alto, tentando me distrair. - Seria melhor.

– Melhor do que ficar comigo?

Solto uma risada.

– Já passei dessa fase. - digo virando a cabeça e encarando-o, sentado encostado em uma das caixas de madeira, uma das pernas dobradas com o braço apoiado e a outra esticada. - Quero dizer, nesta situação.

– Você bebeu ou não percebeu que só está com um short e um sutiã na minha frente?

– Talvez porque eu acabei de ser mordida por meu namorado...

– Mordidas não são ruins. - diz ele.

– Claro, mas não quando arrancam um pedaço de você. - digo. - E você já invadiu meu quarto quinhentas vezes.

– Nosso quarto. Nós dividíamos, lembra?

– Ah, então por isso você ignorava o fato de que eu poderia estar sem roupa depois do banho?

– Não. - diz ele e ri.

– Nem comece. - digo. - Já ouvi coisas demais de você ao longo da vida. Deveria ter um certo limite quando se vive com você.

– Você é a primeira garota que viveu comigo.

– Isso é um elogio ou um jeito de me deixar pior?

– Não sei. - Ele dá de ombros e ri ao olhar para mim. - Você parece estar bêbada.

– Estou em choque. - digo. - Estou tentando não sentir dor.

– Está funcionando? - pergunta ele me encarando.

– Não. - digo. - Nathan.

– O que foi? - pergunta ele batendo o dedo no chão.

– Se eu pedisse uma coisa, você prometeria fazer? - Encaro-o e ele aperta os olhos.

– Depende.

– Me matar. - digo.

Ele me encara e ri.

– Não. Nunca.

– Porque não?

– Porque eu mataria você?

– Ouviu o que eles disseram? - pergunto me sentando. - Eu virarei um bicho e você vai morrer. Obvio que só você vai sobreviver.

– Cala a boca. - diz ele bravo. - Eu não vou matar você.

– Obrigada. - digo sorrindo.

Ele me encara como se eu fosse maluca.

– Está fazendo efeito. - Ele murmura.

– Boa sorte. - digo fechando os olhos.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã povu e boa noite.
Desculpem mudar a a história assim e se não gostarem podem parar de ler, mas tem que ter alguma coisa neh?
Bem, lembrando que aumentaram bastante as chances de Shatan e enfim... Até depois