Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 37
A noite especial


Notas iniciais do capítulo

Ok. Pela gostosidão no Nate,
Não me matem.
Eu vou continuar escrevendo o próximo capt e posto ainda hoje.
(Juro que vou tentar.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375332/chapter/37

Acordo e tiro o casaco quente de Nathan de cima de mim, me sentando no sofá com a nuca molhada de suor.

Um feixe de luz cai sobre mim e deixa minhas pernas um pouco ardidas.

- Nathan! - chamo.

- Oi. - diz ele saindo da cozinha com um xícara de café.

- Carter não veio? - pergunto me levantando e deixando seu casaco no encosto da cadeira.

- Não Julieta, ele não veio. - diz ele rindo e tomando um gole de café preto sem açúcar. - Calma. Eles provavelmente perceberam que ficou muito tarde para voltarmos e que passamos a noite aqui.

- Nathan, - Engulo em seco. - Seu pai disse que os Lewis eram estranhos.

- Sim, ele disse. - diz Nathan limpando a boca com as costas da mão. - Porque?

- Ele disse  que eram mais estranhos que os...

Ficamos nos encarando em silêncio.

- Que os...? - pergunta ele com o cenho franzido.

- Isso o que eu queria saber. - digo.

Ele larga a xícara de café com força na mesa, cruza os braços e me encara.

- Você está ficando completamente maluca? - pergunta ele quase gritando.

- Eu ouvi ele dizer isso e depois adormeci. - digo. - O que ele disse depois disso?

- Esse é o problema do meu pai. - Ele ri. - Ele também adormeceu. Ele disse que eles eram mais estranhos que os... E puf! Capotou. 

- Assim? Do nada? - pergunto.

Ele concorda com a cabeça e vem em minha direção, envolvendo os braços em minha cintura.

- Eu disse para não fazer de novo. - digo encarando seus olhos.

- Eu nem fiz nada. - Ele ri. - Ainda.

- Nathan... - digo. 

- Qual é? - Ele me aproxima mais dele. - Não tem ninguém aqui.

Ele se aproxima de meu rosto.

- Bom dia! - grita John saindo do quarto.

- Ninguém. - digo encarando seus olhos e rindo.

John passa pelo corredor e cobre o rosto com as mãos por causa do sol.

- Alguém faça o favor de fechar essa droga de cortina? - diz ele encarando Nathan. Ele tira as mãos do rosto e encara Nathan segurando-me. - Mil desculpas Nathan. Não que eu queira interferir, mas isso não é traição á Catarina?

- Não. Não é. - digo me afastando de Nathan e colocando uma mecha para trás de minha orelhas. - Então...

- Acho melhor a gente voltar. - diz Nathan segurando meu braço. - Carter vai querer atirar em mim.

- Com certeza. - digo. - Está ferrado.

**

- Onde vocês estavam? - pergunta Georgia gritando.

- Sim, consegui concertar o carro. Sim, estou bem. Sim, eu fiquei na casa do meu pai porque, ah não sei, tem bichos querendo comer minha carne. - Ele dá de ombros. - Nada de mais. 

- Onde vocês estavam? - repete ela, praticamente rosnando. 

Nathan suspira, deixando seu casaco em cima da mesa de vidro e encara os olhos azuis e apertedados de Georgia.

Ele segura osombros dela e a encara.

- Na casa do meu pai. - diz ele pausadamente, balançando os ombros dela. - Porque bichos queriam a minha carne e poderiam se alimentar de minha pele.

- Onde vocês estavam? - pergunta Carter descendo as escadas. - Eu disse para que...

- Voltassem. - completa Nathan. - Já sei. Só que tem um problema. Demorei para achar o vidro do carro e ficamos na casa do meu pai. Ela está intacta ok? Não aconteceu nada e não seria nada seguro zanzar com o carro por ai, por causa dos bichos. Vou precisar repetir, ou vocês dois entenderam?

As luzes estão acesas agora. As cortinas estão abertas, Maria está cantarolando e Carter não está mais com a cara pálida de ontem.

- Sim, entendemos. - diz Carter puxando meu braço e me levando para o quarto. - Nem venha. Nathan.

- Deixa. - diz Georgia agarrada ao pescoço de Nathan.

Subimos as escadas e entramos em seu quarto.

Ele senta na cadeira preta na frente do computador e  continua lendo e digitando, fazendo anotações e me deixando totalmente confusa. 

- Ainda está tentando descobrir a fórmula da vacina? - pergunto deitada em sua cama, com o queixo apoiado na mão e pernas balançando no ar.

- Sim. - diz ele com o rosto iluminado pelo computador. - Eu não vou desistir até encontrar Shannon.

- Eu sei que não. - digo me levantando e abraçando sua cabeça. - Só quero que não se mate fazendo isso.

Ele sorri, me encarando de cabeça para baixo. 

- Pessoas morreram para descobrir isso Shannon. - Ele me encara sério. - Tudo isso para deixar uma pista a mais, até que alguém descubra tudo. E eu serei esse alguém.

Franzo o cenho e solto uma risada.

- Não acha que está... Exagerando? - pergunto sentando-me na ponta da cama e segurando sua mão.

Ele aperta os olhos e me encara.

- Exagerando? Seu irmão morreu por causa deles Shan, óbvio que não estou... Exagerando.

- Ok. - digo tentando ignorar o comentários sobre meu irmão, antes que eu comece a chorar. - Desculpe. Me esqueci que o mundo está uma droga e que podemos virar comida ao cruzar a esquina á noite. 

Ele sorri e acaricia minha mão.

- Vocês morarão aqui para sempre, não é? - Ele me encara com um olhar fofo.

- É o que eu pretendo. - digo. - Se você deixar... Ou se Nathan não me fizer ficar louca.

- Não vai ser exatamente ele que deixará você louca. - Ele se enclina em minha direção, me empurrando na direção da cama e beijando meus lábios.

Georgia provavelmente falou alguma coisa.

Isso eu posso ter certeza, mas dane-se.

Carter anda até minha perna esquerda e começa a beija-la, desde as costas do pé, até minha coxa.

Eu esperava algo carinhoso.

Algo romântico.

Mas a única coisa que tenho, é a pior dor que já senti em toda a minha vida.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não é o que vocês estão pensando.