Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Ok. Pela gostosidão no Nate,
Não me matem.
Eu vou continuar escrevendo o próximo capt e posto ainda hoje.
(Juro que vou tentar.)
Acordo e tiro o casaco quente de Nathan de cima de mim, me sentando no sofá com a nuca molhada de suor.
Um feixe de luz cai sobre mim e deixa minhas pernas um pouco ardidas.
- Nathan! - chamo.
- Oi. - diz ele saindo da cozinha com um xícara de café.
- Carter não veio? - pergunto me levantando e deixando seu casaco no encosto da cadeira.
- Não Julieta, ele não veio. - diz ele rindo e tomando um gole de café preto sem açúcar. - Calma. Eles provavelmente perceberam que ficou muito tarde para voltarmos e que passamos a noite aqui.
- Nathan, - Engulo em seco. - Seu pai disse que os Lewis eram estranhos.
- Sim, ele disse. - diz Nathan limpando a boca com as costas da mão. - Porque?
- Ele disse que eram mais estranhos que os...
Ficamos nos encarando em silêncio.
- Que os...? - pergunta ele com o cenho franzido.
- Isso o que eu queria saber. - digo.
Ele larga a xícara de café com força na mesa, cruza os braços e me encara.
- Você está ficando completamente maluca? - pergunta ele quase gritando.
- Eu ouvi ele dizer isso e depois adormeci. - digo. - O que ele disse depois disso?
- Esse é o problema do meu pai. - Ele ri. - Ele também adormeceu. Ele disse que eles eram mais estranhos que os... E puf! Capotou.
- Assim? Do nada? - pergunto.
Ele concorda com a cabeça e vem em minha direção, envolvendo os braços em minha cintura.
- Eu disse para não fazer de novo. - digo encarando seus olhos.
- Eu nem fiz nada. - Ele ri. - Ainda.
- Nathan... - digo.
- Qual é? - Ele me aproxima mais dele. - Não tem ninguém aqui.
Ele se aproxima de meu rosto.
- Bom dia! - grita John saindo do quarto.
- Ninguém. - digo encarando seus olhos e rindo.
John passa pelo corredor e cobre o rosto com as mãos por causa do sol.
- Alguém faça o favor de fechar essa droga de cortina? - diz ele encarando Nathan. Ele tira as mãos do rosto e encara Nathan segurando-me. - Mil desculpas Nathan. Não que eu queira interferir, mas isso não é traição á Catarina?
- Não. Não é. - digo me afastando de Nathan e colocando uma mecha para trás de minha orelhas. - Então...
- Acho melhor a gente voltar. - diz Nathan segurando meu braço. - Carter vai querer atirar em mim.
- Com certeza. - digo. - Está ferrado.
**
- Onde vocês estavam? - pergunta Georgia gritando.
- Sim, consegui concertar o carro. Sim, estou bem. Sim, eu fiquei na casa do meu pai porque, ah não sei, tem bichos querendo comer minha carne. - Ele dá de ombros. - Nada de mais.
- Onde vocês estavam? - repete ela, praticamente rosnando.
Nathan suspira, deixando seu casaco em cima da mesa de vidro e encara os olhos azuis e apertedados de Georgia.
Ele segura osombros dela e a encara.
- Na casa do meu pai. - diz ele pausadamente, balançando os ombros dela. - Porque bichos queriam a minha carne e poderiam se alimentar de minha pele.
- Onde vocês estavam? - pergunta Carter descendo as escadas. - Eu disse para que...
- Voltassem. - completa Nathan. - Já sei. Só que tem um problema. Demorei para achar o vidro do carro e ficamos na casa do meu pai. Ela está intacta ok? Não aconteceu nada e não seria nada seguro zanzar com o carro por ai, por causa dos bichos. Vou precisar repetir, ou vocês dois entenderam?
As luzes estão acesas agora. As cortinas estão abertas, Maria está cantarolando e Carter não está mais com a cara pálida de ontem.
- Sim, entendemos. - diz Carter puxando meu braço e me levando para o quarto. - Nem venha. Nathan.
- Deixa. - diz Georgia agarrada ao pescoço de Nathan.
Subimos as escadas e entramos em seu quarto.
Ele senta na cadeira preta na frente do computador e continua lendo e digitando, fazendo anotações e me deixando totalmente confusa.
- Ainda está tentando descobrir a fórmula da vacina? - pergunto deitada em sua cama, com o queixo apoiado na mão e pernas balançando no ar.
- Sim. - diz ele com o rosto iluminado pelo computador. - Eu não vou desistir até encontrar Shannon.
- Eu sei que não. - digo me levantando e abraçando sua cabeça. - Só quero que não se mate fazendo isso.
Ele sorri, me encarando de cabeça para baixo.
- Pessoas morreram para descobrir isso Shannon. - Ele me encara sério. - Tudo isso para deixar uma pista a mais, até que alguém descubra tudo. E eu serei esse alguém.
Franzo o cenho e solto uma risada.
- Não acha que está... Exagerando? - pergunto sentando-me na ponta da cama e segurando sua mão.
Ele aperta os olhos e me encara.
- Exagerando? Seu irmão morreu por causa deles Shan, óbvio que não estou... Exagerando.
- Ok. - digo tentando ignorar o comentários sobre meu irmão, antes que eu comece a chorar. - Desculpe. Me esqueci que o mundo está uma droga e que podemos virar comida ao cruzar a esquina á noite.
Ele sorri e acaricia minha mão.
- Vocês morarão aqui para sempre, não é? - Ele me encara com um olhar fofo.
- É o que eu pretendo. - digo. - Se você deixar... Ou se Nathan não me fizer ficar louca.
- Não vai ser exatamente ele que deixará você louca. - Ele se enclina em minha direção, me empurrando na direção da cama e beijando meus lábios.
Georgia provavelmente falou alguma coisa.
Isso eu posso ter certeza, mas dane-se.
Carter anda até minha perna esquerda e começa a beija-la, desde as costas do pé, até minha coxa.
Eu esperava algo carinhoso.
Algo romântico.
Mas a única coisa que tenho, é a pior dor que já senti em toda a minha vida.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Não é o que vocês estão pensando.