Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Tá, esse capt também ficou meio grandinho e pessoinhas ficarão chateadas/muito putas comigo por causa desse final.
FINAL DO CAPT N DA FIC GENTEIM.
Desço as escadas e não escuto nenhum barulho, mas vejo Maria passar devagar pela sala de estar.
- Maria. – chamo e termino de descer as escadas em um pulo. – Onde está todo mundo?
Ela se vira e me encara com os olhos escuros.
Sua pele está pálida de mais e seus lábios estão secos.
- Georgia está na cozinha e Nathan está tomando banho. – diz ela com os olhos sem direção nenhuma, nem ao menos olhar para mim. – Creio que ele não deve demorar.
A casa está com as luzes apagadas, as cortinas estão fechadas e está tudo escuro.
Concordo com a cabeça, um pouco assustada e ando na direção da cozinha.
- Georgia. – Vejo-a encarar um palito de fósforo aceso, queimar até chegar perto de seus dedos. Ela assopra o fogo devagar e me encara. Sinto um cheiro de queimado e engulo em seco. – Queria pedir um favor.
- Ok. – diz ela se levantando e indo na direção da sala.
- Mas você nem ouviu o que eu ia pedir. – digo confusa.
- Não seria: - Ela bate do indicador com a unha pintada de vermelho no queixo e me encara. – Distraia Nathan para que eu possa ter uma noite com Carter?
Meu rosto fica vermelhos e eu concordo com a cabeça, demonstrando o mínimo possível de meu movimento.
- Viu? Então tá. Eu aviso para Carter.
- Amanhã. – digo segurando seu braço. Sua pele está gelada.
- Já entendi. – Ela rosna.
Ela anda na direção da sala com um andar lento e joga o palito de fósforo no tapete branco felpudo.
Não achei que Georgia aceitaria assim tão fácil. Já estava praticamente preparada para acordos e tudo mais, mas pelo menos tive que me livrar disso.
Escuto as escadas e vejo Nathan descê-las e andar em minha direção.
- Oi. – diz ele mordendo um biscoito preto. – Vou procurar o vidro do carro, quer ir comigo? – diz ele cobrindo a boca enquanto come, deixando sua voz abafada.
- Aham. – digo encarando seu rosto. – Vai mesmo ficar sem a barba?
- É o que eu pretendo. – diz ele sorrindo, depois de terminar o biscoito. – Vamos passar na casa do meu pai depois. Pode ser?
Encaro seus olhos com o cenho franzido.
- Quer ver seu pai? – pergunto.
- Quer parar de fazer perguntas? – Ele encara meus olhos um tanto irritado.
- Não. – digo cruzando os braços.
- Sim, quero ver meu pai. – Ele cruza os braços e balança a cabeça de um lado para o outro. – Algum problema?
- Nenhum. – digo sorrindo. – Vamos agora?
- Não. – diz ele olhando para o relógio no micro-ondas. – Quer dizer, sim. Já são cinco e meia. Porque essa casa está tão escura?
Ele coloca a mão no interruptor, mas Carter corre em nossa direção.
- Howard está mexendo na fiação, se fizer isso ele morre eletrocutado. – Olho para seu rosto, está mais pálido que o normal. – Onde vão?
- Pegar um vidro por carro. – diz Nathan puxando meu braço. – Vamos logo.
- Quem disse que vocês vão? – pergunta Carter.
- Eu disse. – diz Nathan. – Pare de tentar nos prender aqui dentro ok? A gente vai voltar, ainda hoje ok?
- Voltem. A menos que queiram que eu vá atrás de vocês.
- Tá. Tá. – Nathan puxa meu braço e entramos no carro com os cacos de vidro no banco.
Tiramos os cacos de vidro dos bancos, colocando-os para os tapetes de borracha e jogando-os na grama.
- Vamos logo. – diz Nathan recolocando o tapete no chão do carro. - A menos que queira que seu namordao venha atrás de você.
- É. - digo entrando no carro e fechando a porta, vendo o estrago que meu tiro fez. - Que estrago. - Analiso os cacos de vidro que sobraram onde o vidro era preso e aperto os lábios, ao invés de falar alguma coisa.
- Prefere ficar em silêncio? - pergunta ele encarando meus olhos, com a chave da ignição e o olhar de desprezo para mim.
- Prefiro. - digo mordendo meu dedão. - Desculpe.
- Já falei para parar com isso. - diz ele. - Eu avisei que ficasse longe do carro, você não me escutou, Georgia deu um susto em você, você atirou no meu carro e agora estamos indo concertá-lo. - Ele dá de ombros e dá a partida no carro. - Nada de mais.
Ele dirige o mais devagar possível, enxergando cada carro que passa, mas a maioria está com o para-brisa quebrado, o que não serve.
Alguns com marca de tiro, pedras, alguns com bixos queimados dentro formando um cheiro horrível que me fez tampar o nariz.
Finalmente um carro igual ao de Nathan com um homem com um corpo pela metade e - para minha alegria - com a cabeça caída na direção do chão, não me fazendo ver aqueles olhos escuros que poderiam:
1° - Me lembrar Abe e me fazer chorar.
2° - Ficar com nojo e vomitar no carro de Nathan, fazendo-o ficar com uma vontade extrema de arrancar minha cabeça com chutes.
- Fique aqui. - diz Nathan descendo do carro e fechando a porta.
Encosto a cabeça entre o banco e a parede e caio no sono.
- Shan. - Nathan sacode meu ombro. - Shan!
Solto um grito e me sento no banco do carro, com os olhos arregalados para ele.
Já está escuro.
Não consigo ver nada que está fora do carro.
Vejo várias e várias estrelas no céu e uma única luz longe.
- O que foi? - pergunto esfregando os olhos.
- Já troquei o vidro. - Ele sorri. - Obrigado por ajudar.
- Desculpe. - digo rindo. - Já falou com seu pai?
Ele nega com a cabeça.
- Ainda quer ir ou quer voltar para a mansão?
- Vamos para a casa do seu pai. Você quer falar com ele.
Ele concorda com a cabeça e volta a dirigir.
O vidro está como novo. Como se nenhuma Shannon Miller tivesse levado um susto e atirado contra o carro.
Pisco várias vezes e me recuso a dormir de novo.
Chegamos á casa esverdeada da casa do pai de Nathan.
Entramos na casa e encontramos - como todas ás vezes em que estivemos aqui - John bebendo, sentado na cadeira atrás da mesa de pôquer.
- Oi. - diz Nathan.
John o encara.
- Cadê as malas? - pergunta ele.
Nathan ri.
- Só viemos ver você, não vamos nos mudar.
John cruza os braços.
- Ainda estão na casa dos Lewis? - pergunta ele.
- Sim, ainda estamos na casa dos Lewis. - Nathan cruza os braços e começa a ficar irritado. - E não vou sair de lá a menos que me dê um motivo convincente.
- Nathan Jones Jr. Baixe o tom ao falar comigo porque...
- Eu também não sou tuas nega, pai! - grita Nathan. - Me escute. Eu quero um motivo. Só um motivo e eu saio de lá.
- É perigoso. - diz John com uma cara de louco. Ele segura o ombro de Nathan. - Acredite em mim. Saia da mansão o mais rápido que puder.
- Pode me arranjar mais vacinas? - pergunta Nathan olhando para a janela.
- Acho que não conseguirão voltar hoje para a mansão. Melhor vocês ficarem aqui ok? Só o que me falta é saber que vocês morreram atacados por um bicho. - diz John.
- Carter vai atirar em você. - digo Nathan.
- Tenho certeza de que Catarina é muito doce e nunca faria isso.
- Ah, saiba de uma coisa. Tenho mais músculos que a Catarina e ele bateu na Shan. - diz Nathan tirando uma garrafa de água de dentro da geladeira. - Isso é água?
- Catarina não é doce. - diz John. - E não é bonito bater em mulheres. - Ele tira a garrafa na mão de Nathan e coloca-a contra a luz. - Não faço ideia.
Nathan abre a tampa e cheira o conteúdo, fechando-a novamente e colocando dentro da geladeira.
- Não, não é. - diz Nathan fechando a geladeira. - Enfim...
- Carter não bateu em mim. - digo me sentando no sofá marrom que fica de lado para a mesa. - Ele estava batendo em você.
- É, mas meteu as mãos nas suas costas. - diz Nathan de braços cruzados. - Isso se chama bater, minha querida.
Reviro os olhos.
- Parem de brigar. - diz John. - Até parecem que não namoram.
- O que? - gritamos eu e Nathan ao mesmo tempo.
- Que? - pergunta John. - Ah tá. Até parece que você namora com o Carter, Catarina ou tanto faz. E até parece que você dorme com a Georgia. Se isso for verdade, vocês estão ferrados.
- Estamos ferrados então. - digo. - É verdade, John. Aliás, porque chamamos você de John? Seu nome é Nathan.
Nathan suspira.
- Quando ele conheceu minha mãe, achou que fosse uma vadia na rua, então disse que o nome dele era John Jones. Quando descobriu que ela não era uma vadia na rua, disse que seu nome era Nathan, ela riu e disse que o chamaria de John. E os dois viveram felizes para sempre, até que o John Jones bebeu, se drogou, tomou remédios de mais e matou sua querida esposa. Fim.
- Daria um conto de fadas. - digo encarando seus olhos. Começo a ficar com frio. Estico o braço em sua direção. - Me dá seu casaco?
- Para?
- Estou com frio. - digo. - Por favor.
Ele encara seu pai confuso que dá de ombros.
Nathan me entrega sua jaqueta e a coloco por cima de mim.
- Então, pode me dar mais vacinas? - pergunta Nathan.
John concorda com a cabeça e anda até o armário e tira mais duas caixas.
- Só duas? - pergunta Nathan.
- Olha aqui, vocês estão naquela mansão. Não se importam nem um pouco com a vida de vocês, por tanto, só terão duas. E além disso você já levou algumas.
- É, mas hoje não vai dar para pegá-las. - Nathan joga uma das caixas brancas para mim e cruza os braços. - O que tem naquela mansão?
- Os Lewis. - diz John furando seu braço com a seringa e ri. - Mas isso vocês já sabem.
Abro a caixa, coloco o líquido dentro da seringa e furo minha coxa, pressionando a ampola e sentindo o líquido gelado entrar em minha pele. Tiro a seringa de minha pele e pressiono com o dedo até começar a ficar um pouco sonolenta.
- Ok. O que tem os Lewis?
- Eles são... Estranhos. - Sussurra John. - Mais do que os...
Minha visão escuresse e meus ouvidos se entopem.
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Bem eu já estou com o outro capt quase pronto e posto mais tarde.
Até despois