Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
para quem não lembra, no filme da bela e a fera, o Gastão (acho q é assim) atirou nas costas da fera e a Bela disse que o amava e bçlablabla.
Enfim, esse capt ficou bem grandinho, até amanhã.
Suspiro e bato com o indicador na pedrinha preta e cinza que caiu em cima do capô da camionete, até cair no chão e me fazer encarar as botas quase limpas de Nathan.
Levanto o olhar até seu rosto e sorrio, cobrindo a boca impressionada.
- Eu não acredito. - digo indo em sua direção e passando as mãos em seu rosto, agora sem a barba. - Tirou a barba. - digo segurando seu rosto.
Ele sorri.
- Noventa por cento? - ele pergunta rindo.
- É. - digo rindo também. - Finalmente.
- Estava começando a me incomodar. - Continuo tocando seu rosto, se acreditar. - Pare! - Ele ri e segura meus pulsos. - Então. Já está quase noite, melhor você começar.
- Preciso de uma arma. - digo encarando seus olhos.
Ele tira a arma do bolso, destrava-a e me encara, colocando a arma gelada em minha mão.
- Ok. - Ele segura meus ombros, me virando para a camionete e dando passos para trás, levando-me junto. - Está vendo aquela árvore?
Encaro a floresta pouco iluminada cheia de árvores e encaro seus olhos.
- Qual delas?
-Aquela ali, perto do carr... - Ele para e gira meus ombros para outra árvore, na direção oposta do carro. - Aquela ali, bem longe do carro.
- Fala sério. - digo. - Você não confia em mim?
Ele ri.
- Em você sim, mas não na sua mira. - Ele sorri e estica meus braços na direção da árvore. - Agora...
- Oi. - diz Carter me dando um susto e me fazendo atirar no chão.
Nathan suspira, pressionando os dedos contra os olhos.
- Carter. Aprenda, quando alguém está com uma arma, nunca dê um susto. Principalmente se for a Shannon.
Carter ri e me abraça.
- Desculpe. – diz ele.
- Só espero que ela atire em seu pé. – murmura Nathan.
- Eu ouvi. – cantarolo, mirando na maldita árvore.
- Que bom. – ele cantarola. – Não me importa ok? Desde que não atire em você mesma, em mim ou em meu carro.
- Você ama mesmo esse carro. Porque? – pergunta Carter.
- Você ama mesmo a Shan. Porque? – pergunta Nathan de braços cruzados.
- Porque alguém não gostaria de comer você? – murmuro com uma voz esganiçada, lembrando-me do eu Nathan disse.
- Como? – pergunta Carter e eu abaixo a arma, encarando-o.
- Hã? – pergunto.
- O que você disse? Eu não escutei.
- Não importa. – diz Nathan. – Vai atira ali na terceira... Não. Na quarta árvore depois do carro, para a direita.
Conto as árvores e miro na árvore.
Escuto um barulho alto e levo um susto, puxando o gatilho e ouvindo um vidro se quebrar.
- E você certou em cheio. – diz Nathan.
- Para-brisa? – pergunto de olhos apertados.
- Aham. – diz ele um tanto calmo de mais.
- Você está calmo demais. – digo.
- Tudo bem. – diz ele. – Georgia. Está vendo aquele carro?
- Estou. É o seu carro.
Abro os olhos e vejo o vidro quebrado com a marca da bala.
- Não está notando nada de diferente? – Nathan segura os ombros de Georgia, apontando para o carro. – Shan atirou no para-brisa. Porque você bateu a porta. Eu estou dizendo, isso não vai dar certo.
Ele anda até a mansão.
Deixo a arma cair na grama e ando atrás dele.
Corro até seu quarto e ele encara a parede.
- Desculpe. – digo fechando a porta. – Eu dou um jeito. Peço para Howard me levar na oficina abandonada.
- Tudo bem. – diz ele ainda encarando a parede branca. – Isso a gente acha pela estrada. Carros abandonados. Fácil. – Ele tira uma caixa azul de baixo do travesseiro e joga para mim. – Sua dose de hoje.
- Já deu para Georgia e para Carter?
- Não. – ele diz. Paro de abrir a caixa e o encaro. – Vem aqui. – Ando até ele. Ele se senta na borda da cama e segura minhas mãos, encarando meus olhos. – Eu não consigo vacinas para nós quatro. Meu pai não vai conseguir tantas. Somos nós dois Shan. Carter tem as fórmulas e Georgia tem imunidade de ferro. Eu só preciso que cale a boca. Ok?
Concordo com a cabeça e abro a caixa preparando a seringa e encostando o metal gelado em meu braço.
- Quer que eu faça? – pergunta ele estendendo a mão.
Concordo com a cabeça e ele tira a seringa de minha mão, fincando-a em meu braço e me deixando tonta. Me desequilibro e ele segura minha cintura.
- É, isso eu sabia que poderia acontecer. Acho melhor tomarmos isso a noite, antes de dormir. – Ele abre uma das caixas e injeta em seu braço. – Então não acordamos a noite.
- Georgia não vai ficar muito feliz com essa ideia. – digo vendo-o fechar os olhos ao tirar a seringa de seu braço, pressionando o dedo sobre o local do furo.
- Dane-se. – diz ele um pouco irritado. – Estamos aqui para sobreviver. Sempre foi assim. Nós nos desviamos. A ideia era dois dias e já estamos a quase um mês. Nós só percebemos agora.
- Acha que seu pai pode estar certo?
- Acho que não. – diz ele encarando o chão. – Ele está certo ás vezes, mas me recuso a acreditar que ele está certo agora, sairmos daqui sem ao menos um motivo.
- Mas e se...
- Não vai acontecer nada. – Ele balança a cabeça. – Eu estou um pouco tonto, peça para Carter te ajudar a atirar e eu já vou ok?
- Está bem.
Ando na direção da porta e seguro a maçaneta.
- Só fique longe do carro. – diz ele rindo.
Concordo com a cabeça e desço as escadas.
Ando até Carter que analisa a arma e diz alguma coisa para Georgia.
- Nathan disse que vamos amanhã achar outro vidro do carro e que está um pouco tonto. Você pode me ajudar. – diz sorrindo.
- Está bem. – diz Carter segurando meus braços na direção da árvore próxima ao carro.
- Carter, acho melhor não tão perto do carro.
Ele ri. Sinto sua respiração perto de meu ouvido.
- Só atire. Acredite, não acontecerá nada. – Ele coloca meu dedo no gatilho, mesmo comigo tentando mover a arma para outro lugar, sabendo o estrago no carro e o jeito que Nathan gritará comigo se mais alguma coisa acontecer com ele.
Escuto uma arma ser destravada perto de mim.
- Com ela não, mas com você com certeza. – diz Nathan. – Shan, sai daqui.
- Nathan. – digo.
- Sai! – grita ele me empurrando, com pouca força para longe de Carter.
Eu já havia visto Nathan irritado antes, com um cara na rua que tentou roubar o carro.
Não acabou nada bem.
- Você não vai atirar em mim. – diz Carter. – Você só ameaça. Mas nunca me daria nem um soco.
- Eu só não dou um tiro em você, porque estamos na sua casa. Mas se eu pudesse, você já teria morrido quando subiu em cima da Shan.
- Então ta. E se eu fizer aquilo de novo? Estamos na mina casa.
Pigarreio.
- Que foi? – pergunta Carter.
Cruzo os braços e Nathan começa a rir.
- Cara, você é bem mais burro que ela. – Nathan segura a gola da sua camisa, puxando-a e enforcando Carter. – Se chegar perto de meu carro eu atirarei em você em um lugar não muito agradável.
Nathan se afasta e guarda a arma no bolso de trás.
- Então...
Vejo Carter tirando a camisa.
Nathan o encara com os olhos apertados.
- Porque fez isso? Agora, Shan, eu pergunto de novo. Ele é gay?
- Não é. – digo. – Sério, porque está sem camisa?
- Quem tem mais músculos? – pergunta Georgia encarando Carter. – Ele é muito idiota.
Nathan revira os olhos e me entrega a arma. Puxando a camisa pelas costas e encarando Carter.
Obviamente, Nathan tem mais músculos, sendo três anos mais velho e sendo o Nathan.
- Quer que acenda as luzes? – Ele sorri para mim e morde o lábio inferior.
- Não. – digo.
Carter recoloca a camisa e encara Nathan.
- Pode colocar de volta. – diz Carter encarando-o com os olhos estreitos.
Nathan o encara.
- Vou ficar sem camisa só para esfregar na sua cara. – diz Nathan vindo até mim. – Ok. Naquela árvore ali. – Ele aponta para a árvore bem longe do carro dele. – Aquela ouviu bem?
- Eu não vou atirar no seu carro de novo. – digo encarando o ponto que seu dedo estava apontado. – Pelo menos, não é o que eu pretendo.
Aproximo mais o rosto dos braços, vendo a mira e atirando na árvore.
- Ok. – diz ele como se fosse um professor exigente e chato, o qual você não espera a hora de acabar o ano e poder nunca mais ver seu rosto. – Nada mal.
- Foi um elogio?
Ele me encara.
- Como quiser pensar. – Ele franze o cenho e olha rapidamente para Georgia e olha para mim. – Pode pegar a arma que eu deixei em cima da minha cama?
- Porque você não pega? – pergunto cruzando os braços e encarando seus olhos.
- Porque... – Ele engole em seco. – Por favor?
- Nathan pedindo por favor? – pergunto sorrindo. – Isso é histórico. Eu vou.
Ele balança a cabeça e ri.
Ando até seu quarto e vejo a cama vazia. Franzo o cenho e olho em volta, procurando a maldita arma.
Vejo algo se movimentar pela grama.
Desço as escadas e ando até o jardim, escutando alguém bater em alguma coisa.
Abro a porta e vejo Carter e Nathan no chão, se dirigindo socos e chutes, enquanto Georgia está sentada no capô do carro, com as mãos para trás e pernas balançando.
Ando até ela.
- Georgia, você não viu que eles estão quase se matando? – pergunto.
- Ah. – Ela observa os dois e sorri. – Sim.
- E você não vai fazer nada? – pergunto.
- Deixa os dois. Se querem se matar, que se matem. Nathan bem que merece alguns socos. – Ela sorri.
- Ele é seu namorado.
- Carter também é seu namorado e enquanto estamos aqui, Nathan está socando a cara dele. – Ela aperta os lábios, esboçando um sorriso e arqueando as sobrancelhas.
Corro até eles e empurro Carter, perdendo o equilíbrio e praticamente ficando deitada em cima de Nathan.
Parece que Carter não percebe que eu estou aqui e continua socando Nathan.
- Para! – grito sem sucesso e sinto um soco em minhas costas.
- Shan está aqui! – grita Nathan. Sentindo a mão de Carter passar raspando em minhas costas. – Para Carter!
Carter lança um soco no queixo de Nathan, ignorando completamente minha presença entre eles.
A cabeça de Nathan se volta para trás.
Nathan soca a costela de Carter, mas até parece que ele não sentiu nada, continuando com os socos em Nathan.
- Georgia! – grito para que ela faça alguma coisa.
- Você também merece alguns socos! – diz ela totalmente despreocupada.
Alcanço a arma no bolso de Nathan e aponto para o céu, mas Carter dirige um soco na barriga de Nathan, fazendo a arma voar de minha mão.
Nos levantamos do chão e Carter pega a arma do chão, apontando para Nathan.
- Prometa. – diz ele ofegante.
- Nunca. – diz Nathan esfregando a testa com as costas da mão.
- Eu vou atirar.
- Dane-se. – diz Nathan rindo. – Eu nunca vou prometer isso. Nunca.
Os dois começam a se socar de novo e Carter acaba socando meu estômago.
- Para! – grito ofegante. – Pare.
Eles param e Nathan me levanta do chão.
Carter olha assustado para mim e me encara.
Empurro o peito de Carter, fazendo-o soltar a arma e o encaro.
- Vocês dois são muito idiotas. – digo encarando Carter com um corte no lábio. – Vem.
Puxo o braço de Nathan para a cozinha e mando-o sentar.
Abro os armários á procura de um pano e do kit de s primeiros socorros.
- Vocês são muito idiotas. – repito largando a caixa branca de primeiros socorros e pegando o pano de cima da geladeira. – Porque começaram com isso?
- Pode me trazer água? – pergunta ele com os braços cruzados em cima da mesa de vidro.
Abro o armário de madeira e tiro um copo, servindo-o com água gelada.
- Aqui. – digo empurrando o copo em sua direção, fazendo-o deixar um rastro de água na mesa. – Porque começaram a briga?
- Porque eu estava sem camisa e muito perto de você. – diz ele deixando o copo em cima da mesa. – E por outras coisas.
- Outras coisas? – pergunto com as mãos na cintura. – Vocês serem muito estúpidos?
- É. – diz ele encarando o chão.
Puxo a cadeira e sento-me ao seu lado, limpando sua boca e vendo uma mancha roxa se formar na linha de seu maxilar.
- Vai ficar marca. – digo.
- Nem doeu. – diz ele encarando algo atrás de mim.
- Para de ser idiota, óbvio que doeu. – digo passando a ponta do pano cuidadosamente em sua boca.
- Não doeu. – Ele diz. – Achei que ia se machucar.
Me afasto dele e cruzo os braços.
- Desde quando se preocupa comigo? – pergunto.
- Sei lá. – diz ele dando de ombros. – Talvez...
- Por favor, não diga depois da fonte. – digo de olhos fechados.
- Isso. – diz ele. – Acho que foi depois disso. Mas mesmo assim, você continua a menininha do Abe. – Ele sorri. – Vem aqui.
Ele se levanta e segura meu braço, levando-me até uma porta branca.
Ele abre a porta e acende uma única luz da estreita sala, fechando a porta e me encarando.
Suas mãos movem-se até minha cintura, me puxando para perto e me beijando novamente.
Eu, sinceramente, não sei porque ele faz isso nem porque.
Sinto o gosto metálico do corte em sua boca.
- Nathan. – digo quase sem tempo para terminar, antes que seus lábios se juntem aos meus. – Para!
- Porque? – pergunta ele beijando meu pescoço.
Empurro-o e encaro seus olhos.
- Georgia, Carter...
- Danem-se eles. – diz ele segurando meus ombros. – Eu não quero saber.
Ele continua a beijar meus lábios, mas mesmo gostando do beijo, algo em mim diz que isso não é certo.
- Nathan. – digo.
Ele suspira e se afasta.
- Desculpa.
-Não precisa pedir desculpas, é só que não é certo.
- Eu sei. – diz ele. – Ele vai querer atirar em mim.
- Com certeza. – digo e beijo sua bochecha. – Não faça de novo, ok?
Ele sorri e morde o lábio inferior.
- Não prometo nada.
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Beeem, gentem eu esqueci ontem mas enfim:
Ontem faz um mês que eu comecei essa fic.
Quer agradecer á todos os comentários, recomendações, críticas, histerias, apoio a Shatan, recadinhos para os personagens e tudo mais.
Adorei muito esse mês e nem parece tanto e eu espero ter inspiração para não terminar essa fic pq eu adoro muito ela e adoro muito todos vocês que me aguentam fazer com q a Shan diga que não gosta do Nate.
Enfim, obrigada por tudo e vamo que vamo pára os próximos capts.
Obs: Queria pedir desculpas pela treta mal feita para Tiazinha456 eu estava totalmente sem inspiração para essa cena, só sabia q ia ter briga e depois oq teve ai.
Adels